17/09/2020
•“Não deixe a chama apagar” - a frase que está em todo globo repórter e reportagem sobre relacionamentos duradouros.⠀
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Eu estive pensando nisso. Na chama que não pode apagar. E eu me lembrei de todas as vezes, nesses 12 anos, em que a chama se foi.⠀
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Fugiu, desapareceu, escafedeu-se. ⠀
Oh, Arlindo Orlando volte! (Não resisti.)⠀
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A chama se apaga.⠀
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Há fases em que a gente f**a com birra do outro. Há atitudes que decepcionam. Épocas em piloto automático. E tempos sem tesão.⠀
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Estabelecer a vida a dois com base no pseudofogo da eternidade é um dos conselhos mais rasos que podemos receber.⠀
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Um relacionamento é construído com parceria, esforço, paciência e muita, muita comunicação. ⠀
Parece mole, mas em um mundo de fraldas, boletos, lixo de banheiro e esponja de pia suja, dá preguiça até de discutir a relação. ⠀
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Não é o fogo que fortalece um casal. São as conversas difíceis e os ajustes. É o verbalizar o que não tá legal, é a escuta ativa, são os pedidos de perdão e a vontade de fazer diferente. É o pacto de consideração apesar da vontade de comprar uma passagem só de ida. ⠀
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Há também os conflitos internos e a sensação de que algo está faltando. É preciso muita inteligência emocional para perceber que a falta é em nós, que é uma peça do nosso próprio quebra-cabeça. Tão mais fácil arrastar o outro para os nossos dilemas. Colocar um rosto na insatisfação que sentimos pela gente.⠀
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O fogo da paixão apaga. O que f**a é a insistência em reacendê-lo. Depois da chegada de cada filho. Após a crise financeira, emocional, existencial. Depois da fase estranha, da mudança de carreira, de visual, de cidade.⠀
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O que f**a são os resgates. Momentos construídos com planejamento e insistência. Episódios que nos fazem esquecer de que, até pouco tempo atrás, tudo estava por um fio.⠀
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Fogo não segura relacionamento. ⠀
Mas doses de amor, algumas de diálogo, muitas de atitude, e duas pessoas decididas, sim, conseguem fazer com dois gravetos, um fogaréu. ⠀