01/09/2022
A Idade da Loba
Pois agora, eu posso dizer com propriedade de causa: é depois dos 40 que o “bicho pega” mesmo!
O RÓTULO
O termo “idade da loba” passou a ser conhecido depois da publicação do livro de Regina Lemos (“Quarenta - a idade da loba!”), uma das pioneiras da revolução sexual, resolveu publicar um livro sobre a situação das mulheres que, como ela, viveram as turbulências dos anos 60.
A interpretação popular para o termo “idade da loba”, corresponde a idade da mulher que, ao chegar aos 40 anos de idade, supostamente, atingiria a maturidade e se tornaria dona de seu nariz.
Ainda, de acordo com o professor Ari Riboldi, em sua mais recente publicação - O Bode Expiatório 2 -, “idade da loba” significa, na pratica, um novo modelo de ser mulher, um novo estilo de vida, um novo conceito de mundo, decorrente sim dos movimentos feministas e da libertação sexual, a partir da década de 60.
Até então, somente o homem exercia o papel de lobo, de “caçador”, ficando a mulher numa situação passiva, vivendo de acordo com as condições que esse homem pudesse oferecer, sempre num papel secundário, à sombra do s**o “forte”. O homem era o lobo mau e a mulher, o chapeuzinho vermelho.
Contudo, essa expressão reflete o comportamento de uma nova geração do s**o feminino, em função da mudança de costumes, do ingresso da mulher no mercado de trabalho, da conquista de diretos iguais aos homens e da busca de autonomia e independência.
MUDANÇAS
É inegável que ao chegar aos 40 anos as mudanças vão surgindo, e percebemos que aquele tempo todo em que estivemos alimentando o corpo foi mesmo um processo de decantação de um bom vinho.
A idade da loba deve ser encarada como uma fase de mudanças emocionais, de cuidados com a saúde, da aceitação física e da mudança do estilo de vida. Estas transformações estruturais podem ser muito gratificantes quando se troca a busca pela juventude, pela qualidade de vida e pela reestruturação interna.
Vamos tomar como exemplo disso uma mesma mulher aos 20 e aos 40 anos.
No segundo momento ela será muito mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro. Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas perde também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma, e de seus relacionamentos. Como se conhece melhor, é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma, e com as pessoas ao seu redor.
Aos 40, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e suas transformações, e não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível, pois está mais interessada em lutar pelo que acredita e absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for irrelevante.
É certo que nessa altura da vida as mulheres têm seus altos e baixos por conta dos transtornos hormonais que as atingem. Porém, conseguem lidar com isso de forma nobre e superar os inconvenientes que essas transformações podem causar.
EU E EU
Outro aspecto a considerar é sua auto estima. Por exemplo, se o seu parceiro não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça. Ela domina a arte de valorizar o que realmente interessa, pois ela não é mais bobinha, sabe usar o bom humor à seu favor e já sabe lidar melhor com os aspectos peculiares da condição feminina, poupando-se de desgastes inúteis e, ainda, quando ousa no que quer que seja, costuma acertar em cheio.
Nessa fase da vida ela só quer é ser feliz!!! Então, que venha os 40...
Rosibel Linhatti