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17/07/2023

CONCERTO DE VERÃO
Sábado, 22 Julho 2023 | 15h00
Auditório do Centro Cultural Raio de Luz

Tem lugar no próximo sábado, dia 22 de Julho, pelas 15h00 no Auditório do Centro Cultural Raio de Luz, o Concerto de Verão do Grupo de Cantares Populares do Castelo de Sesimbra, orientado pela Professora e Maestrina Elisabete Pereira.
Este ano, o evento conta com a participação do Coro Infantil e do Grupo de Cordas e Percussão da Junta de Freguesia do Castelo, do Grupo de Cantares Populares do Centro de Convívio da Fonte Nova, do Grupo de Cantares da LIALA e do Grupo de Tocadores de Concertinas da Casa do Povo de Corroios.

08/09/2022

sábado, 24 Setembro 2022 | 15h00
Auditório do Centro Cultural Raio de Luz
Evento de evocação aos
200 anos da Constituição Liberal de 23 de Setembro de 1822

08/09/2022

17 de Setembro, 15h30, no Auditório do Raio de Luz, Sampaio, Sesimbra
Lançamento do livro
Meia Bola e Graça, de Risoleta C. Pinto Pedro

O auditório do Centro de Estudos Culturais e de Acção Social Raio de Luz acolhe no próximo dia 17 de Setembro, às 15h30 o lançamento do novo livro de Risoleta C. Pinto Pedro, com a chancela da Edições Sem Nome.
José Pedro Francisco, que, em conjunto com Nuno Cristóvão, procederá apresentação da obra na sessão de lançamento, em que estarão ainda presentes Lara Callado, Leonor Martins e Rafael Martins, co-autores e também personagens do livro.

05/09/2022
01/09/2022

Jornal Raio de Luz
Agosto 2022 | Nº 548

15/06/2022
Jornal Raio de LuzEspecial CasteloFevereiro 2022 | Nº 542
25/02/2022

Jornal Raio de Luz
Especial Castelo
Fevereiro 2022 | Nº 542

Jornal Raio de LuzEspecial CasteloNovembro 2021 | Nº 539Santuário de Nossa Senhora do CaboAs questões ligadas à concessã...
29/11/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Castelo
Novembro 2021 | Nº 539

Santuário de Nossa Senhora do Cabo

As questões ligadas à concessão do impropriamente designado de Santuário do Cabo Espichel, o local chama-se Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel, continuam em aberto e mais de setenta dias após o fecho do concurso que pelos vistos ficou deserto. A prorrogação sucessiva do prazo do concurso não é automática e a acontecer deveria ser publicitada da mesma forma como foi a abertura do concurso com publicação em Diário da República para além de publicação obrigatória no suplemento do Jornal Oficial da União Europeia. Sendo assim, o concurso encontra-se deserto abrindo-se a possibilidade de se rever as condições da referida concessão.

Pelos vistos o período de 50 anos de concessão e a miserável renda anual mínima de 15.276,00 €, qualquer coisa aproximada a 1.273,00 € mensais não são factores aliciadores para os potenciais investidores.

Em boa verdade e para além da concessão do Santuário ou melhor de uma parte signif**ativa do mesmo há demasiadas incertezas não só no desenvolvimento do projecto de reabilitação e reconstrução do edif**ado e da sua gestão partilhada mas o desenvolvimento de toda a envolvente que se encontra quer estudada, quer planeada e acima de tudo estimado o valor da intervenção nessa envolvente, intervenção essa exclusivamente a cargo das finanças municipais, um valor que, embora repartido por dois ou mesmo três exercícios municipais pode ascender a mais de vinte milhões de euros ou seja mais de um terço do actual orçamento municipal. Isto tudo, claro, numa pouco rigorosa estimativa financeira. Na realidade sem planeamento, projectos e estudos financeiros credíveis não vamos mais longe do que as estimativas.

Aliás reorganizar todo o espaço envolvente, incluindo outros elementos que pontuam o espaço do Espichel, chama-se Plano de Pormenor e é esse instrumento que permite a intervenção não só dos técnicos mas igualmente de muitos outros intervenientes, uma discussão pública quase permanente não só quando esse instrumento de planeamento territorial se encontra concluído, mas em fase de execução.

Com planeamento cria-se, sem nuvens ou incógnitas, um cenário correcto e credível não só para o investimento público, mas igualmente para o investimento privado, dando-lhe garantias de rentabilidade.

Coisas e acções perfeitamente acessíveis a uma gestão municipal não só empenhada, credível mas acima de tudo competente.

António Marques

Jornal Raio de LuzEspecial CasteloNovembro 2021 | Nº 539Conversas do CasteloParte IX- Meu amigo, os dias estão cada vez ...
29/11/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Castelo
Novembro 2021 | Nº 539

Conversas do Castelo
Parte IX

- Meu amigo, os dias estão cada vez mais curtos e a esplanada, mesmo com estas mantinhas que colocam à nossa disposição para nos mantermos mais quentes e agasalhados, convidando-nos a uma maior permanência, não são suficientes para estarmos confortáveis fisicamente. Parece que vamos mesmo ter de rever e pensar onde possamos continuar a ter estas conversas.

O Sol na sua trajectória em direcção ao Solstício de Inverno, vai fazendo a sua aproximação a Norte, aí, nesse ponto preciso do seu caminho, será o dia mais curto e a noite mais longa, muitas vezes a mais fria. Aqui sentados, nem damos conta desta particularidade dos movimentos relativos dos dois astros, Sol e Terra, a nossa grande fonte de energia e de luz, não se põe sempre no mesmo ponto deslizando, progressivamente, dia após dia no horizonte.

De qualquer forma, atento a estas condições, continuo a dizer-lhe que já não se aconselham as nossas conversas por aqui, primeiro porque nos expomos demasiado ao frio e ao vento, que por aqui é muitas vezes cortante, depois, temos cada vez menos tempo de luz. Vamos já pensando numa alternativa, ali mais abaixo, em Santana ou Corredoura, na Cotovia não estou a ver nenhum local. – constatei.

- Tem toda a razão, embora reconheça que num qualquer local mais abrigado, podemos perder esta energia que aqui sentimos. – sorri abanando a cabeça.

Vamos pensando nesse local onde se possa observar o mar, a charneca ou a serra. Lá para a Primavera, quando os dias começarem a ter uma maior expressão, voltamos aqui. Afinal de contas, é aqui que gostamos de estar. Ainda aqui sentimos presença do velho Rafael e dos seus inúmeros amigos, gatos. Uma boa sala com uma lareira podia igualmente ser um local propicio para a continuação destas nossas conversas.

Há atrasado, tínhamos f**ado no progressivo abandono deste espaço. Na realidade o património arquitectónico e espiritual aqui fundado e erigido, há mais de um século que se verif**a o seu derruimento e o decréscimo do culto à Nossa Senhora do Cabo. Por outro lado, constatamos que se consolidou, de sobremaneira, o culto na margem norte. O que é de estranhar dado os elevados investimentos que foram realizados, progressivamente ao longo dos séculos, nesta infraestrutura são o indicador preciso que este culto tem nas paróquias da margem Norte.

- Custa a acreditar que todo este investimento tenha sido realizado dessa forma, quase unicamente pelas paróquias da margem norte! – exclamei admirado.

- Sim é verdade, mas não podemos olhar estas questões com a visão simplista e deturpada da realidade actual, da nossa realidade e de fazemos das mesmas, sem atendermos às condicionantes e aos factos que em cada momento e em determinada época foram determinantes, para o desenvolvimento desta região cujo o foco ou centro era Lisboa, não só como capital do Reino de Portugal, mas como capital política, administrativa, onde tudo ali se decidia, aliás como ainda hoje o é, mas igualmente, era a sua capital espiritual.

- Tem toda a razão, é mesmo importante esse olhar focalizado na época. Um facto importante, normalmente não atendido ou mesmo esquecido, talvez mesmo ignorado, é que a divisão territorial da igreja com a existência de uma diocese abaixo de Lisboa, entre a capital e Évora não existia. As paróquias da margem norte e da margem sul do Tejo, estavam todas enquadrados pela mesma entidade espiritual, com sede em Lisboa. Esta situação especif**a, vem estabelecer uma divisão aparentemente, insignif**ante, mas que obviamente assume uma relevância importante na dinâmica de todo o trabalho da igreja.

- É verdade, tem toda a razão não existia a actual divisão territorial da igreja com a existência de uma diocese sediada em Setúbal e que ainda por cima, nem sequer coincide com a divisão administrativa que existe do Distrito de Setúbal. Não nos podemos esquecer deste factor, inegavelmente, relevante que nem sempre os interesses de uns e de outros, poderão ter sido entendidos ou melhor ainda, levados em linha de conta. Não pense que tudo isto poderia ter sido melhor planeado e organizado, levado em consideração. Como o meu amigo sabe, isto das divisões e das rupturas, pacif**as ou litigiosas, muitas vezes as litigiosas deixam marcas, porque, nem tudo estava bem esclarecido relativamente à criação da nova Diocese de Setúbal, quanto mais aos seus santuários.

- Santuários? – interrompi com estranheza.

Então, houve problemas com a limitação geográf**a da nova Diocese, não me lembro de ter ouvido, ou lido nada sobre isso, também já lá vão algumas décadas, confesso.

- Na realidade foram deixadas certas coisas por esclarecer, além da diocese não coincidir com a divisão administrativa civil do distrito, também ficou, ao que parece, um pouco indefinido a quem pertencia o Seminário de Almada, a Igreja e o Santuário do Cristo Rei, com toda a quinta envolvente desejando o Patriarcado de Lisboa, continuar a ter a jurisdição material e espiritual sobre todo este património, um património que se revelava bastante importante para a nova Diocese que, para além das receitas e jurisdição do Santuário de Cristo ainda ver-se-ia privada de um importante local de formação dos seus novos quadros.

- Que coisa tão estranha, mas resolveu-se? – interrompi intrigado.

- Resolveu-se porque o primeiro Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, que boa memória nos deixou, não esteve com demoras e paninhos quentes e tratou logo, a devido tempo, esclarecendo tudo o que havia para esclarecer relativamente aos limites da Diocese e ao património que deveria pertencer por direito próprio e absolutamente necessário ao seu desenvolvimento.

Já percebe que as questões deste Santuário nunca estiveram na ordem do dia dos problemas da Diocese pese embora o Santuário se encontrasse numa degradação permanente onde até ocupações selvagens tenham existido. Essas questões, ligadas a indefinições relativamente à propriedade, mantiveram durante décadas este conjunto arquitectónico impar num reprovável abandono.

- Bom, mas parece que isto tudo está a levar um outro caminho com um programa de reabilitação ligado ao turismo, qualquer coisa desse género, li em qualquer lado mas parece que também, como de costume nestas coisas envolto em polémica.

- Lá iremos numa próxima conversa que esta já vai longa, a noite não tarda e ainda tenho algumas coisas para lhe ler deste velho livro de apontamentos da Confraria de Nossa Senhora do Cabo, se não perdemos o fio à meada e convém mesmo, através destas leituras compreender quanto do esforço e empenhamento foram aqui colocados pelo Círio dos Saloios.

Dizendo isto, retirou da pasta de cabedal um livro que pelo aspecto já devia ter alguns anos, livro certamente de alfarrabista, que de biblioteca não sai dela e começou a procurar as marcas que aparentemente deveriam corresponder a passagens que desejava ler.

- Ora vamos lá ver. – continuando a folhear o lido e relido livro. Não me vou perder com pormenores e nomes de quem há muito nos deixou, compreende o que eu quero dizer. Em 1739, no princípio do giro de Benf**a lê-se aqui, “Esmeram-se em fazer uma obra grande e foi a armação da igreja de que tanto se precisava, para o que concorreram todas as freguesias, porém só a de Benf**a deu logo, pela primeira vez trezentos e noventa mil setecentos e cinquenta Reis”... “E importou toda ela um conto trezentos oitenta e dois mil trezentos e quarenta e três Reis.”

- Mas isso devia ser uma pequena fortuna. – constatei admirado. E tudo investido aqui na igreja.

- Deixe-me continuar por favor e depois terá tempo para as suas apreciações. Bom, o ano de 1740 foi a vez de S. Domingos de Rana. Nesse ano não se fizeram obras, o custo da armação ainda se fazia sentir, porém “em várias miudezas despenderam-se quarenta e dois mil e quatrocentos Reis” e “a freguesia de Benf**a deu… cento e sessenta e oito mil seiscentos e trinta Reis”.

Apontavam tudo aqui sabe, oiça isto; “Determinou-se então por acordo, que a armação estivesse fechada com três chaves, das quais o Juiz teria uma, outra o Escrivão e outra o Tesoureiro, donde se conservasse a prata e com a dita armação se não pudesse nunca emprestar para outra parte.”

Em 1741, São João das Lampas esteve à frente da organização, mas despenderão cento e sessenta mil e novecentos e quarenta e oito Reis mas a freguesia de Benf**a participou igualmente com “ vinte e cinco mil quatrocentos e quarenta Reis”.

Em 1742 foi a vez da freguesia de Nossa Senhora da Purif**ação de Monte Lavar, organizar o giro e escreve-se aqui; “Comprou-se neste ano um Órgão, e fizeram-se outras coisas, em que se gastou trezentos trinta e dois mil centos e cinquenta Reis. E para isso deu a Freguesia de Benf**a sessenta e cinco mil quatrocentos e oitenta Reis”.

E o que dizer desta clarividência; “…nesse ano se fez um acordo no mesmo sítio do Cabo do Espichel a 6 de Maio, em que se assentou entregar-se a chave do Órgão ao Capelão, a fim de que os outros Círios também se servissem dele; dando por isso a sua competente esmola, sem que desta entrega da chave resultasse direito algum, ou posse para o futuro ao dito Capelão, ou aos seus sucessores; porque em todo e qualquer tempo que os Oficiais do Círio que servissem nesse ano quisessem a chave para a levarem, ou entregarem a outro, livremente o fizesse: o Capelão as aceitou, assignando disso hum termo. Aprendam daqui os modernos a não deixar criar raízes a posse de alguém; para o que, todos os anos deverão tomar conta de tudo e de todas as chaves, e depois da posse entregarem-nas a quem melhor lhe parecer, ou ainda aos mesmos que as possuirão, mas com o conhecimento de que quem lhe entrega a administração e só quem tem o direito e domínio; e se as chaves podem estar na mão de hum homem a quem se paga, muito melhor conservadas são as cousas pelos Festeiros, que devem zelar tudo como seu, pois lhe tem custado o seu suor. Faço esta advertência aos vindouros, para acautelarem os perigos em que vão caindo os modernos, por isso se tem perdido muitas regalias, e tem havido demandas, o que não sucederia se conservassem sempre os seus antigos direitos.”

Em 1743 foi a vez de Nossa Senhora de Belém de Rio de Mouro. “Fizeram-se dez painéis para a Igreja de Nossa Senhora do Cabo, com molduras entalhadas e douradas. Puseram-se quatro Santos em quatro nichos. Mandaram-se fazer três alvas, três amitos, três cordões, duas toalhas dos aItares, outra do Altar Mor, e outra para o Altar de Nossa Senhora do Cabo com suas rendas, toalha para o Lavatório, e outras coisas mais, em que se despendeu seiscentos cinquentas e cinco mil setecentos e noventa e cinco Reis”. Nesse ano, “…deu a Freguesia de Benf**a junta com o Mordomo do Bodo Manoel Luiz, e de Cera Francisco Duarte, sessenta e sete mil cento e vinte Reis.”

Em 1744 a organização do giro pertenceu a Nossa Senhora d'Ajuda de Belém. “Fizeram-se neste ano duas moradas de casas novas, e uma que se comprou a João Baptista Antunes, Armador, no que se despendeu novecentos oitenta e dois mil e quarenta e um Reis”. Nesse ano, deu a Freguesia de Benf**a …“quarenta e cinco mil e duzentos Reis”… “Um devoto, chamado Pedro Hebent, da cidade de Lisboa, mandou fazer umas casas para seu cómodo, e de seus parentes, e nas suas faltas para os Romeiros.

Outro devoto, por nome Pedro Mina, de Belém, mandou fazer outras casas para seu cómodo, e na sua ausência para os Romeiros.”

- Só nesse ano foram construídas várias casas pelo Círio dos Saloios de acordo com esse registo. – interrompi empolgado.

Em 1745 foi a vez de Ascensão e Ressurreição de Cascais organizar o giro. Pagou-se a João Jorge o resto que se devia das casas, em que despenderão cento e dezoito mil setecentos e cinquenta e seis Reis. Deram os Mordomos do Bodo de Benf**a… vinte e nove mil e seiscentos Reis.

1746 foi o ano de Santo Nome de Jesus, de Odivelas organizar o giro. “Fez-se no Arraial do Cabo um sobrado e uma loja da ponte do Sul, em que se despendeu por mão de João Jorge duzentos setenta e sete mil setecentos e setenta e sete Reis. Contribuíram para isso os Mordomos do Bodo de Benf**a... com vinte e nove mil e vinte Reis”

Em 1747 calhou a S. Martinho de Cintra. “Fez-se um cortinado de damasco, em que se gastaram cento e cinquenta covados. Concertaram-se as casas. Preparou-se o Órgão, e pagaram-se todas as dividas, em que se despendeu novecentos trinta e três mil cento e quarenta e sete Reis… Deu, o Mordomo do Bodo de Benf**a… vinte e seis mil seiscentos e vinte Reis.”

1748 foi o ano de S. Pedro do Almargem do Bispo. “Despende-se com seis castiçais de prata novos, e outras coisas mais setecentos trinta e sete mil e noventa e nove Reis. Deram os Mordomos do Bodo, e Cêra da Freguesia de Benf**a treze mil oitocentos e vinte Reis. Deram de esmola o Juiz…, o Escrivão…, o Tesoureiro…, e o Procurador…, um carro triunfante, que importou duzentos doze mil e oitenta Reis.”

- Seis castiçais de prata! – sublinhei admirado. Esses ou foram para o rol dos roubos realizados pelo exército napoleónico comandado por Junot ou pelo D. Miguel que tinha que arranjar sustento para os seus ideais absolutistas.

- Em 1749 foi a vez de Santo Estevão das Galés. “Concertaram-se as casas, e outras coisas mais… despendeu seiscentos trinta e cinco mil oitocentos e oitenta Reis. Deu o Mordomo do Bodo da Freguesia de Benf**a… vinte e quatro mil Réis.”

1750 foi a vez de Nossa Senhora da Conceição da Igreja Nova. “Só despenderam vinte mil quinhentos e cinquenta Reis. Deu a Freguesia de Benf**a pelo Mordomo do Bodo... e uma devota do mesmo lugar, cinquenta e sete mil e vinte Reis.”

Por último, 1751 foi a vez de S. João Degolado da Terrugem. “Neste ano se mandou fazer a Imagem que anda nos Círios, pois que até este tempo só havia uma Bandeira. Fizeram-se capas de seda, e outras miudezas, em que se despendeu duzentos vinte e sete mil trezentos e quarenta Reis. Deram os Mordomos do Bodo da Freguesia de Benf**a… dezoito mil quatrocentos e vinte Reis.”

Bom fico por aqui, já chega de exemplos e de montantes, julgo tê-lo, definitivamente esclarecido que andou séculos a investir por estas bandas e era bom que isso fosse reconhecido por nós que herdamos um património e demoramos décadas a dar-lhe o merecido valor. Gratidão e obrigado não nos f**ava nada mal.

- Olhe, estou mais que esclarecido, levo muita matéria para reflectir e a noite já nos faz companhia, portanto como se costuma dizer, está na hora de fechar o livro.

António Marques

_______________
1 Memória da Prodigiosa Imagem da Senhora do Cabo, Lisboa, na Impressão Régia, Segunda Parte, 1817, pág. 3 a 13

Jornal Raio de LuzEspecial CasteloNovembro 2021 | Nº 539
29/11/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Castelo
Novembro 2021 | Nº 539

Jornal Raio de LuzEspecial CasteloSetembro 2021 | Nº 537Criação da Vila de Santa Maria do CasteloHá mais de duas décadas...
21/09/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Castelo
Setembro 2021 | Nº 537

Criação da Vila de Santa Maria do Castelo

Há mais de duas décadas, neste jornal, começamos a falar da criação da Vila da Quinta do Conde, como o tempo passa, mas a Vila da Quinta do Conde lá está a dignif**ar quem lá vive, deixando de ser um lugar incaracterístico, um aglomerado urbano sem direito a uma história e a um futuro.
Houve um tempo em que Santana e as suas zonas limítrofes eram quintas e pouco mais, um lugar de passagem para Sesimbra, um caminho para oeste do concelho. Mesmo o PDM não consegue uma definição mais rigorosa do que chamar-lhe área central, pouco votado a um correcto conceito de evolução. O tempo veio demonstrar que não só não é assim, como não pode ser assim. Os lugares têm direito a ter a sua dignidade e a não serem simples locais de passagem ou apêndices de outros lugares e freguesias dos concelhos.
Os lugares são fundadores da nossa identidade, o Castelo com a sua igreja, ela também fundada e construída sobre os alicerces de uma outra que, nas descrições existentes, teria sido bastante maior. Nesse lugar, durante séculos, existiu a imagem, da Senhora do Leite ou da Nossa Senhora do Castelo. A Nossa Senhora do Leite é um símbolo de fertilidade e milhares de pessoas atribuem-lhe, também, a capacidade de conceber milagres, depois de visitarem a Gruta do Leite, na Terra Santa. Tal como outras imagens que representam a Virgem Maria e Jesus, a estátua ainda hoje existente, na igreja da Corredoura simboliza também a maternidade. D. Sancho I, em Coimbra, a 15 de Agosto de 1201, concedeu-nos uma carta de foral, reconhecendo um estatuto especial, dando-nos direitos municipais, muito antes de Almada e Setúbal, acima de tudo deu-nos dignidade. Um estatuto e uma dignidade que se foi extinguindo progressivamente, assumida por uma nova vila medieval que entretanto crescia. Durante vários séculos este espaço bucólico passou a ser, simplesmente, um caminho para um outro destino final.
Porém, as últimas décadas do século passado e as primeiras duas deste século XXI vieram demonstrar uma força e uma visibilidade, consequência de um desregrado crescimento urbano, muito dele pendurado na saturada Estrada Nacional, criando uma nova realidade.
Assim, durante quase meio século foi-se agregando e formando um aglomerado contínuo, bastante extenso, envolvendo e interligando vários lugares e aldeias, designadamente Santana, Aldeia dos Gatos, Quintola de Santana, Barquinha, Pedreiras, Maçã, Facho de Santana, Sampaio, Cotovia, Venda Nova, Charneca da Cotovia, Carrasqueira, Quintola, Quintinha, Almoinha, Covas da Raposa e Casalão.
Um aglomerado contínuo de aproximadamente 20000 eleitores e uma população residente, seguramente com um número ainda maior, com uma Unidade de Saúde Familiar, uma escola secundária em Sampaio, uma 2+3 em Sampaio, uma escola básica em Sampaio e Cotovia, creche, colégio privado com creche, ensino pré primário e básico, centro de apoio e reabilitação de deficientes, centro paroquial igualmente com a valência de creche, igreja paroquial, duas farmácias, quatro agências bancárias, três postos de abastecimento de combustíveis, duas residências seniores privadas, alojamento local, seis médias superfícies comerciais, associações culturais, desportivas e de solidariedade social que asseguram práticas desportivas, dinamizam práticas culturais em auditórios próprios e de utilização pública, de solidariedade social com centros de dia e apoio domiciliário, sede de freguesia, parque urbano, pequenos jardins e com zona de apoio.
Um centro urbano, que merece e reúne as condições e a dignidade para lhe ser atribuído, de acordo com a Lei n.º 11/82, de 2 de Junho, definidor do Regime de Criação e Extinção das Autarquias Locais e de Designação e Determinação da Categoria das Povoações, pelo que estipula e regra o seu Artigo 12.º, a categoria de Vila.
A Vila de Santa Maria do Castelo.

António Marques

Jornal Raio de LuzEspecial CasteloSetembro 2021 | Nº 537Conversas do Castelo (Parte VIII)- Dizia-me então meu amigo, “Ca...
21/09/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Castelo
Setembro 2021 | Nº 537
Conversas do Castelo (Parte VIII)

- Dizia-me então meu amigo, “Casas de Nossa Senhora do Cabo Espichel feitas por conta do círio dos saloios no ano de 1757 para acomodação dos mordomos que querem dar bodo”. Interessante e esclarecedor de quem na realidade financiou e construiu as casas ou hospedarias, como também são igualmente designadas.

A história dá muitas voltas mas o que está escrito está escrito, essa inscrição lavrada na pedra é bastante esclarecedora, não foi a Casa Real, a igreja ou mesmo os círios desta banda que construíram o que está feito no promontório. Foi o círio dos saloios. É que às vezes há pessoas que nos contam outras histórias, pessoas que trabalharam para a apropriação deste espaço comum, por quem não lhe foi reconhecido esse direito.

- Está a deixar-me intrigado. - comentou JP. Houve aí tramóia?

- Sim, não lhe daria esse nome, desonestidade certamente, parece que gostamos muito de f**ar com o trabalho e com o suor alheio, mas voltemos ao ponto em que estávamos neste espraiar das águas no Cabo.

Esta reorganização do espaço do Cabo patrocinado em grande parte pela Casa Real e pela devoção mariana da Dinastia de Bragança, D. Pedro II, Senhor da Casa do Infantado, como já lhe referi mandou construir a nova igreja, porque a existente já não satisfazia as necessidades. Mais tarde foi a vez de D. João V e D. José I, cuidaram do espaço e das infraestruturas de suporte ao mesmo e essenciais, como, por exemplo, a melhoria de acessos, das estradas, garantindo a água que o local necessitava. O século XVIII deu assim ao culto da Nossa Senhora do Cabo uma dignidade monumental que até então não exista, com a família Real a não dispensar assistir e a participar em todos os eventos em torno do círio e da romaria.

- Era um local com grande esplendor e dignidade, não tenho a menor dúvida, mesmo para aquela época, para um local inóspito como aquele, quase no fim do mundo, onde a terra acaba e o mar começa , de forma abrupta, com o corte existente nas placas inclinadas, mesmo a pique, terra de ninguém, mas onde a adoração mariana vencia todas estas vicissitudes que faria que qualquer outro lugar caísse no esquecimento da mente e da imaginação humana.

Hoje, temos as fotografias, o cinema, as crónicas escritas em jornais e revistas, para nos refrescar a lembrança ou mesmo para transportar-nos a memórias que não são as nossas, de um outro tempo. Há contudo algumas descrições de como era, não muitas nem exaustivas notícias, mas as suficientes para compor e suportar a nossa imaginação, mais alguns desenhos, pinturas, umas gravuras representado o local e essa época. Temos ainda os painéis de azulejos ali na capela da Memória. De alguma forma, a confraria do círio saloio tem ainda registos escritos, tomada de posse de confrades, contabilidade dos círios, loas, entre outros materiais. Facilmente se deduz que o círio dos saloios detinha uma boa organização o que lhe permitiu realizar as construções que ainda hoje subsistem no Santuário. Essas e outras como altares, pinturas, imagens, enfim tudo a que se propunham, construir ou comparticipar.

Os confrades, anualmente, desde a sua fundação, prestavam contas do seu trabalho, de como geriam o dinheiro que angariavam para a prossecução dos seus fins, independentemente da forma de como essa angariação era realizada se por doações, se por venda de materiais religiosos ou do próprio bolso. Uma coisa é certa com a sua organização, com o seu trabalho, conseguiram-nos deixar uma obra de cariz popular que contracena com as linhas, com o esplendor barroco da igreja de Nossa Senhora do Cabo. Não nos podemos esquecer que segundo se escreve em “Memórias” guardadas nos arquivos nacionais que a primeira confraria instituída, foi no ano 1432. Daí para a frente com um ou outro interregno, sempre a confraria existiu e desempenhou com rigor a seu papel.

- Maravilhoso trabalho de gerações! - exclamei admirado. Nem quase consigo imaginar como seria esta movimentação popular em torno da devoção à imagem de Nossa Senhora do Cabo, uma devoção e um movimento que contagiou a Família Real, envolvendo-a no círio e na sua peregrinação ao promontório do Espichel.

- De certa forma o envolvimento da Casa Real e a construção da nova igreja vem potenciar a devoção e o culto da Nossa Senhora do Cabo, a um nível nunca antes alcançado. Já não são só peregrinos do círio saloio que atravessam o Tejo em Belém rumo à Trafaria ou a Porto Brandão e caminham em direcção ao promontório do Espichel, mas é toda a família real que se envolve nesta aventura em torno da Nossa Senhora do Cabo. Assinala-se a construção da estrada da Apostiça para uso do círio, o calcetamento de outros caminhos, a construção de fontanários ao longo do percurso igualmente contribuíram para tornar o percurso mais cómodo e seguro. O santuário e as cerimónias ganham um esplendor, uma importância em tudo semelhante às de Vila Vilosa e o espaço continua a ganhar forma com as novas hospedarias a seguirem os alinhamentos traçados, ampliando-se deste modo, progressivamente, o terreiro.

- Para os peregrinos era um solo quase sagrado, onde, com grande afinco e determinação foram edif**ando o magnífico conjunto monumental de inspiração e cariz popular. Constituiu pois uma época ímpar, difícil de imaginar, já lhe tinha dito, com a nobreza a participar numa verdadeira comunhão em torno de uma mesma devoção, a devoção à Nossa Senhora do Cabo. Volto a frisar, inimaginável. Talvez desse uns bons documentários ou vários argumentos cinematográficos, mesmo um filme. Era só colocar a imaginação a funcionar partindo dos elementos históricos existentes.- constatei.

- Claro que um facto importante que terá pesado no apoio aos peregrinos e que ajudou a igualmente a resolver muitos problemas foi a construção do aqueduto e da Mãe de Água que trouxe esse precioso líquido, essencial à vida, para as proximidades do terreiro. A estrada com referiu, com vários troços em calçada até ao Cabo permitiu a circulação dos coches e da berlinda. Uma viatura de aparato religioso, para transporte da imagem de Nossa Senhora do Cabo, encomendada por D. João V e construída especif**amente para este efeito em 1740. Mais tarde, em 1810, o juiz do círio de Belas, representado pelo visconde de Santarém, oferece uma nova berlinda. Hoje são mesmo peças de museu que só saem à rua com redobrado cuidado e seguro.

- Parece que existia, paredes meias com o Santuário uma fortif**ação, o Forte de Nossa Senhora do Cabo? Pelo menos as ruínas têm essa conotação.- interrompi.

- Sim. A sua construção iniciou-se em 1672, ainda durante o período de consolidação da independência após 1640. Fazia parte de um conjunto de fortif**ações de defesa da costa e da capital do reino, tentando dissuadir incursões que tivessem por objectivo o desembarque de tropas na nossa costa. Está representado nos azulejos da Capela da Memória. O forte teria mesmo várias peças de artilharia. Um desabamento de parte do promontório levou consigo mais de metade da fortif**ação. Hoje pouco mais resta do que essas ruínas de que fala no local onde outrora terá existido essa estrutura militar. Mas ainda há, a cerca de 600,00 metros a Sul do santuário, o farol, uma luz que assinala um dos cabos mais perigosos para a navegação costeira, que a protege desde finais do século XVIII.

- Desculpe. Temos que voltar um pouco atrás já que a palavra círio não corresponde exactamente ao que de um modo geral entendemos.

- É verdade a palavra tem origem na designação dada a uma vela grossa, aliás ainda hoje é uma designação corrente. Uma vela que se acende num determinado acto em certas cerimónias religiosas. Aqui a palavra pode até confundir-se com o termo giro. O círio, aqui, trata-se pois de uma peregrinação a um lugar sagrado ou com esse potencial místico. No caso da Nossa Senhora do Cabo, tinha a componente de romaria e de festa popular. A grossa vela era acesa durante o tempo em que decorriam os festejos. As freguesias da margem norte estruturaram-se de forma a fazer rodar entre si a organização da romaria. Chegaram a participar trinta freguesias. Esse número, actualmente estabilizou em vinte e seis. Uma enorme participação popular com um percurso a ser realizado com dois momentos diferenciados. Num primeiro momento era realizado o percurso até ao palácio real. Aí nesse ponto de encontro era recitadas as “loas”. Um conjunto de versos de louvor à Nossa Senhora do Cabo. Após esse momento, a família real juntava-se ao cortejo, encaminhavam-se para o Tejo iniciando-se a travessia do rio. Pelo percurso a imagem e o cortejo era acompanhado por salvas de artilharia e por muitas embarcações ribeirinhas. Desde que há registos, o Círio transportava apenas uma bandeira, a partir de 1751, o giro começou a transportar uma cópia da imagem. O cortejo tem um preciso cerimonial onde os participantes se devem inserir. Um protocolo. Compreende?

Quanto às Loas, vou-lhe aqui ler dois ou três excertos ao acaso só para ver do que estou a falar, já contava que me fosse necessário mostrar-lhe no decurso desta da nossa amena, cavaqueira sobre a Nossa Senhora do Cabo.

Abriu uma pasta, de tamanho A4, em cartolina castanha esbranquiçada pelo tempo, com elásticos negros, retirando alguns papeis de aspecto antigo. Deu uma vista de olhos, como se estivesse a escolher ou procurar alguma coisa em particular, começando a ler em voz alta.

“Parabéns companheiros a todos nós damos!
O nosso Juiz nas mãos sustentar
Já vemos, alegres, o sacro Estandarte
Que nossa Romagem vão prestes guiar”

“Demandando nossos lares,
Vai partir esta Romagem,
Em triunfo conduzindo,
De Maria a Santa Imagem

Se com saudade deixamos
Este sacro promontório;
É somente por cumprirmos,
Este voto assaz notório”1

- É compreensível que esse protocolo exista, - recentrei a nossa conversa - se tenha, digamos, aperfeiçoado, consolidado, mesmo, muitas vezes, moldado às necessidades de cada época ditado pela política ou mesmo por ambições de pessoas estranhas ao círio.

- O que aqui nos interessa realçar meu amigo, para além do envolvimento das forças políticas locais, das forças religiosas e sociais é o grande envolvimento das populações no percurso que é realizado pelo giro. E não nos podemos esquecer que findas as celebrações religiosas, iniciam-se as actividades, “profanas”, onde o povo se junta para ver e ouvir espectáculos musicais, degustar nas tasquinhas e restaurantes locais toda a qualidade de iguarias gastronómicas e doçarias. Os festejos em honra da Nossa Senhora do Cabo, podem ocorrer em diversas ocasiões dependendo da iniciativa de cada Comissão de Festas.

- Vamos ver se entendi. A imagem da Nossa Senhora do Cabo ou mais remotamente o pendão vinham até ao Cabo. A imagem vinha à guarda de uma das freguesias que compunham o Círio Saloio e depois era dada a guardar à freguesia seguinte no giro. Com algumas adaptações e sobressaltos foi sendo assim durante vários séculos.

Hoje isso não ocorre assim. A imagem passa de uma freguesia para a outra ou, de uma igreja paroquial para a seguinte sem vir ao Cabo, uma tradição e um ritual que se adulterou em 1893. Parece haver deste modo, uma intervenção dos párocos locais que inicialmente não seria exactamente assim, esta transmissão era realizada entre mordomos do círio e até poderá existir um procurador. O importante contudo, é que a imagem f**a sempre à guarda dos mordomos da freguesia seguinte na cadência do giro. Esta mudança na circulação da imagem assenta na dificuldade de movimentação do círio ou, devido a outros factores que influenciaram e foram determinantes neste abandono. Temos pois, desde há muito, a Confraria do Cirilo dos Saloios, formada por membros de cada freguesia que participa no giro e uma Comissão de Festas por freguesia que organiza as festas em honra de Nossa Senhora do Cabo. São entidades diferentes que muitas vezes se confundem e de algum modo se completam.

- Infelizmente alguns acontecimentos internacionais ocorridos no decurso do século XVIII, terão repercussões no século seguinte. Não são só as novas ideias e o Iluminismo, mas tudo o que as mesmas irão trazer para o mundo, em particular para a Europa com reflexo em Portugal. O mundo havia mudado muito e acontecimentos políticos importantes obrigarão a mudanças no modo de vida dos portugueses e nas tradicionais rotinas do culto de Nossa Senhora do Cabo. Os sobressaltos políticos do século XX, vão igualmente enfraquecer, não a imagem da Nossa Senhora do Cabo, essa perdura forte até hoje, mas a imagem, a atractividade religiosa e mística do santuário.

No início do século XIX, a família real, temendo o pior, tem mesmo de abandonar o reino perante o avanço de tropas francesas invasoras a caminho de Lisboa. O general Junot e os seus homens roubam parte do tesouro do santuário e mais tarde as tropas miguelistas apreendem o que resta do mesmo. Nos finais do século XIX, pela primeira vez, em 1887, a imagem não vem ao Cabo e a sua entrega à freguesia seguinte faz-se directamente entre as duas paróquias. Esta data e este facto, para muitos, marca o início do declínio do santuário e o seu lento e progressivo abandono.

António Marques

__________________
1 Loas da Romagem de 1865.

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