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Museus de Portugal – 6Museu Etnográfico da Região do VougaMuseu Etnográfico da Região do Vouga, situado em Mourisca do V...
19/09/2024

Museus de Portugal – 6
Museu Etnográfico da Região do Vouga
Museu Etnográfico da Região do Vouga, situado em Mourisca do Vouga, no concelho de Águeda, tem patente, em dezoito salas, trajos, utensílios de uso doméstico e agrícola, assim como diversa documentação histórica, numismática, filatélica, cultura religiosa e outras áreas respeitantes à região do Vouga.
Da responsabilidade do Grupo Folclórico da Região do Vouga, o Museu Etnográfico da Região do Vouga foi fundado a 4 de julho de 1977, oito anos após a fundação do referido grupo de folclore, pelas mãos do etnógrafo José Maria Marques (1929-1997), com “um longo trabalho de pesquisa e recolha de trajes e complementos da indumentária da região do Vouga, que se estende da serra da lapa até a ria de Aveiro, sendo esta, toda extensão do rio Vouga”, como explicaram ao Gazeta Lusófona os responsáveis pela direção do Grupo Folclórico da Região do Vouga.
Inicialmente o Museu foi criado num espaço de uma antiga quinta de exploração agrícola, conhecida como a quinta do Carrondos e, nesta quinta, permanece até hoje uma casa senhorial típica do período de emigração do Brasil, estilo burguês, construção em gaiola, com linhas retas e com fachada coberta a azulejo, datada de 1874.
Na perspetiva de José Maria Marques, “homem visionário para época”, este entendeu que “a constante ameaça da perda de todo este património e a falta de consciencialização para a preservação da nossa cultura, não deveria ser deixado no esquecimento, para que as nossas gerações vindouras não deixem de conhecer, interpretar e estudar o seu passado”, como nos explicou a direção do grupo.
Ainda em 1977, o Museu abriu ao público, em duas salas da sede do grupo, uma exposição permanente da indumentária da região serrana e da bacia do Vouga.
No fim da década de 80, o Museu já ocupava o edifício principal e também a antiga adega, continuando a ser feita a recolha de trajos, utensílios de uso domésticos, de trabalho artesanal e de ofícios, assim como de alfaias agrícolas. Foram recolhidas e registadas mezinhas caseiras, contos, lendas, adágios populares, letras, músicas e coregrafias. Numa constante promoção do património material e imaterial e para além das referidas recolhas, o Museu foi recebendo doações da população. Os doadores entenderam que este Museu era o local indicado e mais seguro para preservar e divulgar a os utensílios oferecidos.
Segundo nos esclareceu a direção do grupo de folclore e consequentemente do Museu, recentemente este espaço museológico tem vindo a procurar “adaptar-se às novas abordagens museológicas, tentando deixar para trás o conceito de museologia tradicional e implementar um novo conceito de nova museologia, em que a museologia se faz com a vida e não com os objetos. A museologia não deve ser um mero ato contemplativo e passivo de bens patrimoniais. O papel do museu contemporâneo é a organização de um discurso museológico capaz de gerar a comunicação, promovendo a participação da comunidade na construção e análise da história das comunidades para uma ação onde estes possam reconhecer-se na sua identidade cultural utilizando novas técnicas museológicas para solucionar problemas sociais e urbanos”, afirmam os responsáveis.
Contudo, reconhecem que, atualmente, o Museu ainda está a dar os seus primeiros passos na implementação da nova museologia, mas existe sempre uma procura constante com as escolas locais “de modo a integrarem alunos em visitas ao museu, criando atividades educativas para crianças entre os 8 e os 12 anos, o acolhimento de instituições de caráter social, a criação de protocolos com o ensino superior a participação em colóquios, palestras e congressos, parcerias com instituições locais, desenvolvimento de projetos culturais com a Câmara Municipal de Águeda e, também, leva para fora do museu exposições temporárias, designada atividade museológica «Fora de Portas»”, afirmaram.
As dezoito salas do Museu, cada uma delas com um tema, albergam as seguintes temáticas etnográficas: lenços; xailes; profissões; jogos tradicionais; barqueiro, marnoto e carpintaria; saias, jaquetas, blusas, casaquinhas, cintas, algibeiras e coletes; sala de jantar; cozinha; escola primária; farmácia; sala de culto; quarto; sala de visita pascal; sala com roupas interiores da mulher; adega; sala instrumental e pequena biblioteca; utensílios agrícolas, expostos na parte exterior do Museu, e uma sala dedicada ao fundador José Maria Marques.

Contatos:
Rua da Liberdade, nº32, Mourisca do Vouga
Telm. 963 472 603
[email protected]
https://www.regiaodovouga.com

Emigrantes portuguesas na Suíça no desfile da Mordomia em Viana do CasteloNo dia 16 de agosto, após cerimonial no Salão ...
19/09/2024

Emigrantes portuguesas na Suíça no desfile da Mordomia em Viana do Castelo
No dia 16 de agosto, após cerimonial no Salão Nobre da Câmara Municipal de Viana do Castelo para celebrar a Romaria d’Agonia, mil mulheres de Portugal e de outros dez países integraram o tradicional Desfile da Mordomia das Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia, segundo os organizadores do certame.
A peregrinação partiu às 16 horas do Palácio dos Cunhas até à Cúria Diocesana, no Largo de São Domingos. Esta foi a primeira vez que mil mordomas desfilam na romaria. As festas, que contaram com o apoio de cerca de cinco mil pessoas para celebrar a padroeira dos pescadores de Viana do Castelo, terminaram dia 22 de agosto. Durante nove dias, a população participou nos festejos para orar, se divertir com os espetáculos de bonecos, os concertos musicais, um arraial, entre muitas outras atrações. O evento teve a presença de Fátima Gomes, presidente da Casa do Minho do Rio de Janeiro, e de vários emigrantes que escolhem estas festividades para voltar à casa.
A coordenação das festas informou que o “desfile das mordomas é um dos destaques da Romaria d’Agonia, sendo apelidado como a maior montra de ouro ao ar livre. Nem só do traje, com as várias cores consoante a freguesia e o estatuto, vive este desfile, já que o ouro que adorna a beleza destas mulheres é ‘obrigatório’, variando apenas a quantidade. Este ano, cerca de um milhar de mulheres envergaram o seu melhor traje e desfilaram a chieira ‘à vianesa’ pela cidade, o maior número de sempre na história das festas”.
Com relação às mulheres do Desfile da Mordomia, “a média de idades das inscritas é de 32 anos, sendo que a participante mais nova tem 14 anos e a mais velha 84 anos”. Dados indicam que houve a participação feminina de 12 distritos de Portugal e de dez países, sendo que “760 mordomas são oriundas do concelho de Viana do Castelo e as restantes de várias cidades de Portugal, França, Estados Unidos da América, Suíça, Andorra, Luxemburgo, México, Brasil, Canadá e Países Baixos”.
A nossa reportagem conversou com as irmãs Sandra e Simone que participaram no desfile devidamente trajadas e com cestos de flores. Naturais de Ribeira de Viana, estas duas portuguesas estão emigradas na Suíça. As duas estavam acompanhadas pelos seus maridos, um trasmontano e um italiano. Esta foi a primeira vez que este “quarteto” participou junto nesta iniciativa.
Sandra, que vive na Basileia e integra a direção do Rancho Folclórico de Basileia, conhece bem a emoção desta festividade. Casada com o italiano Dario Romano, Sandra conta que “começou a ganhar amor às tradições por uma questão de perpetuação, para que não acabe”. O seu acervo conta com vários trajes próprios.
“Estar nesta festa é uma emoção muito grande, pois foi aqui que nasci”, disse Simone, que foi arrebatada pelo amor que também sente a sua irmã Sandra.
“A participação na Romaria é para nós vianenses e descendentes da Ribeira uma emoção que não se consegue explicar, principalmente para aquelas famílias que perderam os seus familiares no mar. A Romaria tem a parte tradicional e etnográfica que é uma riqueza única e em que eu tenho um imenso orgulho e vaidade (chieira) em ser vianense e tem também a parte religiosa e de fé, que sinto uma emoção e um sentimento muito profundo recordando as minhas famílias da Ribeira”, explicou Sandra, que não esconde a emoção em participar na “romaria das romarias”.
“Este ano a Romaria de nossa Sra. d’Agonia foi especial. Eu tinha estado três semanas de férias em Viana com a minha família. Dia 6 de agosto voltei para a Suíça e trabalhei uma semana até ao dia 14, quando, nesse mesmo dia, voltei para Portugal só para estar na Romaria. O meu marido quis fazer-me uma surpresa e veio também - era suposto eu passar esses dias sem ele. Participei no desfile de Mordomia com Traje de Mordoma azul de colete com vela votiva, este ano com o recorde de participação de mil mulheres. Nesse dia, estava muito calor e foi bastante doloroso, mas o sacrifício valeu a pena, este ano o final do desfile de mordomia foi especial. Entramos todas trajadas na Igreja de São Domingos, onde o Bispo D. João Lavrador nos explicou o verdadeiro sentido de fé e participação na Romaria em homenagem à nossa Sra. d’Agonia”, comentou Sandra, que contou com o envolvimento da família neste “projeto”.
“O meu marido queria fazer uma surpresa e passar as festas comigo em Viana, mas alguns meses antes eu descobri. E, combinado com a minha irmã e cunhado, inscrevi-o para a participação no cortejo etnográfico, sendo assim, a surpresa foi para ele. Foi a primeira vez que desfilamos os quatro juntos no cortejo etnográfico. Este ano participamos com trajes de Festa da Ribeira Lima”, recordou.
“Com todo o entusiasmo até o meu marido, a minha tia e a minha irmã participaram na realização dos tapetes até de manhãzinha, foi uma noite inesquecível e cheia de carinho e amizade. (…) Finalmente, dia 20 de agosto, dia de Nossa Sra. d’Agonia, dia de muita emoção, participei na eucaristia solene, na procissão ao mar e na procissão nas ruas da Ribeira, com traje de festa da Ribeira. Este ano consegui convencer a minha mãe, a minha irmã e a minha tia a participarem comigo em homenagem à minha avó, às minhas avós - materna e paterna -, eram mulheres da ribeira e atadeiras de redes de peixe. Elas ajeitavam as redes danificadas com uma agulha especial”, comentou Sandra.
O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, sintetizou que celebrar a Romaria d’Agonia é “o grande fator de união e coesão social e cultural do concelho”. Para este responsável, a Romaria d’Agonia, “a maior de Portugal”, é “o verdadeiro berço da riqueza cultural e religiosa do Minho, onde cabe todo o Portugal, a diáspora e as cidades geminadas”, como “um ponto de encontro de fé, de espiritualidade e de comunidade”.

No dia 16 de agosto, após cerimonial no Salão Nobre da Câmara Municipal de Viana do Castelo para celebrar a Romaria d’Agonia, mil mulheres de Portugal e de outros dez países integraram o tradicional Desfile da Mordomia das Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia, segundo os organizadores do...

“O apoio da Rede Diplomática é essencial para a concretização desta missão”Cristina Ribeiro, Adida da Segurança Social P...
19/09/2024

“O apoio da Rede Diplomática é essencial para a concretização desta missão”
Cristina Ribeiro, Adida da Segurança Social Portuguesa na Suíça, falou ao Gazeta
“A melhoria da acessibilidade aos serviços da Segurança Social e a proximidade com as comunidades portuguesas no estrangeiro, continuam a assumir-se como prioridades estratégicas”. É desta forma que Cristina Maria Martins Ribeiro, Adida da Segurança Social na Embaixada de Portugal em Berna, avalia as oportunidades existentes para Portugal em torno da diáspora lusa espalhada pelo mundo, do ponto de vista do papel da Segurança Social portuguesa.
Esta responsável, licenciada em Segurança Social, considera que, do ponto de vista da Segurança Social, “a insuficiente informação sobre os direitos e deveres e/ou défice de informação em matéria de coordenação internacional de segurança social, a dificuldade em aceder aos serviços do ISS, IP e às Congéneres” são alguns dos entraves encontrados pela comunidade portuguesa aí residente. Durante as sessões de esclarecimento que a Segurança Social promove em articulação com a rede diplomática, os assuntos mais abordados são “as pensões, cuidados de saúde por partida definitiva da Suíça e prestações familiares”, entre outros.
Aos 57 anos de idade, Cristina Ribeiro, natural de Alcains, em Castelo Branco, Portugal, tipifica a Suíça como um país de “elevado nível de vida, competitivo e moderno. Revela sentir “orgulho” na forma como a comunidade portuguesa é bem “acolhida e respeitada” no país helvético, e “sempre que é possível e/ou a título particular ou a convite destas”, mantém contacto de proximidade com este público. Vive há quatro anos em Genebra, com “parte do agregado familiar”. O seu local de trabalho hoje, presencialmente, é no Consulado Geral de Genebra, mas atua junto dos restantes serviços consulares em Berna e Zurique.
Para conhecer melhor as suas funções e os desafios e oportunidades da Segurança Social portuguesa na Suíça, a nossa reportagem conversou com Cristina Ribeiro, que enumerou as suas funções, apontou resultados e garantiu que “o apoio da Rede Diplomática é essencial” para a concretização da sua missão no país, entre outros temas.

Qual o papel de uma Adida para a Segurança Social na Suíça?
Enquanto representante da Segurança Social portuguesa na Suíça, a Adida assume um papel de interlocutor e/ou de ligação, junto das congéneres e organismos de ligação da Segurança Social do país de colocação, em coordenação com a Rede Diplomática e Consular; priorizar e facilitar a ligação dos portugueses residentes no estrangeiro às entidades públicas nacionais, realizando atendimento presencial; promovendo a proximidade e acessibilidade aos serviços do Instituto de Segurança Social.

Que agenda existe para o segundo semestre de 2024 na Suíça?
Realização de ações de esclarecimento e Permanências Consulares, reuniões com organismos de ligação e reuniões com congéneres.

Quais as principais dúvidas da comunidade portuguesa emigrada na Suíça, da perspetiva da Segurança Social?
Os principais motivos prendem-se com as prestações diferidas/pensões, que continuam a assumir especial destaque nos temas mais procurados, seguido de matéria de relações internacionais, cuidados de saúde e as prestações familiares.

Que oportunidades existem para Portugal em torno da diáspora lusa do ponto de vista da Segurança Social?
Equilíbrio / sustentabilidade financeira do sistema de Segurança Social. Num mundo globalizado cada vez mais complexo, que exige uma adaptação constante, a melhoria da acessibilidade aos serviços da Segurança Social e a proximidade com as comunidades portuguesas no estrangeiro, continuam a assumir-se como prioridades estratégicas, para acompanhar e dar resposta aos desafios colocados pela evolução demográfica; o acentuado envelhecimento da população e a tendência de aumento da mobilidade de trabalhadores, afigura-se necessário, adotar instrumentos internacionais, que visem coordenar e desenvolver ou harmonizar e fazer convergir as normas de segurança social a nível internacional.

No dia a dia, que ações costuma executar?
Prestar atendimento presencial especializado e de proximidade sobre matérias de Segurança Social; promover a articulação direta e próxima com a comunidade portuguesa, no que diz respeito à ligação entre os beneficiários e os serviços competentes do ISS. I.P que inclui os Serviços Centrais, o Centro Nacional de Pensões (CNP) e os Centros Distritais de Segurança Social, além de sinalizar situações e/ou constrangimentos.

Quais os principais desafios encontrados pela comunidade portuguesa no país helvético?
Da perspetiva da Segurança Social, a insuficiente informação sobre direitos e deveres pelo exercício de atividade profissional em dois Estados-Membros, obedecendo desde logo, sem prejuízo de disposições especiais, aos mesmos princípios fundamentais: igualdade de tratamento; unicidade da legislação aplicável; totalização dos períodos de seguro cumpridos nos diferentes Países para efeitos de aquisição de direitos e cálculo de prestações; exportação de prestações e dificuldade em aceder aos serviços do ISS, IP e às Congéneres.

Em que consistem as sessões de esclarecimento sobre temas da Segurança Social portuguesa realizadas na Suíça? Que resultados pode apontar e quais casos mais lhe chamam a atenção?
São encontros presenciais onde se disponibiliza informação relevante sobre os procedimentos administrativos de pedidos de pensão, prestações familiares, de informação geral sobre carreiras contributivas, seguro social obrigatório para efeitos de reembolso dos fundos do segundo pilar, determinação da legislação aplicável, cuidados de saúde, e outros no quadro da coordenação internacional e se realiza atendimentos personalizados.

Em termos de reformas, o que a comunidade portuguesa residente na Suíça deve ter em conta? É possível viver no estrangeiro e continuar a descontar para a Segurança Social em Portugal com vistas à reforma? Se sim, o que orienta?
A regularização da sua carreira contributiva, atualização da sua morada e que o pedido deve ser solicitado no País onde reside, junto das congéneres.
Não existem transferências de reservas matemáticas de contribuições; o cidadão que trabalha na Suíça desconta para o sistema de seguro social suíço e não para o sistema de segurança social português; pese embora, quando chegar à idade legal da reforma, possa recorrer à totalização dos períodos contributivos para efeitos de abertura do direito em Portugal.

E que temas são centrais quando o assunto é receber a reforma suíça e/ou combinar com a reforma portuguesa?
Cada país calcula a sua pensão, com base na carreira contributiva e contribuições efetuadas nesse país; totaliza-se o período de seguro português com o período de seguro do estrangeiro, cumprindo, assim, o prazo de garantia exigido pela legislação portuguesa para abertura do direito, sendo este um dos receios dos nossos compatriotas, a diminuição do valor da pensão Suíça.

Portugueses emigrados na Suíça têm direito à assistência médica nos dois países?
Sim, podem ter assistência médica nos dois países. No caso de uma estada temporária, através do Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD), e de residência por exercício do direito de opção ao Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Existem acordos firmados com o governo suíço no campo da Segurança Social de ambos os países? Se sim, em que consistem?
Sim, existem acordos entre os dois governos. Instrumento Bilateral – Convenção entre o Governo da República Portuguesa e o Conselho Federal Suíço sobre Segurança Social, de 11 de maio de 1994; Coordenação internacional/UE – Regulamento (CE) nº 883/2004 de 29 de abril de 2004 relativos à coordenação dos sistemas de Segurança Social e o Regulamento (CE) nº 987/2009 de 16 de setembro.

Tem mantido contacto com os portugueses que desejem voltar a viver em Portugal? Se sim, qual o perfil? Como podem ajudar?
Maioritariamente as pessoas que atingiram a idade legal da pensão na Suíça. Disponibilizando informação sobre os procedimentos a ter em conta com a partida definitiva da Suíça, nomeadamente, o cancelamento do seguro médico local obrigatório e o direito de opção na inscrição no Sistema Nacional de Saúde. Relativamente aos ativos, informação sobre exportação das prestações de desemprego, informação geral no âmbito do Programa Regressar e da obrigatoriedade da não verificação ao seguro social obrigatório português para efeitos do reembolso dos fundos LPP.

Na sua opinião, o Programa Regressar tem contribuído para este movimento ou tem auxiliado na tomada de decisão desse público?
Penso que sim! Os incentivos atrativos das medidas do Programa Regressar, conjugados com fatores socioeconómicos das famílias, podem ter contribuído para essa tomada de decisão. Os números têm sustentado esse dado; a Suíça continua a ser um dos países de emigração onde se verificou o maior número de candidaturas ao Programa Regressar.

Como avalia a vida neste país?
A Suíça destaca-se especialmente por valorizar o bem-estar geral da população. Em termos globais, é um país diversificado, multicultural, multilingue, próspero, que oferece um leque de oportunidades em todas as áreas laborais, económicas, culturais e etc. Com um elevado nível de vida, é um país competitivo e moderno. Os suíços são, normalmente, reservados, mas gentis, amigáveis e muito acolhedores.

Em maio deste ano, reuniu com o atual Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário. Em que se centraram as vossas conversações? Que assuntos mereceram atenção por parte do governante?
Essencialmente as que decorrem do despacho da nomeação.

O que a Suíça significa para si?
Oportunidade de aprendizagem e crescimento profissional.

Quais as suas maiores preocupações nestas funções, enquanto profissional?
Sobretudo não defraudar expetativas; assegurar respostas de qualidade e com maior celeridade e eficácia; atuar na prevenção de constrangimentos e dificuldades; contribuir para a consciente e atempada tomada de decisões.

Qual a relação da Segurança Social portuguesa na Suíça com a diplomacia lusa?
Boas relações institucionais, quer com a Embaixada quer com os Consulados Gerais de Genebra e Zurique. O apoio da Rede Diplomática é essencial para a concretização desta missão.

O cidadão português que tiver dúvidas ou necessitar de orientações e ajuda da Segurança Social onde pode recorrer aos vossos serviços na Suíça?
Estou sediada no Consulado Geral de Portugal em Genebra, mas asseguro também, de forma regular, atendimentos e sessões de esclarecimento na Embaixada em Berna e no Consulado Geral de Zurique. Podemos ser contactados pelos e-mails [email protected]; [email protected]; [email protected]

Por fim, quem é Cristina Ribeiro?
Casada, tem dois filhos, natural de Alcains, em Castelo Branco, Portugal. Licenciada pela Universidade Internacional de Lisboa. Conta com Curso Superior de Estudos Especializados em Gestão de Segurança Social; Curso de Formação de Formadores, pelo IEFP; Formadora na área da Segurança Social e Higiene e Segurança no Trabalho, IEFP; exerceu atividade na Instituição de Solidariedade Social para a 3ª idade “Lar Major Rato”; Exerceu funções como Técnica Superior na Equipa Financeira, Tesouraria, Contencioso e Acordos Internacionais, no Centro Distrital de Castelo Branco.

https://gazetalusofona.com/cristina-ribeiro-adida-da-seguranca-social-portuguesa-na-suica-falou-ao-gazeta/

Associação Reagir apoia reabilitação de casa para famílias carenciadas em TomarA Associação Reagir, Genebra, participou ...
19/09/2024

Associação Reagir apoia reabilitação de casa para famílias carenciadas em Tomar
A Associação Reagir, Genebra, participou no projeto “Camp in” de Tomar que reabilitou 5 casas no sentido de proporcionar melhores condições de habitabilidade a 5 famílias em situação de carência.
Na primeira edição deste projeto, cinquenta jovens voluntários oriundos de todo o país efetuaram intervenções nas casas ao longo de duas semanas, sempre acompanhados por técnicos de construção civil, permitindo recuperar habitações em estado de degradação avançada.
A Associação Reagir contribuiu com 6500 Euros na compra de materiais de construção essenciais aos trabalhos de renovação.
Esta associação agradece a todos os sócios e amigos da Reagir pela sua presença e solidariedade nas suas atividades, “só a sua presença destes permitiu levar a bom porto esta iniciativa tão importante”.
Siga as atividades da Associação ou reveja os eventos passados na nossa página www.associacaoreagir.com ou Facebook “Reagir – Association de Solidarité”.

https://gazetalusofona.com/associacao-reagir-apoia-reabilitacao-de-casa-para-familias-carenciadas-em-tomar/

Português na Suíça quer ser presidente para “mudar mentalidades políticas”“Como muitos de vós, sou um emigrante portuguê...
19/09/2024

Português na Suíça quer ser presidente para “mudar mentalidades políticas”

“Como muitos de vós, sou um emigrante português que saí de Portugal em busca de uma vida melhor”. É desta forma que se apresentou, nos últimos dias, João Carlos Veloso Gonçalves, residente na Suíça há mais de 15 anos, ao anunciar que está a “considerar a candidatura a Presidente da República Portuguesa”. “Sou do Minho, da Póvoa de Lanhoso, Terra da Maria da Fonte, e vivo em Bülach, pertíssimo do aeroporto de Zurique. Empresário, fundador da Revista Repórter X, escritor de sete obras literárias editadas, entrevistador em todas as áreas sociais, poeta, crítico. Conhecido por Quelhas como autor! Sou marido, pai e avô que defende a família e as famílias, as pessoas e as indiferenças. Sou um lutador nato na defesa do consumidor, ativista social, com bom fundo e muita abertura ao diálogo. Sinto que tenho o perfil, a ambição e o conhecimento que um Presidente da República necessita e, além disso, quero mudar mentalidades políticas”, afirmou João, que tem 57 anos de idade, concluiu o 12º ano em Portugal, tendo feito formações já na Suíça, e trabalha hoje em dia em produção numa gráfica no país helvético.
João Carlos Veloso Gonçalves, ou João Quelhas, como prefere ser chamado, enviou mensagem aos emigrantes na Suíça e nos países fronteiriços, como França, Alemanha, Itália, Áustria, Liechtenstein, e também fora da Europa, especialmente àqueles que fazem parte de associações, clubes, casas comerciais, empresas, grupos políticos e outras entidades comunitárias, além, claro, dos portugueses residentes em território nacional português.
“A minha candidatura tem como um dos principais objetivos defender os problemas dos emigrantes, que muitas vezes se sentem abandonados pelos políticos e condenados a enfrentar inúmeras dificuldades sem o devido apoio político. Quero ser a voz dos portugueses no estrangeiro, lutando pelos nossos direitos e necessidades. Também penso nos portugueses residentes, pois um dia irei regressar”, frisou este responsável, que explicou que, “para avançar com a minha candidatura, preciso recolher no mínimo 7.500 assinaturas de apoio”.
João Carlos Veloso Gonçalves diz defender causas como o aumento do número de deputados eleitos pela emigração, porém, “se devemos ter mais deputados espalhados pela Europa e Resto do Mundo, defendo menos deputados na Assembleia da República para equilibrar”. “Defendo muitos mais conselheiros na Europa e Fora da Europa, divididos por regiões para estarem muito mais juntos das comunidades portuguesas. (…) O Conselho das Comunidades Portuguesas é o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas à emigração e às comunidades portuguesas no estrangeiro, mas não têm autonomia e, por esse motivo, defendo o apoio ao Órgão que representa os portugueses”, disse.
Em declarações ao Gazeta Lusófona, João reiterou que a sua candidatura não terá contornos facilitados, pois “não será simples recolher as assinaturas necessárias”, pelo que este momento e a sua exposição pública deverão ser também utilizados para dar voz às suas considerações e críticas para ajudar no processo de solução de “injustiças”.

“Como muitos de vós, sou um emigrante português que saí de Portugal em busca de uma vida melhor”. É desta forma que se apresentou, nos últimos dias, João Carlos Veloso Gonçalves, residente na Suíça há mais de 15 anos, ao anunciar que está a “considerar a candidatura a Presidente da ...

Paulo Pisco defende revisão do acordo sobre a tributação dos portugueses na SuíçaO deputado português Paulo Pisco, eleit...
19/09/2024

Paulo Pisco defende revisão do acordo sobre a tributação dos portugueses na Suíça
O deputado português Paulo Pisco, eleito pelo círculo da Europa, divulgou um comunicado nos últimos dias sobre a tributação dos portugueses na Suíça, em que defende que o acordo entre Portugal e a Suíça para evitar a dupla tributação “devia ser revisto”, como forma de “equilibrar a carga fiscal assente em valores presumidos do arrendamento e do património”.
No documento enviado à nossa redação, este deputado reitera a necessidade de se “abrir um diálogo entre os dois países para que o acordo possa vir a ser revisto, dado que é o próprio Governo português que reconhece, numa resposta a uma pergunta parlamentar feita em julho passado por deputados do PS sobre a “Tributação dos portugueses residentes na Suíça”, que há uma situação que pode consubstanciar uma dupla tributação do mesmo bem”.
“(…) na declaração sobre os bens imóveis em Portugal, o fisco suíço presume um rendimento locativo arbitrário de 6%, mesmo que o imóvel nunca seja arrendado, e acrescenta ainda 20% ao valor do imóvel para entrar no cálculo da dedução fiscal, partindo também da determinação arbitrária que os imóveis em Portugal estão subavaliados. Ora, o Governo português confirmou (…) que existe “uma tributação do património imobiliário sito em Portugal e propriedade de emigrantes portugueses na Suíça, em sede de IMI, e bem assim dos respetivos rendimentos, em sede de IRS”. E refere também que, em “conformidade com o disposto na Convenção para evitar a Dupla Tributação, quando um residente na Suíça obtém rendimentos ou é proprietário de capital, a Suíça deve isentar de imposto esses rendimentos ou capital, mas também pode considerar o valor dos mesmos para efeitos do apuramento do imposto que for devido pelos outros rendimentos ou capital tributados”, frisou Pisco, que considera que “a referida Convenção possa ser revista, de forma a tornar mais justa e equilibrada a imposição fiscal aos cidadãos portugueses residentes na Suíça”.
Recorde-se que Portugal e a Suíça têm um acordo para evitar a dupla tributação que data de 1974, tendo sido alterado por força de um Protocolo Modificativo aprovado em maio de 2013, no tempo da crise económica e financeira, criando “uma situação muito pesada em termos fiscais para os portugueses residentes na Suíça” desde a sua entrada em vigor, por volta de 2016.

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Nuno dos Santos apresenta livro na Boulangerie LisbonneO fotógrafo e escritor Nuno dos Santos, residente em Vevey, apres...
19/09/2024

Nuno dos Santos apresenta livro na Boulangerie Lisbonne
O fotógrafo e escritor Nuno dos Santos, residente em Vevey, apresenta o seu primeiro livro no dia 14 de setembro, pelas 9h30, na Boulangerie Lisbonne, Place du Marché 1800 Vevey, ao lado do Musée Suisse L’appareilphotografique.
Este primeiro livro do autor, intitulado “Trilhos de uma vida”, apresenta crónicas poéticas que pretende dar aos leitores mostrando a sua sensibilidade e coragem do seu quotidiano. Sendo um viajante assíduo e trabalhador social, além da escrita, aproveita para interpretar os sinais da vida através das suas imagens que vão sendo captadas pelo aparelho fotográfico, seu companheiro de caminhada.
De nacionalidade portuguesa, Nuno dos Santos tem participado em Coletâneas e Antologias Lusófonas um pouco por toda a Europa.
O autor, perante o Gazeta Lusófona, descreveu o seu livro como uma tentativa de extrair “sentimentos profundos, ligeiros, ardentes, sedentos ou somente vaporosos, como o perfume de uma flor e deixá-los voar por entre as páginas de um livro ou simplesmente tocar almas ao ouvi-las”.
Fruto das suas vivências e resiliências, decidiu lançar o seu primeiro livro “Trilhos de uma vida” que “se assume como um mergulho introspetivo no íntimo da sua alma, num universo subjetivo e intimista polvilhado de solidão, de silêncios, de angústias, de promessas, mas também de beleza, de fotografias, de esperança, de alegria, de amor, de sonhos, de luz e de paixão”, como explica Daniel Bastos no posfácio deste livro.
Nelinha Cameira, leitora da obra de Nuno dos Santos, agora transposta para livro, não o conhecendo pessoalmente, descreve as crónicas poéticas do autor como sendo “uma lição de vida para todos nós” nas quais apresentam “palavras que cativam”.

https://gazetalusofona.com/nuno-dos-santos-apresenta-livro-na-boulangerie-lisbonne/

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