29/10/2021
Fibromialgia. Convivo com essa danada desde 2016. Na verdade, a dor começou um pouco antes, mas eu só descobri que a fibromialgia existia nessa época.
Em 2016, eu havia acabado de começar a faculdade de Jornalismo, estudava à noite e era justamente nesse horário que a dor mais atacava. Sentia o pescoço completamente travado, doía levantar o braço.
Fui atrás da razão das minhas dores, porque não era possível... alguma coisa havia de errado ali. Não era normal uma pessoa tão nova como eu sentir TANTA dor.
Dor essa que me fez chorar durante as aulas, que me deixava de mau humor, deprimida. E sabe o que dava mais raiva? Não importava quantos exames eu fizesse, absolutamente todos davam normais.
Eu sei… Você deve pensar “como assim? ela queria que algo desse errado?”. Eu só queria entender o porquê de sentir tanta dor. Descobrir a razão mesmo. Era frustrante demais sentir o que sentia e não saber o que me causava aquilo.
Um dia, na faculdade, uma professora comentou “Você já ouviu falar em fibromialgia?”. Prontamente respondi que não. Nome estranho da gota, pensei. E foi aí que passei a consumir vídeos no Youtube, estudar o assunto e procurar um reumatologista.
E qual foi a surpresa? Não existe um exame de sangue que diga “você tem fibromialgia”, ou um exame neurológico que aponte a danada. O exame é clínico e avalia alguns pontos do corpo em que o paciente pode sentir dor. Eu sentia dor em TODOS. Nos pontos clássicos e nos “não-clássicos” também.
Hoje, quase seis anos depois, convivo com a dor de forma controlada na maior parte do tempo. Medicações, treino (que confesso que estou farrapando), vick pra acalmar (me julguem) fisio, massagem e agulhamento são algumas formas que encontrei de lidar com ela.
Mas, de vez em quando, vem uma crise, foi o caso dessa semana. E, nessas crises, volto a me sentir como em 2016. Fico chata, improdutiva…afinal, estou sentindo dor, né? E sentir dor CANSA!
Sendo que hoje tem uma grande diferença: eu sei o que é, sou mais compreensiva comigo mesma, e também sei que passa.
Só isso me dá um alívio imenso… E, no dia seguinte, a gente corre atrás do que ficou pela metade. Vida que segue!