racionalizepodcast

14/10/2020

A discussão dos algoritmos e o machine learning ra***tas voltaram. Eu estou falando disso faz um tempinho e vc que me acompanha sabe que é verdade.
Eu fiz um teste aqui durante a pandemia e a foto do cara branco que postei funcionou muito melhor a entrega e mostrei pra vcs isso!
Mas é importante falar que existem coisas que também contribuem para que um “algoritmos ra***ta” funcione bem:
- Eu com essa cara ☝🏿 não preciso postar um vídeo relevante.
- Eu com essa cara não precisaria fazer esforço pra chamar marcas
- Não precisaria que prestassem atenção no meu conteúdo.
- Já teria sido chamado pro seu programa, pro seu evento
- Você não precisaria insistir pra amigo seu nenhum curtir minha página
- O meu conteúdo sério seria visto como avanguard
- Falar línguas seria visto como algo inerente à minha inteligência natural
- Se eu fumasse maconha seria ousado
- Se eu fosse desbocado seria autêntico.
Os algoritmos estão aprendendo e sendo ensinados a empurrar o comportamento de quem é está aqui... Este ensina e nos mostra pra quem se vende e do que a sociedade gosta: Brancos! E você sabe!

13/05/2020

"No dia 13 de maio de 2020, a Abolição da Escravatura completa 132 anos, uma data histórica para o Brasil e principalmente para a população negra (que teve seus povos ancestrais escravizados, desumanizados e exterminados) e agora, pergunto a vocês prezados leitores e leitoras: nós negros e negras estamos livres?" .
Leia o Guest Post de Gustavo da Rocha Silveira em: www.geledes.org.br

21/02/2020

11/01/2020

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) prorroga, nesta sexta-feira (10/1), o prazo para inscrições do I Prêmio Expressões Culturais Afro-Brasileiras do Ceará, que tem como objetivo reconhecer e valorizar as formas de expressão, de celebrações e de saberes realizadas ou em andamento dos coletivos negros, das comunidades quilombolas e tradicionais de matriz africana e afro-brasileira sediadas no Estado do Ceará. Os interessados terão agora até o dia 11 de fevereiro de 2020 para inscrever projetos.

Mais informações: https://www.secult.ce.gov.br/2020/01/10/i-premio-expressoes-culturais-afro-brasileiras-do-ceara-inscricoes-prorrogadas-ate-11-de-fevereiro/

28/12/2019

Comecei a questionar-me sobre representatividade negra nos espaços públicos, majoritariamente, por pessoas brancas,

16/12/2019

Depois de acompanhar a viralização de vídeos nos quais pais negros penteiam os cabelos crespos

10/12/2019

Há como se manter indiferente diante do extermínio do povo preto? Se você está bem com isso, deve ter tanta sanidade quanto essa sociedade criminosa. Todo dia, mais do mesmo: genocídio de homens e mulheres do mundo inteiro, inclusive do nosso Brasil, aqui. Coincidência (?): além de pobres, pretos/as. Ser negro/a nesse país é, quase sempre, como não ter voz, não ser considerado/a mente pensante, não ser encarado/a como Ser, é ocupar o lugar do não-Ser. É não ter o direito de ir e vir, de curtir um baile funk na periferia ou qualquer coisa que seja. É ter de levar a identidade e os livros, pra mostrar mostrar que é estudante e rezar pra que isso "convença". É não ter o direito sequer de ser criança ou jovem, é ser o "Menor" e ter a vida encerrada com um tiro na cabeça. À seguir, o depoimento de H. Silvestre:

Dandara não chegou à escola hoje de manhã. Saiu de casa com esse objetivo. Mas uma bala a atingiu no meio do caminho. Nunca mais Dandara. Foi no Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro.
A mãe de Dandara, que também é dandara não pôde fazer nada. Apenas chorar.
Assim como a menina Dandara que morreu hoje, outras tantas dandaras, também negras, também pobres, também suburbanas morrem todos os dias, de bala, de faca, de paulada, pedrada. Ao desamparo.
Outro dia, aqui mesmo na capital da Terra da Luz – que tem esse pomposo nome não pelo Sol generoso que lhe intensifica as cores o ano inteiro, mas por ter abolido a escravidão quatro anos antes do resto do País – um homem branco, empresário bem-sucedido, agrediu verbal, moral e fisicamente uma dandara. Essa, grávida. Talvez até de mais uma dandarinha.
Como você sofre, Dandara! Desgraça!
Enfim...poderia enfeixar algumas dezenas, centenas e, se procurar bem nas folhas dos jornais, milhares de casos de dandaras vilipendiadas em suas dignidades.
Durante o breve espaço de tempo (que, diga-se, passou como um relâmpago) do Curso Dandara dos Palmares – Gênero, Raça e Etnia na Comunicação, abri meus olhos, minhas narinas, meus poros, meu coração para essa dandara que, em muitas das vezes, passou por mim indiferente.
Não cabe a indiferença! É comigo, sim! É com meus filhos! É com todo mundo.
DANDARA VIVE! DANDARA PRESENTE!

10/12/2019

Você sabe quem é Dandara dos Palmares?
Que a história dos negros no Brasil é contada de maneira deturpada e sob a perspectiva dominante, já sabemos. Que essa história sofre não apenas deturpações, mas intensas tentativas de apagamento, também. Mas, se por um lado, esse processo prejudica os negros africanos e afrobrasileiros, ele é muito mais intenso quando se trata de mulheres negras. Mais uma vez trazendo uma fala de Grada Kilomba, entendemos que a mulher negra é o Outro do Outro, pois se encontra numa posição de subalternidade maior que a mulher branca em relação ao homem branco. Por isso, no primeiro episódio do Racionalize, resolvemos falar de Dandara dos Palmares, figura de grande representatividade, mas que infelizmente nem sempre recebe a devida visibilidade. Tivemos um bate papo repleto de leveza e criticidade a respeito dessa mulher que, muito mais do que "esposa de Zumbi dos Palmares", deve ser lembrada como guerreira, símbolo de força, coragem e determinação, mas também de inteligência, sensibilidade, fragilidade e outros adjetivos mais que reforcem a humanidade das mulheres negras (sim, mulheres negras têm o direito de se sentir frágeis e sensíveis, não só fortes e guerreiras o tempo todo).

Disponível no spotfy: https://open.spotify.com/episode/39oYaSmcdqUulUuHgXyCC1…

10/12/2019

Bem vindos/as ao Racionalize, podcast independente, antirra***ta e um dos mais novos da podosfera black cearense, feito com muito carinho, suor e lágrimas (rsrs). A ideia partiu de um curso que aconteceu aqui em Fortaleza, em 2019, no Sindicato dos Jornalistas do Ceará - Sindjorce, o "Dandara dos Palmares: Gênero, raça e etnia na comunicação", que reuniu gente de diversas áreas, culturas e até nacionalidades. Esse podcast pretende ser um veículo alternativo de comunicação, que tem o intuito de dialogar sobre temas que envolvem a negritude, não só a nível local, mas também nacional e global, tendo como pano de fundo o racismo estrutural. Isso porque reconhecemos que grande parte dos meios comunicação tem tratado a negritude de forma negligente, ou melhor, ra***ta, machista, homofóbica... "Na TV o que eles falam sobre o jovem, não é sério". O jovem (preto, pobre e periférico) no Brasil nunca é levado a sério. Portanto, como se diz aqui no nosso país Ceará, bora acabar com essa "moda", romper com esse negócio de reforçar estereótipos em torno do povo negro e fazer ecoar nossa própria voz, tornando cada vez mais conscientes esses processos que somos ensinados a crer que são naturais: racismo, machismo, homofobia etc. Como diz Fanon, parafraseado por Grada Kilomba: não há nada mais irracional que o racismo. Simbora, meu povo, racionalize com a gente! É nós por nós.