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fsbarrosebarros Licenciado em filosofia. Pós-graduado em filosofia moderna e contemporânea. Diretor-adjunto de jornal

ATENÇÃO: ADIVINHO O SEU FUTUROSe alguém quiser saber qual vai ser o seu trabalho num futuro breve ou longínquo basta vir...
04/11/2024

ATENÇÃO: ADIVINHO O SEU FUTURO

Se alguém quiser saber qual vai ser o seu trabalho num futuro breve ou longínquo basta vir ter comigo. Não falho uma. Lembrei-me de publicitar isto quando, esta manhã, apreciava os livros de auto-ajuda expostos numa livraria.
Na capa de um deles, estava a fotografia de alguém que conheci bem. Nessa altura, ele não se aguentava muito tempo nos diversos empregos de vendas por onde passou. Estava sempre a recomeçar.
Eu mesmo, sábio dos outros, não o quis na direcção da associação de pais que formei. Não lhe descortinava qualquer qualidade que o recomendasse para integrar um governo da república quanto mais uma entidade que representasse os alunos.
As coisas corriam-lhe tão mal que se viu obrigado a demandar outros lugares levando consigo a família (que pena senti em ver a minha filha de 9 anos ficar sem a sua melhor amiga).
Durante alguns anos, não soube nada desse enguiçado profissional de vendas. Até que o começo ver na televisão a comentar o comportamento e o savoir-faire de políticos, gente do jet-set – e, não me admiraria muito, se até de dirigentes de associações de pais.
Hoje é um autêntico guru do conhecimento em Portugal. Faz conferências para três mil espectadores, com a lotação sempre esgotada.
Como vêem não falhei, uma vez mais. Se eu disser que determinado sujeito nunca será algo com que ele sonha desde sempre, podem estar certos de que vai conseguir.
Tenho muitos mais casos do género no meu currículo. Uma vez apresentaram-me um rapaz que dizia querer ser jornalista – estudava comunicação na Nova –, lembro-me de olhar para ele, falar como se fosse um mestre na área, recomendar-lhe que não perdesse a esperança, e intimamente a pensar que ele nunca conseguiria nada. Não demorou muito tempo que tivesse dificuldade em andar com ele na rua, os olhares todos dirigidos para o novo pivô da RTP, mais tarde dirigente da estação pública e actualmente uma referência no jornalismo televisivo.
Para uma possível consulta, é favor contactar a minha querida assistente, a D. Lurdinhas. No máximo, no 2º semestre de 2026 iremos conversar.

FSBB

TANTOS ANOS DEPOISSe o leitor traçar uma linha reta, com alcance desconhecido, não vai conseguir traduzir em esboço o pe...
30/10/2024

TANTOS ANOS DEPOIS

Se o leitor traçar uma linha reta, com alcance desconhecido, não vai conseguir traduzir em esboço o percurso de uma vida. A vida não é reta, tem encruzilhadas dramáticas (porque exige escolhas), nem sempre depende de nós, é bonita e é feia. Vale a pena vivê-la mesmo nem sempre sendo fácil – se calhar por causa disso mesmo. É como se fosse um eterno mistério, tal como nós somos.
Vem este arrazoado de palavras, aparentemente sem sentido, a propósito dos incontáveis momentos de confraternização que os antigos alunos dos liceus e das faculdade têm organizado ultimamente. De repente, surgiu a vontade em rever as escolas e, principalmente, os colegas de uma época marcante da vida de cada um.
Razões para este fenómeno? São muitas e diferentes entre si. Vejamos algumas recorrendo, por exemplo, à contabilização do que já foi percorrido, e daquilo que falta cumprir. A resposta está diante dos olhos: cada vez é menor em termos de distância o futuro em relação ao passado. Se compararmos com uma viagem de comboio entre Porto e Lisboa, estamos nesta altura a deixar para trás a cidade de Leiria.
Por outro lado, os estudantes de há quarenta, cinquenta anos seguiram caminhos diferentes no tempo. Um número considerável deles não se vê há muito, alguns desde que as aulas terminaram. Por isso é grande a curiosidade em rever as caras que já fizeram parte do quotidiano de quase todos. E com razão de ser. Quando olham uns para os outros reconhecem-se com dificuldade: quase todos engordaram, ganharam barriga, perderam cabelo, alguns dentes são postiços, as rugas cavaram sulcos no rosto, o andar começa a ser mais lento, os malditos óculos de massa assentam o peso no nariz e, principalmente, o brilho no olhar empalideceu.
Claro que há exceções entre os presentes. Esses tornam-se os heróis do dia – aliás, eles sabiam-no, por isso é que não faltam a convívios deste tipo. Mas não se pense que estes espaços de convívio se esgotam neste tipo de apreciações. Se estão quase todos no mesmo barco, as marcas da passagem do tempo passam a ser secundárias: o mar está revolto, ninguém conduz a embarcação – para quê?, os passageiros já passaram por muitos momentos de grande perigosidade, estão habituados – e assim sendo, que importância têm essas insignificantes marcas nas faces de quem um dia amamos?, ou detestamos (nestes ainda menos). Ou com quem estudamos na casa disponibilizada por um colega de turma a geometria descritiva? E que dizer daquele ou daquela que nos ensinou a amar?
O resto não interessa nada. Que se dane o mar alteroso provocado pela mistura do whisky e da vodka. Estamos vivos, aburguesados, os netos começam a surgir, a escola sofreu grandes obras de remodelação, o futuro está assegurado.
O mais fantástico de tudo isto é um dia termos embarcado na mesma carruagem, no mesmo comboio a caminho das subidas íngremes todas elas sinalizadas em latim, construídas a partir dos conhecimentos de matemática e física, descritas tal como aprendemos nas Viagens na Minha Terra, com a alma enxuta a partir dos ensinamentos do Padre Constantino e os ouvidos ainda a escutarem o Professor Semifusa e as suas palavras inesquecíveis: “a música é uma belexa”.
E depois do toque do sino do Cludomiro, as mulheres mais bonitas do país à espera nem elas sabiam bem de quê. Só passados estes anos começam a suspeitar da razão de tudo isto. O estudo da filosofia ministrada pelo Professor Ferreira acabou por se tornar útil.

Francisco Sérgio Barros

14/10/2024

– Pai, a toalha tão clara quanto o dia está posta, os pratos, os talheres e os copos estão prontos a ser utilizados. A família rodeia a mesa à tua espera, a Tia Adriana foi das primeiras a chegar, a Mãe chora e ri ao mesmíssimo tempo, a prole do Sérgio e do Rogério esperam. Quando chegares, vão querer ouvir pela milésima vez os casos difíceis da lida veterinária do compadre Sendim mais as diabruras do Tio Hilário. E as gargalhadas sem explicação vão soar da forma de sempre. Só possíveis em gente feliz à volta da mesa.

Finalmente chegaste. As travessas iniciam o cortejo, encho os copos com o Chryseia Douro 2020, erguemos o néctar em jeito de brinde. Olho para ti. Estás igual ao ano passado e ao tempo em que era pequenino. Serás sempre igual para mim – quando for grande quero ser igual a ti.

Alguém – almoço a meio – ansioso de esperar, espicaça-te para contares a história da vaca que estava quase a morrer e que o compadre Sendim quase salvava.

“Primeiro vamos cantar os Parabéns”, ordenou a Mãe. Havia muita conversa para pôr ainda em dia. E o compadre Sendim e o Tio Hilário podem esperar – eles nunca morrerão.

Francisco Sérgio Barros

AMANHÃ VAMOS LANCHAR À PRINCESAA vida é mistura de momentos vertiginosos e de outros que nunca mais acabam. Dos primeiro...
06/10/2024

AMANHÃ VAMOS LANCHAR À PRINCESA

A vida é mistura de momentos vertiginosos e de outros que nunca mais acabam. Dos primeiros quase nem não nos apercebemos da sua duração; dos segundos suspiramos pela possibilidade de sairmos dali para fora. E, muitas vezes, nada desta apreciação pessoal decorre do tema de conversa, da paisagem que serve de cenário, ou de coisas inadiáveis.
São as pessoas com quem estamos que fazem o momento. Não necessariamente por aquilo que dizem ou pela simpatia – quem sabe se forçada? – que nos dedicam. É algo que não é traduzível no léxico da psicologia e muito menos da literatura – apenas nos faz sentir bem. A maior parte das vezes sem razão aparente.
Vem esta conversa a propósito da Sandra Luísa (combinamos entre nós tratá-la pelo segundo nome, simplesmente porque eu gostava mais). Quando a vi pela primeira vez apercebi-me, num ápice, da facilidade do relacionamento profissional, e também nas outras situações que a vida proporciona – para além das maçadores reuniões de trabalho.
Um ou dois dias depois fomos à ceia de Natal organizada pelos colegas de trabalho. Havia comida e bebida à descrição e, para mal do meu temperamento contraído, os tradicionais presentes do amigo-mistério. A mim calhou, como poderia deixar de ser?, uma garrafa de licor com efeitos de efusividade viril comprada pela Luísa – vim a saber depois a identidade da colega brincalhona.
Poucos tempo depois rumei para outras paragens. De vez em quando telefonávamos, ela contava coisas más da profissão enquanto se ria de algumas situações caricatas, eu dizia pouco, como sempre. Uma vez confidenciou-me que num golpe de alguma sorte, tanto quanto o otimismo pode assim classificar, descobriram nela um nódulo em fase inicial num seio – aquando da realização de exames médicos com outros objetivos.
Fui sabendo que passou a ser tratada no Instituto Champalimaud pela Prof.ª Fátima Cardoso, uma das grandes especialistas a nível mundial daquela doença. Acreditei que a força da natureza que emanava da Luísa, o estado muito precoce do diagnóstico e a excelência da equipa médica resolveriam o problema.
Passei a telefonar menos, não queria incomodar, o mais certo era viver com alguém que a fazia feliz, mas o silêncio continuado nas ligações telefónicas, a partir de uma certa altura, inquietaram a minha intuição.
Ao fim de semana não ligava para não incomodar o descanso familiar, nos dias de trabalho os compromissos sobrepunham-se ao que antes tinha decidido. Há cerca de quinze dias resolvi não adiar a vontade de saber. Era mais que tempo de conhecer o itinerário recente da vida da Luísa. No telemóvel surgiu uma voz feminina com pose eletrónica a dizer que aquele número não estava atribuído, a apreensão a ganhar certezas em mim, escrevi Sandra Luísa Azevedo na internet e, depois de muito procurar, lá vejo a fotografia dela e a notícia. Foi a enterrar em 2022, com 42 anos de idade, metáteses ósseas em todo o corpo.
Era obrigada a andar, de tempos a tempos, mais de 300 quilómetros para o governo lhe pagar 800 euros mensais (a partir da constatação confirmada da permanência em vida de uma mestre de matemática – excelente profissional – com dores lancinantes a viajar num carro pela A1 fora).
De ti, Luísa, não quero aulas de Matemática. Quero, apenas, quando tu também quiseres, ir lanchar à Princesa, com aqueles bolos bons e o teu sorriso a agitar todo o meu corpo.
Um beijo imenso, minha querida Luísa.

Francisco Sérgio Barros

NOSSA SENHORAÀ espera. Toda a vida à espera. Não se sabe de quê. Talvez de auscultar a vida que se cumpre fora daquelas ...
04/10/2024

NOSSA SENHORA

À espera. Toda a vida à espera. Não se sabe de quê. Talvez de auscultar a vida que se cumpre fora daquelas quatro paredes: através dos homens, das mulheres, das palavras, dos sons, do peito que não para de suspirar, da alegria da mãe que mostra orgulhosa o filho.
Roupa sempre igual, de cor escura, tal como uma viúva qualquer do Minho, a coroa a rodar entre os dedos – de uma mão para a outra –, os cabelos esbranquiçados presos em redemoinho na nuca. A transmitir uma serenidade e uma compreensão que não parecem naturais, mesmo sendo.
Não diz palavra, limita-se a perceber aquele que quer ser escutado, que procura a cura para os seus males. E ouve tempos demorados – a filha que abalou para Manchester com um homem de brincos nas orelhas e fome na mesa; o Rolando que não larga o café dos amigos até altas horas da madrugada; a mãe que está a ser digerida a tragos enormes pelo cancro.
O rosto aparentemente impenetrável até descobrir-se nela um sorriso afetuoso, o olhar doce de uma mãe (testemunha da morte do filho na cruz), que nos abraça nos momentos em que o choro parece sufocar-nos. Por exemplo, depois de o professor classificar com nota negativa um teste em que tanto investimos ou quando o Carlos disse que não (grande malandro!). Ou, pior, nos momentos em que sentimos desalento sem razão aparente para isso.
É então que a Senhora Rainha do Céu, dos Mares e da Terra nos observa, assumindo a postura ao mesmo tempo de força e de tranquilidade de que necessitamos. Fazendo com que participemos dessa segurança atribuída ao medo por um instante.
No último Sábado estive uma vez mais com ela. Não falamos. Limitei-me a estar junto à senhora viúva de olhos cor de azeitona, sorriso bom de quem tudo adivinha.
No fim da conversa deu-me a mão e eu revivi a minha mãe e os seis anos do primeiro ano da escola primária.

Francisco Sérgio de Barros

11/09/2024

FIM DE FÉRIAS

Vi Ana na praia, estendida na areia, só. Ao fim da tarde. Ela, o mar, o sol e aquele areal imenso. Inseparáveis entre si. Como se fossem uma amálgama criada pela natureza. O resto era a rua ao lado da praia e os poucos transeuntes que nela caminhavam. Eu era um deles.
Reconheci-a entre as brumas do tempo que julgava extintas.
Tínhamos sido da mesma turma no liceu, há muito tempo. Nenhum demonstrava o menor interesse pelo outro, as opções de vida eram muito diferentes entre nós. Para além de ela não ter, naquela altura, os cabelos castanhos compridos que se destacavam em bouquet na toalha vermelha de praia.
Vi Ana mais bonita do que a memória julgava. Descalcei os sapatos, encaminhei-me para junto dela e dos seus cabelos. Olhou para mim, sorriu, e disse: ”Não achas que estás atra-sado 20 anos?” Não respondi, sentei-me na areia e deixei-me estar algum tempo a olhar o mar. “É como se estivesse a ver-te pela primeira vez. Não me perguntes porquê”, disse-lhe.
Ana olhou para mim, afastou-se para a extremidade da toalha e apontou-me o espaço en-tretanto vazio. Depois de longos minutos de silêncio, Ana contou, muito por alto, coisas da vida recente. Em jeito de resposta disse-lhe apenas que rumara a outras paragens, tinha vindo à romaria da cidade e iria embora dois dias depois.
A seguir o silêncio, outra vez. Olhamo-nos na paisagem em frente. A noite caía nos nos-sos corpos, o mar ouvia-se melhor do que se via.
Levantei-me então, peguei na mão dela e levei-a pela praia. Relativamente perto, havia uma ponte de madeira que entrava mar adentro. Percorremo-la, umas vezes de mãos dadas, outras abraçados, outras ainda desapegados mas na consciência do que estávamos a viver.
Andamos, andamos, andamos, entretanto nasceu o Lucas, o neto do Obama tornou-se presidente, Portugal atingiu a fasquia de 0,8% de crescimento, eu, a Ana e o Lucas fomos felizes a largos espaços das nossas vidas.
A mulata Jerusa admirava-se, sempre que eu e ela nos encontrávamos para passar tempo, da permanência da relação; enquanto isso, a Evelyn, se queria estar comigo, tinha de dei-xar a Berlim natal e procurar-me por esse mundo fora.
Vi Ana pela última vez na varanda do lar da terceira idade onde a deixei. Disse-me adeus como se aquele gesto representasse o fim. Era uma mulher inteligente, sempre achei.
Algum tempo depois rumei a Ibiza, minha eterna terra de exílio. Na Praia de Las Salinas julguei ver a Manuela, uma antiga colega do liceu. Olhei em redor à procura de uma ponte, mas não a encontrei. Nem a ponte, nem o indivíduo desorientado que um dia a atravessou.

FSBB

Iniciei hoje os meus estudos em engenharia aerospacial na Universidade de Santa Tecla. Vou voar o tempo todo.
24/08/2024

Iniciei hoje os meus estudos em engenharia aerospacial na Universidade de Santa Tecla. Vou voar o tempo todo.

-- Algum dos senhores sabe dizer-me onde poderei encontrar o tipo que escolheu as músicas da Serenata?
20/08/2024

-- Algum dos senhores sabe dizer-me onde poderei encontrar o tipo que escolheu as músicas da Serenata?

Dia da Nossa Senhora D'AgoniaEstá a ser bonita a festa. O povo dança, o ouro continua a ser motivo de admiração (e de al...
20/08/2024

Dia da Nossa Senhora D'Agonia

Está a ser bonita a festa. O povo dança, o ouro continua a ser motivo de admiração (e de alguma inveja), as mulheres comandam a festa que é delas. Em homenagem ao labor de todo um ano. Elas merecem. Até porque são bonitas.

Logo, à tarde, há procissão ao mar.

FSBB


Morreu o homem mais bonito do mundo. Viva o novo homem mais bonito do mundo. Eu mesmo.
18/08/2024

Morreu o homem mais bonito do mundo. Viva o novo homem mais bonito do mundo. Eu mesmo.

O ESPANTO DOS GIGANTONES "Mas quem são estes indivíduos que não param de olhar para nós? Parece que nunca viram Aquela a...
18/08/2024

O ESPANTO DOS GIGANTONES

"Mas quem são estes indivíduos que não param de olhar para nós? Parece que nunca viram Aquela ali parece a Sra. Dona Rosa Grilo. E o presidente? Deve ter ido aos lavabos. Sabes uma coisa que eu acho? Todos eles precisam urgentemente de festa -- vinda do interor deles ou de nós, gigantones maiores do que a realidade que conhecem. Como se fossemos os bobos de um tempo sem tempo. Coitados deles."

FSBB

A FESTA VAI COMEÇAR A rua mais bonita de Viana: a Rua Pedro Homem de Melo.
15/08/2024

A FESTA VAI COMEÇAR

A rua mais bonita de Viana: a Rua Pedro Homem de Melo.

O autor destas linhas posa na Praia da Mariana, num dia de sol e nortada. Para quem vem do calor sufocante de Albufeira ...
14/08/2024

O autor destas linhas posa na Praia da Mariana, num dia de sol e nortada. Para quem vem do calor sufocante de Albufeira não há melhor. Está em estágio preparando-se para as Festas d'Agonia.
Mesmo assim, e pensando no público leitor, vai autografar o seu mais recente sucesso literário, com o título "De Fontes Pereira de Melo aos alvores da chegada do TGV a Viana -- três séculos de História".
A entrada no evento tem o valor simbólico de 13 euros. O livro custa 45 euros.

ESTÁ QUASE,  QUASE... A CHEGAR...
13/08/2024

ESTÁ QUASE, QUASE... A CHEGAR...

OS ESCRITORESA identidade de uma cidade,  de um país, pensada e vivida por três grandes escritores: Agustina Bessa-Luís,...
04/08/2024

OS ESCRITORES

A identidade de uma cidade, de um país, pensada e vivida por três grandes escritores: Agustina Bessa-Luís, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade.
A diversidade burguesa e aristocrata do Porto juntou-os, fez deles amigos, e em resultado disso, rivais e mal-dizentes de cada um.
Entre os escritores, todos eles, foi sempre assim. Beijinhos e abraços, elogios permanentes em público, maldicências em privado.
É evidente que nem todos são assim. Mas se nos lembrarmos da ciumeira literária e pessoal da Agustina, da Sophia e da Natália (a Correia, quem havia de ser?), logo descobrimos a verdade disto mesmo.
Mesmo em termos políticos não pensavam de forma igual. Sophia, por exemplo, encarava o "socialismo como uma aristocracia para todos", enquanto as outras duas prosseguiam o pensamento e a práxis de Sá Carneiro.
Mas é na diversidade que se descobre a genialidade, seja em que área for.

FSBB

Os músicos, muito novos -- com a gravata azul escura a combinar com a cor do casaco, os chapéus a fazerem lembrar a fard...
02/08/2024

Os músicos, muito novos -- com a gravata azul escura a combinar com a cor do casaco, os chapéus a fazerem lembrar a farda militar, as malas grandes com os instrumentos dentro --, sobem os degraus do coreto.
O espectáculo vai começar. Os espectadores estão expectantes. Mais do que os habitués do São Carlos. O mês de Agosto não admite amadorismos, nervos de última hora. É o prestígio da banda que está em causa. Trabalharam o ano todo a pensar nesta noite.
Atacam as hostes dos críticos com o Havemos de ir a Viana. Os músicos, quase homens, quase mulheres, transformam-se em seres muito belos.

FSBB

São muitos os crentes que, dia após dia, tomam a hóstia do Senhor sem saberem que contém glúten, uma substância prejudic...
01/08/2024

São muitos os crentes que, dia após dia, tomam a hóstia do Senhor sem saberem que contém glúten, uma substância prejudicial para os doentes celíacos.
Existem hóstias sem glúten, mas o desconhecimento ou a vontade de não complicar o usual, fazem com que os sacerdotes optem pelo de sempre.
Só soube disto hoje, e achei melhor comunicar-vos esta informação – que eventualmente poderá ser-vos muito útil.

FSBB

O café estava cheio, não havia um único lugar. Esperei por duas cadeiras que tivessem pena de nós. Ansiava saber notícia...
31/07/2024

O café estava cheio, não havia um único lugar. Esperei por duas cadeiras que tivessem pena de nós. Ansiava saber notícias de ti. "Isabel, temos ali uma mesa". Sentaste-te e ouvi o correr dos dias em Chicago, San Francisco, Roterdão. Houve alturas em que senti tristeza infinita por ter feito vida apenas em Lisboa, Barcelona, Bordéus. Sem ti.

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