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18/02/2025

"O NOVO LP 'DO' ROBERTO CARLOS" - UMA ERA QUE DUROU 32 ANOS E DEIXOU SAUDADES
Quem tem hoje aproximadamente de 45 anos pra cima e uma boa memória afetiva, deve lembrar dos áureos tempos em que às proximidades do Natal, um acontecimento tão tradicional quanto a ceia familiar se renovava em um novo ciclo: o novo LP de Roberto Carlos. Foram mais de três décadas que o cantor mais popular do Brasil foi um dos grandes responsáveis (o maior durante 20 anos) pelo aquecimento do mercado discográfico brasileiro. Até 1965, Roberto não havia padronizado o período de seus lançamentos no fim do ano. O motivo simples é que ele ainda não era um fenômeno de popularidade não sendo prioridade na gravadora CBS. Muito antes de só se vestir de azul (e branco), evitar o "agourento" dia 13 ou só entrar e sair pela mesma porta, o artista mais emblemático da nossa música, até lançou LP (o 1°, "Louco Por Você") no infame mês de agosto. Talvez por isso, ele jamais tenha lançado outro bolachão anual no chamado "mês do desgosto" - no caso, seu debute foi um inteiro fracasso.
De seu segundo álbum até "Jovem Guarda", de 1965, ele (ou melhor, a sua gravadora), lançou seu novo LP alternando os meses entre novembro, julho e abril. Contudo, o segundo LP daquele ano de 1965 trouxe "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", a canção que o mudou de patamar: o jovem cantor da então desconhecida Cachoeiro de Itapemirim-ES, agora era o cantor de maior sucesso, o maior vendedor de discos da música brasileira e o artista mais badalado do cancioneiro nacional.
A magnitude do sucesso de Roberto Carlos o levou à coroação simbólica no programa de Chacrinha como "O Rei da Juventude". Naquele ano seguinte ao megassucesso do rock-balada de queixa amorosa (1966), o seu próximo bolachão preto já não seria mais um dentre tantos, mas o lançamento mais aguardado no mercado fonográfico tupiniquim. O então gerente geral e produtor da filial brasileira da multinacional americana, Evandro Ribeiro - sendo um contador de origem -, anteviu a possibilidade comercial de, pegando carona no clima natalino de se trocar presentes e também aproveitar a recém-instaurada lei do 13° salário (a qual há 4 anos fomentava as vendas na época que Santa Claus saía com suas renas do polo Norte) para alavancar a filial que até então sobrevivia basicamente das vendas de Ray Connif.
Principalmente, a partir de 1971, quando Roberto Carlos assumiu sua veia romântica em definitivo, seu novo LP foi o acontecimento mais aguardado por boa parte dos brasileiros transformando-se num presente dos mais ternos ofertados a mães, pais, avós, filhos, primos, tios, sobrinhos, etc., num verdadeiro símbolo afetivo da cultura brasileira. Eu, particularmente, lembro de um episódio marcante relativo ao álbum de 1982. Um dos vizinhos de minha família, em Belém do Pará (mais precisamente, Ananindeua, cidade vizinha à capital), fez uma surpresa à esposa presenteando-a com o então 24° LP do cantor. Para criar uma expectativa nela de algo grande, ele embalou o LP dentro de uma caixa enorme, enfeitando-a com faixas de lacinho e tudo. Ao desatar o laço e abrir aquela caixa, sua esposa constatou surpresa e emocionada que se tratava do novo LP de Roberto Carlos.
Essa solenidade natalina resistiu incólume até mesmo no período que o cantor deixou de ter o disco mais vendido do ano, a partir de 1986 - porém, sempre vendendo entre 1,5 milhão a 2 milhões de cópias. Foi um período no qual, principalmente os fãs, aguardavam ansiosos, pelas novas e inéditas canções do maior pop-star brasileiro da história.
Infelizmente, essa tradição começou a ser parcialmente quebrada em 1998, quando a sua terceira esposa, Maria Rita, teve o seu quadro de saúde agravado em consequência de um câncer na região pélvica e Roberto teve que abandonar as gravações daquele CD que, mutilado, chegou às lojas com somente quatro faixas inéditas e as demais seis hibridamente enxertadas de um show ao vivo do cantor. No ano seguinte, com o falecimento de Maria Rita, justamente (e infelizmente) em dezembro, Roberto, abalado, adentrou num inédito período sabático para tentar se refazer da precoce perda do grande amor de sua vida, segundo ele mesmo. A chegada do novo milênio assinalou um Roberto Carlos muito menos produtivo e que, a rigor, só lançou um álbum completo de inéditas ("Pra Sempre", de 2003). Segundo o produtor do cantor, Mauro Motta, o desestímulo do rei veio devido ao câncer da pirataria digital que assolou o mercado discográfico na primeira década dos anos 2000. A tendência do mercado na atual era digital e a desilusão do cantor com a pirataria, impediram a retomada da tradição dos novos lançamentos físicos em álbuns de 10 ou 9 faixas como no passado. No caso, a música digital padronizou o lançamento de singles (uma canção por vez), o que Roberto de fato aderiu, mas aqui e acolá, arriscou lançar suas novas (e poucas) canções no formato físico de EP - uma espécie de compacto duplo em CD. Pelo que vemos de momento, a velha e amada tradição do "novo LP 'do' Roberto Carlos" ficará apenas como uma doce lembrança de um período marcante e inesquecível de quem teve o privilégio de vivê-la.
Marcelo Carvalho (administrador da página).

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