O sistema imunológico dos astronautas piora quando eles vão para o espaço?
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Buck Para o Envelhecimento, nos Estados Unidos, sim: os astronautas em órbita terrestre baixa, como é o caso da Estação Espacial Internacional, sofrem de problemas do sistema imunológico, especialmente infecções, reativação de vírus latentes e sensibilidade da pele. E estas reações ocorrem mesmo em voos espaciais de curta duração.
Alguns efeitos colaterais já são bem conhecidos entre esses profissionais. Eles são causados principalmente pela falta do ar e pela radiação solar, que libera muitas partículas que fazem mal aos nossos tecidos e ao nosso DNA.
No entanto, os pesquisadores desse estudo declararam que os mecanismos, genes e vias fundamentais que explicam essa disfunção imunológica na microgravidade não eram em sua maioria claros, então, eles queriam entender o que acontecia a nível celular.
A equipe de pesquisa examinou em profundidade como 25 horas de microgravidade simulada afetam o sistema imunológico mononuclear do sangue periférico humano (aquele que circula nas extremidades do corpo), usando amostras de 27 doadores humanos saudáveis com idades entre 20 e 46 anos.
Os pesquisadores cultivaram as células dentro de um Rotating Wall Vessel, um dispositivo desenvolvido pela NASA para simular condições de microgravidade.
Este estudo foi anunciado pelo Instituto Buck Para o Envelhecimento e publicado na Revista Nature Communications sob o título: "Single Cell Analysis Identifies Conserved Features of Immune Dysfunction in Simulated Microgravity and Spaceflight". Fei Wu e Huixun Du, estudantes do Instituto, são os principais autores do artigo.
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Este estudo foi anunciado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) e publicado na Revista Astronomy & Astrophysics sob o título: "“SDSS1335+0728: The awakening of a ∼ 106M⊙ black hole". Paula Sánchez Sáez, astrônoma do ESO na Alemanha, é a autora principal do artigo. O vídeo foi cedido por ESO/M. Kornmesser.
Um Buraco Negro despertando em tempo real!
É isso que astrofísicos do Observatório Europeu do Sul, o ESO, acreditam estar acompanhando desde dezembro de 2019. De repente, a anteriormente normal galáxia SDSS1335+0728, localizada a 300 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Virgem, começou a brilhar muito, muito mesmo, e hoje é classificada como sendo uma galáxia com núcleo ativo.
Para compreender o porquê desse aumento repentino, os astrônomos usaram dados de vários observatórios espaciais e terrestres, incluindo o Very Large Telescope (VLT), do ESO, para monitorar como o brilho da galáxia variou. O estudo foi publicado na Revista Astronomy & Astrophysics.
Existem alguns fenômenos que podem fazer com que as galáxias se iluminem subitamente, como explosões de supernovas ou eventos de perturbação de marés, que acontece quando uma estrela se aproxima demais de um buraco negro e acaba sendo despedaçada.
Porém, essas variações de brilho normalmente duram apenas algumas dezenas ou, no máximo, algumas centenas de dias, e a galáxia deste estudo ainda está ficando mais brilhante hoje, mais de quatro anos depois de ter sido vista "acendendo" pela primeira vez. Além disso, as variações detectadas pelos astrofísicos são diferentes de todas as vistas antes.
Para Lorena Hernández García, coautora do estudo e astrônoma do Instituto Millennium de Astrofísica e da Universidade de Valparaíso, no Chile, abre aspas: “A opção mais tangível para explicar este fenômeno é que estamos vendo como o [núcleo] da galáxia está começando a mostrar (...) atividade. Se assim for, esta seria a primeira vez que
Este estudo foi anunciado pela Universidade de Stanford, Estados Unidos, e publicado na Revista Nature sob o título: "Hybrid working from home improves retention without damaging performance". Nicholas Bloom, professor de Economia na universidade, é o principal autor do artigo.
Home-office e trabalho híbrido: por que as empresas deveriam aderir?
Nicholas Bloom, economista da Universidade de Stanford e um dos principais pesquisadores em políticas do trabalho em casa, descobriu provas convincentes de que os horários híbridos são benéficos tanto para os empregados como para os empregadores.
Ele fez uma pesquisa com mais de 1.600 trabalhadores de uma empresa chinesa, uma das maiores agências online de viagens do mundo. Bloom descobriu que os funcionários que trabalham em casa durante dois dias por semana semana são tão produtivos e com tanta probabilidade de serem promovidos quanto seus colegas que trabalham somente no escritório.
Outro ponto analisado foi a rotatividade de funcionários: as demissões caíram 33% entre os trabalhadores que passaram do trabalho em tempo integral no escritório para um horário híbrido. A empresa estimou que essa estabilidade no quadro de funcionários tenha proporcionado uma economia de milhões de dólares.
Segundo a pesquisa do economista, que foi publicada na Revista Nature, atualmente, cerca de 100 milhões de trabalhadores em todo o mundo vivem uma mistura de dias em casa e no escritório todas as semanas, mais de quatro anos depois dos confinamentos da pandemia de COVID-19 terem alterado a forma como e onde as pessoas realizam o seu trabalho.
Atualmente, a agência online de viagens desse estudo, que é a Trip.com, incorporou o sistema híbrido de trabalho como uma modalidade da empresa.
#homeoffice
#economia
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#trabalho
Este estudo foi anunciado pela Johns Hopkins Medicine e publicado na Revista Science Advances sob o título: "Synthetic control of actin polymerization and symmetry breaking in active protocells". Shiva Razavi, que liderou a pesquisa e fez parte da Johns Hopkins Medicine, é a principal autora do artigo.
Uma célula sintética que segue instruções químicas e muda de forma!
Cientistas da Johns Hopkins Medicine, nos Estados Unidos, afirmam ter construído uma célula sintética que responde a um sinal químico externo e segue um princípio da biologia chamado “quebra de simetria”.
A quebra de simetria é uma etapa que precede o movimento de uma célula e ocorre quando as suas moléculas, que estão inicialmente dispostas simetricamente, se reorganizam em um padrão ou forma assimétrica, o que geralmente é uma resposta a algum estímulo.
A nível microscópico, as células do sistema imunológico detectam sinais químicos concentrados num local de infecção e quebram a simetria para atravessar a parede de um vaso sanguíneo e alcançar o tecido infectado.
Nesse estudo, os cientistas criaram uma vesícula gigante e esférica, apelidada de "bolha", com uma membrana de camada dupla, ou então, uma protocélula sintética simplificada e básica, feita de fosfolipídios, proteínas purificadas, sais e ATP, que fornecem energia.
Eles desenvolveram essa protocélula com uma capacidade de detecção química que faz com que ela quebre a simetria, mudando de uma esfera quase perfeita para uma forma irregular.
O sistema foi projetado especificamente para imitar o primeiro passo de uma resposta imunológica, capaz de sinalizar para os neutrófilos atacarem os germes com base nas proteínas que eles detectam ao seu redor.
#medicina
#biologia
#saude
#inovação
Esta pesquisa foi anunciada pela Universidade de Reading, Inglaterra, e publicada na Revista Nutritional Neuroscience sob o título: "Adherence to unhealthy diets is associated with altered frontal gamma-aminobutyric acid and glutamate concentrations and grey matter volume: preliminary findings". Piril Hepsomali, pesquisador da universidade, é um dos autores do artigo.
Uma dieta de má qualidade pode levar a alterações cerebrais associadas à depressão e ansiedade...
Sabe quando você está de mau-humor ou com um certo desânimo e decide comer um lanche bem gorduroso ou algo bem doce para se sentir melhor?
Pois é, na verdade, esse seu hábito de sempre consumir esse tipo de coisa para compensar aquele sentimento é uma das causas dele (a outra a gente sabe que é o capitalismo! Kkkkkkk).
A sensação de melhora é apenas momentânea; a longo prazo, esse hábito só vai te deixar ainda mais triste e com cada vez menos disposição.
Um estudo realizado pelas Universidades britânicas de Reading, Roehampton, Kings College London e pela Universidade holandesa de FrieslandCampina analisou a química e estrutura do cérebro, juntamente com a qualidade da dieta, de 30 voluntários.
Foram observadas alterações nos neurotransmissores e no volume de massa cinzenta em pessoas que têm uma dieta pobre, em comparação com aquelas que aderem a uma dieta mais saudável.
#ciencia
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#nutricao
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#medicina
Este estudo foi anunciado pela revista Cell Reports Sustainability, na qual foi publicado sob o título: "Utilizing basic income to create a sustainable poverty-free tomorrow". Ussif Rashid Sumaila, da Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, Canadá, é o principal autor do artigo.
Se todas as pessoas do mundo tivessem uma renda básica, o PIB global poderia dobrar e as emissões de carbono poderiam reduzidas!
Segundo os pesquisadores, oferecer pagamentos regulares em dinheiro a toda a população mundial teria o potencial de aumentar o produto interno bruto (PIB) global em 130%.
E mais: cobrar um imposto sobre as emissões de carbono ajudaria a financiar esse programa de rendimento básico, ao mesmo tempo que reduziria a degradação ambiental.
A equipe de pesquisa estimou que custaria 41 bilhões de dólares para proporcionar um rendimento básico a uma população mundial de 7,7 bilhões de pessoas. De acordo com os cálculos feitos, isso poderia aumentar o PIB global em 163 bilhões de dólares, o que representa cerca de 130% do PIB atual.
Eles também estimaram que a tributação dos emissores de CO2 por si só pode gerar cerca de 2,3 bilhões de dólares por ano, o suficiente para proporcionar um rendimento básico a pelo menos todas as pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza nos países menos desenvolvidos.
#economia
#sustentabilidade
#capitalismo
#ciencia
#justicasocial
Este estudo foi anunciado pelo Instituto de Pesquisa Cardíaca Victor Chang, na Austrália, e publicado na Revista Molecular Aspects of Medicine sob o título: "Fibro-adipogenic progenitors in physiological adipogenesis and intermuscular adipose tissue remodeling". Osvaldo Contreras, pesquisador do Instituto, é o principal autor do artigo.
Gordura nos músculos pode aumentar o risco de doenças cardiometabólicas e de ter um envelhecimento pouco saudável
O acúmulo de uma gordura oculta nos nossos músculos esqueléticos, chamada de tecido adiposo intermuscular, e das suas células associadas, pode causar uma série de doenças, incluindo perda muscular, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Os músculos esqueléticos são aqueles que se ligam aos ossos e controlam os nossos movimentos conscientes. Eles constituem cerca de 30-40 por cento da massa corporal adulta e desempenham um papel fundamental na regulação do metabolismo, na respiração, na temperatura do corpo e na atividade física.
Contreras explica que: “Todo mundo conhece os perigos da gordura abdominal e como o acúmulo de gordura nas artérias pode causar um ataque cardíaco. Mas existe um tipo de gordura da qual quase ninguém ouviu falar, apesar de estar ligada a toda uma série de doenças que ameaçam a vida.
Essa gordura é crucial para manter a função muscular, mas, assim como outras gorduras, ter muito dela pode ser uma coisa ruim, podendo desencadear atrofia muscular, diminuição da capacidade funcional, inflamação, resistência à insulina, doenças cardiovasculares, distúrbios metabólicos e até mesmo acelerar o processo de envelhecimento", concluiu.
#medicina
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#envelhecer
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#ciencia
Este estudo foi anunciado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e publicado na Revista Geochimica et Cosmochimica Acta sob o título: "Trends in estuarine pyrite formation point to an alternative model for Paleozoic pyrite burial". Maya Gomes, professora assistente no Departamento de Ciências Planetárias e da Terra da universidade, é a principal autora do artigo.
Você tem nojo de vermes? Sabia que, talvez, você só exista hoje graças a eles?
É isso mesmo. Uma pesquisa realizada pela Universidade Johns Hopkins descobriu que os vermes podem ter sido os grandes responsáveis por um período de 30 milhões de anos de mudanças evolutivas que deram origem a inúmeras novas espécies no nosso planeta.
Isso porque a escavação realizada por vermes pré-históricos e outros invertebrados no fundo dos oceanos desencadeou uma série de eventos que liberou oxigênio no oceano e na atmosfera, e ajudou a dar início ao que é conhecido como o Grande Evento de Biodiversificação do Período Ordoviciano, há cerca de 480 milhões de anos.
Para compreender melhor como as mudanças nos níveis de oxigênio influenciaram os eventos evolutivos em grande escala, a equipe de pesquisa atualizou modelos que detalham o momento e o ritmo do aumento do oxigênio ao longo de centenas de milhões de anos.
Os pesquisadores examinaram a relação entre a mistura de sedimentos causada, em parte, pela escavação de minhocas, com um mineral chamado pirita, uma pedra popularmente conhecida como "ouro de tolo" (Raul Seixas tem uma música com esse nome!). Ela desempenha um papel fundamental no acúmulo de oxigênio. Quanto mais pirita se forma e fica enterrada sob a lama, lodo ou areia, mais os níveis de oxigênio aumentam.
#biologia
#arqueologia
#historia
#ciencia
Este estudo foi anunciado pela Universidade do Texas, em Austin, e publicado na Revista Science sob o título: "Tool use increases mechanical foraging success and tooth health in southern sea otters (Enhydra lutris nereis)". Chris Law, pesquisador de pós-doutorado e reitor em início de carreira na Universidade do Texas, é um dos principais autores do artigo.
As lontras fêmeas estão usando ferramentas e caçando mais!
Um estudo descobriu que as lontras marinhas que usam ferramentas são capazes de comer presas maiores e reduzir danos aos dentes. Esses animais são um dos poucos que usam ferramentas para capturar suas presas.
Pesquisadores de várias universidades, incluindo a Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, seguiram 196 lontras marinhas do sul ao longo da costa da Califórnia, para compreender melhor como a espécie ameaçada utiliza ferramentas num ambiente que se encontra em rápida mudança. Dentre essas ferramentas, estão pedras, conchas e até lixo!
Chris Law explicou que, abre aspas: “As fêmeas provavelmente estão usando ferramentas para superar o tamanho corporal menor e a capacidade mais fraca de morder, a fim de atender às suas demandas calóricas", fecha aspas.
Infelizmente, as lontras marinhas do sul estão listadas como espécie ameaçada pela Lei de Espécies Ameaçadas dos EUA. Existem apenas cerca de 3.000 na Califórnia, onde desempenham um papel importantes nos ecossistemas marinhos, atacando ouriços-do-mar que se alimentam de algas.
#biologia
#ecossistema
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#ciencia
#animais
Este estudo foi anunciado pela Universidade de Copenhage e publicado na Revista Science sob o título: "Extreme damped Lyman-α absorption in young star-forming galaxies at z = 9 − 11". Kasper Heintz, professor assistente de Astrofísica da Universidade de Copenhage e no Instituto Niehls Bohr, é o principal autor do artigo.
O nascimento das primeiras galáxias do universo é observado pela primeira vez!
Por meio da visão infravermelha do Telescópio Espacial James Webb, pesquisadores da Universidade de Copenhage e do Instituto Niehls Bohr, na Dinamarca, identificaram três galáxias em formação na época em que o universo tinha entre 400 a 600 milhões de anos de idade, um período conhecido como "Era da Reionização", quando a energia e a luz de algumas das primeiras galáxias romperam as névoas de gás hidrogênio. Considerando que o Universo tem mais de 13 bilhões de anos, isso foi quase no começo de tudo!
Kasper Heintz, o autor principal do artigo, publicado na Revista Science em maio de 2024, e professor assistente de Astrofísica da Universidade de Copenhage e no Instituto Niehls Bohr, comentou que, abre aspas: “Estas galáxias são como ilhas cintilantes num mar de gás opaco e neutro", fecha aspas.
Isso porque, nessa época, o gás entre as estrelas e as galáxias era em grande parte opaco. Ele só se tornou totalmente transparente cerca de 1 bilhão de anos após o Big Bang.
Os dados mostram que estas galáxias observadas estão rodeadas por gás, que os investigadores suspeitam ser quase puramente hidrogênio e hélio, os primeiros elementos a existir no cosmos, e que provavelmente acabaram alimentando a formação de novas estrelas nas galáxias. Foram essas estrelas que contribuíram para aquecer e ionizar o gás ao seu redor, fazendo com que ele se tornasse completamente transparente.
Embora seja assim que as galáxias são formadas de acordo com teorias e simulações de computador, os pesquisadores desse estudo relataram que isso nun
Este estudo foi anunciado pelo MIT e publicado na Revista Nature sob o título: “The solar dynamo begins near the surface”. Keaton Burns, cientista pesquisador no Departamento de Matemática do MIT, é o principal autor do artigo.
A origem do campo magnético do Sol pode estar perto da sua superfície!
As manchas e as erupções solares são impulsionadas pelo campo magnético do Sol, que é gerado na sua parte interna e possuem um ciclo de atividade com picos a cada 11 anos. Presume-se que esse campo seja gerado, mais especificamente, nas profundezas da estrela.
Mas um estudo recente do MIT - o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos - , juntamente com outras universidades ao redor do mundo, descobriu que essa atividade do Sol pode ser causada por um processo muito mais superficial.
A hipótese surgiu quando os cientistas observaram que os padrões de fluxo perto da superfície solar se assemelhavam aos fluxos instáveis de plasma em sistemas completamente diferentes, como os discos de acreção, ou de acréscimo, em torno dos buracos negros.
Ao simularem certas perturbações, ou mudanças no fluxo do plasma, entre 5 a 10 por cento para dentro da superfície, algo em torno de 32 mil quilômetros, os pesquisadores perceberam que elas já foram suficientes para gerar padrões de campos magnéticos realistas, com características semelhantes às que os astrônomos observaram no Sol. Já as simulações em camadas mais profundas produziram uma atividade solar menos realista.
#sol
#fisica
#astrofisica
#campomagnetico
#MIT
Este estudo foi anunciado pela Universidade de Illinois em Urbana-Champaign e publicado na Revista Urban Forestry & Urban Greening sob o título: "The intersection of justice and urban greening: Future directions and opportunities for research and practice". Rebecca Walker, professora da Universidade, é uma das autoras do artigo.
Projetos de infraestrutura verde nas cidades precisam considerar as desigualdades raciais e sociais históricas!
Segundo Rebecca Walker, professora de planejamento urbano e regional da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, o objetivo é evitar a distribuição desigual dos benefícios ambientais. Para a professora, as questões mais difíceis e importantes são como trabalhar bem com as comunidades, especialmente as marginalizadas.
As infraestruturas ecológicas tendem a reduzir as inundações e o calor, armazenar carbono e proporcionar oportunidades de recreação e melhoria da saúde física e mental, é o que afirmam os pesquisadores do estudo.
Mas as paisagens urbanas são desiguais na distribuição dos benefícios e dos danos ambientais. Um exemplo são os padrões da qualidade da água dos rios em St. Louis, no estado norte-americano Missouri. Eles refletem as geografias raciais da cidade, com cursos de água em bairros brancos historicamente administrados para recreação e aqueles em bairros negros historicamente administrados para usos industriais.
Ainda hoje, os padrões de qualidade da água para os bairros brancos permanecem mais elevados do que para os bairros negros.
#geografia
#ciencia
#sustentabilidade
#ecologia
#meioambiente
Este estudo foi anunciado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) e publicado na Revista The Lancet sob o título: "Burden of disease scenarios for 204 countries and territories, 2022–2050: a forecasting analysis for the Global Burden of Disease Study 2021". Dr. Stein Emil Vollset, líder da Unidade Colaboradora do GBD no Instituto Norueguês de Saúde Pública, é o principal autor do artigo.
A expectativa de vida global vai aumentar quase 5 anos até 2050 - apesar de tudo...
Existe um estudo chamado "Global Burden of Diseases" (GBD), que pode ser traduzido para algo como "Carga Global de Doenças". Ele é um dos mais abrangentes para quantificar a perda de saúde em diferentes locais do mundo e ao longo do tempo.
São 11.000 colaboradores em mais de 160 países e territórios, sendo coordenado pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, uma organização de pesquisa independente da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
O GBD 2021 é o relatório mais recente publicado, incluindo mais de 607 bilhões de estimativas de 371 doenças e lesões e 88 fatores de risco em 204 países e territórios.
Após fazer uma análise de todos os dados obtidos, a equipe do Instituto chegou à conclusão de que as doenças não transmissíveis, que são as cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares e diabetes, assim como a exposição aos fatores de risco associados a elas - obesidade, hipertensão arterial, dieta não ideal e o tabagismo - terão o maior impacto na carga de doenças da próxima geração.
Apesar disso, a pesquisa, publicada em maio de 2024 na Revista The Lancet, prevê que a expectativa de vida global vai passar de 73,6 anos em 2022 para 78,1 anos em 2050, aumentando 4,9 anos para os homens e 4,2 anos para as mulheres.
#saude #thelancet #pesquisa #ciencia #medicina
O verão de 2023, em grande parte do Hemisfério Norte, foi o mais quente em mais de 2.000 anos!
Geógrafos da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, na Alemanha, e da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, compararam as temperaturas das superfícies continentais do Hemisfério Norte localizadas entre 30 e 90 graus de latitude. Nessa área, que inclui toda a Europa e grandes partes da América do Norte e da Ásia, localiza-se o maior número de estações meteorológicas do mundo.
Inicialmente, os pesquisadores correlacionaram as temperaturas medidas nos meses de junho, julho e agosto de 2023 - o verão do Hemisfério Norte - com as registradas entre 1850 a 1900, o período utilizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) como referência para temperaturas pré-industriais. Assim, eles descobriram que a temperatura média no verão de 2023 foi 2,07°C mais quente que a dos verões da fase de 1850 a 1900.
Mas a equipe quis gerar uma comparação mais extensa. Então, utilizaram um arquivo internacional existente de dados meteorológicos que foi reconstruído com a ajuda de anéis de árvores e remonta ao ano 1 dC. Ali, descobriram que o verão de 2023 foi 2,20°C mais quente do que a temperatura média do verão desde o ano 1 dC!
Este estudo foi anunciado pela Universidade Johannes Gutenberg de Mainz e publicado sob o título: "2023 summer warmth unparalleled over the past 2,000 years" na Revista Nature Physics. Jan Esper, professor da universidade, é o principal autor do artigo.
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#temperatura
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Os direitos dos trabalhadores são um dos direitos humanos menos protegidos
Isso é o que diz um novo relatório publicado pelo CIRIGHTS Data Project, o maior conjunto de dados de direitos humanos do mundo. Desde 1981, o projeto, que é co-liderado pelo professor de Ciência Política da Universidade de Binghamton, no Estados Unidos, David Cingranelli, classifica os países de acordo com o seu respeito pelos direitos humanos.
Os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito de formar um sindicato e o de negociar coletivamente, estão entre os menos protegidos. Os direitos dos trabalhadores são “sempre violados até certo ponto”, escreveram os pesquisadores.
Segundo o professor, os demais direitos só conseguem ser assegurados se os trabalhadores tiverem garantidos o direito à greve, à negociação e à sindicalização.
Esse estudo foi anunciado pela Universidade de Binghamton e publicado na Revista Human Rights Quarterly sob o título: "CIRIGHTS: Quantifying Respect for All Human Rights". David Cingranelli é o autor principal do artigo.
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O cortisol, hormônio do stress, durante a gravidez, pode interferir no QI das crianças?
Segundo uma pesquisa apresentada no 26º Congresso Europeu de Endocrinologia, que aconteceu em Estocolmo, capital da Suécia, agora em maio de 2024, pode interferir sim.
Pesquisadores do Hospital Universitário de Odense, na Dinamarca, já haviam demonstrado em outra pesquisa que crianças com idades entre um e três anos têm habilidades de fala e linguagem mais avançadas quando suas mães apresentam níveis elevados de cortisol durante o terceiro trimestre de gravidez.
Neste estudo mais recente, foram analisados dados sobre os níveis de cortisol e cortisona durante o terceiro trimestre da gravidez de 943 mulheres, bem como o QI dos seus 943 filhos, que agora já estão com 7 anos de idade.
#biologia
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#gravidez
Essa é a divulgadora científica de baixo custo... hehehe
Como é difícil de compreender o movimento de precessão por texto, fiz este vídeo simples para tentar explicar melhor. Espero ter ajudado!