Yetu Line

Yetu Line A rádio Yetu é mais um produto do grupo Ideias Fixas, que visa trazer novos conceitos de mídias as diferentes comunidades. com a missão de informar.

27/04/2022

A  Sociedade Mineira  do Chissema, com a mina localizada entre os municípios de Capenda - Camulemba,  Xa-Muteba, Lubalo e Cuango na ...

07/10/2019



".. CHEIRAR PEIXE É QUE NÃO!"

A fila anda de Leonardo é uma das músicas mais interpretadas por quem nem cinquenta kwanzas consegue ter todos os dias para o autocarro que o leva directo para o trabalho. E o patrão, como se não bastasse, ainda grita com ele, este, por sua vez, faz o mesmo com a sua mulher, que por acaso só cozinhou mal o funje porque estava cansada.

O peixe na samba subiu, a quantidade que ela pretendeu comprar não correspondeu a realidade (isso aconteceu ainda antes IVA). A segunda filha até sonha com uma licenciatura, não quer terminar como o mano dela que engravidou aos dezassete, diz que ele é apressado e impaciente de mais. Contou-nos que nem suportar uma b***a (fila) para tratar o BI dela o kota consegue "Tenho pena da minha sobrinha, um pai que em nenhum momento leva a filha ao hospital, ninguém merece!" desabafou ela.

Sete anos passaram e Eliane apercebeu-se de que uma feira de emprego haveria de acontecer em breve. Anos antes o pai até aconselhou-a que entrasse no convento, mas ser freira não era o que ela queria, quis mesmo é trabalhar numa empresa "tipo assim Unitel, tão a vê né Guio e David", dizia-nos ela, com um sotaque idêntico ao da Yasmine.

No dia D e na hora H estava ela numa fila nunca antes vista... O irmão dela, às 18 do dia anterior, já lá estava (o objectivo era madrugar), mas quando soube que era o número quinhentos da fila, desistiu logo.

- Ó Eli, amanhã não adianta sair de casa. Aqui já está cheio, não val´lha pena gastar o dinheiro do táxi à-toa, ouviu!
- Não… Edu, não. Eu também tenho minhas necessidades. Se me ligaste para falar isso tchau.

Perdeu as contas, nem via a porta, nem tão pouco sabia se sairia a que horas daquele local, lembrou-se do conselho do irmão "vou colocar mesmo uma bancada na porta de casa, eu?". Ainda pensou no outro conselho que tanto propagava o pai e mexeu a cabeça "não, não é isso que eu quero".
Até hoje ela não sabe o que fazer, "mas cheirar peixe é que não".

Por: David Tjyakala

03/10/2019

GOVERNO QUER TRANSFORMAR PALÁCIO DE FERRO EM CENTRO CULTURAL

A ministra da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, manifestou a vontade de se dinamizar e revitalizar, com urgência, o Palácio de Ferro,transformando-o num centro cultural.

Durante uma audiência concedida ao embaixador de França em Angola, Sylvain Itté, na semana passada, para reforço da cooperação cultural entre os dois países, a governante afirmou que a intenção é transformar o Palácio de Ferro num espaço de interacção cultural, capaz de se tornar num atelier para a descoberta de novos valores. O edifício, destaca, tem condições para se tornar numa “grande” referência da cultura angolana, razão pela qual o ministério está a trabalhar para garantir a sua transformação num local de artes.

O diplomata francês manifestou, por sua vez, disponibilidade para apoiar o projecto e considera o Palácio de Ferro um espaço capaz de ser melhor aproveitado para divulgação da cultura nacional ou da francesa, por meio de acções da Aliance Française de Luanda.

A história do Palácio de Ferro está envolvida em mistério,já que não existem registos da sua origem. Acredita-se que a estrutura em ferro forjado tenha sido construída na década de 80/90 em França, como pavilhão para uma exposição, e posteriormente desmontada e transportada de barco com destino provável ao Madagáscar. Existe alguma especulação sob a forma como chegou a Angola. Segundo algumas fontes, o navio que o transportava acabou por ser desviado da sua rota, devido à Corrente de Benguela. Outras fontes indicam que o mesmo acabou por ser desembarcado em Luanda e vendido em hasta pública, tendo sido arrematado pela Companhia Comercial de Angola que, de facto, adquiriu o Palácio de Ferro nos finais do século XIX e princípios do XX.os do XX.

A história do Palácio de Ferro está envolvida em mistério,já que não existem registos da sua origem. Acredita-se que a estrutura em ferro forjado tenha sido construída na década de 80/90 em França, como pavilhão para uma exposição, e posteriormente desmontada e transportada de barco com destino provável ao Madagáscar. Existe alguma especulação sob a forma como chegou a Angola. Segundo algumas fontes, o navio que o transportava acabou por ser desviado da sua rota, devido à Corrente de Benguela. Outras fontes indicam que o mesmo acabou por ser desembarcado em Luanda e vendido em hasta pública, tendo sido arrematado pela Companhia Comercial de Angola que, de facto, adquiriu o Palácio de Ferro nos finais do século XIX e princípios do XX.

Durante o período colonial, o edifício gozava de grande prestígio e foi usado como centro de arte. Após a independência de Angola e a subsequente guerra civil angolana, o palácio entrou em ruína.

Fonte: JA

02/10/2019

QUANDO O TRIBALISMO SE ESCONDE NA SOLIDARIEDADE

É comum constatarmos e ouvirmos nos mais variados grupos sociais, sobretudo em organizações empresariais, em que estamos envolvidos ou não, a forte concentração de funcionários ou colaboradores oriundos de uma certa etnia. Uma situação que não nos custa muitos segundos para encontramos a raiz: as lideranças. Ou as chefias, só para tranquilizar quem pretenda viajar a milhas para separar os conceitos. Na esmagadora maioria dos casos é a bondade e fidelidade à tradição das origens do chefe, que cria a tendência de tribalismo num seio de labor ou de entretenimento. Pois é, algo estranho, não é!?

Mas não nos esquentemos porque este problema encontra fundamento no princípio Bantu do não-individualismo. Da solidariedade. O primado da "sociedade comunal". Da "ciência da soberania social", como referiu o historiador africanista britânico, Basil Davidson. Segundo dispõe aliás, certa literatura negro-africana, o Bantu não sabe viver sem a sua comunidade, por isso se nota, nos nossos dias, nas grandes cidades haver a tendência de procurarmos pelos nossos, daí, talvez, o surgimento em Luanda de bairros como Uíge, Malangino, Huambo, quiçá se explique a partir deste pressuposto que a designação das províncias nessas circunscrições na capital é porque aqueles são os povos mais fiéis à sua tradição, e, por conseguinte, sempre procuraram impor seus hábitos e costumes aos outros, porquê? Porque é a mais próxima à cultura vernácula, por isso "a melhor", responderiam. É aqui onde se agita a maka do tribalismo.

À partida parece-nos lógico montar uma equipa de pessoas de confiança para embarcarem connosco numa qualquer empreitada. Claro que f**a mais reduzido o nível de suspeição quando me cerco de quem fala a mesma língua, come do funji rijo com folhas típicas da região; bebe do katchipembe, tchipuluka, kaporroto ou maruvo da "ponteira"; se remexe e se emociona com a mesma dança, protagonizada pelos respeitáveis homens mascarados, lembrando a vivência na aldeia, ao som do batuque, numa cerimónia de iniciação; enfim, quem partilha da mesma nostalgia, segue um mesmo ideal filosófico.

Esta atitude conduz-nos certamente a não perdermos tempo em procurar tais características de quem é oriunda de uma tribo estranha. Em Angola a nossa sorte em não cairmos em extremos é porque para além da ligeira particularidade que cada grupo étnico manifesta, há vários, e a maioria, de elementos que são transversais à tribo e clã porque são emanantes da grande família Bantu. Ou seja, por exemplo, a iniciação da circuncisão; que é factor de orgulho do "Homem" negro-africano, porque atingiu um nível elevado de conhecimento sobre a sua gente: os vivos e antepassados, do mundo visível e invisível; é um elemento de vaidade para todos os povos. Não haverá, portanto, tendências tribalistas entre os do Norte, Sul, Leste, ou Litoral, só porque o outro é "kiunga". Sabe-se, em princípio, que por força do primado esse homem com quem lido é "cortado".

Mas podemos f**ar tranquilos que não somos os piores nesta prática. Os registos marcantes de que não se conseguem esconder da memória eclodiram na segunda guerra mundial, em que Adolph Hi**er começaria a promover assassinatos em massa de diversas tribos, porque a sua era a melhor. Nos anos 60: nas sociedades ocidentais começaram a evoluir pequenas segregações do movimento hippie, microtribos que se salientaram pelo culto ao prazer (hedonismo), gosto pelo belo, pelo desfrute desordenado do momento, contrariando a racionalidade e outras realidades do resto das pessoas. Mas em África é onde se evidenciaram dos maiores banhos de sangue da história da humanidade por motivações tribalistas. O genocídio no Ruanda das 800 mil pessoas, teve o ponto mais alto em 1994, mas protagonizada pela tribo hutu sobre a minoria tutsi, movida desde 1959.

Infelizmente, quando se respeita e se cultua cegamente a tradição da sua tribo, leva-se a pensar que a dos outros é inferior. Por isso a solidariedade em demasia por gente da mesma área cultural trouxe consequências desagregadoras nefastas, a que o estudioso da cultura Bantu, Padre Raul De Altuna, considerou como dos "males endémicos" da África negra e dos actuais impedimentos da unidade nacional: o tribalismo. "Porque, se o Bantu é humano com o seu grupo, com frequência hostiliza e repele os outros".

Por Pihia Rodrigues

(Publicado na Yetwene no dia 05/03/18)

01/10/2019

CONTABILISTAS VÃO SER MAIS SOLICITADOS, COM ENTRADA DO IVA

Se por um lado entender o IVA lembra-nos aqueles complexos exercícios matemáticos ou de Álgebra, por outro, o novo imposto parece animar certo mercado de trabalho, por sinal bastante concorrente em termos de oferta formativa: a contabilidade e auditoria.

Em entrevista ao Jornal de Angola, esta terça-feira, o director dos Serviços do IVA da Administração Geral Tributaria, Adilson Sequeira, explicou que um dos requisitos obrigatórios e cumulativos que todos os contribuintes enquadrados no Regime Geral devem ter para cobrarem o IVA é possuir um contabilista certif**ado pela Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA). Outras observâncias que devem ter é cobrar IVA por via de um dos softwares de facturação validado pela AGT e possuir a aprovação da AGT para o Regime Geral do IVA. A lista dos contribuintes que solicitaram adesão ao Regime Geral e aprovados pela AGT para a cobrança do IVA será actualizada com frequência no site da AGT.

Adilson Sequeira, que é pós-graduado em Direito Fiscal, lembra que a maior parte das empresas no país não tem contabilidade organizada. Por isso, foi introduzido no sistema fiscal do IVA o Regime Transitório para permitir que, durante os anos de 2019 e 2020, o contribuinte deve contratar um contabilista filiado na Ordem (OCPCA). A exigência principal do Regime Geral (obrigação de cobrar o IVA) é ter um contabilista certif**ado.

A cobrança do IVA é feita obrigatoriamente num software devidamente validado pela AGT. Uma das principais funções que o profissional de contabilidade deve enfrentar é remeter de forma electrónica, até 31 de Janeiro de 2020, os ficheiros de facturação referentes aos meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2019. Depois disso, no mês de Fevereiro de 2020, os contribuintes do Regime Transitório também devem remeter os ficheiros de facturação referentes ao mês de Janeiro de 2020 e assim sucessivamente, explicou o responsável. Até ao momento, a AGT já recebeu 245 pedidos de validação fiscal de softwares, dos quais 165 já se encontram validados.

Um dos principais constrangimentos neste processo é o facto de a maioria dos contribuintes não ter acesso à componente electrónica. O responsável referiu que os contribuintes que devem submeter as declarações fiscais mensais de forma electrónica são os cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, que hoje são obrigados a submeter a declaração do Imposto Industrial de forma electrónica e a declaração do IVA. Para os demais contribuintes, só com a adesão ao Regime Geral é que são exigidas as mesmas condições informáticas que aos Grandes Contribuintes. Quanto a isso acautelou que a AGT está a reunir condições para a criação de “guichés de apoio ao contribuinte do IVA” nas diversas regiões tributárias, para garantir as condições informáticas e de energia aos agentes económicos que tiverem estas dificuldades.

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) entrou em vigor desde esta terça-feira, numa primeira fase abrange apenas os grandes contribuintes. Até ao dia 25 de Setembro, 1 201 contribuintes aderiram voluntariamente ao Regime Geral.

Por: Redacção

01/10/2019

IVA VAI AUMENTAR PREÇOS DOS PRODUTOS

A consultora britânica Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a introdução do IVA em Angola vai aumentar os preços finais no consumidor e constitui "um grande desafio" para empresas e Governo.

Num comentário sobre o adiamento da data para a entrada em vigor do Imposto sobre o Valor Acrescentado, em junho, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a EIU lembra que este imposto junta-se ao Imposto Especial de Consumo (IEC), o que aumenta em 2 a 16% os preços de produtos como o tabaco, álcool e joias.

A consultora sublinhou que "aumentar as receitas vai ajudar Angola a reduzir a escassez de receitas petrolíferas e reduzir o custo de servir a dívida", mas, alertam os economistas, "subir os custos para as pessoas e para as empresas numa altura de baixo crescimento económico não será popular nem para a elite governante nem para a população".

Especialistas dizem que o Imposto sobre o Valor Acrescentado terá um grande impacto sobre os bens e serviços comercializados e prestados a todo território angolano. Referem que vai afectar a economia no sentido de que os preços sofrerão uma subida por conta da taxa do Imposto (IVA), destacando os regimes que serão aplicados no imposto, dentre eles, o Regime Geral, Regime Transitório e o Regime de não-sujeição.

Em entrevista à rádio LAC, nesta segunda-feira, o administrador da AGT, José Leiria, assegura que o IVA não vai provocar a subida generalizada dos preços, mas admitiu que o imposto que entra em vigor esta terça-feira será suportado pelo consumidor final.

Enquanto isso, o preço dos produtos que compõem a cesta básica continua a subir, nos mercados informais de Luanda. Segundo uma ronda feita pelo Novo Jornal, em julho último, pelos armazéns do Golf II, Cazenga, Viana e Congolenses, embora alguns comerciantes desvalorizassem, o que se constatou é que o s**o de arroz de 25 kg aumentou para 6.000 kwanzas, quando antes custava 5.300 kz. O s**o de feijão de 25 kg, que era 12.200 kz, agora custa 12.500, assim como a caixa de massa alimentar, cujos preços variavam entre os 2.200 e 2.400 kz, estando agora a ser comercializados entre os 2.600 e os 2.800 kz.

A caixa de óleo vegetal de 12 litros sofreu uma subida de preço de mais de 150%, de 2.400 para 6.000 kz. Também nos frescos houve subida de preços, com a caixa do peixe choupa de 10 kg, que antes custava 5.000, agora a ser vendida a 8.950 kwanzas. Já a caixa de peixe corvina de 10 kg passou de 11.000 para 13.200 kz, enquanto a caixa de peixe makayabu (bacalhau seco) de 10 kg subiu 1.600 kwanzas, ou seja, passou de 24.000 a 25.600 kwanzas.

A caixa de carapau de 20 kg passou de 22.000 para 25.500 kz, a de 30 kg de 26.000 para 28.900 kz. A caixa de coxa de frango de 10 kg passou de 5.200 a 7.850 e a de 15 kg passou de 8.000 para 10.500 kwanzas. A caixa de Asa de frango e de entrecosto de 10 kg subiu 1.000 kz, ou seja, a de asas de Frango saiu dos 9.000 para os 10.000 kz, enquanto a de entrecosto subiu dos 9.500 para 10.500 kwanzas.

Por: Redacção

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