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06/02/2025
https://www.rtp.pt/play/direto/rtpafrica
Há exatamente 69 anos, no dia 6 de fevereiro de 1956, uma multidão protestava nos Estados Unidos contra o ingresso da primeira mulher negra na Universidade do Alabama.
Lucy só conseguiu matricular-se após garantir este direito com uma ação na Justiça, pois a universidade havia revogado a sua entrada ao descobrir que se tratava de uma pessoa de cor negra.
Mesmo com a vitória judicial, houve forte mobilização dos ra***tas contra a sua entrada na universidade. O carro que a conduziu até as aulas foi atacado e a polícia teve que ser chamada. A universidade decidiu expulsar Lucy, alegando que os protestos eram um risco à sua segurança. Num país profundamente ra***ta e segregador como os Estados unidos, os negros eram penalizados até quando eram vítimas de perseguição ra***ta. Mesmo no curto período em que conseguiu frequentar as aulas, Lucy era impedida de aceder os dormitórios e refeitórios frequentados pelos brancos.
Somente em abril de 1988 a Universidade do Alabama anulou a expulsão de Lucy. Ela foi readmitida e conseguiu concluir os seus estudos em Pedagogia. Hoje a instituição possui uma bolsa de estudos em seu nome e um retrato de Lucy com os dizeres: “Sua iniciativa e coragem conquistaram o direito de estudantes de todas as raças frequentarem a universidade”.
Autherine Lucy faleceu no dia 22 de março de 2022, com 90 anos. A sua história e a sua luta seguem atuais e necessárias. As mesmas bandeiras ra***tas que se ergueram nos protestos contra a sua matrícula na universidade ousaram tremular nos Estados Unidos após a posse de Trump.