04/03/2021
BENEVOLÊNCIA
Bom dia amigos! Continuando com nossas reflexões sobre vícios e virtudes, vamos explorar hoje a benevolência.
Benevolência como virtude moral é a atitude favorável, benigna e benéfica para com alguém. É a conduta de complacência, condescendência e indulgência para com alguém.
Benevolência tem origem no sentimento do amor, da caridade e da generosidade. É a manifestação de respeito e amor ao semelhante. Visa o amor e o respeito ao próximo. Os comportamentos de impiedade, maleficência, malevolência e malquerer, são vícios opostos a benevolência.
A benevolência tem por principais características a tolerância, a indulgência e a condescendência, todas, inclusive a benevolência, recebendo o supremo influxo da bondade.
A benevolência é a designação dada a toda atitude que é praticada visando fazer o bem ou levar proveito a outrem por mera liberalidade, visto que não se estava obrigado a sua prática.
O amor está unido à benevolência, isto é, quer o bem de quem se ama, porém, o amor distingue-se da benevolência porque esta pode dirigir-se a desconhecidos e permanecer oculta, o que não acontece com o amor.
Embora beneficência possa ser tomada no mesmo sentido, porque também indica a prática de um benefício, é mais aplicada para indicar o ato caridoso ou de benemerência, isto é, para indicar a atitude de quem quer o bem do outro e se comporta generosamente para com ele.
A benevolência para com os semelhantes é fruto de amor e generosidade e produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se.
A doutora em filosofia Maria de Lourdes Borges, em sua obra publicada pela Universidade Federal de Pelotas “Razão e Emoção em Kant”, assim anotou: “O dever de amar deve ser entendido como uma máxima de benevolência, que consiste, não em querer o bem dos outros sem contribuir praticamente para isso, mas numa benevolência prática, ou beneficência, que consiste a propor-se como fim o bem do outro”.
Na atualidade, a virtude de benevolência para com os outros homens é frequentemente denominada de altruísmo.
A regra áurea da benevolência é: “faze aos outros o que desejas que te seja feito.”
Ensinando sobre o verdadeiro sentido da caridade como o entendia Jesus, Allan Kardec esclarece na questão 886 de O Livro dos Espíritos que Jesus a entendia como a indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas e benevolência para com todos.
Sobre a benevolência, essas são as nossas anotações!
Que a luz e a paz permaneça com todos!
Jorge de Ávila