11/03/2020
Minha segunda sugestão de leitura é o excelente “Intimate Communion” (Comunhão Íntima), de David Deida.
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Este livro precede o “Superion Man” e traz os principais fundamentos da visão de Deida sobre o masculino e o feminino.
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Independentemente do s**o biológico, gênero, ou orientação sexual, todos nós manifestamos aspectos do masculino e do feminino em nossa vida.
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O masculino é a consciência, sua capacidade de presença, atenção e seu senso de direção e propósito na vida. Está associado ao “vazio” - a ‘vacuidade’ no budismo -, à busca de liberdade. Tem como característica o estar “dissociado” da vida, como um observador impassível, imutável, intocado por eventos e acontecimentos. É tudo aquilo que, em você, não muda com o passar do tempo.
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O feminino, por sua vez, é TODO O RESTO: tudo o que varia, muda de humor, clima, condição. Assim, é a própria manifestação da sua energia vital. Seu corpo vivo, pulsante, em permanente mudança. Sua luz, seu brilho pessoal. Tudo o que é “manifestação” no plano da consciência.
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Cada instante traz, então, essa dupla oposição dos aspectos masculino (“consciência”) e feminino (“energia” / “luz”). Isso ocorre todo o tempo, a cada instante, neste universo dual que habitamos.
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Deida expõe ainda as três maneiras de se relacionar: (1) o amor (ser “um” com o outro), (2) a atração sexual (baseada no conceito de “polaridade”) e (3) o romance.
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E elabora também o que ele chama de três níveis de relacionamento: o 1º estágio (egoísta e auto-centrado, “eu e meu mundo”), o 2º estágio (onde admito a existência de “eu e outro” e busco um equilíbrio negociado em cada relação) e o 3º estágio (da ação altruísta no mundo, em prol de algo maior).
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Conclui demonstrando que os estágios também se manifestam socialmente, de modo que algumas sociedades estão ainda no 1º estágio (típico modelo do patriarcado, relação de co-dependência entre o homem e a mulher: Estados Unidos nos anos 50); outras encontram-se no 2º estágio (real independência e autonomia entre os gêneros, mais evoluído e equilibrado: talvez apenas na Califórnia, NY e países escandinavos); e algumas pequenas comunidades onde o 3º estágio (da transcendência do ego) predomina entre entre as relações.
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No Brasil, estamos neste momento fazendo - com as rodas de conversa entre homens, os movimentos de sagrado masculino / feminino -, um GIGANTESCO esforço de transição de uma sociedade tipicamente de 1º estágio para o 2º. Precisamos continuar “empurrando” nessa direção, pois ainda há muito o que fazer!
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Boa leitura! Aho! 🙏👊