Jornal Raio de Luz Quinta do Conde

Jornal Raio de Luz Quinta do Conde Informações para nos contactar, mapa e direções, formulário para nos contactar, horário de funcionamento, serviços, classificações, fotos, vídeos e anúncios de Jornal Raio de Luz Quinta do Conde, Jornal, Avª. D. Manuel da Silva Martins, nº 8/Sampaio, Sesimbra.
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23/09/2022

É já amanhã, sábado, 24 Setembro a partir das 15h00
Auditório do Centro Cultural Raio de Luz
Evento de evocação aos
200 anos da Constituição Liberal de 23 de Setembro de 1822

A evocação deste relevante acontecimento histórico do bicentenário do Liberalismos e do Constitucionalismo em Portugal tem o objectivo de relembrar, divulgar e reflectir sobre um dos marcos mais significativos da nossa História e as suas repercussões no tempo.
As ideias, os movimentos políticos e sociais caracterizaram o século XVIII e o início do século XIX, ajudaram a moldar novas correntes do pensamento, dando origem a novos ordenamentos jurídicos. Do Porto, da manhã de 24 de Agosto de 1820 até 23 de Setembro de 1822, a revolução liberal portuguesa haveria de se projetar no plano político, mas igualmente no domínio jurídico-constitucional.
A Constituição de 1822 foi o resultado mais visível da revolução e no dia 9 de Março de 1821, as Cortes Gerais e Extraordinárias aprovaram as Bases da Constituição, estabelecendo aí um conjunto de “princípios”, por serem os mais adequados para assegurar os direitos individuais dos portugueses.

13/09/2022

17 Setembro, 15h30, no Auditório do Raio de Luz, Sampaio, Sesimbra
Lançamento do livro
Meia Bola e Graça, de Risoleta C. Pinto Pedro

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeSetembro 2021 | Nº 537Vinte anos após o 11 de setembro, o “revés”Depois do Vie...
21/09/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Quinta do Conde
Setembro 2021 | Nº 537

Vinte anos após o 11 de setembro, o “revés”

Depois do Vietname e da Coreia, depois das guerras coloniais mais um revés de tentarmos converter civilizações com o olhar ocidental.
O Afeganistão encurrala no seu drama a manifestação da incapacidade do Ocidente em abarcar o mundo que o rodeia. A 11 de setembro passarão vinte anos sobre os ataques às Torres Gémeas em Nova Iorque e, pouco depois, sobre a incursão do Afeganistão sob a fundamentação da responsabilidade nesses atentados.
Nem tudo voltou atrás com a conquista fuzil que nos últimos dias os taliban efetuaram. Mas, vinte anos depois, todo o valor de guerra que se medrou após esses atentados parece estar na estaca zero ou, pior, muito atrás com todo o Médio Oriente ainda na procura de uma fixação onde as interferências militares europeias e norte americanas parecem ter tido um papel altamente discutível.
Para estes vinte anos de História, a resumo ficará sintetizada a algumas constatações fáceis de contar: a inaptidão de criar soluções de governo locais duradouros; a incapacidade em compreender as culturas locais; o aumento no esforço militar, apenas justificado através do peso do negócio das armas; a incapacidade em constituir a saída das tropas; a ignorância face ao drama humanitário que nunca abandonou o país.
A esta metodização, há que ainda juntar o jocoso episódio de muitos países europeus estarem a deportar para o Afeganistão cidadãos afegãos, especialmente quando nas últimas semanas já se percebia o desfecho que se aproximava – há menos de uma semana, ministros do Interior de seis civilizados países, Alemanha, Bélgica, Áustria, Países Baixos, Dinamarca e Grécia indicavam à Comissão Europeia que as deportações deveriam continuar, sob pena de se dar “um sinal equivocado”: afinal, o sinal certo era enviar seres humanos para uma provável morte.
Depois do Vietname e da Coreia, depois das guerras coloniais, temos que adicionar agora mais um revés na experiência utópica de instruir o mundo mediante a nossa imagem. Ingratidão dos povos que não aceitam esse intento civilizador, incapacidade nossa, ou manifestação do erro que a ideia já incluía em si desde que nasceu?
As exposições da História ficam agora em aberto até que o devir lhe venha dar configuração que nos ajude a inventariar o desfecho. O que farão os taliban em relação às populações que, apesar de tudo, nos últimos vinte anos conseguiram algum melhoramento de vida, particularmente as raparigas e mulheres que viram modificações na sua condição? O que farão em relação às minorias religiosas? O que farão em relação à elite cultural afegã que laborou para as tropas e autoridades ocidentais, como tradutores, por exemplo? Irão consolidar a sua economia na rápida riqueza da papoila, alagando a Europa de estupefacientes? E, por fim, o que farão no quadro internacional de apoio ao terrorismo?
É verdade, vinte anos depois, é quase como se nada tivesse ocorrido, como se a realidade tivesse sido um sonho. Usando uma palavra que nos diz culturalmente muito, para parte reveladora dos afegãos, por estes dias deu-se a “recuperação” que coloca na sua licitude o poder nas mãos dos talibans. Afinal, o território nunca tinha chegado a estar completamente harmonizado, ou não teríamos os largos grupos de evadidos, de refugiados a que ainda há poucos dias negávamos o asilo.
Tudo voltou ao que era, esperando-se o evoluir dos factos que, inevitavelmente, nos irão forçar a agir. Provavelmente, mas uma vez, actuaremos mal, mal guiados, nada conhecedores do terreno e das culturas, incapazes de perceber as idiossincrasias, desconformais em termos de armamento e, por fim, ineficientes na organização do que a guerra devastar.

Alexandra Serra

31/08/2021

Jornal Raio de Luz
Agosto 2021 | Nº 536

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeJulho 2021 | Nº 535
04/08/2021

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Especial Quinta do Conde
Julho 2021 | Nº 535

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeMaio 2021 | Nº 533Trabalhadores arredados e ambígenos podem acelerar a recuper...
15/06/2021

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Especial Quinta do Conde
Maio 2021 | Nº 533

Trabalhadores arredados e ambígenos podem acelerar a recuperação do turismo. Negócios com equipas que não se veem diariamente irão certamente ter de contrapesar com retiros e ensaios de team building.
Passaram 100 anos desde que a Gripe Espanhola assolou o mundo.
Ao longo do século que separa uma pandemia da outra, temos observado tantas novas economias serem começadas, indústrias brotar, setores e seções inteiras serem criadas. Mas poucos têm sido tão culturalmente e transversalmente importantes para a sociedade do século XXI como o Turismo e até mesmo o concepção de férias começou apenas no século XX.
William Taft, Presidente dos Estados Unidos em 1910, propôs que os trabalhadores deveriam ter algumas semanas de férias para estarem preparados para o trabalho no ano seguinte.
Desde esse momento e num curto período de tempo, o turismo tornou-se numa das maiores atividades económicas e em 2019 representava mais de 10% do PIB mundial. Um outro segmento chave da indústria foi o das viagens de negócios. Nos Estados Unidos, 15% de quem viajava em negócios representava 30% do valor total do mercado das viagens.
A pandemia veio alterar este cenário com a Covid-19 a obrigar a mudança de hábitos. A pandemia conseguiu prejudicar as rotinas e a vida diária que a sociedade tinha por garantidas. Por todo o mundo, as empresas tiveram que colocar os seus trabalhadores em casa. Com as fronteiras fechadas, a realização de viagens de ócio ou negócios, reduziram-se de forma drástica.
E se toda a população está a trabalhar e ninguém está a voar, isso significa que ninguém está a voar para trabalhar. As viagens de negócios sofreram um decréscimo substancial em 2020. A Associação Global de Viagens e Negócios não espera que as viagens de negócios readquiram uma posição relevante no mercado antes de 2025.
No entanto, as viagens de negócios podem estar prestes a experienciar novos anos dourados. E podem vir a salvar a indústria do turismo como um todo.
Porquê? A verdade é que em 2019, o trabalho remoto já era mais que uma moda. No estudo do State of Remote Work, (Estado do Trabalho Remote), conduzido pela Buffer, empresa estritamente digital, 99% dos inquiridos disse que gostaria de trabalhar remotamente, pelo menos durante algum tempo, durante o resto das suas carreiras. E em 2020, fizeram-no. As empresas foram forçadas a tornarem-se totalmente digitais e os escritórios foram substituídos pelos lares dos seus trabalhadores. Confinamentos longos mudaram a forma como pensamos sobre o trabalho e as viagens. Mas quando o medo e as restrições relaxarem, é provável que grande parte das equipas não voltem a trabalhar como costumavam. Irão existir mais empresas que oferecem trabalho completamente remoto, que não serão a maioria e irão existir várias empresas a oferecer um modelo híbrido, entre o trabalho tradicional e o trabalho digital.
Acreditamos que trabalhadores remotos e híbridos podem salvar o turismo, acelerando a recuperação de todo o setor.
Negócios com equipas que não se veem diariamente irão certamente ter de compensar com retiros regulares em equipa e experiências de team building. Isto será crítico para negócios que tentem construir uma cultura da sua empresa e reter o conhecimento.
O número de vagas de trabalho disponíveis para trabalho remoto também significará que o número de nómadas digitais irá aumentar. Os nómadas digitais, aqueles que trabalham em casa ou em qualquer lado, estavam num ponto onde a indústria de turismo, já se moldava às suas necessidades. E até os trabalhadores híbridos, aqueles que optarão por uma forma ou por outra de prestarem os seus serviços terão cada vez mais oportunidades de marcar escapadelas onde se podem afastar da cidade, mas continuar com o seu trabalho diário.
Em vez de perecer e de desaparecer, as viagens de negócios irão encontrar uma nova vida. O futuro do turismo, será assim salvo pelo futuro do trabalho, um facto que está, mesmo já a ocorrer. Porque trabalhar longe do escritório, também significa gastar longe do escritório, em voos e comboios, casas e hotéis, bares e restaurantes, quer se esteja a poucas horas de distância ou num continente totalmente diferente.
Várias empresas já estão a viver e a trabalhar no futuro, hoje. A Revolt está a permitir que os seus dois mil funcionários trabalhem no estrangeiro 60 dias por ano, enquanto a Spotify, um serviço de streaming de música, podcast e vídeo está a permitir aos seus colaboradores escolherem entre trabalhar no escritório, remotamente, ou num espaço de trabalho partilhado, co-working, como aqueles que já começam a existir nas nossas cidades, pago pela empresa.
Com o incremento do trabalho, as empresas devem começar a considerar os benefícios de maneira distinta e inovadora: muitas vantagens arroladas com o escritório podem começar a parecer cada vez mais ultrapassadas. Por outro lado, toda a concepção de férias pode começar a ser diferente de colaborador para colaborador num princípio, alguns irão trabalhar para viajar, outros preferirão viajar para trabalhar.

Alexandra Serra

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeMaio 2021 | Nº 533Uma quase Verdade, uma sempre MentiraNas páginas deste jorna...
15/06/2021

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Maio 2021 | Nº 533

Uma quase Verdade, uma sempre Mentira

Nas páginas deste jornal, há muitos anos atrás, tive ocasião de escrever; “É uma situação mais ou menos comum que alguém tente vender ao próximo um bilhete de lotaria que pretensiosamente se encontra premiado, um embrulho que contém uma fortuna, ou qualquer mercadoria ou metal precioso mas, que, por dificuldades de momento, por uma necessidade inadiável, o avião está a partir, o barco a zarpar, a mãe a morrer, o pai a operar...
Conhecem-se dezenas de histórias da utilização deste estratagema para ludibriar e fazer cair o incauto, ou o mais esperto nas malhas da vigarice.
Bom, o que se passou nas Fontaínhas, aldeia ou bairro clandestino do nosso concelho e a aprovação do seu plano de legalização e urbanização é um pouco, o vender a uma população aquilo que não existe mas que pelas mais diversas formas se criou a envolvente, o cenário de uma pseudo existência.”1
Nesse texto descrevia ainda toda a mecânica de criar uma quase Verdade; “A Câmara aprovou por unanimidade aquilo que os técnicos do município e assessores do Sr. Presidente baptizaram de “Plano Parcial de Urbanização das Fontaínhas””.
O conto funcionou na sessão da Câmara, já tinha funcionado junto da população só restava manipular um outro órgão autárquico, a Assembleia Municipal.
O embrulho era grande e o papel que o envolvia era brilhante e cheio de fantasias. A Assembleia desembrulhou-o e encontrou, desenhos, memória descritiva e um regulamento. Os assessores do Sr. Presidente tinham como já se disse, baptizado o embrulho de “Plano Parcial de Urbanização das Fontaínhas”.
A dois meses do Natal de 89 talvez a oposição tenha acreditado no espírito de Natal e neste presente aos moradores das Fontaínhas. Imbuída de boa fé a Assembleia Municipal aprovou aquilo que se lhe oferecia, o “plano para as Fontaínhas”.2
Hoje volvidos 29 anos da publicação deste texto a realidade das Fontaínhas é bem diferente e é perfeitamente ilustrada nas imagens de satélite, é uma sempre Mentira.
Portanto não temos que nos admirar quando se escreve num sítio que existe um auditório na Quinta do Conde que custou 1,6 milhões de Euros e que temos um posto novo da GNR, um Pavilhão Multiusos ou um mesmo uma biblioteca municipal e mais à frente em outras páginas se afirme que são projectos ou obras que se irão colocar a concurso, desde o episódio das Fontaínhas, uns não aprenderam nada enquanto outros, continuam a lidar com as ilusões e com as expectativas, sempre na linha difusa de uma quase Verdade, uma sempre Mentira.
Um outro exemplo desta gestão da linha difusa de uma quase Verdade, uma sempre Mentira, é a Ribeira do Marchante, com custos de milhões para os proprietário da AUGI 24.
A imagem e a legenda é do Boletim Municipal3 é a de um técnico ainda bastante novo, possivelmente o Eng. Jorge Carvalho, aquele que coordenou vários planos neste concelho, por exemplo, Casal do Sapo e Fontaínhas, PDM, etc e a quem a Câmara Municipal adjudicou um projecto de uma ponte suspensa por cima do Estádio da Vila Amália, é verdade uma ponte suspensa por cima do Estádio da Vila Amália volta-se a frisar, aponta para uma carta e parece ou como afirma a legenda que a “Ribeira do Marchante um dos grandes projectos na área da reconversão”. Era uma quase Verdade e os que acreditaram nela, muitos já não se encontram entre nós.
A realidade, volvidas mais de três décadas daquela imagem e da sua publicação é bem diferente e amarga para os proprietários desses terrenos, sacrificados com cedências absurdas de 50% do solo o que inicialmente detinham, uma verdadeira violência e comparticipado para obras, taxas municipais e outras coisas mais, num montante astronómico de milhões, continuam impedidos de levantar uma parede na Ribeira do Marchante AUGI 24, é uma sempre Mentira.
Como é possível que o desenvolvimento do concelho, o bem estar e a vida de milhares de pessoas, com as suas famílias, continuem sujeitas a esta uma quase Verdade, uma sempre Mentira?
Como não seria a Quinta do Conde e o concelho se tudo isto existisse e esta gente estivesse igualmente a tirar partido do bem-estar e das vantagens económicas do seu trabalho e do seu investimento?
Somos pessoas de bem?

António Marques

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1 Jornal Raio de Luz, 30 de Novembro de 1992, pág. 3, Fontaínhas: O outro plano da maioria
2 Idem.
3 Boletim Municipal nº 129 de Setembro de 1989, pág. 5, edição da Câmara Municipal de Sesimbra

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeMaio 2021 | Nº 533A ESCOLA DE SAMBAG.R.E.S Corvo de PrataO Grupo Recreativo Es...
15/06/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Quinta do Conde
Maio 2021 | Nº 533

A ESCOLA DE SAMBA
G.R.E.S Corvo de Prata

O Grupo Recreativo Escola de Samba Corvo de Prata, foi fundado a 21 de Junho 2011 e é a mais recente escola de samba sediada no concelho de Sesimbra e com localização na freguesia da Quinta do Conde, tendo a sua sede na Rua Luís de Camões Lt 1227, com entrada nas traseiras do Ginásio Sport City, no Conde 1. Na heráldica da Quinta do Conde, existem dois corvos, sendo essa a origem do nome Corvo de Prata, a prata vem das cores do carnaval que normalmente oscilam entre o dourado e o prateado.

Como sempre, em tudo na vida há sempre razões para iniciar um novo projecto, um projecto diferente ou complementar dos já existentes, foi o caso do Corvo de Prata em que um grupo de pessoas, que inicialmente estavam organizadas no Batuque do Conde, decidiram fundar um outro projecto que embora tendo como referência principal, poderia abraçar e desenvolver outras iniciativas de índole cultural bastante diferenciadas da referência principal, isto é do Samba. Inicialmente nasceu como um novo Núcleo de Samba, com uma Comissão Administrativa para dar resposta e fomentar uma nova oferta cobrindo as lacunas verificadas, nas zonas limítrofes no concelho de Sesimbra captando com facilidade praticantes e pessoas interessados quer na Freguesia da Quinta do Conde, quer em freguesias como Coina, Palmela, Brejos e Azeitão.

A participação em eventos como por exemplo o Carnaval de Sesimbra, necessitam de uma grande organização logística que só foi possível dar satisfação em 2014 participando nos desfiles de Carnaval desse ano. Refira-se que o G.R.E.S. Corvo de Prata, ainda não tinham sede, tendo que trabalhar num pequeno espaço que a Junta de Freguesia da Quinta do Conde amavelmente lhes cedeu. Nesta primeira aparição pública, o G.R.E.S Corvo de Prata, contou só com as passistas, apesar de muito recentes e com pouca experiência, deslumbraram o público com uma pequena demonstração feita com muito esforço e garra.

Com a sede em obras em 2015, isso não representou impedimento para que as cores do G.R.E.S Corvo de Prata voltassem a brilhar nas ruas do concelho e em particular no desfile na marginal sesimbrense. Finalmente, em 19 de Setembro concretizaram um sonho com a inauguração da sua Sede.

Embora a escola faça este ano 10 anos, só fez sete desfiles uma vez que os primeiros anos foram de organização e os últimos foram de confinamento

Na organização de um carnaval em primeiro lugar é necessário pensar num tema. No último desfile o tema tinha como base a união entre duas escola e assim, o tema foi “unidos pelo samba”. Em seguida o carnavalesco fez as fantasias e o roteiro. A composição da música foi feita por Reinaldo Silva

Os fatos são normalmente feitos por costureiras e os enfeites das fantasias são realizados pelos participantes, sendo as despesas repartidas normalmente por três fontes de financiamento, uma a Câmara Municipal de Sesimbra, outra o participante e uma terceira fonte de comparticipação pode ter origem nas receitas arrecadadas em actividades desenvolvidas na associação. O subsídio municipal não chega nem para metade da despesa, no entanto o G.R.E.S Corvo de Prata reconhece que ainda são muitos grupos em Sesimbra, seis escolas e dois grupos sendo dessa forma um valor ainda considerável.

O financiamento da associação é assim realizado nas festas como a Feira-Festa, Santos Populares, Feira Medieval, 25 de Abril, etc.

Na escola ensina-se a tocar os instrumentos de percussão, são regras básicas que ali se aprende. Depois são ensaios sobre ensaios para o aperfeiçoamento do grupo. O Mestre de bateria é quem faz os ensaios e quem comanda a música e o desfile. No início a escola não tinha dinheiro, nem ajudas externas, desta forma os instrumentos foram feitos com latas de tinta, com chapas, fibra de vidro, tudo coisas inventadas e construídas aproveitando e reciclando materiais. O que era necessário era terem bom som e que desempenhassem bem a sua função. O duo Porta Estandarte e Mestre de Sala, normalmente e no caso do G.R.E.S Corvo de Prata tem por hábito o convite para esses lugares que são sem sombra de dúvida, os mais importantes no desfile e a face da associação. Por outro lado não se faz a mudança dessas figuras principais e não têm razão para escolher outros, de ano para ano uma vez que as pessoas vão melhorando a sua forma e o modo de desfilar. Quando os participantes desejem sair ou deixar de participar no desfile, aí nesse caso faz-se a substituição. Por outro lado, o fato mais caro da escola é o da Porta Estandarte, e como é esse fato o que representa a escola e o tema desenvolvido nesse ano, esse fato é recolhido e guardado para memória futura.

O rosto do G.R.E.S Corvo de Prata e um dos seus fundadores é João Carlos da Mata Marquês, um natural de Alfarim que participa no carnaval há 34 anos. Iniciou-se nas coisas do carnaval no Zambujal, no grupo Saltaricos do Castelo, para ele a nova escola a formar teria que ser forçosamente no concelho de Sesimbra. Um bate chapas e pintor de profissão assume uma importância relevante em todos os trabalhos que são necessários realizar. Ele próprio, inicialmente, foi ele quem desenhou os fatos, no entanto mais tarde começou a solicitar esse trabalho a João Gatinho. Embora intervenha na execução de fatos e muitas outras coisas o que João Marquês gosta mesmo de construir são os carros alegóricos e as armações. A sede tem igualmente contado com muito do seu trabalho. Inovador, sempre a tentar aproveitar materiais que já não têm outra finalidade que não o lixo criou uma técnica, um verdadeiro artesanato para confeccionar plumas sem a utilização de plásticos e sem o sacrifício das aves. Um segundo nome importante nas fundação e na dinâmica da associação é André Cordeiro.

A Escola de samba G.R.E.S Corvo de Prata desenvolve maioritariamente as suas actividades em torno da dança, salientando-se Danças medievais, Danças orientais, o Samba no pé e ainda a Percussão brasileira e Aulas de cavaquinho. As Danças medievais e palacianas são uma nova aposta da associação.

Actualmente a associação tem aproximadamente sessenta sócios com quotas em dia no entanto a participar nos desfiles e a trabalhar na associação são sempre mais participantes.

António Marques

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeMaio 2021 | Nº 533
31/05/2021

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Especial Quinta do Conde
Maio 2021 | Nº 533

31/05/2021

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Maio 2021 | Nº 533

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeAbril 2021 | Nº 532Felisbela Maria Veloso dos Reis, nascida no seio de uma fam...
03/05/2021

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Abril 2021 | Nº 532

Felisbela Maria Veloso dos Reis, nascida no seio de uma família alentejana, filha de Francisco Ramiro dos Reis e de Maria Lúcia Veloso dos Reis, ele de Beja e ela de Beringel, acabou por nascer no Monte de Caparica, no concelho de Almada, em Dezembro de 1969.
Em 1976 os pais compraram um lote de terreno na Boa Água I, na ainda inóspita Quinta do Conde. Enquanto o pai trabalhava como mecânico na Venezuela, em Puerto Ordaz, a mãe iniciou a construção da moradia. Na altura, havia falta de cimento nos fornecedores ao que ela resolveu o problema indo buscar o material que necessitava directamente à fabrica. A obra é que não podia parar. A Felisbela vem estudar para a escola primária da Boa Água, um pavilhão improvisado construído por Xavier de Lima, no final da 2ª classe e aí faz a 3ª e 4ª classe. Regressado a Portugal o pai ajuda a construir a nova escola da Boa Água, contribuindo também para a construção da igreja.
Seguiu os seus estudos na escola C+S de Azeitão até ao 9º ano. Almada, a antiga Anselmo de Andrade e a Escola Secundária de Cacilhas até ao 12º constituíram as suas últimas etapas no ensino secundário.
Após a famigerada PGA, ingressou na recentemente aberta Universidade Moderna em 1989 e concluiu a licenciatura de Direito em 1994. O estágio para a profissão foi realizado no escritório do Laranjeiro de um outro conhecido e prestigiado advogado, com ligações profundas à Quinta do Conde, o Dr. Guerra Maneta, entrando assim pela melhor porta na advocacia e centrando a sua actividade profissional na Boa Água, Quinta do Conde e em Sesimbra.
Foi grande animadora da Juventude Socialista na faculdade e na Quinta do Conde. Levada pelo entusiasmo de João Favinha, foi uma das impulsionadoras do Núcleo da JS da Quinta do Conde, presidente da concelhia e da distrital. Eleita na Assembleia de Freguesia e na Assembleia Municipal, integrou o executivo presidido por João Favinha na Junta de Freguesia da Quinta do Conde. Insatisfeita com o apoio que deveria ser dado ao Presidente João Favinha acompanha-o na sua candidatura independente.
Não seria a sua última vez que trabalhou com os movimentos independentes, organizando em termos legais e administrativos a candidatura de Augusto Duarte, da qual chegou mesmo a ser mandatária e esteve a um passo de encabeçar a lista de independentes dinamizada por um outro grupo de cidadãos ligados à Liga dos Amigos da Quinta do Conde. Este movimento foi abortado pela própria uma vez que as exigências dos restantes eram incompatíveis com a sua liberdade e independência na lista, uma condição inaceitável.
Socorrista, colaborou com o Núcleo da Cruz Vermelha Portuguesa da Quinta do Conde e foi sócia fundadora da Liga dos Amigos da Quinta do Conde, organizando todo o processo legal e administrativo inerente à fundação dessa organização.
A par da sua actividade profissional como advogada, colaborou nos jornais locais Nova Morada, Raio de Luz e Condense com artigos.
Inicia a sua participação nas actividades da sua organização profissional, impulsionando a criação da delegação da Ordem dos Advogados em Sesimbra, representando a comarca junto do Conselho Regional de Lisboa da Ordem. Na Delegação de Sesimbra, desempenhou os cargos de Secretária (1 mandato), Tesoureira 2 mandatos) e Presidente, ultimo cargo que desempenhou no triénio. Actualmente, junto do Conselho Geral da Ordem dos Advogados, faz parte da Comissão Nacional de Avaliação e da Comissão Nacional de Estágio e Formação. É igualmente formadora e mediadora de conflitos civis e comerciais.
É efectivamente um percurso de excelência com uma participação activa na vida da comunidade quer da Quinta do Conde, quer de Sesimbra, sempre pronta a renovar novos desafios. Manifestando desde já que pretende voltar a fazer o Caminho de Santiago, experiência que realizou em 2015 pelo caminho português com o seu amigo de sempre, o Hugo Luz, seu marido.

Jornal Raio de LuzEspecial Quinta do CondeAbril 2021 | Nº 532Ribeira do MarchanteEscrevia o sábio, filósofo e pensador c...
03/05/2021

Jornal Raio de Luz
Especial Quinta do Conde
Abril 2021 | Nº 532

Ribeira do Marchante

Escrevia o sábio, filósofo e pensador chinês Confúcio, homem que viveu cinco séculos antes de Cristo que; “Uma imagem vale mais que mil palavras”, uma vez através da imagem somos confrontados logo com a realidade e com aquilo que os nossos olhos, a nossa percepção, imediatamente vê e compreende, não sendo assim necessárias palavras de outros, que expressem ideias alheias para enquadrar qualquer raciocínio ou dedução nossa. Neste milenário conhecimento dum bom homem, assenta a verdade, mas igualmente a mentira. No primeiro caso as imagens mostram uma realidade entre a beleza ou a tragédia, mostram aquilo que todos podem ver, essas são as imagens perigosas, cortadas pelos regimes onde a censura prevalece sobre a verdade. No segundo caso, a mentira, assenta na manipulação, mostrando o que não existe, imagens preparadas para iludir quem as observa, muitas delas preparadas para fornecer informações aos nossos neuroreceptores, um conjunto de dados falsos que nos levem a elaborar pensamentos positivos sobre determinadas matérias. Os exemplos são muitos quer espelhados nos rostos dos operários e camponeses do regime Estalinista, quer nos sorrisos e aprumo das Waffen-SS, a elite do exército n**i. Por cá também os exemplos da manipulação são muitos e variados, não se necessitando de grandes exemplos ou estudos académicos para a encontrar, alguma mesmo disfarçada de informação municipal.

De qualquer das formas, pertencendo ambas as imagens a espaços dentro de um mesmo Plano, o Plano de Urbanização da Ribeira do Marchante, plano que a última versão foi aprovada por unanimidade, pela Assembleia Municipal de Sesimbra, na sua reunião de 30 de Janeiro de 2009, nos termos previstos no artigo 79º do Decreto-Lei 380/99, de 22 de Setembro, na redacção do Decreto-Lei 316/2007 de 19 de Setembro, tendo sido o mesmo publicado na 2ª Série do Diário da República de 23 de Fevereiro de 2009. O Plano integra dois espaços anteriormente programados e distintos. O primeiro espaço o cemitério municipal da Quinta do Conde e o segundo espaço o Plano de Pormenor da Ribeira do Marchante, AUGI 24, aprovado em Assembleia Municipal, no dia 29/11/02, e publicado em Diário da República de 17/01/05, abrangendo toda a área da AUGI da Ribeira do Marchante. A declaração da delimitação da AUGI 24 e a constituição da sua Comissão de Administração é bastante anterior, tendo ocorrido nos finais dos anos 90.

No primeiro espaço, o cemitério, enterram-se ou reduzem-se a cinzas, aqueles que deixaram de nos acompanhar, embora espiritualmente estejam connosco, no segundo espaço enterram-se os vivos lapidando as poupanças de uma vida. Os cerca de 430 proprietários além de terem visto os seus lotes reduzidos para metade, investiram em obras e comparticipações municipais, uma verba próxima dos 4 milhões de euros, sim leu exactamente 4.000.000,00 €. Este montante foi liquidado de forma prestacional pelos proprietários da AUGI 24 e aplicado quer na construção das infraestruturas, quer no pagamento de taxas ao município de Sesimbra, uma verba estimada de pelo menos 1 milhão de euros que bem falta faziam aos cofres municipais para fazer frente às suas despesas correntes.

Como a Câmara Municipal não honrou os seus compromissos e não concluiu as obras a que estava obrigada a executar, designadamente conclusão de passeios, asfaltamento dos arruamentos, etc, isto porque tinha recebido fundos dos proprietários através das taxas por si arrecadadas, várias infraestruturas começaram a degradar-se. O pior que se faz a qualquer coisa, objecto ou ser humano é votá-lo ao abandono. Em 2014 a Câmara Municipal há muito que já tinha feito a recepção provisória das obras e dos trabalhos realizados pela Comissão de Administração Conjunta e apontava-se para a recepção definitiva das mesmas. Após este acto a Comissão de Administração Conjunta, por ver realizado o objecto, para o qual havia sido criada, extinguiu-se.

Reconhecendo a sua falta e certamente perante insistência dos proprietários, o município viu-se na obrigação de lançar uma empreitada para a recuperação das infraestruturas eléctricas, Média Tensão e Baixa Tensão e de Telecomunicações no valor de 464.448,00 €, obra adjudicada por contrato assinado com a empresa Cunha Bastos Lda em 2 de Fevereiro de 2015. A obra foi concluída, recepcionada quer provisoriamente quer definitivamente, mas a AUGI 24, continuou a degradar-se até hoje.

Ora se esta história assume contornos do surreal e da aberração administrativa autárquica, o que dizer do enriquecimento sem causa dos cofres municipais que arrecadam a receita de IMI desde 2008 até hoje enquanto continua interdita a construção em virtude das infraestruturas não estarem concluídas, infraestruturas da responsabilidade da Câmara Municipal?

Os aproximadamente 430 proprietários liquidam em IMI, anualmente, um valor compreendido entre os 200,00€ e os 250,00€, por lote, podendo-se estimar 100.000,00€ de arrecadação de receita sobre uma construção que não existe para lá das cadernetas prediais. Em 12 anos para além das taxas que já tinha cobrado em sede de aprovação e de divisão de coisa comum, o município de Sesimbra arrecadou mais de 1.200.000,00€ enterrando vivos os pequenos proprietários da Ribeira do Marchante.

António Marques

Endereço

Avª. D. Manuel Da Silva Martins, Nº 8/Sampaio
Sesimbra
2970-585

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