27/11/2022
um amigo me perguntou como eu estava encarando tudo isso que está acontecendo. Confesso que tenho evitado pensar muito, mas me detive na pergunta, e respondi que estava com meu instinto de guerreira ativado no máximo, mesmo sem saber ao certo de onde viriam os inimigos a enfrentar, nesse cenário em que a única certeza que temos são as incertezas. São tantas crises acontecendo ao mesmo tempo que f**a impossível fazer um planejamento. Na verdade, todas essas previsões de futuro que ouvimos no momento não passam de um tiro no escuro. Ninguém nunca passou por isso e ninguém sabe nada, de fato.
Daí esse meu amigo me veio com uma pérola de sabedoria bíblica, que chamo aqui de teologia da bicicleta, mas que também atende pelo nome de “basta ao dia o seu próprio mal” (Mateus 6.34).
Explico a interessante analogia e a curiosa teologia. Ele me disse: Quando alguém está pedalando uma bicicleta, se parar de pedalar, a bicicleta pende para o lado, a pessoa perde o equilíbrio e cai. Conclusão: para não perder o equilíbrio momentâneo o segredo é não parar de pedalar, ainda que pareça que estamos pedalando “às cegas” ou sem ter ideia do que encontraremos pela frente. Só pedale e não deixe a bicicleta cair.
Mas o que isso tem a ver com o versículo em que Jesus nos exorta, dizendo para não nos preocuparmos tanto com a vida, pois “basta ao dia o seu próprio mal” (Mt 6.34)? Ora, para entendermos as palavras de Jesus, precisamos olhar para o contexto mais amplo em que foram ditas. Elas estão inseridas no famoso Sermão do monte, que começa em Mateus 5. Na verdade, depois de citar as bem-aventuranças, Jesus abre esse sermão ensinando que seus discípulos deveriam ser o sal da terra, a luz do mundo, que deveriam amar o próximo, praticar a justiça, dar esmolas, orar, jejuar (Mateus 5.13—6.18).A paz
Bom dia!