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Dificilmente haverá, na história portuguesa e brasileira, uma figura política tão sujeita a processos de reinterpretação...
04/01/2024

Dificilmente haverá, na história portuguesa e brasileira, uma figura política tão sujeita a processos de reinterpretação e construção de imagens ambivalentes, contrastadas ou mitificadas – com os mais diversos propósitos – como Sebastião José de Carvalho e Melo.

Contudo, e inequivocamente, o contributo da ação reformativa do primeiro-ministro para o processo de unificação e construção de uma nação imensa na América do Sul é inegável.

José Eduardo Franco e Luiz Eduardo Oliveira demonstram-no com rigor na primeira novidade da Temas e Debates para este novo ano de 2024: «O Marquês de Pombal e a Unificação do Brasil – Pombalismo, História e Literatura» chega às livrarias a 11 de janeiro.

Bom Ano de 2024 com a Temas e Debates.É em ambiente de festa que vos escrevemos: este ano, assinalamos três décadas de e...
03/01/2024

Bom Ano de 2024 com a Temas e Debates.

É em ambiente de festa que vos escrevemos: este ano, assinalamos três décadas de existência.
São 30 anos de celebração da obra de espíritos livres, do aplauso e da publicação dos livros de uma ampla comunidade literária e científica.

E por isso, brindemos a autores como José Eduardo Franco, que em janeiro, e em coautoria com Luiz Eduardo Oliveira, nos convida a conhecer um pouco melhor a figura do primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo em «O Marquês de Pombal e a Unificação do Brasil – Pombalismo, História e Literatura».

Brindemos a obras que regressam ao passado (amiúde desconhecido) para nos ajudar a compreender o presente, como «O Fantasma Negro do Império – A Longa Morte da Escravatura e o Fracasso da Emancipação», investigação do aclamado historiador e professor Kris Manjapra nomeada para o New England Book Award.

Em fevereiro, publicamos «Amílcar Cabral e o Fim do Império – Independências da Guiné e Cabo Verde»: um estudo de História, Direito e Política do professor António Duarte Silva que revela como Amílcar Cabral foi o teórico, estratega e artífice da luta de libertação dos povos sob dominação colonial portuguesa e do fim do império português.

No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, apresentamos ainda um importante testemunho sobre o fim de um regime e o nascimento de outro: «Emílio Rui Vilar – Memórias de Dois Regimes», de António Araújo, Pedro Magalhães e Maria Inácia Rezola.

Sobre novas perspetivas debruça-se também «O Prazer da Ciência», do físico quântico, autor bestseller e criador de programas da BBC Jim Al-Khalili, que, neste breve guia nos apresenta oito lições fundamentais para alcançar a clareza, a capacitação e a alegria de pensar da maneira que a ciência proporciona.

Encerramos o mês em grande com o mais recente livro de um dos grandes comunicadores dos nossos tempos: Simon Schama assina, em «Corpos Estranhos – Pandemias, Vacinas e a Saúde das Nações», uma obra de História para todos profundamente humana, que evoca lições do passado ainda válidas no presente.

E este é apenas o início das festividades.
Fiquem por aí e celebrem connosco.

«Não é de estranhar que um livro como "Nómadas", de Anthony Sattin, possa ter um ponto de contacto com "Uma Nova Históri...
02/01/2024

«Não é de estranhar que um livro como "Nómadas", de Anthony Sattin, possa ter um ponto de contacto com "Uma Nova História da Europa Central", de Martyn Rady. Ora esse ponto de contacto é Rakhimzhan Koshkarbayev, o soldado do Exército Vermelho que a 30 de abril de 1945 primeiro terá subido ao edifício em ruínas do Reich- stag para nele pôr a bandeira vermelha com a foice e o martelo.

Como estava já noite, e houvesse quem o alvejasse, não foi feita a foto tão desejada por Estaline da capitulação da Alemanha N**i, finalmente conseguida dois dias depois com outros militares, escolhidos a dedo pela liderança moscovita. Mas pode afirmar-se - e há hoje uma estátua em Astana a recordá-lo - que foi um cazaque, um filho da estepe, o símbolo da vitória soviética sobre Hi**er e também do início do domínio de Moscovo sobre a Europa Central e Oriental, que durou até à queda do Muro de Berlim em 1989.»

Leonídio Paulo Ferreira evoca dois livros da Temas e Debates, «Nómadas», de Anthony Sattin, e «Uma Nova História da Europa Central», de Martyn Rady, no artigo «Das estepes à Europa Central: tanta História para aprender», no Diário de Notícias.

https://www.dn.pt/cultura/das-estepes-a-europa-central-tanta-historia-para-aprender-17551925.html

«Com uma argumentação convincente e mobilizando uma quantidade significativa de fontes primárias, "No Fio da Navalha" co...
02/01/2024

«Com uma argumentação convincente e mobilizando uma quantidade significativa de fontes primárias, "No Fio da Navalha" constitui um trabalho de referência, tanto para especialistas como para um público mais alargado.»

Miguel Bandeira Jerónimo dá quatro estrelas a «No Fio da Navalha», de Valentim Alexandre, sublinhando o «trabalho rigoroso, indispensável para todos os que querem saber mais, e melhor, sobre um momento decisivo da história portuguesa e do seu projecto colonial, não cedendo a simplismos interpretativos ou a arrebatamentos identitários. Ou à politização da história, comemorada por tantos.»

Leia a crítica completa em https://www.publico.pt/2023/12/27/culturaipsilon/critica/fio-navalha-ultimos-dias-colonialismo-portugues-2067436.

«Não estamos condenados à catástrofe. A catástrofe é uma escolha. Que podemos fazer, sim, mas temos de entender que há o...
02/01/2024

«Não estamos condenados à catástrofe. A catástrofe é uma escolha. Que podemos fazer, sim, mas temos de entender que há outras escolhas. [...] Um dos grandes propósitos que o jornalismo pode alcançar é expandir a nossa imaginação moral e lembrar-nos de que um mundo melhor é sempre possível.»

A jornalista Cláudia Carvalho Silva entrevistou Ed Yong, autor de «Um Mundo Imenso» - recentemente galardoado com o Royal Society Trivedi Science Book Prize - para o Azul (Público Azul) projeto do jornal Público dedicado à crise climática, ao ambiente e sustentabilidade.

A conversa, oportuna e comovente, relembra-nos o fortíssimo e devastador impacto que a ação humana tem num planeta frágil, bem como a beleza de um mundo desconhecido, ou welt, essa «bolha sensorial em que todos os animais estão enclausurados», e que é, para o autor vencedor do Pulitzer, «uma das ideias mais bonitas na biologia».

«Torna-nos humildes. Diz-nos que, apesar de toda a nossa inteligência e tecnologia, estamos muito limitados naquilo que percepcionamos do mundo. É uma limitação que partilhamos com todo o mundo animal. Mas também significa que há tanto do mundo que não sentimos – e essa é uma ideia mágica.»

Leia a entrevista completa em https://www.publico.pt/2023/12/29/azul/entrevista/ed-yong-invadimos-mundo-sensorial-animais-afogamolos-luz-ruido-2074804

Com livros, claro. E de preferência com os nossos.
22/12/2023

Com livros, claro.
E de preferência com os nossos.

«A Bíblia é uma biblioteca de vozes humanas que foram sendo compiladas. Não se eliminam vozes, mas acrescentam-se. Isto ...
21/12/2023

«A Bíblia é uma biblioteca de vozes humanas que foram sendo compiladas. Não se eliminam vozes, mas acrescentam-se. Isto dá uma ideia da revelação menos mágica e mais humana. Quando Deus se dá a entender às pessoas, quando revela a sua vontade, fá-lo de forma diferente. Toda a cultura ocidental está impregnada por estas histórias da Bíblia. É a matriz da cultura ocidental.»

Na grande reportagem da Sábado desta semana, «As Novas Revelações sobre a Bíblia», Francisco Martins, padre jesuíta, professor na Pontificia Università Gregoriana, em Roma, e autor de «A Bíblia Tinha mesmo Razão», adverte que «não devemos olhar para a Bíblia de forma fundamentalista, mas compreendê-la como literatura: “Trata-se de um monumento literário e para os crentes é a palavra de Deus. Mas sabemos que lá vamos encontrar mitos, sagas, epopeias, lendas, e que os textos têm uma relação oblíqua com a História. Dou já um exemplo: o Adamastor é histórico? A resposta não é direta. Evidentemente que é uma figura mitológica, mas está relacionado com uma dificuldade real que era tentar ultrapassar aquele cabo [Bojador, em África]. A Bíblia tem uma relação com a História mais complexa.”»

«Na Bíblia, o que é alegórico e o que já foi comprovado pela História e arqueologia? Os patriarcas bíblicos existiram? E...
21/12/2023

«Na Bíblia, o que é alegórico e o que já foi comprovado pela História e arqueologia? Os patriarcas bíblicos existiram? E quem foi Moisés? O que se sabe sobre a História antiga de Israel? Ainda, qual a relevância do antigo e do novo testamento como fontes históricas?»

No mais recente episódio de «A História Repete-se» podcast do Expresso conduzido por Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho em torno do passado, dos seus maiores personagens e acontecimentos, Francisco Martins, autor de «A Bíblia Tinha Mesmo Razão - As histórias de Israel e o Israel da História», explora a historicidade sobre o Livro dos Livros.

A emissão está disponível em https://expresso.pt/podcasts/a-historia-repete-se/2023-12-20-A-historicidade-da-Biblia-o-que-e-verdade-e-o-que-e-ficcao--7bc3166b.
Não perca.

Encerramos o ciclo de publicações sobre os magníficos de 2023 em grande, com este livro magistral, que desmonta as razõe...
20/12/2023

Encerramos o ciclo de publicações sobre os magníficos de 2023 em grande, com este livro magistral, que desmonta as razões profundas da não inclusão das mulheres na arena política, e sobretudo na atividade democrática.

Agora a questão que se coloca é só uma: prontos para as novidades de 2024? 😉

«O Novo Medo dos Outros», de Christophe André, Patrick Légeron e Antoine Pelissolo, «O Poder das Palavras - A Arte de Co...
20/12/2023

«O Novo Medo dos Outros», de Christophe André, Patrick Légeron e Antoine Pelissolo, «O Poder das Palavras - A Arte de Conversar» de Mariano Sigman e «Porque Meditamos - A Ciência e a Prática da Clareza e da Compaixão» de Daniel Goleman e Tsoknyi Rinpoche juntaram-se à nossa biblioteca de Psicologia em 2023.

Será que também se juntaram à sua, leitor? 😉

Em 2023, recordámos e celebrámos os lugares do pensamento de Nélida. A literatura, que sempre lhe «sussurrou que valia q...
19/12/2023

Em 2023, recordámos e celebrámos os lugares do pensamento de Nélida.

A literatura, que sempre lhe «sussurrou que valia qualquer sacrifício»; a língua, seu «lar» com quem era «nômade, senhora de casulos e páginas por preencher»; a vaidade e o feminismo, que a autora absorveu «praticamente na adolescência e sem esforço»; a arte e a sua «grandiosa capacidade de «implantar no espírito criador a semente da inquietude», a infância e o prazer de pensar, a presidência da Academia Brasileira de Letras e a «humanidade em chamas» durante a pandemia de COVID-19.

Mas também aqui se revelam os nomes queridos a Nélida (e tão nossos conhecidos): Homero, a quem, se tivesse a oportunidade, ofereceria «aguardente brasileira com limão e pitada rala de açúcar»; a amiga Clarice Lispector, «mulher universal, com jeito de tigre […] cujo rosto, embora atento, se revestia às vezes de uma neblina que a arrastava para longe»; Rubem Fonseca e a sua obra admirável, «brado à natureza secreta do humano»; Machado de Assis, «primeiro gênio urbano das Américas»; Susan Sontag e o «mestre de tantos» Eduardo Lourenço; Camões, «vate que inaugurou o esplendor da nossa língua» e «que sabia que cada verso cobrava um pedaço do seu corpo, pouco lhe importando o restante do seus membros».

Finalmente, as geografias: o regresso ao Brasil «sob as bênçãos do sol»; a América, «mito que se reproduz em mil outros»; a «luminosa» Lisboa e o solo português, que tanto amava.

Tanto que aqui se reúne, porque tanto era e será, para sempre, Nélida, a mulher que se via «a uma grande mesa, rodeada de muitos risos, brindando à fortuna do porvir».

«Nunca lhe passou pela imaginação que o ar, ali no alto, fosse de tão deliciosa frescura; nem nunca calculara que pudess...
19/12/2023

«Nunca lhe passou pela imaginação que o ar, ali no alto, fosse de tão deliciosa frescura; nem nunca calculara que pudesse ser tão doce o cheiro da terra húmida misturada com a resina. Nunca pensara no que seria voar tão alto. Não; não era voar; era fugir para bem longe das preocupações, dos aborrecimentos, de todos os desgostos.»

«Subitamente, o olhar de Rufino fixou-se num rosto delgado de pele alisada, imaculada, com uns olhos negros intensos, que irradiavam felicidade, uns lábios grossos, vermelhos, que esboçavam um sorriso doce, e uma cabeleira igualmente negra presa numa trança, segurada por uma fita azul; […] e Rufino pensou que nunca vira uma mulher tão bonita.»

Deixamos aqui, respetivamente, dois breves excertos das obras literárias que a Temas e Debates teve o orgulho de publicar em 2023: «A Viagem Maravilhosa de Nils Holgersson através da Suécia», obra-prima da imaginação de Selma Lagerlöf amada por incontáveis gerações de leitores em todo o mundo, e «A Capitoa», espantosa recriação de João Paulo Oliveira e Costa da inebriante atmosfera dos séculos XV e XVI sobre o amor, a fé e os desafios e transformações de um mundo em mudança.

A ascensão de uma superpotência, a primeira história do trabalho verdadeiramente global e o relato das tribos que vivera...
19/12/2023

A ascensão de uma superpotência, a primeira história do trabalho verdadeiramente global e o relato das tribos que viveram fora das fronteiras imperiais e criaram reinos e impérios próprios.

Uma reflexão lúcida sobre a importância do legado mediterrânico na cultura mundial, a crónica dos grandes agentes oficiosos da expansão colonial e «o livro certo para a Europa, no momento certo»*.

O grupo notável de intelectuais rebeldes que mudou a maneira como pensamos sobre nós e o mundo, a impressionante narrativa da Europa Central ao longo de dois mil anos e um livro de memórias que é também «um lamento sobre o mundo perdido das populações que foram massacradas na sua totalidade por causa da ideologia, da religião ou por mero capricho».**

Queridos leitores, eis os magníficos com os quais, em 2023, viajámos ao passado para, de igual modo, compreender o presente.

*Timothy Snyder, Universidade de Yale, sobre «Pátrias», de Timothy Garton Ash
** Victor Sebestyen, no Spectator, sobre «Uma Pequena Cidade na Ucrânia», de Bernard Wasserstein

«Cada um de nós tem nas mãos um pedaço do nosso futuro coletivo. Se puxarmos em sentidos opostos, ficaremos no mesmo sít...
19/12/2023

«Cada um de nós tem nas mãos um pedaço do nosso futuro coletivo. Se puxarmos em sentidos opostos, ficaremos no mesmo sítio. Escolhamos sensatamente como avançar.»

Qual é a natureza da realidade? Que futuro estará reservado à humanidade na era da inteligência artificial? E como iremos enfrentar a nossa mortalidade e o aquecimento planetário?
Demasiado complexas para um tratamento unidimensional, estas questões, tal como muitas outras que definem a nossa época, pedem um tratamento pluralista que combine diferentes formas de saber.

Reunindo oito conversas entre os mais consagrados nomes da neurociência, astrofísica, filosofia e história – incluindo António Damásio, David Chalmers e muitos outros – «Confronto de Ideias – Grandes Mentes, Pensamentos Diferentes», do vencedor do Prémio Templeton Marcelo Gleiser, demonstra como muitos dos temas cruciais da atualidade exigem um compromisso construtivo entre as ciências e as humanidades, e como as duas culturas têm muito a dizer umas às outras em matérias de grande significado e interesse para o nosso futuro coletivo.

«Um grande contributo para o debate público», nas palavras de Kim Stanley Robinson, vencedor do Hugo and Nebula Award.

E eis os magníficos que adicionámos este ano à nossa estante de História de Portugal.Resultado de uma minuciosa pesquisa...
19/12/2023

E eis os magníficos que adicionámos este ano à nossa estante de História de Portugal.

Resultado de uma minuciosa pesquisa em arquivos e bibliotecas dos três países da geografia pessoal do infante, bem como da análise da correspondência diplomática e cartas particulares – a maioria das quais inéditas – «D. Pedro Carlos, Um Infante de Espanha em Portugal e no Brasil» é um trabalho extenso e detalhado de Isabel Drumond Braga que revela as relações familiares, expectativas, frustrações e teias de cumplicidade de uma das figuras menos conhecidas da nossa história.

A autora e professora associada com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa coordenou adicionalmente um documento único na historiografia portuguesa. Dirigido por José Eduardo Franco, «História Global da Alimentação Portuguesa» apresenta-nos uma visão geral de um tema fascinante, polimórfico e indissociável da nossa identidade, em 101 textos de 69 autores nacionais e estrangeiros de formação especializada, que percorrem temas tão diversos quanto os géneros, as técnicas, as influências ou as transformações que marcaram a história da alimentação no nosso país.

Finalmente, «No Fio da Navalha – Portugal e a Defesa do Império (1961: Abril a Novembro)», terceiro volume de Valentim Alexandre dedicado ao estudo da última fase do colonialismo português, percorre o período que se seguiu ao fracasso do golpe de Estado conhecido como Abrilada e a resposta do poder colonial português aos desafios impostos quer pelas alterações do quadro internacional, quer pelas condições internas de cada uma das colónias.

«"Estava-se perante uma grande vaga de descolonizações, que se acentuou, sobretudo, em 1960, mas desde 1959 que se previ...
18/12/2023

«"Estava-se perante uma grande vaga de descolonizações, que se acentuou, sobretudo, em 1960, mas desde 1959 que se previa que pudesse haver uma sublevação em qualquer uma das colónias portuguesas", contou ao DN o investigador jubilado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Valentim Alexandre. Este é o contexto em que decorre o período abordado pelo historiador no seu mais recente livro, "No Fio da Navalha", entre abril e novembro de 1961, um momento de grande tensão para a ditadura.»

Valentim Alexandre falou com o jornalista Vítor Moita Cordeiro, do Diário de Notícias, a propósito do terceiro volume dedicado à ultima fase do colonialismo português «No Fio da Navalha-Portugal e a Defesa do Império (1961: Abril a Novembro)».

Já teve oportunidade de ler a obra, leitor?

Quando pensamos nas tecnologias que moldam o mundo moderno, raramente as associamos à trajetória paralela da física expe...
18/12/2023

Quando pensamos nas tecnologias que moldam o mundo moderno, raramente as associamos à trajetória paralela da física experimental.
No entanto, elas estão intimamente relacionadas.
Exemplos? Construímos aceleradores de partículas para estudar temáticas tão diversas como vírus e pergaminhos antigos.

Em «A Matéria de tudo», um dos magníficos que publicámos em abril, a física e académica Suzie Sheehy narra a história da mais elementar de todas as ciências através das suas experiências fundacionais, numa extraordinária viagem que nos demonstra o impacto que a física de partículas tem em todos os domínios da vida.

«Notável. Um grande presente de Natal.»Frei Bento Domingues, O.P., Público«Um livro para o nosso tempo.»Isabel Capeloa G...
18/12/2023

«Notável. Um grande presente de Natal.»
Frei Bento Domingues, O.P., Público

«Um livro para o nosso tempo.»
Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica Portuguesa

«Uma obra corajosa: pela matéria que invoca e pela amplitude extraordinária do que está em causa.»

José Pedro Serra, professor catedrático no departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

As histórias bíblicas continuam a despertar o interesse de crentes e não-crentes, e é inevitável que um leitor contemporâneo se pergunte pela historicidade do que lhe é relatado: Abraão e Moisés existiram mesmo ou são apenas personagens de ficção? O Êxodo do Egito aconteceu nos moldes em que é celebrado na Bíblia? E como e quando nasceu o monoteísmo bíblico?

Inspirado por estas e outras questões e honrando o trabalho desenvolvido por exegetas, historiadores e arqueólogos, Francisco Martins analisa, em «A Bíblia Tinha Mesmo Razão - As histórias de Israel e o Israel da História», os textos do Livro dos Livros à luz das mais relevantes descobertas arqueológicas e epigráficas, propondo uma nova perspetiva sobre eventos e personagens que povoam há séculos o imaginário da cultura ocidental.

Em fevereiro, publicámos, de um dos mais conceituados pensadores económicos da atualidade, um breve e profundo apelo de ...
18/12/2023

Em fevereiro, publicámos, de um dos mais conceituados pensadores económicos da atualidade, um breve e profundo apelo de uma outra ordem.

«O racismo é um facto social que se alimenta da injustiça económica e das perceções dessa injustiça […]. Sem uma abordagem global em termos de justiça socioeconómica, baseada na compressão geral das diferenças de riqueza e de estatuto, não pode existir uma justiça racial verdadeira.»

Propondo soluções concretas para medir e corrigir as discriminações sem cristalizar as identidades, Thomas Piketty sublinha, em «Medir o Racismo, Vencer as Discriminações», a importância de um debate amplo sobre o tema.
Num tom acessível e esclarecedor, e partindo de dados comparativos de estudos recentes, o reconhecido autor, professor catedrático e codiretor do World Inequality Lab traça um retrato de uma sociedade onde imperam as diferenças no acesso ao ensino, ao emprego e à segurança, ao respeito ou à dignidade, e apela à criação de um modelo transnacional de meios e políticas socioeconómicas para quantificar e comparar as diferentes formas de discriminação.

Obrigatório.

«A Bíblia não é um manual de História, mas também não é um labirinto de enganos. Que seja a biblioteca de um povo, de mu...
18/12/2023

«A Bíblia não é um manual de História, mas também não é um labirinto de enganos. Que seja a biblioteca de um povo, de muitas épocas e de vários géneros literários, é bastante consensual entre os estudiosos. Ler a Bíblia como literatura é fundamental para não lhe pedir o que não pode dar e acolher o que ela nos oferece de maravilhoso.
Este livro é, paradoxalmente, um grande presente de Natal!»

Assim escreve Frei Bento Domingues, no Público deste domingo, sobre «A Bíblia Tinha Mesmo Razão - As histórias de Israel e o Israel da História»:

«Esta obra notável responde ao que pergunta, da forma mais simples e rigorosa possível. [...] Depois do rigoroso percurso [...] pela História do Israel Antigo, Francisco Martins conclui que a resposta à pergunta é tudo menos evidente. É inevitável reconhecer que responder simplesmente “sim” ou “não” empobrece a nossa compreensão não só do perfil e do horizonte da literatura bíblica, mas também da tarefa da reconstrução histórica.

A Bíblia tem “razão”, isto é, tem uma lógica na forma de se relacionar com a História.
[....]
A qualidade literária do testemunho bíblico influencia também, de forma decisiva, a perspectiva adoptada. Os géneros e as convenções literárias aos quais os textos aderem dão forma à arte bíblica de relatar o passado e devem (deviam!) também regular as nossas expectativas enquanto leitores.

O autor, um jovem jesuíta, é um investigador e já com um currículo notável que é, também, uma grande promessa. Nasceu em Lisboa, em 1983, e é jesuíta desde 2005. Foi ordenado sacerdote em 2015. Estudou Filosofia em Braga, Teologia em Madrid, Filologia Semita e História Antiga em Paris. É doutorado em Bíblia (Bíblia Hebraica/ Antigo Testamento) pela Universidade Hebraica de Jerusalém (Israel). Actualmente, é investigador convidado na Universidade de Notre-Dame (Indiana, EUA). É professor de Literatura Bíblica na Universidade Gregoriana, em Roma, e membro da Associação Bíblica Portuguesa e da Society of Biblical Literature (EUA).»

Três cartas de amor à Natureza, três comoventes obras que apelam, com rigor e sensibilidade, à reconciliação entre o mun...
18/12/2023

Três cartas de amor à Natureza, três comoventes obras que apelam, com rigor e sensibilidade, à reconciliação entre o mundo natural e a espécie humana.

Erik Orsenna, escritor, economista, membro da Academia Francesa e especialista em desenvolvimento sustentável do ambiente, da agricultura e das economias emergentes, traça, em «A Terra Tem Sede», o retrato de trinta e três rios do Planeta, dos maiores aos mais pequenos, para mostrar as causas dos males que os afetam;

Karen Armstrong, uma das mais originais pensadoras do papel da religião no mundo moderno, apresenta-nos, em «Natureza Sagrada», uma investigação profunda sobre o poder espiritual do mundo natural;

Por fim, a aclamada jornalista Lucy Jones escreve, em «Perder o Paraíso», uma elegia ao poder curativo da natureza - algo de que precisamos mais do que nunca.

Três notáveis investigações, três leituras fundamentais num mundo dominado pela iminente catástrofe ecológica.

«Imaginem um elefante numa sala. Este elefante não é o do conhecido problema de peso, mas um verdadeiro mamífero pesado....
15/12/2023

«Imaginem um elefante numa sala. Este elefante não é o do conhecido problema de peso, mas um verdadeiro mamífero pesado. [...] Agora imaginem que um rato também entrou a correr. Um pisco saltita a seu lado. Uma coruja está empoleirada na viga do telhado. Um morcego está suspenso, de cabeça para baixo, do teto. Uma cobra-cascavel desliza pelo chão. Uma ar**ha teceu uma teia num canto. Um mosquito zumbe pelo ar. Um zângão está pousado num girassol envasado. Por fim, insiram um ser humano, no meio deste espaço hipotético incrivelmente apinhado. Chamemos-lhe Rebecca. [...] Como é que ela aterrou nesta confusão não tem a menor importância [...]. Pelo contrário, pensem em como Rebecca e os restantes membros deste jardim zoológico imaginário poderiam ver-se uns aos outros.
O elefante ergue a tromba como se fosse um periscópio, a cobra-cascavel estica a língua e o mosquito fende o ar com as suas antenas. Todos os três estão a cheirar o ar que os rodeia, absorvendo os aromas que nele flutuam. O elefante não fareja nada digno de nota. A cobra-cascavel deteta o rasto de um rato e enrola o corpo preparando a emboscada. O mosquito cheira o atrativo dióxido de carbono da respiração de Rebecca e o aroma da sua pele. Pousa-lhe no braço, pronto para uma refeição mas, antes de poder ferrar, ela afasta-o com uma pancada – e o estalo perturba o rato, que guincha assustado, num tom que é audível pelo morcego mas demasiado elevado para o elefante o ouvir. Entretanto, o elefante solta um ronco cavo e atroador com um tom demasiado baixo para os ouvidos do rato ou do morcego mas sentido pela barriga sensível às vibrações da cobra-cascavel. Rebecca, que não tem consciência nem do guincho ultrassónico do rato nem dos roncos infrassónicos do elefante, ouve, em vez deles, o pisco, que está a cantar em frequências mais adequadas aos seus ouvidos, mas a sua audição é demasiado lenta para captar todas as complexidades que a ave codifica no interior da sua melodia.»

E é assim, de forma absolutamente espantosa, que começa o multipremiado «Um Mundo Imenso».
Digam lá se não dá vontade de ler a obra de uma assentada 😉

São dois os nossos a integrar os Melhores Livros de 2023 para o Expresso: «Pátrias», de Timothy Garton Ash, cujo subtítu...
15/12/2023

São dois os nossos a integrar os Melhores Livros de 2023 para o Expresso:

«Pátrias», de Timothy Garton Ash, cujo subtítulo, «Uma História Pessoal da Europa», «explica bem o projeto do historiador britânico, que recorre às memórias pessoais nas suas deambulações por uma Europa em metamorfose para escrever sobre os principais acontecimentos que marcaram o continente, desde a II Guerra Mundial até ao presente»;

e «Uma Pequena Cidade na Ucrânia», ou Krakowiec, «origem familiar paterna do autor», Bernard Wasserstein, «disputada por polacos e ucranianos, e depois por alemães e soviéticos hoje na Ucrânia [...].
Após o fim da URSS, ele foi em busca das suas raízes, tentando reconstituir a história do seu avô, traído, como outros judeus locais, por quem o escondera dos n***s. Este livro é o resultado.»

Já teve oportunidade de ler as duas obras, leitor?

Única nesta prateleira - mas imensa.Eis «Anaïs Nin», de Noël Riley Fitch.«Escreveu no silêncio e no exílio e não sem ast...
14/12/2023

Única nesta prateleira - mas imensa.
Eis «Anaïs Nin», de Noël Riley Fitch.

«Escreveu no silêncio e no exílio e não sem astúcia. O primeiro diário, consideravelmente expurgado, só foi publicado tinha ela sessenta e três anos, e fez história literária, tanto para o género autobiográfico como para o movimento das mulheres. Henry Miller, que leu o diário completo nos anos 30, disse que (quando publicado na totalidade) ocuparia o seu lugar «ao lado das revelações de Santo Agostinho, Petrónio, Abelardo, Rousseau, Proust». Cinquenta anos mais tarde, Kate Millett chamou a Nin "a mãe de todas nós», devido a este «primeiro verdadeiro retrato da artista enquanto mulher".»

Este foi o ano em que publicámos a primeira obra em banda desenhada.E estreámos-nos em grande, com a adaptação de «Capit...
14/12/2023

Este foi o ano em que publicámos a primeira obra em banda desenhada.
E estreámos-nos em grande, com a adaptação de «Capital e Ideologia», de Thomas Piketty, pela mão de Claire Alet e Benjamin Adam.

Estudo límpido e com toques de humor, expõe os principais conceitos e ideias da obra do professor catedrático na École des Hautes Études en Sciences Sociales e codiretor do World Inequality Lab através de uma divertida saga familiar – que aproxima todos os públicos da importantíssima investigação histórica de um dos economistas mais influentes da nossa era.

Queridos leitores,Em 2023, foram muitos os Temas e Debates. É tempo de os recordar 😉No âmbito da antropologia, publicámo...
14/12/2023

Queridos leitores,

Em 2023, foram muitos os Temas e Debates.
É tempo de os recordar 😉

No âmbito da antropologia, publicámos dois gigantes: «a última produção do espírito de um dos maiores antropólogos do século XX» e «uma introdução de enorme valor à ciência cognitiva do ritual por um dos pioneiros neste domínio».

Palavras de Jonathan Spencer e Edward Slingerland que justamente ilustram «A Ciência Nova do Universo Encantado», do saudoso Marshall Sahlins, e «Ritual», de Dimitris Xygalatas.

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