04/01/2022
Kenneth Cooper e seus seguidores cultivaram o paradigma que os aeróbios seriam a principal opção para manutenção de uma vida saudável, porém descobertas científ**as demonstram que esta concepção está inadequada. Mas isso não é novidade, figuras como Arthur Jones, contemporâneo de Cooper, trouxeram uma abordagem diferente. Jones defendia o treinamento resistido de alta intensidade e baixo volume. Algumas coisas abordadas por ele há mais de meio século foram a importância do controle de velocidade, amplitude de movimento, intensidades adequadas… e o cara até mesmo criou as máquinas de musculação (a Hammer Strength se originou de sua criação)!! Essa genialidade inspirou várias gerações, incluindo nomes famosos do fisiculturismo, como Mike Mentzer, Sergio Oliva, Casey Viator e Dorian Yates. No meio militar conta-se que os quartéis influenciados por Cooper colocavam seus soldados para correr, já os por Jones baseavam seus treinos em musculação de alta intensidade e conseguia resultados muito superiores. Então, por que só se falar em Cooper e aeróbio? A história pode nos ajudar.
Cooper era médico, militar das Forças Aérea, religioso e um ótimo comunicador. Lançou um livro em 1968 de grande popularidade chamado "Aerobics" no qual enfatizava o trabalho cardiovascular. Ele fundou o instituto Cooper de pesquisas aeróbias e seus discípulos assumiram cargos importantes em instituições de saúde, como o National Institutes of Health e o American College of Sports Medicine. Um personagem e tanto...
Já Artur Jones não tinha formação acadêmica e se intitulava um generalista, pois acreditava que especialistas tinha uma visão limitada do Mundo. Era inventor, piloto de avião, aventureiro e transportava animais exóticos, seu lema era “mulheres mais jovens, aviões mais rápidos e crocodilos maiores”. Não deixou grandes livros e falou pouco para o grande público. Ou seja, um cara sem diploma e com atividades estranhas contra um médico, militar, religioso e padrinho de grandes instituições.
Uma curiosidade divertida que ajuda a entender porque é mais comum mandarem as pessoas caminharem que levantarem pesos. Bacana, né?