FOGO AMIGO

FOGO AMIGO Caracterizar as situações em que, por erro de inteligência ou pela natural dificuldade de identificar

O espetáculo protagonizado pelo galo negro destapou as fragilidades do adversário político - -aliás, o inimigo histórico...
15/10/2023

O espetáculo protagonizado pelo galo negro destapou as fragilidades do adversário político - -aliás, o inimigo histórico - do MPLA que ali nas bandas do Sovismo as coisas não andam tão bem como nos vendem nas redes sociais. Afinal, a divisão não está do lado do MPLA.
Pelo menos foi o que o ab**to da tentativa de destituição do Presidente da República ontem revelou. O Galo Negro tem a capoeira em polvorosa, em notória divisão, pois sabe-se agora que afinal só compareceram na sala do plenário 73 dos 90 deputados da sua bancada. Houve 17 "fugitivos".
É como então ACJ? Você afinal anda nos vender gato por lebre? Ou melhor, galo branco por galo preto?

05/10/2023

Quem está falar a verdade? Tchizé ou Fábio

O NERVOSISMO DO GALO NEGRO Avelino Samunga  A reacção a quente da UNITA, esta terça-feira, revela um certo nervosismo pr...
06/09/2023

O NERVOSISMO DO GALO NEGRO

Avelino Samunga

A reacção a quente da UNITA, esta terça-feira, revela um certo nervosismo provocado pela apresentação das ossadas de figuras proeminentes do movimento, certamente assassinadas à paulada ou baleadas, algumas enterradas vivas.

Só assim se percebe descontrolo emocional de Adalberto Costa Júnior perante o contínuo e louvável trabalho levado a cabo pela Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Armados (CIVICOP) em áreas então controladas pelo Galo Negro, depois de o ter feito, primeiro, com a apresentação das ossadas de algumas vítimas do 27 de Maio.

Com as vítimas do 27 de Maio, a UNITA, curiosamente, não mugiu nem tugiu. Agora, Adalberto vem a público proferir impropérios e acusações graves contra o Governo. Diz ele que as “buscas de sepulturas” foram feitas “sem o conhecimento prévio das famílias e dos representantes” seus naquele órgão.

E a família do General Antero, que fez declarações à TPA, não conta, ou são menos angolanos, senhor Adalberto? Era bom que mencionasse esse pormenor na sua comunicação, eivada de muito ódio e falta de sentido de Estado para situações do género. O habitual, aliás...

O chefe do galinheiro vai mais longe, ao falar da existência de supostas valas em todas as províncias do país. Será que os representantes do Galo Negro na CIVICOP terão notificado este órgão para os devidos efeitos?

O Governo não tem nada a esconder. Portanto, no espírito da CIVICOP, cabe ao senhor Adalberto identificar os locais a que faz referência e apresentá-los à estrutura competente, para se proceder à identificação das vítimas.

Acto contínuo, deve ajudar a CIVICOP a localizar sepulturas e valas comuns na Jamba, antigo bastião do Galo Negro, e noutras regiões desta imensa Angola, onde a UNITA cometeu o que foi considerado “crimes contra a Humanidade”.

O pedido de desculpas de Adalberto, forçado pelas actuais circunstâncias, não passa de mera retórica com a qual já habituou os angolanos. É tudo “bluff” para inglês ver. Porquê só agora?

Em nosso entender, a Procuradoria Geral da República (PGR) deve começar a prestar mais atenção aos pronunciamentos de Adalberto Júnior. Por exemplo, nada aconteceu quando disse ter sido “seduzido” por alguns militares a assumir o poder, por alegadamente ter vencido o pleito de 2022.

É preocupante a inacção da PGR perante este e outros casos. Ou será que o Adalberto é intocável?

E os chamados meios de comunicação alternativos e outros escribas avençados por marimbondos em sintonia com a UNITA nada dizem. Então? E esses critérios que ninguém entende? ....

UM ACJ INTOCÁVEL… Impotência ou incompetência da JUSTIÇA? Emanuel KadiangoOnde estão os tribunais diante de graves denún...
04/09/2023

UM ACJ INTOCÁVEL…

Impotência ou incompetência da JUSTIÇA?

Emanuel Kadiango

Onde estão os tribunais diante de graves denúncias sobre actos de lesa-pátria protagonizados pelo Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior?

Por que não convidarem o aspirante a político a esclarecer todas as acusações sobre si, que configuram crimes de alta traição à Pátria?

É curioso que os tribunais que o Presidente da UNITA acusa de parcialidade e de estarem sob forte influência do Presidente da República são os mesmos que não conseguem mover uma palha contra actos que, escandalosamente, vão contra a Constituição. Estas acusações não nos estarão a distrair para não se descobrir um possível esquema que exista entre a UNITA e alguns operadores da Justiça?

O silêncio dos tribunais diante de monstruosidades do líder de um partido com vocação para o poder deixa-nos atónitos, procurando descobrir as teias entre uns e outros.

Como se não fossem suficientes as próprias revelações segundo as quais fora pressionado por generais no sentido de concretizar um golpe de estado pós-eleitoral, o líder da UNITA tem levado a cabo uma campanha contra o Estado angolano além fronteiras.

Além de denúncias que dão conta de formação de quadrilhas (dissimulados em activistas) para provocar o caos social em todo o país e consequente insurreição, de recebimento de fundos resultantes de corrupção e branqueamento de capitais, o cowboy desdobra-se ainda em acções que visam impedir toda e qualquer ajuda que tenda a retirar Angola da crise económica e financeira. E não faltam provas…

Para o nosso espanto, até ao momento, não se conhece nenhum pronunciamento dos órgãos da Justiça…tudo tranquilo, calmo, como se nada estivesse a acontecer.

Estamos num estado de anarquia ou de cumplicidades com os bandidos, os vende-pátria?

JURA proibida de debater habitação no II Festival Produtivo Nacional da Juventude AngolanaOs jovens da JURA estão proibi...
01/09/2023

JURA proibida de debater habitação no II Festival Produtivo Nacional da Juventude Angolana

Os jovens da JURA estão proibidos de ir ao II Festival Produtivo Nacional da Juventude Angolana, que vai assinalar, no próximo dia 4 de Outubro, o 32.º aniversário do Conselho Nacional da Juventude (CNJ). A habitação vai ser um tema análise, mas, como o líder Adalberto mandou os jovens da UNITA sair do CNJ, não poderão dar o seu contributo para o debate de um tema que é, afinal, do seu interesse. ACJ já tem casa (paga pelo Estado). Os outros... não lhe interessam!

O festival acontece, dia 4, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva. Depois, no dia 8, no município do Icolo e Bengo em Luanda, sob o lema Juventude Angolana Conectada ao Desenvolvimento, ocorre o acampamento de 400 campistas de delegações das 18 provincias e da Diáspora em actividades multidisciplinares (debates, torneios desportivos, workshop, visitas, campanhas de limpeza e de arborização, feiras e espectáculos músico-cultural).

Mas, para quem é da JURA, ir será uma maka. É que, ainda há poucos meses, em Abril, o luso-líder Adalberto os mandou sair do CNJ alegando que a entidade dá casas aos jovens para comprar as suas consciências.

A visão do candidato presidencial derrotado pelos angolanos em Agosto do ano passado sobre a habitação para jovens, é conhecida, mas nunca é demais recordar. Em Abril deste ano, num encontro da OMUNGA, em Benguela, decidiu anunciar a saída dos jovens da JURA do CNJ, alegando que as casas disponibilizadas por esta entidade aos jovens, servem, afinal para comprar as suas consciências.

O político luso-angolano deu, portanto, luz-verde para a saída da JURA da posição que ocupava no CNJ (1° Vogal do Conselho Fiscal), de onde resultou que quer que os jovens do seu partido tenham direito a receber casas do Estado, por via da Plataforma CNJ.

As ideias do político da UNITA no que diz respeito à juventude, ficaram claras, aliás, no decurso da campanha eleitoral que foi patrocinada por Isabel dos Santos e companhia: o programa eleitoral tinha apenas 8 referências à palavra ‘juventude’ e quatro à palavra ‘jovens’.

Resta a esperança de que ACJ convença a patrocinadora Isabel dos Santos e companhia a gastar alguns trocados, dos biliões levados de Angola para paraísos fiscais, para construir uns kubicos para os jovens da JURA – para o luso Adalberto, qualquer cubata serve para os jovens que o apoiam.

UNITA TAMBÉM COME DO CARANGUEJO Kamalata Numa e Adriano Sapiñala envolvidos no caso “Lussaty” O general Kamalata Numa e ...
31/08/2023

UNITA TAMBÉM COME DO CARANGUEJO

Kamalata Numa e Adriano Sapiñala envolvidos no caso “Lussaty”

O general Kamalata Numa e o deputado Adriano Sapiñala, ambos da UNITA, estão implicados no caso Lussaty, por terem sido integrados na folha de salário da extinta Casa da Segurança do Presidente da República em Menongue, como antigos militares das FALA e dissidentes do Galo Negro, para beneficiarem do dinheiro do Estado.

Na altura do acontecimento, o general Kamalata Numa era responsável pelos desmobilizados e o deputado Adriano Sapiñala, secretário provincial da UNITA na província do Cuando Cubango.

Os dois “maninhos” foram descobertos quando o general Francisco Furtado, actualmente Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, orientou o cadastramento presencial, para identificar os fantasmas na folha de salário do órgão.

Kamalata Numa e Adriano Sapiñala usavam o dinheiro não só para benefício próprio, como também para ajudar a erguer, na cidade de Menongue, infra-estruturas partidárias, cujas obras ficaram paralisadas com o fecho da to****ra que os alimentou durante anos.

O major Adelino Pessela, conhecido dissidente da UNITA, era um mobilizador de fantasmas, alguns sem nunca terem sido militares, para recebimento indevido de salários.

O esquema, pelo que se sabe, vigorou entre 2011 e 2021, e alcançou três mil cidadãos (homens, mulheres e crianças), muitos dos quais membros da mesma família (marido, mulher e filhos), que passaram a receber entre 20 e 25 por cento da remuneração cabimentada na folha ficícia de salários.

O resto, à volta de 70 a 80 por cento era repartido entre os implicados da UNITA, o comandante e o seu adjunto, o chefe do Estado-Maior, o logístico, o chefe de pessoal e quadros da unidade militar e gestores de bancos no Cuando Cubango.

LULA É VÍTIMA DA INCAPACIDADE INTERPRETATIVA DE RESSABIADOS ANGOLANOSEdno Soares Luiz Inácio Lula da Silva estará a vive...
31/08/2023

LULA É VÍTIMA DA INCAPACIDADE INTERPRETATIVA DE RESSABIADOS ANGOLANOS

Edno Soares

Luiz Inácio Lula da Silva estará a viver um momento embaraçoso ao ver o seu gesto de simpatia distorcido e as suas palavras mal interpretadas pelos contestatários do seu homólogo e anfitrião angolano.

Não fosse João Lourenço um indivíduo lúcido, sereno e muito à frente dos seus detractores, um 《irritante》 diplomático se seguiria à visita do Presidente brasileiro, que se identifica como irmão, amigo e companheiro do seu homólogo angolano na luta pela justiça social.

Sempre na contramaré do sistema, Jorge Eurico, Armindo Laureano, Alves António, David Boio e Graça Campos, só para citar estes revanchistas e egocêntricos patológicos, transformaram o elogio de Lula à imprensa que cobriu os momentos da sua visita ao Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda, numa dura e descortês crítica a João Lourenço.

Com vaidade própria de heróis sem causa e habituados a intrigas rasteiras, o batalhão anti-palácio mais não fez do que tratar o Presidente João Lourenço e sua equipa de imprensa de ditadores primários, que não permitiram aos jornalistas fazer o seu trabalho completo, colocando questões aos dois estadistas.

Quando falou em 《imprensa bem comportada》, o Presidente Lula referia-se não só aos angolanos, mas também aos jornalistas brasileiros que, por sinal, eram a maioria na sala. O acto foi um elogio, não fosse o próprio Presidente Lula a causa da não realização da conferência de imprensa após a assinatura dos acordos entre os dois Estados.

Explicamos:

1) A visita de um Chefe de Estado é preparada minuciosamente pelos respectivos serviços diplomáticos e protocolares, através de duas equipas de avanço que analisam tudo de forma pormenorizada até à véspera e tudo que ocorre não é decidido apenas pela parte anfitriã.

Os nossos ressabiados deveriam desconfiar ao menos do seu achismo, recuando às visitas de outras altas estrangeiras, que, na mesma sala ou no Jardim do Palácio, falaram tranquilamente à imprensa, respondendo às perguntas dos jornalistas.

Lula jamais faria crítica ao seu homólogo sobre a falta de questões por parte dos repórteres, na medida em que o formato de declarações sem perguntas foi combinado no processo de preparação da visita, sob proposta da equipa brasileira que introduziu, no programa, várias excepções, devido a uma limitação de saúde (problema ósseo numa das ancas) do Presidente brasileiro, que o impede de permanecer de pé por muito tempo.

Quem esteve atento terá notado que, durante o acto de assinatura dos acordos bilaterais, os dois Presidentes estiveram sentados, ao contrário do habitual. Com o problema físico e com uma agenda recheada, o Presidente Inácio Lula da Silva solicitou à sua equipa para ser poupado de actividades que iriam requerer movimentos exigentes como o caso de um momento de perguntas e respostas, que acaba sempre por estender o tempo de permanência de pé.

A referência ao bom comportamento da imprensa não teve nenhum fim conotativo, nem muito menos depreciativo, mas foi um gesto simpático de um presidente tranquilo e sem intenções maliciosas. Lula da Silva registou com agrado a liberdade de expressão e imprensa que reina em Angola. Se não fosse assim, dezenas de rádios seriam fechadas, não teríamos Facebook zero, nem se poderia falar através do WatsApp.

Se em Angola houvesse ditadura, vários comentadores e jornalistas seriam responsabilizados judicialmente pelas suas atoardas contra a figura do Presidente da República e seus auxiliares. Ainda que estando na Suíça, Finlândia, em Portugal ou em outros cantos do Planeta, as Luzias Monizes, Jorges Euricos, Graças ou Boios desta vida, de fraldas porque acometidos de prostatites, em negócios ou em estudos, seriam deportados para cumprir pena, tendo em conta a monstruosidade dos seus males contra um Presidente eleito e que cumpre o segundo e último mandato há menos de um ano.

Com um pouco de humildade, saberiam que os mercenários acima não são melhores do que os jornalistas angolanos e brasileiros que estiveram no Palácio. O jornalismo é uma actividade nobre que não extravasa os valores elementares quer da própria profissão, quer da ética.

O papelão que fez Armindo Laureano, no encontro que o Presidente Lula teve com os jornalistas no Instituto Guimarães, deveria envergonhar os paladinos do jornalismo em Angola. Dono de um egocentrismo desmedido, o apresentador feito jornalista proferiu “homilia” no encontro com um presidente tão tranquilo e metódico, que o despachou com respostas curtas. As regras elementares do jornalismo recomendam perguntas isentas, sem embrulhos nem juízos de valor. Noutro contexto, este 《iluminado jornaleiro》 seria vaiado e questionadas as suas credenciais profissionais.

Querendo demonstrar que não era um jornalista bem comportado, como aliás escreveu na sua página do Facebook, o nosso Mukari espalhou-se…são os novos tempos em que os reles têm a poltrona de rei.

Impeachment ou um novo atalho para chegar ao poder?Adebayo VungeJornalistaHá alguns dias que o tema não sai da agenda pú...
29/08/2023

Impeachment ou um novo atalho para chegar ao poder?

Adebayo Vunge
Jornalista

Há alguns dias que o tema não sai da agenda pública. E importa perceber que vai sendo feita uma gestão do mesmo ao ponto de criar uma espécie de irritante no seio da classe política no poder.

Só por isso se explica que após vários anúncios e manobras, o tão falado pedido de impeachment contra o Presidente João Lourenço proposto pelos deputados da UNITA surge como manchete em alguns jornais, e prolifera nas redes sociais, mas ainda não chegou formalmente a "Casa das Leis”.

Eu deixo sobre essa matéria, desafiado por alguns leitores, um ponto de vista baseado na percepção e nos elementos informativos que são públicos e escrutináveis. Mais uma vez, a UNITA perde-se do essencial para abraçar o periférico tentando criar factos políticos e alimentar o desgaste da imagem pública do Presidente da República ou, no final do dia, tentando alimentar e insuflar a onda de descontentamento popular. É a sua deriva populista, não espanta.

Causa muita estranheza, desde logo, as manobras de bastidor ocorridas no seio da liderança da plataforma político-eleitoral sendo um dos elementos mais notáveis o dito pelo não dito de Abel Chivukuvuku. Mais estranheza ainda causa o facto do documento não ser assinado por todos os seus deputados, independentemente das razões ponderáveis a que invocam publicamente para justificar a falta de comparência de quatro dos seus deputados. E causa mais estranheza porque o mesmo pedido de voto secreto, de resto fundamentado pela constituição, não é ele próprio utilizado pela UNITA no seio da sua bancada para assim aferir se todos eles estão efectivamente tão alinhados.

Temos visto e ouvido algumas abordagens sobre este assunto apontando para a existência de algum descontentamento no seio da bancada parlamentar do MPLA. Essa abordagem não é publicamente testada. De resto, um comentário ou outro mais crítico não confirma desalinhamento em relação à ideologia, directrizes e à liderança do partido.
Entretanto, este axioma é válido num sentido como noutro.

Destarte, esperemos todos que a UNITA tenha a mesma serenidade caso ocorram, no voto secreto, expediente que não utilizou para aferir o quanto todos os seus deputados concordam, no seu amago, com a iniciativa, e então virmos que alguns dos seus deputados venham a mostrar-se contra a iniciativa. Haverá responsabilização política? É que a lógica de "descontentes” não há apenas de um lado. É ou devia ser vista como normal, no seio das organizações, tratadas em sede própria, sem que isso chamusque o essencial dos princípios, do meu ponto de vista, invioláveis. Um deles é o de que em democracia prevalece o primado da maioria. Goste-se ou não temos de aceitar e respeitar os resultados da votação, seja qual for e não procurar atalhos para depois subverter aqueles resultados. É claramente o que está a acontecer aqui.

Mais uma vez, é possível constatar a ausência de soluções com propostas concretas por parte do partido para as questões do quotidiano, agarrando-se meramente à agenda do poder, do chafurdar a imagem das instituições, algumas delas onde o próprio partido faz parte, pelo menos para o que lhe interessa. Por isso, a proposta de impeachment não roca, é puro oportunismo.

A história nos mostra que, para construir uma nação forte e coesa, não basta apenas criticar e maldizer, como é seu apanágio, a partir da sua zona de conforto. É preciso apresentar alternativas claras, ser propositivo e buscar consensos. Mas a postura adoptada pela UNITA, ao que parece, tende a repetir erros do passado.

Esse atalho para chegada ao poder é só mais uma mostra do quanto os resultados não importam, nunca importaram. Só hão de importar quando a UNITA for poder e os demais não poderão reclamar de ausência de lisura e transparência do processo. Outra equivocada e histórica arrogância.

Na outra face da mesma moeda (Angola), também não tenhamos dúvidas: precisamos de adoptar uma postura governativa mais dialogante, que não diabolize o ser-se da oposição e o pensar de forma contrária. Quem é Governo tem o dever da ética republicana de escutar as vozes das várias sensibilidades nacionais. Que não tenha receio de estar com o Povo ali onde ele estiver, coparticipando nas soluções dos problemas do seu quotidiano. Mais do que isso, que possamos em definitivo deixar de olhar a imprensa e os jornalistas como adversários, pelo contrário, possamos perceber que estes são intermediários do espaço público, não precisando de ser pró ou contra quem quer que seja. Precisam essencialmente que sejam isentos, objectivos e directos.

Manipulando jovens e levantando camufladamente a bandeira do caos, o partido líder da oposição demonstra falta de responsabilidade com o presente e, principalmente, com o futuro de Angola, uma vez que num cenário em que essa força venha a ser poder não estaria ilesa desses artifícios do seu modus operandi.

Lembremos de uma Angola onde a paz era frágil e a certeza de um futuro melhor parecia distante. O caminho para um país mais justo e desenvolvido não é trilhado com tácticas que visam apenas desestabilizar. É trilhado com diálogo, com propostas e, acima de tudo, amor pelo povo angolano, o que não se confunde com a ambição pura e dura de ser ou chegar ao poder. Nesse capítulo, a advertência de Dom Manuel Imbamba pareceu muito clara, ao notar que se pensa mais nos partidos do que no país.

Morder a isca lançada pela UNITA seria um retrocesso para Angola, levando-nos de volta a um passado de incertezas, instabilidade e, pior do que isso, de conflitos. Agora, mais do que nunca, é o momento de olhar adiante, de priorizar a construção colectiva e de não se deixar levar por propostas vazias e divisivas.

E digo isso, porque não são, por exemplo, conhecidas as iniciativas do chamado governo sombra da UNITA. O nosso quotidiano é apoquentado por uma série de situações e não os vemos falar, propagar as suas propostas, passando muitas vezes a ideia de que abandonaram o povo para se dedicar as mordomias da sua condição. E se há redes sociais para as manifestações, também deveria haver para as suas propostas. Mas não, é mais fácil usar as redes sociais para o populismo.

Angola merece mais. Merece um debate político sério, elevado e comprometido com o seu progresso social e económico. A esperança é que a sociedade, atenta e consciente, não permita que a certeza do passado retorne e nos arraste para as sombras de tempos que desejamos deixar para trás e completamente enterrados.

Num país com a maioria da população jovem, grande parte nascida depois do conflito, o História não pode ser sonegada para que não nos arrependamos, mutatis mutandi, como acontece hoje com os líbios. Precisamos juntos de tornar Angola um país viável. Aos nossos stresses do momento não podemos "ajuntar” também alguma instabilidade política.

Na encruzilhada em que nos encontramos, todos contamos para que o futuro seja melhor. Percebendo o que dizia o Presidente Lula da Silva, não podemos nos ater aos recursos. A aposta deve ser o capital humano e a tecnologia, essas sim, são as condicionantes do nosso desenvolvimento. É isso que eu espero ouvir mais da UNITA e de outras forças políticas, propostas, subsídios às soluções, que modelos a seguir. O que fazer ou como fazer diferente?

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/impeachment-ou-um-novo-atalho-para-chegar-ao-poder/

ACJ : O INCANSÁVEL ANTI-PATRIOTA Emanuel KadiangoAo contrário do que os mais incautos julgam de Adalberto Costa Júnior, ...
29/08/2023

ACJ : O INCANSÁVEL ANTI-PATRIOTA

Emanuel Kadiango

Ao contrário do que os mais incautos julgam de Adalberto Costa Júnior, atribuindo-lhe uma qualidade de salvador da pátria numa altura em que o país enfrenta uma crise económica, o homem é um dos indivíduos mais interessados no aprofundamento das dificuldades sociais dos angolanos.

Ele e a sua corja acreditam que contribuir para a degradação social dos angolanos é a via mais rápida de atingir os seus intentos, já que uma situação de caos social precipita o derrube do sistema de poder. Os mais sensatos, que primam pela ética republicana e pelo patriotismo, não encontram nexo neste posicionamento e, por isso, consideram-no um traidor da pátria, cujo objectivo principal é destruir o futuro de Angola e aumentar a sua dependência ao Ocidente e, sobretudo, a Portugal, a sua pátria-mãe.

Só assim se justificam as suas manobras venais durante as digressões que efectua ao exterior do país, onde tem encontros com diferentes entidades, minando a imagem de Angola.

CASOS CONCRETOS:

1) Na viagem que realizou recentemente a Washington (a 23 de Julho), Adalberto Costa Júnior contactou o Banco Mundial (BM) para cravar mais uma machadada sobre o dorso de Angola: contra todas as expectativas da instituição de Bretton Woods, que esperava de um político angolano postura de advocacia para um apoio substancial ao país que se debate com uma crise financeira, eis que o "nosso Aldrabas" sacou da cartola uma advertência no mínimo insana: 《deixem de apoiar o Governo de Angola porque o dinheiro do Banco Mundial é usado para as acções do partido MPLA》.

Incrédulos, os técnicos do Banco Mundial desmentiram na hora o aldrabão compulsivo, com todas as provas da gestão transparente dos fundos concedidos pelo BM.

Se este posicionamento causou espanto e indignação no seio dos técnicos do Banco Mundial, vários observadores norte-americanos, entre os quais indivíduos do antigo lobby do Galo Negro em Washington, consideram Adalberto Costa Júnior o pior líder que a UNITA já teve, porque os outros, ao menos, diziam defender os interesses de Angola, embora nalguns casos da forma mais disparatada e sanguinolenta, como Savimbi. Não será por mero acaso que o avisado Jardo Muekália, militante veterano da UNITA, que reside em Washington e conhecedor dos meandros políticos dos EUA, se demarcou deste abutre.

Com efeito, informado no dia 21 de Julho último sobre a deslocação de ACJ aos EUA, Jardo Muekália preferiu ausentar-se de Washington DC, por uma semana, com o pretexto de concluir uma sessão de treinamento do seu trabalho no Estado do Texas, pelo que voltaria a Washington DC, uma semana depois.

É fácil inferir que Jardo Muekália não quis associar o seu nome a um exercício antipatriótico, protagonizado por um indivíduo com interesses escusos e com quem, por sinal, não priva.

Frustrado, o traidor da pátria continuou a sua saga, tentando aproximação com líderes de outros países onde Angola goza de reputação e influência.

2) Durante a visita do Presidente do Brasil a Luanda, tentou forçar um encontro com Lula da Silva, com o mesmo objectivo de travar apoios do Brasil à economia angolana.

Lula da Silva, político astuto que já não cai em contos de vigários, negou-se terminantemente a receber o vende-pátria, explicando aos emissários que tinha no programa da visita de Estado uma ida ao Parlamento onde os diferentes partidos estão representados e que isso bastava. Portanto, nada de encontros a sós nem de privilégios imerecidos!

Zangado, ACJ aguardou pelo momento certo para se vingar da estrondosa nega: instruiu a sua milícia cibernética a deturpar as palavras de Lula da Silva ditas em tom descontraído no Palácio Presidencial, na vá e desesperada tentativa de colocá-lo contra o seu homólogo, o seu anfitrião, e resultar disso um irritante diplomático. Só que os dois estadistas estão muito à frente, em política, do trapalhão aprendiz, um betinho que, quando os outros combatiam contra inimigos poderosíssimos, se encontrava entre Rossio e Veneza em deambulações peregrinas. Pouco se pode esperar, na verdade, do cidadão que até prova em contrário é português.

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