Wilson Cid

Wilson Cid Página do jornalista Wilson Cid. Política e atualidades.

24/07/2024

E L E I Ç Ã O 2 0 2 4 E M P A U T A ( LXXIII)

LIÇÃO DA ABSTENÇÃO
Não se sabe se os candidatos a prefeito, quase todos já conhecidos, tiveram tempo e vagar para avaliação cuidadosa das experiências que f**aram da eleição de 2020, quando estiveram em cena duas candidatas que agora voltam a disputar. É o caso, por exemplo, de estudar as tendências do eleitorado minoritário, e como poderiam estar pensando os que o compuseram; e, quatro anos depois, como se sentem ante as questões que mais diretamente interessam ao futuro da cidade.

Mas, esse ainda não é ponto que surge como o mais importante para a reflexão dos candidatos e dos assessores que vão orientar as campanhas. Nessa linha, pode ter grande importância a análise do fenômeno da abstenção no segundo turno do pleito municipal anterior. Os números parecem signif**ativos: 29.12%, o que representou 119.497 eleitores, que não foram definir seu voto entre Margarida Salomão e Wilson Rezende. Não saíram de casa. Há quem opine que tão expressiva ausência deveu-se, em grande parte, ao eleitorado mais idoso, recolhido por temer os riscos da Covid, que grassava naquele ano. Agora, vencido o temor, um contingente expressivo daquele abstencionismo estaria de volta em outubro próximo. Pode ser apenas um palpite, mas merece atenção.

FORA OS EX
Tirante Tarcísio Delgado, que trabalha para a eleição do filho, Júlio, os ex-prefeitos não têm revelado entusiasmo pela campanha eleitoral, no que diz respeito à eleição majoritária. Alberto Bejani cuida, no que pode, para reeleger o filho vereador. José Eduardo, Custódio Mattos, Antônio Almas não expuseram sua preferência. Igualmente Bruno Siqueira, que tem se dedicado a colaborar apenas na organização nacional do Avante.

ROTAS SEPARADAS
Se os ex-prefeitos mantêm-se equidistantes, a mesma observação não é válida para figuras de prestígio no tucanato da cidade. Consta que o ex-vereador Rodrigo Mattos e o ex-secretário jurídico do segundo mandato do prefeito Custódio, Gustavo Vieira, além do ex-presidente do diretório do PSDB, Luiz Eugênio, estão na campanha de Charlles Evangelista, do PL. Numa rota diferente, mensagem da campanha da prefeita Margarida Salomão informa a adesão da ex-vereadora Sueli Reis, que foi do PSDB, partido também de Manoel Barbosa, agora no PSB, apoiando a chapa PT-Marcelo Detoni. Sueli nega participação, empenhada apenas no seu escritório de advocacia.

HERANÇA
Credite-se ao ex-prefeito Alberto Bejani robusta contribuição para a história do socialismo mineiro, particularmente de Juiz de Fora. O presidente do PSB no Estado, deputado Noraldino Júnior, foi secretário de sua administração, como também participou de seu secretariado o empresário Marcelo Detoni, confirmado agora vice-prefeito na chapa petista de Margarida Salomão. Detoni é presidente do partido na cidade.

O PSB tem a filiação do vereador Bejaninho. O que vale dizer: o novo socialismo, ao sopro dos ventos do Paraibuna, inspira-se no bejanismo, uma linha política que pode estar afivelando as malas para voltar ao poder num futuro próximo.

(( A história do socialismo em Juiz de Fora deu um vigoroso salto ideológico. Nos anos 50, e mesmo nos tempos quentes do golpe de 64, suas expressões eram bem diferentes: Irineu Guimarães, Tomás Bernardino, Sílvio Rodeghery, Raimundo Nonato, Lindolfo Hill, Mílton Fernandes, entre os principais ))

UNIÃO BRASIL
O diretório municipal do União Brasil, presidido pelo vereador Antônio Aguiar, aprovou a chapa de candidatos a vereador, em convenção realizada na segunda-feira. Dizia o presidente que foi resultado de um ano de pesquisas e consultas, o que o leva a admitir que é uma lista qualif**ada.

Esse partido tem um detalhe particular: em cidades com mais de 200 mil eleitores, como Juiz de Fora, a escolha do candidato a prefeito tem de passar pelo crivo das executivas estadual e federal. Quanto a nomes a serem analisados, os convencionais mostravam-se divididos. Mas, acertado ficou o apoio a Ione Barbosa, com sugestão de o vice ser o advogado Fernando Fagundes Reis.

FÉ E ESPERANÇA
Levantamento superficial, antes de iniciadas as convenções partidárias, indicava que são cerca de vinte os evangélicos militantes que vão disputar a preferência do eleitorado da cidade neste ano. Quase todos sonhando com a conquista de uma cadeira na Câmara. Quanto à eleição majoritária, a luta nos templos e salões de oração está concentrada na deputada Ione Barbosa, da Batista, e no pastor Gilmar Garbero, da igreja Estrela da Manhã, que vem como vice na chapa de Charlles Evangelista.

MAIS VOTANTES
Concluídos e conferidos os mapas dos mineiros aptos a votar em outubro, o TRE informou que, em dois anos, aumentou em 178.276 o número dos que vão, pela primeira vez, escolher prefeito, vice e vereador. Minas tem agora 16,4 milhões, como segundo colégio eleitoral do país, superado apenas por São Paulo.

Explica-se aí o interesse dos partidos pelas lideranças mineiras, com vistas à sucessão presidencial de 2026.

FORA DE CENA
Além de ex-prefeitos citados, sem participação ativa na campanha eleitoral, há vários ex-deputados também ausentes. É o caso de Sebastião Helvécio, cinco vezes deputado estadual e ex-vice-prefeito. A coluna de Márcio Fagundes, no jornal Estado de Minas, informa que Helvécio, consultor do Banco Mundial, está de viagem marcada para Tadjiquistão, na Ásia Central, onde vai falar sobre tribunal de contas, assunto em que se especializou.

PRIORIDADES
Vereador Marlon Siqueira, que busca a reeleição, tem insistido no discurso que privilegia o desenvolvimento econômico, não apenas como forma de ampliar as riquezas do município, mas também solução concreta para melhorar a empregabilidade e a vida dos que trabalham. Ele considera que é prioritário para Juiz de Fora disputar, com vigor, novos projetos industriais e comerciais.

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Em 25 de julho de 1935, o presidente Getúlio Vargas, que durante 12 dias havia instalado, informalmente, o governo em Juiz de Fora, aproveitou para passear. Esteve no Museu Mariano Procópio, na sede da Quarta Região Militar, conheceu a fábrica de artefatos bélicos, em Benf**a, e visitou as obras de abastecimento de água. Foi o presidente da República que mais esteve na cidade: seis vezes. Em duas oportunidades, 1934 e 1935, fez com que seu ministério viesse despachar na Fazenda São Mateus.

Na nossa coluna de hoje, no JB.
23/07/2024

Na nossa coluna de hoje, no JB.

Por muito anos, a página 2 do JB foi ocupada pela Coluna do Castelo, redigida com maestria e elegância por Carlos Castelo Branco. Na ausência do titular, chamava-se Coisas da Política, e também era assinada por jornalistas do primeiro time , como Villas-Bôas Corrêa e Wilson Figueiredo. Os aut...

18/07/2024

E L E I Ç Ã O 2 0 2 4 E M P A U T A (LXXII)

AS CONVENÇÕES
No sábado, segundo o calendário eleitor oficial do TSE, começa a temporada das convenções dos partidos oficialmente constituídos, com prazo até 5 de agosto para decidirem sobre seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. Trata-se de um dos prazos que não permitem alterações, estando as candidaturas inviabilizadas, no caso de descumprimento. Começa a ser contado, igualmente, o tempo para que os candidatos apresentem relatório sobre origem dos recursos financeiros obtidos para o financiamento das campanhas.

As convenções não deixam de ser importantes para os filiados, porque são a oportunidade única para que travem contato com seus partidos. Ideal que não fosse assim, mas frequentes as reuniões destinadas a avaliações, instruções e projetos. Nada há que obrigue uma organização partidária a conviver periodicamente com os filiados, só lembrados quando chega a hora de definir candidaturas. Como agora.

A PRIMEIRA
A primeira convenção partidária na cidade, no sábado, será do PRD – Partido Renovação Democrática, oficialmente criado em novembro do ano passado, resultado da fusão do Patriota com o Partido Trabalhista Brasileiro. A nova sigla ainda não se manifestou sobre questões municipais.

A convenção seguinte, na segunda-feira, à noite, na Câmara, será do União Brasil.

OS AUSENTES
Na segunda-feira foi sepultado o ex-deputado Marcello Siqueira, aos 86 anos. Tornou-se menor o grupo de antigos e fiéis colaboradores do presidente Itamar Franco, que tinha, como hábito, confiar cargos e missões especiais a amigos de estrita confiança. Já havia perdido, em poucos meses, a secretária Neusa Mitterhoff e os ex-ministros Saulo Moreira e Murílio Hingel. Bem antes, em meio à pandemia, morreu Djalma Morais, outro influente. Hoje, da antiga assessoria, restam Thales Ramos e Henrique Hargreaves.

MEIA DECISÃO
O PSB confirmou sua convenção municipal para a próxima terça-feira, com a presença do presidente estadual, deputado Nonaldino Júnior. Uma novidade: naquele dia, os convencionais serão chamados a votar apenas na chapa dos candidatos à vereança. Quanto à candidatura a prefeito, o partido vai f**ar no aguardo da decisão do PT, onde está acertada uma aliança que define o empresário Marcelo Detoni como vice na chapa da prefeita Margarida Salomão. Consolidado o acordo, a aliança passa a viger automaticamente.

Sem previsão de surpresas quanto ao vice. Tudo ajustado.

PRETO NO BRANCO
O pré-candidato a vereador José Figueirôa deve sentir que uma faixa signif**ativa do eleitorado desconfia de promessas em tempo de campanha eleitoral. Tanto assim que, inovando, prometeu para esta quinta-feira, às 18h30min, a assinatura de uma carta-compromisso com a c idade, enfocando questões essenciais, como assistência social e meio ambiente. O ato será numa sala da Avenida Rio Branco, 2053.

UM DOS DOIS
Depois de especulações e muitas consultas, o Novo decidiu que não terá candidato próprio à prefeitura, como também não alimenta a pretensão de indicar um nome para vice. O que está para ser definido, nas próximas horas, é se dará apoio à deputada Ione Barbosa, do Avante, ou a Charlles Evangelista, do PL. Caminhará com um dos dois.
O rumo que tomar, sinalizará, certamente, as ideias do governador Romeu Zema em relação ao futuro político de Juiz de Fora.

ESCÂNDALO
“Um mínimo de compostura está a exigir que a sociedade seja informada, com o máximo de clareza, sobre o destino dado às nebulosas Emendas Pix, robustecidas com mais R$ 9 bilhões, em semana de definições políticas. Os deputados ganharam o direito de distribuí-las como convier à sua campanha de reeleição, f**ando com os prefeitos da preferência aplicá-las ao gosto. Trata-se de uma imoralidade, mesmo que destinadas a socorrer evidentes necessidades do município contemplado. Nada justif**a ausência de transparência na aplicação de dinheiro público”. (deu no Jornal do Brasil, anteontem)

OLHO NO AMBIENTE
O MDB, que tem como pré-candidato à prefeitura o ex-deputado Júlio Delgado, foi o primeiro a apresentar proposta objetiva sobre ações administrativas prioritárias para o município nos próximos anos. Enfoque para as questões ambientais. Nesse particular, são indicadas atenções especiais para a Barragem Chapéu D’Uvas, que vai servir à população nas próximas três décadas, um programa permanente para conter enchentes e tratamento de esgotos. E, ainda, atenção para o que os técnicos chamam “cidade esponja”, isto é, a capacidade de as áreas urbanas absorverem, com mais facilidade, o excesso das chuvas.

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Autoridades municipais têm sido, informadas, oficiosamente, que os serviços do Judiciário do Estado deverão ser transferidos para a nova sede, na avenida Brasil, até maio de 2025. O resultado desejável dessa transferência é o Benjamin Collucci ser ocupado logo pela Câmara, agora funcionando no velho Barbosa Lima. Com isso, a expectativa de esse espaço ser destinado a projetos culturais.
Até 1916, funcionaram ali todos os serviços municipais, à exceção da Saúde. Quase nessa mesma época teve início longa discussão sobre a propriedade do terreno, desejando o Estado tomá-lo de imediato. Foi mais longe seu intento. Na década de 70, o governo desejou doar o prédio a uma entidade estudantil. Fracassou, porque não teve como provar a propriedade.

Hoje, no JB:
16/07/2024

Hoje, no JB:

Por muito anos, a página 2 do JB foi ocupada pela Coluna do Castelo, redigida com maestria e elegância por Carlos Castelo Branco. Na ausência do titular, chamava-se Coisas da Política, e também era assinada por jornalistas do primeiro time , como Villas-Bôas Corrêa e Wilson Figueiredo. Os aut...

12/07/2024

E L E I Ç Ã O 2 0 2 4 E M P A U T A ( LXXI)

LONGO PRAZO
Há uma explicação, sob ótica estratégica, para a resistência que importante facção do PT vem criando, em relação a um candidato a vice-prefeito que não seja de suas fileiras; sobretudo se for nome do PSB, porque nesse caso mais nítida ainda seria a carência de afinidade. Quem explica é veterano conhecido do partido: o projeto do PT não se esgota no pretendido novo mandato da prefeita Margarida. Vai mais longe, envolve gente da intimidade petista, a começar pela deputada federal Ana Pimentel. A propósito: o ex-deputado José Dirceu insiste em afirmar que um projeto de poder não pode pensar em menos de 12 anos.

Uma composição com vice “estrangeiro” das hostes do partido, diante da eventualidade de assumir metade do próximo mandato da prefeita, resultaria prejudicial para os planos,em benefício da direita.

SOBRE PROMESSAS
Chegando as convenções partidárias, conhecidos os candidatos, aberta a campanha, os eleitores passarão a conviver, diariamente, com promessas de campanha. Cabe lembrar que a responsabilidade não é apenas de quem faz a promessa, mas também quem acredita nela. Sobre o assunto, anteontem, o “Jornal do Brasil”, comentou:

“Para que o eleitor não se deixe enganar, conveniente é ter em mente que o pronunciamento de candidato sempre foi, e sempre será, uma proposta de ideal, do desejável. Muitas vezes o intangível, pouco tem a ver com o real. Ele fala em coisas com que sonha e com que sonham os eleitores. A propósito, cabe, por oportuno, uma palavra em defesa do presidente, muito criticado nas redes sociais, porque, em campanha, propôs, a todos os brasileiros, “uma picanha passada na farinha, com uma cervejinha gelada no fim de semana”. Id**ta foi quem acreditou nisso, porque Lula apenas prometia o ideal; e o ideal não tem compromisso íntimo com a realidade. Aqui e em qualquer lugar do mundo. De Gaulle, por exemplo, advertia que promessa de campanha só compromete quem ouve”.

CARTILHA
O comando nacional do PT elaborou uma cartilha, destinada a orientar seus candidatos a prefeito. Uma das sugestões é que aperfeiçoem a aplicação do IPTU, como forma de valorizar os espaços urbanos. Da mesma forma, que os candidatos atentem para a importância da aplicação do ISS, seguramente o campeão entre os mais sonegados.

PALAVRA DE BISPO
Bispos da Baixada Fluminenses, antecipando-se aos seus irmãos de fé, divulgaram carta aos |eleitores católicos, chamando atenção para as responsabilidades, entre as quais votar em candidatos identif**ados com questões básicas da Igreja. Como “a defesa da concepção até a morte natural”, o que é uma convocação a não votar em que aceita o ab**to. Reconhecem os bispos, integrantes da Regional Leste 1, um clima de frustração e pessimismo precedendo o processo eleitoral, mas apelam para o passo concreto rumo à “superação das divergências e das inimizades”.

ESPERANÇA
O MDB, que já foi a força política mais expressiva da cidade, liderou o quadro de filiações na movimentação da troca de siglas, para quem vai disputar em outubro. Soma-se a isso o fato de ter ampliado, consideravelmente, suas bancadas legislativas. É o que tem animado os dirigentes em Minas. As 159 prefeituras conquistadas em 2016 caíram para 100 em 2020.

ALÍVIO
Havia uma ideia de que a federação partidária tornava-se, automaticamente, solidária com uma de suas siglas que descumprisse obrigações com a Justiça Eleitoral, como, por exemplo, a prestação de contas. Nada disso. Definiu e decidiu o ministro André Mendonça, do TSE. Cada partido que cuide de suas obrigações. Se descuidado, os demais integrantes da federação nada têm a ver.

DESLIGADO
Cumprindo o que determina a legislação eleitoral, em relação aos candidatos, o ex-deputado Isauro Calais desligou-se da assessoria técnica do deputado Leonídio Bouças (PSDB) na Assembleia Legislativa. Não agisse assim, desincompatibilizando-se, estaria impedido de disputar a prefeitura.

AUSENTES
São muitas as razões levantadas pelas mulheres para lamentar sua pálida participação nos destinos políticos do país. Por exemplo, entre 5.600 municípios brasileiros, nas câmaras de 1.800 deles não há uma única vereadora. Fruto da antiga lógica machista.

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No nosso diário político, o 11 de julho, 1937, marcou um incidente que, anos seguidos, resultaria em prejuízos para a cidade. Naquele dia, subindo a rua Halfeld, em campanha para José Américo, candidato à Presidência da República, o governador Benedito Valadares foi alvo de uma barulhenta hostilidade por parte dos defensores da candidatura de Armando Sales, que tinha um comitê funcionando no sobrado de número 758. Foi manifestação isolada, mas criou um clima de desprestígio para os interesses da cidade na capital.

Na coluna de hoje, no JB:
09/07/2024

Na coluna de hoje, no JB:

Por muito anos, a página 2 do JB foi ocupada pela Coluna do Castelo, redigida com maestria e elegância por Carlos Castelo Branco. Na ausência do titular, chamava-se Coisas da Política, e também era assinada por jornalistas do primeiro time , como Villas-Bôas Corrêa e Wilson Figueiredo. Os aut...

03/07/2024

E L E I Ç Ã O 2 0 2 4 E M P A U T A ( LXX)

MÃO PESADA
Já se falou aqui sobre os rigores da Súmula 73 do Tribunal Superior Eleitoral no caso de descumprimento da cota de gênero na formação das chapas de candidatos à vereança, sabido que elas têm de reservar uma participação mínima de 30% para mulheres. A burla no cumprimento de tal dispositivo é antiga, e para ela foi criada uma série de expedientes. A Justiça também define os recursos legais para incriminar mulheres que se prestam a participar das chapas como meras figurantes, sem nenhum interesse em se elegerem. Em Juiz de Fora, eleições passadas foram fartas no engenho para passar por cima da lei.

Mas o castigo promete ser mais pesado para os partidos que optarem pela burla. Ficam sujeitos à cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários, e tornam-se inelegíveis os que praticarem ou participarem da fraude. Em outro ponto, a mão do TSE promete ser mais rigorosa: vai determinar a nulidade dos votos obtidos pelo partido, com a automática recontagem dos quocientes eleitoral e partidário.

CONVENÇÃO
O PDT marcou para o dia 25, à noite, na Câmara, sua convenção municipal, para apresentação da chapa de candidatos à vereança, e, também, confirmar apoio à candidatura de reeleição da prefeita Margarida Salomão, em aliança com o PT.

Está confirmada a presença do presidente estadual do partido, deputado Mário Heringer.

VOLTA SÓ
Despedindo-se, em sua rápida visita à cidade, na sexta-feira, o presidente Lula prometeu vir, de novo, antes da eleição, mas, dessa vez, sem poder ter ao lado a prefeita Margarida Salomão. Por força da legislação eleitoral, a partir de amanhã, ela f**a impedida de participar de atos públicos de inauguração, por ser candidata a um novo mandato.

VETERANO
Odelmo Leão, aos 87 anos, no quarto mandato de prefeito de Uberlândia, disputou e ganhou de Belo Horizonte e todas as cidades mineiras com mais de 100 mil habitantes, no concurso Cidades de Excelência, promovido pela Rede Band de Televisão. Ficou em primeiro lugar. Segundo os critérios do certame, a cidade de Odelmo prima, sobretudo, pela qualidade de vida da população.

IMPEACHMENT
No final da próxima semana, em local ainda não determinado, talvez até mesmo em praça pública, políticos e empresários direitistas pretendem se reunir, com o objetivo de engajar a cidade no movimento pela decretação do impeachment do presidente Lula. A campanha terá lançamento nacional, em Brasília, dia 30, voltada principalmente para o Congresso.

Na Câmara, o presidente Artur Lira tem mais de duas dezenas de pedidos, com tal pretensão. Muito difícil que prospere movimento nesse sentido. Mas, de certa foma, pode causar desgaste.

SEGUNDO O JB
“Há uma crença, no ralo das experiências políticas, que, se as opiniões são unânimes, melhor é deixar o problema para depois, adiar a providência que parece ser necessidade imediata; porque é na maturação que a solução brota. Pode ser, mas não desta vez, quando é inegável que o governo precisa rearticular, o mais rápido possível, suas relações com o Congresso e áreas produtivas, sob pena de ver crescerem as dificuldades, que, já hoje, tanto preocupam. É urgente debruçar sobre a forma de melhorar o diálogo e garantir resultados, sabido que há meses mostra-se fracassada a receita adotada, à custa de robustos favores a partidos, que só informalmente e ocasionalmente compõem a base parlamentar. Tudo isso, agravado desde a semana passada, quando o presidente e seus colaboradores empurraram para o colo de senadores e empresários a responsabilidade de criar alternativa compensatória, frente à desoneração das folhas de 17 setores com altos índices de emprego. Um inusitado jogo entre culpas e desculpas. Não se tinha visto algo semelhantes: já que uma proposta é recusada, em parte, no parlamento, que se jogue sobre ele missão que, preferencialmente, não lhe cabe”. “ (Extraído do “Jornal do Brasil”, 18 de junho)

DENÚNCIA
Na Comissão de Segurança Pública, o deputado Júnio Amaral, do PL, denunciou que, em Juiz de Fora e na região, a polícia está f**ando sem condições de trabalhar. O responsável, segundo ele, é o promotor público Élvio Simões, que estaria limitando as ações na área de segurança, interferindo e constrangendo os policiais. Mais grave: “orientando criminosos para se defenderem, em favor da criminalidade”. Amaral acrescenta que são muitas as queixas.

RUMO À VEREANÇA
Faz sentido a luta entusiasmada que se trava nos partidos e nos bairros, com o objetivo de somar votos suficientes para que alguém se eleja vereador; faz sentido, porque, elegendo-se, tem ele garantia de um subsídio nunca inferior a R$ 20 mil por mês, durante quatro anos. Ainda agora, chamados a decidir, os atuais deram-se a um aumento, com exceção de cinco, que se sentiram constrangidos: Cida Oliveira, Antônio Aguiar, Maurício Delgado, Nílton Militão e Sargento Mello.

O vereador tem outras fontes de estímulo, a começar pelo fato de a Câmara colocar oito assessores à sua disposição. A equipe pode se ampliar, se ele contar com as boas graças da Mesa. Como também, encaixar algumas nomeações, se as graças se estenderem ao Executivo.

E, na Lei de Meios do próximo exercício, cada um poderá contar com emendas de até R$ 3 milhões.

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Este 4 de julho é data signif**ativa para a Igreja Católica de Juiz de Fora. Há 100 anos, 1924, o Vaticano estava publicando a bula de nomeação do Cônego Justino José de Santana para assumir o bispado que acabava de ser criado na cidade. Era vigário da obscura Canavieiras, no interior da Bahia. Aqui, durante 66 anos, conseguiu manter a linha católica dentro dos padrões conservadores, mas sempre dialogando com lideranças políticas que não rezaram em sua cartilha. Exceção apenas para os comunistas…

Hoje, na nossa coluna semanal, no JB.
02/07/2024

Hoje, na nossa coluna semanal, no JB.

Por muito anos, a página 2 do JB foi ocupada pela Coluna do Castelo, redigida com maestria e elegância por Carlos Castelo Branco. Na ausência do titular, chamava-se Coisas da Política, e também era assinada por jornalistas do primeiro time , como Villas-Bôas Corrêa e Wilson Figueiredo. Os aut...

26/06/2024

E L E I Ç Ã O 2 0 2 4 E M P A U T A ( LXIX)

COM AS MULHERES
O papel da mulher no processo eleitoral sempre leva a duas vertentes. Advoga-se maior participação feminina nos destinos da política, mas elas recuam, quando chamadas a se baterem nas urnas, mesmo com a garantia legal de que os partidos têm de lhes destinar 30% das chapas de candidatos. Quase sempre, os partidos passam aperto para cumprir a cota legal, o que os obriga a lançar mão das costumeiras enganações.

Há casos, que não são raros, em que ocorre uma das duas versões: ou elas não querem disputar, ou, querendo, sofrem tenaz má vontade dos dirigentes partidários, que gostam de ver as chapas tomadas por homens experientes, com maiores chances de se elegerem.

Mas, doa a quem doer, vem aí a Súmula 73, do Tribunal Superior Eleitoral, que, ao mesmo tempo em que orienta, promete mão pesada sobre os infratores, os que pretendem dificultar o acesso às mulheres. Como também vai castigar as “laranjas”, que aceitam disputar, só para fazer número. As que “fazem de conta” que são candidatas à Câmara Municipal, não querem saber de votos, ganham algum dinheiro “por fora”, e vão descansar em Cabo Frio. Isso aconteceu inumeráveis vezes em eleições passadas.

A Súmula promete identif**ar as candidatas “de araque”. Como? As que zerarem votação, não terem despesas de campanha, ou, ainda, revelarem ausência de movimentação financeira.

QUESTÃO DE TETO
O Republicanos vem monitorando, ainda que com poucos dados disponíveis, o quadro de tendências dos principais colégios eleitorais em Minas. Aqui, o partido anima seu candidato a prefeito, Isauro Calais, lembrando que todos os seus concorrentes têm um teto de expectativas; isto é, um máximo tradicional de votação, que só poderiam vencer com muito esforço. No entendimento do partido, seu candidato em Juiz de Fora ainda não chegou ao teto.

Ontem, Calais foi a Brasília gravar pronunciamento de apoio do senador Cleitinho Azevedo.

TEMA AUSENTE
As campanhas eleitorais dos últimos 15 anos na cidade tiveram, como um dos temas preferenciais, a promessa de construção do Hospital Regional, apesar de sempre indicado como excessivamente custoso, inadequado e desnecessário. Um engodo dirigido ao eleitorado. As obras começaram em 2009, interrompidas em 2012, retomadas em 2013, novamente suspensas em 2017. Agora, o projeto é definitivamente sepultado.

Vejamos o que as lideranças políticas sobreviventes têm a dizer.

VICE NA TELA
Prospera, cada vez com menores resistências de ambos os lados, a aliança do MDB com o PSDB, tantas vezes adversários na política municipal, mas agora circunstancialmente aproximados. O resultado é ceder aos tucanos o direito de ocupar a vice na chapa de candidato a prefeito do ex-deputado Júlio Delgado. O nome acertado é Débora Lovisi, que já disputou, pelo partido, na eleição passada, uma cadeira na Assembleia.

A MÁQUINA
Dados confirmados pela Confederação Nacional dos Municípios indicam que, ao tentar a reeleição, os prefeitos sempre dispõem, sobre os concorrentes, da vantagem de terem a máquina à mão; isto é, o poder de colocar as prefeituras a serviço do projeto político. Em 2020 a recondução dos prefeitos bateu recorde: 63%. Mas já tinha estado em 67% na eleição de 2008. Em 2016, o percentual mais baixo: 47%.

Os novatos sempre tiveram de penar.

FORA DE HORA
A 2 Vara da Justiça de São Paulo deu o exemplo: multou o presidente Lula em R$ 20 mil, pelo crime de praticar propaganda eleitoral fora do prazo. Na festa de Primeiro de Maio ele pediu votos para Guilherme Boulos, candidato à prefeitura paulistana.
Vale a advertência: se o presidente da República é multado, que os próximos infratores ponham a barba de molho…

CONVENÇÕES
Só nesta semana os partidos começam a cuidar das convenções, que vão indicar seus candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito. O período estabelecido pela legislação é de 20 de julho a 5 de agosto. Em Juiz de Fora, o Republicanos definiu-se pelo 25 de julho.

MAIS ESPAÇO
Com toda certeza, o próximo prefeito terá de reavaliar os espaços físicos da administração. As demandas sempre superiores às disponibilidades. E o aluguel de imóveis particulares nem sempre foi a melhor solução. Ainda agora, o Banco do Brasil pede à prefeitura que desocupe as salas e salões ocupados por Conselhos e outros serviços municipais, na antiga agência da esquina com avenida Getúlio Vargas.

A agência do BB sai da rua Halfeld para dar lugar a um shopping.

NO EMBALO
O presidente Lula promete desembarcar aqui, nesta sexta-feira, para inaugurar, às 15 horas, o viaduto Roza Cabinda, parte do programa de Segurança Ferroviária. Mesmo com três meses de antecedência, ele dá o pontapé inicial para o embalo da campanha eleitoral do PT. Mas é certo que o partido insistirá para que venha uma vez mais, antes da eleição.

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O jurista e diplomata Hélio Lobo Leite Pereira (1883-1960), de quem Otávio Mangabeira diria tratar-se de “um dos melhores homens que conheci em minha vida”, nasceu em Juiz de Fora. Na Cadeira 13, foi o primeiro dos três juiz-foranos a tomar parte na Academia Brasileira de Letras. Integrou a comissão de estudos que tratou de litígios Brasil-Peru, e, ainda como diplomata, serviu nos Estados Unidos, Uruguai, Paraguai e França. Servindo na Holanda, ocorreu fato que o celebrizou: estava em curso a Revolução Constitucionalista de 1932, quando ele se recusou a visar documentos consulares destinados ao embarque de armas, que o governo Vargas usaria para combater soldados paulistas. Em carta, de próprio punho, ao presidente, explicou que “não contribuiria para o morticínio de jovens brasileiros que arriscavam a vida na restauração da legalidade”.

20/06/2024

E L E I Ç Ã O 2 0 2 4 E M P A U T A ( LXVIII)

SOBRE A DIREITA
Políticos, empresários e partidos de direita e direita moderada têm uma data-base de destaque em seu calendário. É o 6 de setembro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro estará aqui, para
relembrar, anos depois, o dia em que foi esfaqueado na Rua Halfeld. E, na mesma esquina do atentado, lançar a candidatura a prefeito do ex-deputado Charlles Evangelista, do PL.

O que os direitistas estão pensando a esse respeito? Primeiro é que, naquele dia, faltando exato um mês para a eleição, o painel das preferências da cidade em relação aos candidatos já terá indicações mais precisas sobre quais os dois que vão subir ao segundo turno. É quando também uma parcela insegura de eleitores dos não cotados começa a analisar alternativas. Principalmente se vingar o fenômeno da radicalização entre PL e PT. É a migração dos que “não gostam de perder o voto”…

Seja como for, as correntes de direita acham que não estão diante de uma jornada de facilidades, mas também longe da orfandade. Raciocinam: o candidato Charlles, além do apoio dos bolsonaristas, pode atrair os eleitores que priorizam o voto contra o governo Lula. Escapando dele, a tendência seria o voto para Ione Barbosa, que não reza na cartilha petista, é do agrado das igrejas evangélicas, simpáticas a Bolsonaro.

Há uma outra linha de raciocínio, esta mais de natureza especulativa. Se o candidato a vice-prefeito na chapa do PT for o empresário Marcelo Detoni, indicação do PSB, a direita viverá a boa expectativa de ele assumir, no meio do mandato.

SEM RADICALIZAR
O empresário Wilson Rezende, que, disputando a prefeitura em duas oportunidades, esteve muito próximo da vitória, ainda não disse se, mesmo sem ser candidato agora, terá contribuição ativa na próxima campanha. Mas, participando, no restaurante Sublime, do programa televisado Não Almoce Sozinho, com Mauro Cavaca, ele deixou um recado para quem estiver na luta de outubro: a grande questão é discutir temas de interesse da população; portanto, “não adianta a radicalização, que não resolve”.

O recado faz sentido, diante dos sinais de que, priorizados os temas nacionais, o futuro dos interesses da cidade fique relegado a segundo plano.

SEGUNDO TURNO
A acuidade dos observadores políticos mineiros revela, 100 dias antes da eleição para as prefeituras, que dificilmente escaparão do segundo turno Belo Horizonte, Juiz de Fora, Betim, Uberaba, Montes Claros e Ribeirão das Neves.

Todos com mais de 200 mil eleitores inscritos.

TEMA PREFERENCIAL
A pré-candidata a prefeita Ione Barbosa tem usado as redes sociais para criticar os serviços de transporte coletivo urbano. "O transporte público na cidade está em uma situação crítica: veículos sucateados, atrasos constantes, ônibus lotados e interesses políticos. Isso impacta, diretamente, a vida dos cidadãos que dependem desse meio para trabalhar, estudar e viver”.

Nesse campo, a prefeita Margarida se defende, fazendo lembrar o congelamento da tarifa desde o início de seu mandato, mediante subsídio municipal e a gratuidade da passagem aos domingos e feriados.

As duas, liderando as pesquisas, inteiramente contrárias diante do mesmo problema, permitem concluir que os ônibus vão estrelar a campanha.

REVERSÃO
Amigos e correligionários do vereador Maurício Delgado, do Rede, insistiram e, por fim, conseguiram fazer com que reconsiderasse a decisão de não disputar a reeleição. Vai disputar, apesar das decepções com a política. O que signif**a, então, que todos os 19 vereadores disputarão um novo mandato, salvo se, por força das circunstâncias, um deles sair para uma vice em chapa de candidato a prefeito.

OS CATÓLICOS
O arcebispo, dom Gil Antônio, fixou para setembro a divulgação de uma carta, destinada, principalmente, aos eleitores católicos, para advertir sobre a responsabilidade que terão, na hora de definir preferência em relação aos candidatos. Não divulgaria antes, até porque é preciso esperar que todos estejam indicados pelos partidos.

Segundo o metropolita, a mensagem não deixará de abordar questões essenciais na responsabilidade do voto, começando pela defesa dos princípios da democracia, além de questões sempre caras à Igreja, como moral e probidade no trato da coisa pública. Inevitável uma abordagem sobre o ab**to, tema que voltou à discussão.

Não haverá indicação de nomes, nem de partidos, tarefa a ser confiada à responsabilidade pessoal de quem vota.

ENTRE FAMÍLIAS
Do Jornal do Brasil vem a advertência de que “no mesmo dia em que o calendário eleitoral determinou a desincompatibilização de servidores que vão concorrer, em outubro, o Supremo Tribunal Federal derrubou, por 7x4, uma ação que pretendia impedir a consanguíneos ocupar, simultaneamente, cargos executivos e legislativos, tanto no âmbito federal como nos estados e nos municípios. Bem pensado, o que a ação desejou impedir - o uso familiar de cargos para proveito entre parentes – era um instrumento a mais destinado a garantia pleitos hoje com escassa seriedade”.

“À sombra das bênçãos do Supremo, o que vamos assistir, em outubro, com toda certeza, é a ampliação de abusos, sobretudo nos rincões distantes, que estão a salvo dos olhares mais críticos. Cônjuges, filhos, irmãos e cunhados consolidarão oligarquias, por onde passam e prosperam o nepotismo e o tráfico de influência. Basta observar os casos, que não são poucos, em que as câmaras municipais estão presididas pelos maridos de prefeitas, por esposas ou filhos dos prefeitos. Como esperar que o Legislativo cumpra a obrigação de fiscalizar o Executivo?, por esse Brasil afora, se as coisas podem ser facilmente acertadas durante um jantar em família”…

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Não há quem, passando pelas ruas centrais, não se escandalize com o número de mendigos; e, se à noite, com a população dos que dormem junto às portas das lojas. Dois prefeitos, Custódio Mattos e Tarcísio Delgado, enfrentaram com coragem o problema, sabendo que muitos dos abandonados procediam de cidades vizinhas. Já bastando os que temos aqui, era preciso devolvê-los às cidades de origem.

Hoje, ainda não se sabe o que os candidatos vão dizer a respeito, mas Isauro Calais diz que a triagem é fundamental, como primeiro passo para encarar o desafio.

O problema sempre existiu, menos na administração José Procópio Teixeira (1916-1926). A solução foi a seguinte: um convênio entre a prefeitura, que pagava as despesas; a polícia, que tirava os mendigos das ruas; as entidades conveniadas, que acolhiam. O Brasil inteiro elogiou.

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