02/09/2020
A origem do nome Quarentenário vem da década de 1950. O bairro servia para deixar em ‘quarentena’ o gado vindo do Interior do Estado de São Paulo antes do abate no matadouro. Logo em seguida essa carne era liberada para exportação no Porto de Santos. Com a criação dos grandes frigoríficos, no início dos anos 60, o Quarentenário foi abandonado.
Em 1991, as dificuldades econômicas da população de São Vicente, aliadas ao déficit habitacional e à ausência de um plano diretor para a Área Continental provocaram a ida de 30 famílias para a região. O acesso limitado era feito de duas formas: TIM (trem intra metropolitano administrado pela Fepasa e depois pela CPTM), sem estação de parada e por uma estrada que vinha de Cubatão.
Desde essa época, a Irmã Maria Dolores Muñiz Junquera, preocupada com a situação precária de vida e saúde da população, iniciou o seu trabalho na Área Continental de São Vicente, no distrito de Samaritá. Organizou os primeiros moradores para reivindicarem junto à Prefeitura o abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica.
A partir de 1994, a construção da ponte A Tribuna sobre o Canal dos Barreiros facilitou o acesso de carros e ônibus até o Quarentenário e expandiu a progressiva ocupação da área continental. Os moradores e a Irmã Dolores se reuniram novamente para definir as urgências daquele momento: posto de saúde e escola para as crianças.
Após ser procurada, a Prefeitura de São Vicente alegou que área de invasão não permitia, por lei, a construção do posto e escola. A Irmã Maria Dolores, com ajuda da Ong espanhola ‘Manos Unidas’ e de pessoas ligadas à Igreja Católica, construiu o Posto de Saúde, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Raul Rocha do Amaral e a Igreja Nossa Senhora da Esperança.
Desde 2009 o bairro Quarentenário sechama Jardim Irmã Maria Dolores, em homenagem à Irmã Maria Dolores Muñiz Junquera, idealizadora da VIP e uma das fundadoras do bairro. Com área de 1.884.405 m² pertence à Área Continental de São Vicente. .
#013 @ Quarentenário São Vicente