16/08/2022
Cada um de nós, carrega dentro de si lugares únicos. A beleza do ser humano não está na superfície, mas sim naquilo que carrega no mais profundo do ser. Não é fácil ser-se único num mundo onde imperam as regras e os conceitos morais e sociais. Não é fácil quebrar padrões de aceitação e aceitar-se a si mesmo tal como se é, sem receio do julgamento alheio. Quem não é capaz de se libertar, de aceitar que somos todos diferentes e que é essa diferença que nos torna únicos, vive preso numa gaiola aberta, com receio de se aventurar na possibilidade de ser feliz.
Somos todos um pouco loucos, mas são raros aqueles que conseguem entender e aceitar a loucura que existe dentro de cada um. Para tal é necessário quebrar as barreira de uma sociedade normalizada, repleta de normas comportamentais que sufocam e impedem o desabrochar da magia que existe em cada ser humano quando este se permite expressar em toda a sua plenitude.
Ser-se razoavelmente louco num mundo normal é quase insano. É por isso que cada vez mais, vivemos no meio da insatisfação, do contentamento descontente, da perfeição inexistente e da felicidade inventada. Atrever-se a sair fora da caixa e ver que há outras cores no mundo, é para os loucos, quando na verdade, são os loucos que mais amam sem barreiras.
E como dizia o filósofo e bem “Só amamos verdadeiramente alguém quando entendemos e aceitamos a sua loucura”
© Madalena Leite