28/01/2023
(👉 https://youtu.be/8X706nnsUBI)
Esta é uma curta-metragem, feita em apenas 24h de produção e criada por um português, numa das muitas plataformas de IA (Inteligência Artificial) existentes.
Tudo produzido com utilização dos recursos de IA, da voz, à imagem, do som aos textos.
Tudo sem qualquer captação de pessoas reais, somente, diz o autor, com a intervenção humana na fase da Pós-produção e esta realizada num vulgar editor de video.
Não têm um guião fenomenal. Não é uma história de 'uau!'. Nem sequer é um grande vídeo em si (e o autor que me perdoe), mas só por ser feito por uma (várias, na verdade!) 'máquinas de pensar', já está muito, muito bem e em tempo recorde, aliás (relembra-se, em 24h), imaginando-se seguramente a sua evolução...
A criatividade, esse bem mais precioso (e raro no dia de hoje) da inteligência dos homens e das mulheres, essa é humana. Sim, humana. E é isto que importa.
Embora com recurso a IA, é uma obra criada por um ser humano ' dos verdadeiros', digamos assim, porque nestes tempos convém começar a distinguir a fonte, a verificar a inteligência, por detrás da obra, o autor, por detrás do feito. E não será sempre tarefa fácil, digo eu...
Ouço queixas, queixumes e queixinhas em todos as áreas e públicos sobre os perigos da IA. Foi sempre assim, com tudo o que é inovador na história. Agora não seria diferente.
O que não se ouve muito, no 'achismo' das redes sociais, será comentários pela positiva, das vantagens. De como este novo e fantástico recurso, poderá trazer em si uma nova era de absoluta liberdade criativa e de como se poderá poupar tempo e recursos (custos) no processo de criar, tudo pelo uso da sua tecnologia.
De como nos poderá facilitar a vida, a qualidade dos nosso trabalhos e, principalmente, de como a vida de quem cria conteúdos poderá ser, num futuro e já aqui mesmo, menos complexa e mais rica.
Vemos a 'gentes' focadas no medo. No medo de ser excluído. No medo de não ser preciso. Nos muitos medos.
E é o medo, que orienta as opiniões. É também um clássico, nas mudanças de paradigma.
Esta é para mim uma tecnologia libertadora. Uma tecnologia que nos permitirá fazer mais e melhor no nosso processo criativo (sim, porque o processo criativo é nosso!) e a possibilidade associada de poupar o nosso tempo, um bem precioso, ao invés de o investir num quase infindável processo, entre outros, de procura dos sons adequados, das imagens perfeitas, dos textos sem erros (olha só para este caso deste mesmo texto, tanta revisão e mesmo assim é o que se vê 🤪), das vozes marcantes, nas transições e nos efeitos XPTO, etc. e etc. e mais etc., comprometendo, em muitos casos e por exaustão das suas muitas tarefas, a qualidade do próprio processo (criativo) e pior, a qualidade de vida e o tempo de quem cria.
A IA deverá reduzir a necessidade de profissionais em muitas áreas? Sim, vai reduzir. Mas cria noutras tantas.
Sempre foi assim com todas as r(e)voluções tecnológicas, esta não será diferente.
O perigo, sim, estará no mau uso 'da coisa', no mau uso esse que sabemos já ser infelizmente uma realidade. Refiro-me ao mau uso dado por máfias cruéis ou por militares sem freio ou por políticos imorais (e sim, estão no 'mesmo s**o', é intencional!) e pela restante 'turma do balão mágico', que apenas olha para si, desde que a tecnologia lhe traga vantagens pessoais.
Mas o perigo verdadeiro e sim, esse UM PERIGO GIGANTE será, se um dia a bem-dita da tecnologia (a IA, relembram-se?), ficar de fora do controlo humano (ou deixar de o querer ter...), ficar autónoma, com vontade propria, por assim dizer, ai sim, 'a brincadeira' pode ficar perigosa! Não duvidem!
Mas cada preocupação a seu tempo...
Por hoje, penso mais que com Inteligência Artificial nunca se fará Arte, Arte da verdadeira, daquela com letra grande.
Produzir-se-à algo de engraçado, sim, de 'muito lindinho', também e até de espectacular, com o tal 'uau ao olho', mas porque não é Arte, não deverá, sinto, perdurar por muitas gerações, como perdurou (e perdurará) um Picasso, uma obra de um Amadeus Mozar ou de muitos outros génios, não diminuindo com isso, este interessante e útil recurso. Apenas colocando-o no seu devido lugar.
Acredito que a IA não penetra e não penetrará na alma humana. Não consegue. Não têm como. Nos sentidos até que sim, mas nunca no Profundo Intemporal. Na Qualidade Intrínseca á Condição de Estar Vivo e que se situa, mais coisa, menos coisa, por detrás do visível e com o seu acesso pelo Coração e que gosto de chamar de O ETERNO.
Um local onde estaremos, quando não estamos por cá, qualquer coisa assim, mas admito que este seja um entendimento já de 'um nível acima', perdoem-me a arrogância.
Deve-se essencialmente à fraqueza da inteligência humana, que adoroooo. 😁😁😁
Pois, tá dito.