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Revista Mamute A Mamute é uma revista trimestral de ensaios criativos e autobiográficos em formato longo, que que
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Como alguns terão reparado, face ao silêncio dos últimos tempos, a revista Mamute encontra-se em período de hibernação. ...
05/12/2021

Como alguns terão reparado, face ao silêncio dos últimos tempos, a revista Mamute encontra-se em período de hibernação. Infelizmente, o projecto revelou-se demasiado ambicioso para ser levado a cabo por uma pessoa sozinha. Neste momento, estamos a procurar soluções que permitam tornar viável a sua continuidade.

Se quiser ajudar a manter vivo este projecto, há duas coisas que pode fazer. Uma, muito óbvia, é comprar exemplares. Ainda temos os três números disponíveis e são uma excelente prenda de Natal. Além disso, pode apoiar o projecto financeiramente, subscrevendo a Newsletter do editor, Gonçalo Mira. Para saber mais, é só seguir este link:

https://www.revistamamute.pt/inquietacoes/o-futuro-da-mamute

A Diana Tavares foi de férias antes de receber o terceiro número da Mamute, por isso levou as duas primeiras a passear. ...
31/08/2021

A Diana Tavares foi de férias antes de receber o terceiro número da Mamute, por isso levou as duas primeiras a passear. O n.º 1 foi apanhado no comboio a subir o Tejo, do Entrocamento a Vila Velha de Ródão. O n.º 2 foi espreitar as salinas da Figueira da Foz.

Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por mail, mensagem ou publiquem identificando-nos e nós partilhamos 😉

A leitora de Guadalupe (que aparece no Editorial do n.º 3) levou a Mamute a acampar 🏕 Enviem-nos as vossas fotos de Verã...
20/08/2021

A leitora de Guadalupe (que aparece no Editorial do n.º 3) levou a Mamute a acampar 🏕

Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por mail, mensagem ou publiquem identificando-nos e nós partilhamos 😉

Se ainda não têm a vossa Mamute, podem comprar aqui: https://www.revistamamute.pt/loja

A Anita Chande descobriu a melhor forma de camuflar a Mamute 3 ☀️Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) ...
12/08/2021

A Anita Chande descobriu a melhor forma de camuflar a Mamute 3 ☀️

Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por mail, mensagem ou publiquem identificando-nos e nós partilhamos 😉

Os nossos leitores continuam a levar a Mamute a banhos ⛱Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por mail,...
06/08/2021

Os nossos leitores continuam a levar a Mamute a banhos ⛱

Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por mail, mensagem ou publiquem identificando-nos e nós partilhamos 😉

👉 https://www.revistamamute.pt/loja

A Inês Romão Duarte levou a Mamute n.º 2 à praia da Cordoama 🌊Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por...
02/08/2021

A Inês Romão Duarte levou a Mamute n.º 2 à praia da Cordoama 🌊

Enviem-nos as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s) por mail, mensagem ou publiquem identificando-nos e nós partilhamos 😉 mas cuidado: a Mamute não é à prova de água!

Família feliz 🏖Queremos ver as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s)! Na praia, na piscina, no jardim, na montanha, n...
30/07/2021

Família feliz 🏖

Queremos ver as vossas fotos de Verão com a(s) Mamute(s)! Na praia, na piscina, no jardim, na montanha, na esplanada do bairro, não importa. Enviem-nos as vossas fotos (por mail, mensagem ou publiquem identificando-nos) e nós partilhamos 🌞

Olhem quem acabou de chegar! 🌞
27/07/2021

Olhem quem acabou de chegar! 🌞

O n.º 3 já está a sair das máquinas da gráfica! 🎉 Até sexta-feira, podem fazer a pré-compra no nosso site, ao preço prom...
21/07/2021

O n.º 3 já está a sair das máquinas da gráfica! 🎉 Até sexta-feira, podem fazer a pré-compra no nosso site, ao preço promocional de 10€. Se querem estar no lote dos primeiros leitores, apressem-se. A partir de sábado, passará a custar 12€.

👉 https://www.revistamamute.pt/loja

“Pergunta-te uma coisa: quando começou?Os anos passam e a sensação é a de que a resposta é ‘desde sempre’. Os anos passa...
17/07/2021

“Pergunta-te uma coisa: quando começou?
Os anos passam e a sensação é a de que a resposta é ‘desde sempre’. Os anos passam, aliás, passaram, o assunto tornou-se uma obsessão, uma urgência (querem-se respostas, procura-se uma chave, não nos podemos dar ao luxo de nos deixarmos ser arrastados na maré sem tentarmos colocar um pé em chão firme), criaram-se esquemas, proposições, silogismos, tudo o que seja possível conjurar de modo a encontrar-se um trilho que conduza a algum lado, e a única resposta é ainda a de que foi sempre assim: o mundo como um lugar perigoso. Não: o mundo como um lugar à parte. Não: o mundo como um lugar mau.”

Este é o início do texto do João Silveira, “Um Penso-Rápido sobre o Abismo”, que encerra a Mamute n.º 3. No nosso site podem ler um pouco mais: https://www.revistamamute.pt/inquietacoes/penso-rapido-sobre-o-abismo

👉 Relembramos que a campanha de pré-venda ainda está a decorrer e que podem comprar a revista ao preço especial de 10€, por tempo limitado: https://www.revistamamute.pt/loja

“‘A tua avó, a minha mãe, chamava-se Laurinda. Ela morreu a dar à luz’, contou-me a minha mãe. Aconteceu em Abril de 195...
15/07/2021

“‘A tua avó, a minha mãe, chamava-se Laurinda. Ela morreu a dar à luz’, contou-me a minha mãe. Aconteceu em Abril de 1959. Provavelmente chovia (porque é isso que nos diz a sabedoria popular, e porque um acontecimento deste tipo me parece mais apropriado a um dia chuvoso), numa aldeia perdida no distrito de Leiria. A mãe contou-me esta história várias vezes ao longo da minha infância.”

Começa assim o texto da Inês Melo, “Laurinda”, na Mamute n.º 3. As ilustrações, esta e outras que aparecem no texto, são da Maria Sacadura. No nosso site podem ler mais uns parágrafos: https://www.revistamamute.pt/inquietacoes/laurinda

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“Não sei de quem foi a peregrina ideia, mas tenho de agradecer por me terem inscrito num colégio para frequentar a escol...
14/07/2021

“Não sei de quem foi a peregrina ideia, mas tenho de agradecer por me terem inscrito num colégio para frequentar a escola primária. Fui um frequentador assíduo da instituição, a tanto quanto me obrigavam, pois da parte religiosa estava dispensado, graças aos meus pais. Em pontos cardeais opostos da cidade, havia duas opções: ir para um colégio de padres ou para um de freiras. Felizmente, porque está-se sempre a tempo de aprender algo novo, fui para a segunda opção.”

Este é o arranque do texto do Miguel Meruje, “O Lugar Estranho”, na Mamute n.º 3. A ilustração é do Andrew Cadey e vão poder vê-la na revista. No nosso site podem ler mais um pouco do texto: https://www.revistamamute.pt/inquietacoes/o-lugar-estranho

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“A primeira vez que vi o filme Girl, Interrupted, fiquei obcecada com a personagem Susanna Kaysen, com uma interpretação...
13/07/2021

“A primeira vez que vi o filme Girl, Interrupted, fiquei obcecada com a personagem Susanna Kaysen, com uma interpretação brilhante de Winona Ryder (obsessão duplicada). Sempre quis compreender aqueles a quem chamavam “loucos”, que acabavam em sanatórios de aparência arrepiante (em inglês chamam-lhes loony bin, que traduzia inocentemente para “caixote de lixo para loucos”). Mas, no filme, não encontrei aquilo que esperava: corpos despidos de alma e vontade, a percorrer longos corredores sem qualquer intenção.”

Começa assim o texto da Ana Duarte, “Elogio ao Pensamento Desordenado”, que abre a Mamute n.º 3. A foto é uma tatuagem no braço da Ana, que ilustra como é viver com Transtorno de Personalidade Limítrofe / Borderline. No nosso site, podem ler o início do texto: https://www.revistamamute.pt/inquietacoes/elogio-ao-pensamento-desordenado

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“Sempre que há uma venda na nossa loja online, recebo uma notificação por e-mail, onde consigo ver os dados da pessoa (n...
12/07/2021

“Sempre que há uma venda na nossa loja online, recebo uma notificação por e-mail, onde consigo ver os dados da pessoa (nome, morada, etc.) e o que comprou. Sem perder muito tempo, abro sempre esses e-mails para ver o que compraram e se conheço a pessoa. O processo não demora mais do que cinco segundos. Mas houve um desses e-mails, a meio de Abril, quando a segunda Mamute estava fresca, em que me demorei mais uns segundos. A pessoa tinha comprado os números 1 e 2 e a morada de envio indicada era na aldeia de Guadalupe. Foi nesta aldeia alentejana, perto de Évora, que nasceu e cresceu o meu pai, até se mudar para Setúbal, onde eu nasci. Os primos do meu pai que lá moram não são pessoas com quem alguma vez eu tenha tido grande ligação, nem tão pouco me lembro de ver livros — eu teria reparado — numa das várias casas de familiares afastados que visitei em Guadalupe.”

É assim que começa o Editorial de Gonçalo Mira, na Mamute n.º 3, o mais longo até agora. Já podem ler um excerto aqui: https://www.revistamamute.pt/inquietacoes/editorial-n-3

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Quem acompanha a Mamute desde o início e leu o meu editorial do primeiro número, sabe que o nome da revista foi escolhid...
09/07/2021

Quem acompanha a Mamute desde o início e leu o meu editorial do primeiro número, sabe que o nome da revista foi escolhido por várias pessoas, para uma outra revista que nunca existiu. Uma das pessoas que fazia parte desse projecto era o João Silveira. Quando decidi avançar com esta nova Mamute, falei com todas as pessoas desse grupo e disse que as portas estavam abertas para que propusessem textos.

O João propôs logo a sua ideia e o texto, que me chegou em Fevereiro, chegará agora aos leitores. Apesar de conhecer o João há uns anos, nunca fomos próximos o suficiente para que eu soubesse da história que ele conta: dez anos de vício em comprimidos (ansiolíticos, calmantes), num consumo sem vigilância profissional, que deixaram consequências. É sobre este período enevoado da sua vida, e a forma como o ultrapassou, que o João escreve na Mamute.

“Um Penso-Rápido sobre o Abismo”, de João Silveira, é o quarto e último texto da Mamute n.º 3. A revista está em pré-venda no nosso site com o preço especial de 10€, por tempo limitado.

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Quando recebi a submissão da Inês Melo, a ideia estava tão bem delineada, tudo tão bem explicado e estruturado, que fiqu...
08/07/2021

Quando recebi a submissão da Inês Melo, a ideia estava tão bem delineada, tudo tão bem explicado e estruturado, que fiquei logo cheio de vontade de ler o texto final. Era como um trailer de um filme que nos deixa as expectativas em alta.

O texto da Inês é dos mais pessoais que já publicámos, uma história que lhe diz respeito a ela e à sua família. A avó Laurinda morreu durante o parto da mãe da Inês, e esta história tornou-se um “mito” omnipresente na família, ao ponto de a Inês se sentir compelida a saber mais, a investigar esta avó, a procurar as respostas para um relato que tinha muitas pontas soltas. O resultado final é um texto belíssimo e tocante que nos agarra à história desta família como se fosse nossa.

“Laurinda”, de Inês Pedrosa e Melo, é o terceiro texto da Mamute n.º 3. A revista está em pré-venda no nosso site com o preço especial de 10€, por tempo limitado.

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Foi no final de 2020 que o Miguel Meruje submeteu a primeira ideia. Estávamos ainda no fase de apresentação ao mundo da ...
06/07/2021

Foi no final de 2020 que o Miguel Meruje submeteu a primeira ideia. Estávamos ainda no fase de apresentação ao mundo da Mamute e o Miguel, claro, ainda não tinha lido a revista. Depois de umas trocas de e-mails, chegámos à conclusão de que não encaixava, porque ia por caminhos da ficção, e o Miguel deu outra ideia e começou a escrever.

Foi ainda em Janeiro que me chegou o texto sobre a sua infância e educação primária num colégio de freiras. Só o li em Maio, quando estava a decidir o alinhamento da Mamute 3, e pareceu-me a peça perfeita para equilibrar uma edição que estava a ficar muito pesada. Cheio de humor e ironia, o texto do Miguel vai transportar os leitores às suas infâncias e às brincadeiras da escola.

“O Lugar Estranho”, de Miguel Meruje, é o segundo texto da Mamute n.º 3. A revista está em pré-venda no nosso site com preço especial de 10€.

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Quando li o primeiro rascunho do texto da Ana Duarte senti que havia muito por desenvolver, mas não sabia até onde estav...
05/07/2021

Quando li o primeiro rascunho do texto da Ana Duarte senti que havia muito por desenvolver, mas não sabia até onde estava a Ana disposta a ir, porque os temas eram muito sensíveis. A versão final tem quase o dobro do tamanho desse primeiro rascunho e a Ana contou tudo o que eu queria que ela contasse.

É um texto difícil, que vai mexer com os leitores, que fala da experiência da Ana com o Transtorno de Personalidade Limítrofe / Borderline e que relata vários episódios muito pesados como uma violação, uma tentativa de suicídio, um internamento voluntário no Hospital Júlio de Matos. A coragem da Ana em partilhar esta história merece todo o nosso respeito e o melhor que podemos fazer é ler a sua história com toda a empatia do mundo.

“Elogio ao Pensamento Desordenado”, de Ana Duarte, é o texto que abre a Mamute n.º 3. A revista está em pré-venda no nosso site com preço especial de 10€.

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Aqui está a capa do N.º 3 🎉Já está em pré-venda no nosso site, ao preço promocional de 10€. Após este período, quando a ...
30/06/2021

Aqui está a capa do N.º 3 🎉

Já está em pré-venda no nosso site, ao preço promocional de 10€. Após este período, quando a revista chegar da gráfica, passará a custar 12€. Os portes são grátis para Portugal.

Para serem dos primeiros a ter a nova Mamute nas mãos, façam já a vossa pré-compra!

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Na sexta-feira passada, à tarde, depois de publicar a crónica semanal, fui cortar o cabelo. Procurei um barbeiro baratin...
25/06/2021

Na sexta-feira passada, à tarde, depois de publicar a crónica semanal, fui cortar o cabelo. Procurei um barbeiro baratinho aqui no bairro, porque o orçamento já não está para luxos, e depois de passar por dois ou três que estavam cheios, lá encontrei um vazio. A decoração era ao estilo das barber shops da moda, mas com um toque kitsch. Os dois barbeiros eram estrangeiros, provavelmente de um país do sul da Ásia; e isto é relevante porque a comunicação em português era bastante complicada. Não temi pelo meu corte de cabelo, que é bastante fácil de explicar e sem grande margem para que algo corra realmente mal. Mas agora temo pela minha vida.

(…)

Começa assim a crónica O Caderno do Editor desta semana, sobre barbeiros, futebol e apostas 👀. Para lerem o resto, têm de subscrever a nossa Newsletter. Será enviada daqui a mais ou menos uma hora, ainda vão a tempo 👇

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Não, hoje não é dia de crónica semanal, mas é de dia de anunciar que a partir da próxima, na sexta-feira, a crónica O Ca...
22/06/2021

Não, hoje não é dia de crónica semanal, mas é de dia de anunciar que a partir da próxima, na sexta-feira, a crónica O Caderno do Editor passará a ser enviada através da Newsletter da Mamute. Portanto, se gostam de ler e querem continuar a fazê-lo, só têm de se inscrever na nossa Newsletter (se ainda não o fizeram), seguindo o link 👇

https://www.revistamamute.pt/newsletter

A Newsletter será, tal como a crónica, semanal, enviada à sexta-feira e, além desse texto, incluirá as notícias breves da Mamute, para que estejam sempre a par do que se passa, e recomendações de livros, artigos, séries, filmes, eventos, etc.

Continuaremos a colocar nas redes sociais o anúncio das crónicas, com um excerto do texto, e os vossos comentários serão sempre muito importantes para nós 😍

Agora, se ainda não o fizeram, subscrevam a Newsletter! 🙌 https://www.revistamamute.pt/newsletter

O CADERNO DO EDITOR (7)Há poucas coisas que me deixem irritado ao ponto de ficar de mau humor e com desejos de partir ob...
18/06/2021

O CADERNO DO EDITOR (7)

Há poucas coisas que me deixem irritado ao ponto de ficar de mau humor e com desejos de partir objectos. Quando a tecnologia não funciona, e não consigo perceber o que está errado, tenho vontade de ser milionário — não para contratar alguém que solucione o problema, mas para poder descarregar a raiva em computadores e telemóveis e outros aparelhos teimosos, atirá-los contra as paredes, estilhaçá-los com um taco de baseball (que não tenho), e depois ter dinheiro para comprar tudo de novo.

Hoje de manhã ainda não sabia sobre o que seria esta crónica. Estava a tentar configurar as páginas da Mamute no Facebook e no Instagram para que pudesse identificar produtos, isto é, as revistas, para que as pessoas possam carregar numa foto e ter um link para a loja no nosso site. A Daniela conseguiu pôr isso a funcionar no Facebook, mas o Instagram dá-me a desesperante mensagem: “ocorreu um erro inesperado”. Foi preciso juntar muita força de vontade, e respirar fundo, para adiar esse imbróglio para mais tarde e vir escrever a crónica.

Quando me vejo com um problema tecnológico, sou teimoso ao ponto de ficar horas a procurar soluções no Google, no YouTube, no Reddit e onde mais houver informações. Irrita-me profundamente não perceber a origem de um erro e irrita-me ainda mais quando as soluções que encontro são estúpidas, são descobertas do desenrascanço, em vez de coisas lógicas que me façam dizer: ah, certo, eu estava a fazer isto mal e já percebi porquê.

Uma das coisas que raramente faço é ir à secção de Ajuda apropriada, ou tentar contactar o apoio ao cliente oficial. E faço-o raramente porque nunca têm a solução para o problema e, quando contactados, são lentos, fazem perguntas estúpidas, dão soluções idiotas. Enfim, são pessoas não especialistas, que seguem um guião e percebem tanto do erro quanto eu. E para uma empresa tão monstruosa quanto o Facebook, é incrível quão pouco intuitivos são todos os menus de gestão de páginas e negócios e afins. E isto irrita-me duplamente! Agora vou ali continuar a lutar contra este erro inesperado.

— Gonçalo Mira

Já temos menos de 100 exemplares das Mamutes 1 e 2. Se ainda só têm uma (ou nenhuma 😒) está na hora de completarem a vos...
15/06/2021

Já temos menos de 100 exemplares das Mamutes 1 e 2. Se ainda só têm uma (ou nenhuma 😒) está na hora de completarem a vossa colecção.

👉 Podem comprar aqui: https://www.revistamamute.pt/loja

O CADERNO DO EDITOR (6)Quando era miúdo, gostava muito de ler sobre animais e às vezes acompanhava o meu pai a ver aquel...
11/06/2021

O CADERNO DO EDITOR (6)

Quando era miúdo, gostava muito de ler sobre animais e às vezes acompanhava o meu pai a ver aqueles documentários da vida animal que davam antes do telejornal da uma, acho que na SIC. Hoje em dia, embora não tenha a iniciativa de ver, se acontecer apanhar um programa sobre animais num qualquer zapping, fico a ver.

Houve um livro da infância que nunca esqueci. Chamava-se Porque Maltratamos os Animais? e tinha na capa um macaco maquilhado, vestido e com um microfone na mão. O livro foi-me oferecido num aniversário e era bastante chocante, embora fosse um livro para crianças, com pouco texto e muitas fotos (horríveis). Falava-se de experiências médicas, de te**es de produtos de beleza, de circos, jardins zoológicos com péssimas condições, entre outras coisas. A história que mais me impressionou foi uma sobre tigres que morriam de tédio, presos em jaulas minúsculas de um qualquer coleccionador privado. A ideia de morrer de tédio impressionou-me ao ponto de nunca me esquecer daquilo — pareceu-me a mais horrível das mortes.

A certa altura, o meu pai comprou uma colecção nas televendas que, por acaso, incluía coisas para todos na família: para o meu pai, uma vasta colecção de VHS com documentários sobre animais; para mim, os livros divididos pelas principais classes, mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, se a memória não me falha; e para a minha mãe, uma televisão pequena, que era a oferta da colecção, e que ocupou a bancada da cozinha durante muitos anos.

Também me lembro de fazer uma colecção de cromos com as raças de cães, que saía nos Bollycao. A minha mãe ia ao supermercado do bairro e, através da embalagem transparente, conseguia ver o número dos cromos e comprar-me Bollycaos com os cromos que ainda me faltavam. Infelizmente, a minha mãe não gostava de animais, pelo que a única vez que tive animais foi quando a minha prima nos ofereceu, a mim e ao meu irmão, um aquário com duas tartarugas. O mais bizarro é que não me lembro do que lhes aconteceu.

— Gonçalo Mira


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Saíram, recentemente, duas novas entrevistas ao editor da Mamute, Gonçalo Mira, em dois podcasts. Se ainda não estiverem...
09/06/2021

Saíram, recentemente, duas novas entrevistas ao editor da Mamute, Gonçalo Mira, em dois podcasts. Se ainda não estiverem fartos de o ouvir, podem encontrá-las no link da bio 🙃

No Coffee Break, podcast do Coffeepaste, o editor conversou com o Pedro Mendes sobre a Mamute e sobre o n.º 3, que chegará no próximo mês.

No Fora da Estante, podcast da Bárbara Ferreira, o editor falou de cinco dos livros da sua vida. Se querem saber quais são, vão ter de ouvir 🤓

Podem encontrar as duas entrevistas aqui: https://www.revistamamute.pt/imprensa

O CADERNO DO EDITOR (5)Há umas duas semanas, recebi a newsletter da Dom Quixote que anunciava a chegada às livrarias de ...
04/06/2021

O CADERNO DO EDITOR (5)

Há umas duas semanas, recebi a newsletter da Dom Quixote que anunciava a chegada às livrarias de O Desassossego da Noite, romance de estreia de Marieke Lucas Rijneveld, que venceu o International Booker Prize em 2020. Gostei muito da capa — e gostar muito da capa de um livro continua a ser um motivo forte para me deixar curioso. Uns dias depois, fui à livraria do bairro buscar um livro que a Daniela tinha encomendado e vi o livro de Rijneveld em destaque. Peguei-lhe, virei-o ao contrário para ler a contracapa, abri-o para lhe ler o início e já não o larguei; foi comigo até à caixa.

Apesar de ter (muitas) leituras para fazer profissionalmente, e de ter deixado a meio o livro da Lucia Berlin por esse motivo, não me consegui privar do prazer de ler O Desassossego da Noite. Mais do que o enredo, que à partida (pela sinopse) parecia vagamente interessante mas nada de novo ou muito entusiasmante, o que me prendeu às páginas foi a escrita. O mesmo acontecera com o livro que tinha lido antes, Dos Nossos Irmãos Feridos, de Joseph Andras. A escrita de Rijneveld é menos contida e mais poética do que a de Andras, mas o efeito encantatório é semelhante.

O Desassossego da Noite não é um livro para qualquer leitor. Como agora dizem nos telejornais: as imagens que vamos ver de seguida podem impressionar espectadores mais sensíveis. A narradora é uma criança, pré-adolescente, cujo irmão mais velho morre a patinar num lago gelado — o gelo quebrou e ele caiu. Depois deste acontecimento traumático, a relação dos pais com os filhos, e entre os irmãos (a narradora tem mais uma irmã e um irmão), assume contornos extremados: da frieza à violência, da indiferença ao abuso. Ver tudo isto — esta família a desmoronar-se, e a forma como os irmãos compensam a falta de afecto dos pais — através do olhar de Cas, a narradora pré-adolescente, é ao mesmo tempo, em momentos distintos, divertido e perturbador e desconcertante. E torna-se mais desconcertante quando descobrimos (no meu caso, só depois de acabar o livro) que tem inspiração autobiográfica.

É um belíssimo romance, para leitores de estômago forte.

— Gonçalo Mira


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Eis o editor da Mamute com ar de quem deu uma entrevista na Antena 3 e se prepara para começar uma carreira musical 🤠No ...
01/06/2021

Eis o editor da Mamute com ar de quem deu uma entrevista na Antena 3 e se prepara para começar uma carreira musical 🤠

No sábado, a Mamute foi um dos destaques do Domínio Público, na Antena 3, com entrevista de Mariana Oliveira ao editor Gonçalo Mira. A companhia, no programa, foi de alto nível, com o Pedro Mafama, o Luis Varatojo do Festival do Maio, o Ricardo Jerónimo dos Birds Are Indie, a nova editora musical açoriana Marca Pi***la, e ainda o Arquiteturas Film Festival Lisboa.

A parte da Mamute começa por volta da 1h23m30s, mas vale a pena ouvir todo o programa. Podem fazê-lo aqui: https://mail.google.com/mail/u/1/ /FMfcgzGkXSfqPxPxvNWSScPknPhlNKdD

O CADERNO DO EDITOR (4)Esta semana, que se aproxima do fim, foi agitada. Por entre enfiar comprimidos pela goela de um g...
28/05/2021

O CADERNO DO EDITOR (4)

Esta semana, que se aproxima do fim, foi agitada. Por entre enfiar comprimidos pela goela de um gato esperneante, procurar mais oportunidades de escrita e pensar em novas e melhores formas de promover a Mamute, foi também a semana de fechar os textos para o n.º 3 da revista, que terá de estar pronta daqui a um mês e pouco. O facto de ser sexta-feira e não ter ainda tudo fechado significa que vai ser um fim-de-semana de trabalho.

Desde logo, ainda não escrevi uma linha do editorial, embora já saiba sobre o que vou escrever. E, perdoem-me a imodéstia, acho que vai ser o melhor editorial até agora.

Quanto aos textos que já estão escolhidos, não poderia estar mais satisfeito: vamos continuar a provocar, misturando assuntos actuais e importantes com outros íntimos e particulares; e vamos revelar mais autores, alguns dos quais completos desconhecidos. Vão poder ler sobre o Alentejo dos anos 1940, sobre a educação num colégio de freiras, sobre saúde mental e a farmacologia a ela associada, sobre heranças familiares pesadas, sobre agressões se***is e as suas sequelas nas vítimas. Serão, seguindo a tradição acidental, novamente cinco textos pessoais, íntimos e únicos, com aquele “eco colectivo” que a Mamute procura, na vontade de ajudar a “pensar o mundo”.

Já recebemos cerca de uma centena de Submissões e a Mamute n.º 3 será a mais representativa disso: só um dos textos é de um autor que foi convidado a submeter. Não é nada fácil gerir este caudal de ideias e textos que me chegam, porque, se forem todos bons, já temos material para 20 números da revista. E às vezes é preciso que alguns dos mais antigos sejam adiados, para entrar um texto mais “urgente”, e tenho de gerir a paciência de autores que aguardam notícias que demoram a chegar. Mas por muito difícil que seja de gerir, quero mais. Ainda há muitas histórias por contar na Mamute.

— Gonçalo Mira


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Encerramos a nossa ronda de recomendações dos autores com a Yara Monteiro, que sugere um livro, um filme e uma série fot...
27/05/2021

Encerramos a nossa ronda de recomendações dos autores com a Yara Monteiro, que sugere um livro, um filme e uma série fotográfica. Como bónus, ainda convida à audição de “Cantos Yawanawá” (podem encontrar no Spotify), que vos transportará à Amazónia.

👉 A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomani, livro de Davi Kopenawa e Bruce Albert, reúne testemunhos autobiográficos e um apelo contra a destruição da selva amazónica, num trabalho do etnólogo Bruce Albert, que recolheu as palavras do xamã Davi Kopenawa.

👉 O Abraço da Serpente, filme do colombiano Ciro Guerra, conta a história de duas expedições de exploradores na Amazónia, em busca da mítica planta medicinal yakruna. Foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

👉 A série Amazônia, do consagrado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, é fruto de um trabalho de seis anos, na Amazónia brasileira, registando a beleza ímpar da natureza selvagem e dos habitantes. Sairá em livro em Julho deste ano.


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