Abrigo O Jornal Abrigo pretende ser mais uma luz para quem a vida se tornou madrasta.

O Jornal Solidário Abrigo, esteve à conversa com Joana Vale Pereira da AMA – Associação de Animais de Aveiro, uma Associ...
23/05/2024

O Jornal Solidário Abrigo, esteve à conversa com Joana Vale Pereira da AMA – Associação de Animais de Aveiro, uma Associação sem fins lucrativos que nasceu em 2017, quando um grupo de amigos que sempre gostou de cães e gatos, se juntou para resgatar os que eram deixados ao abandono. Um dos principais intuitos da AMA é dar uma nova casa aos cães que são abandonados em Aveiro.

InícioMundo AnimalAMA - Associação de Animais de Aveiro em entrevista Mundo AnimalProgramas de Apoio AMA – Associação de Animais de Aveiro em entrevista Por Artur Arede Maio 23, 2024 0 FacebookTwitterPinterestWhatsAppLinkedinO emailImprimirTelegramCopy URL O Jornal Solidário Abrigo, esteve ....

13/05/2024

Entrevista ADAAVV

A ADAAVV é uma associação sem fins lucrativos fundada a 24 de Abril de 1998 com sede em Vila Verde, Distrito de Braga.  ...
13/05/2024

A ADAAVV é uma associação sem fins lucrativos fundada a 24 de Abril de 1998 com sede em Vila Verde, Distrito de Braga. Tem como objectivos proteger e tratar os animais abandonados e promover a sua adoção.

InícioMundo AnimalADAAVV proteger e tratar os animais abandonados e promover a sua adoção Mundo AnimalSolidariedade ADAAVV proteger e tratar os animais abandonados e promover a sua adoção Por Artur Arede Maio 13, 2024 0 FacebookTwitterPinterestWhatsAppLinkedinO emailImprimirTelegramCopy URL A A...

O ano de 2013 f**a marcado pela concretização de um sonho, o Albergue UPPA, após a cedência de um terreno –  com grande ...
05/05/2024

O ano de 2013 f**a marcado pela concretização de um sonho, o Albergue UPPA, após a cedência de um terreno – com grande potencial para que as vidas dos animais lá alojados sejam mais felizes enquanto aguardam por famílias que os adotem – surgiram novos desafios logísticos e financeiros à Associação tornando indispensável o contributo de todos para levar este projeto a bom porto.

InícioMundo AnimalUPPA responsabilização social da Condição e Direito Animal Mundo AnimalSolidariedade UPPA responsabilização social da Condição e Direito Animal Por Artur Arede Maio 5, 2024 0 FacebookTwitterPinterestWhatsAppLinkedinO emailImprimirTelegramCopy URL A UPPA é uma associação...

Portugal continental tem mais de 930 mil animais errantes, entre os quais 830.541 gatos e 101.015 cães, segundo os dados...
03/05/2024

Portugal continental tem mais de 930 mil animais errantes, entre os quais 830.541 gatos e 101.015 cães, segundo os dados agora revelados, do primeiro Censo Nacional de Animais Errantes divulgado esta s*xta-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

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Existem neste momento nos canis municipais dezenas de milhares de animais que não são adoptados.Era precisa uma Campanha...
28/03/2024

Existem neste momento nos canis municipais dezenas de milhares de animais que não são adoptados.
Era precisa uma Campanha Nacional de Esterilização a sério, em todos os concelhos e gratuita para animais errantes, cães e gatos, e para animais com dono.
Tudo o resto são lenitivos ( campanhas de adopção, fats…) que não resolvem o problema do abandono

InícioMundo AnimalCampanha Esterilização de Animais Abandonados um Movimento que pretende atenuar o efeito... Mundo AnimalSolidariedade Campanha Esterilização de Animais Abandonados um Movimento que pretende atenuar o efeito de dezenas de milhares de animais que não são adoptados. Por Artur A...

Ao apoiar a Animalife, está a contribuir para um movimento que vai além do apoio animal,abraçando a causa da justiça soc...
20/03/2024

Ao apoiar a Animalife, está a contribuir para um movimento que vai além do apoio animal,
abraçando a causa da justiça social e do desenvolvimento sustentável.

InícioSolidariedadeA 34ª edição do Banco Solidário Animal (BSA), decorrerá nos próximos dias 6... Solidariedade A 34ª edição do Banco Solidário Animal (BSA), decorrerá nos próximos dias 6 e 7 de Abril Por Artur Arede Março 20, 2024 0 FacebookTwitterPinterestWhatsAppLinkedinO emailImpri...

A Opus Diversidades (anteriormente conhecida como Opus Gay, e registada oficialmente como Obra Gay Associação) é uma Ins...
20/03/2024

A Opus Diversidades (anteriormente conhecida como Opus Gay, e registada oficialmente como Obra Gay Associação) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e Organização Não-Governamental (ONG) sem fins lucrativos, reconhecida como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública

InícioIPSSsA "Opus Diversidades" tem como missão a defesa dos direitos humanos com especial... IPSSs A “Opus Diversidades” tem como missão a defesa dos direitos humanos com especial incidência nas minorias se***is e étnicas Por Artur Arede Março 20, 2024 0 FacebookTwitterPinterestWhatsAppL...

Criada em 2005 por um grupo de doentes psoriáticos com objectivo de informar sobre a doença e de lutar pelos direitos da...
13/03/2024

Criada em 2005 por um grupo de doentes psoriáticos com objectivo de informar sobre a doença e de lutar pelos direitos das pessoas que sofrem de uma patologia extremamente estigmatizante.

O Jornal Solidário Abrigo esteve à conversa com Jaime Melancia presidente da direcção da PSO Portugal Associação Portuguesa de Psoríase.

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O Jornal Solidário Abrigo, esteve à conversa com Aníbal Bastos, Presidente da Direcção da ADA, Associação dos Diabéticos...
18/01/2024

O Jornal Solidário Abrigo, esteve à conversa com Aníbal Bastos, Presidente da Direcção da ADA, Associação dos Diabéticos da Amadora, a quem colocamos várias questões sobre o trabalho desenvolvido ao longo dos tempos.

Fundada em 1997, 26 anos se passaram sobre a principal missão da ADA, a intervenção na sociedade civil, tendo em vista apoiar se não mesmo colmatar uma assinalável carência de respostas adequadas e atempadas, aqueles que mais necessitam. O Jornal Solidário Abrigo, esteve à conversa com Aníb...

Fazem investigação na sua área de intervenção, tendo como objetivo disseminar o conhecimento técnico, produzir conhecime...
12/01/2024

Fazem investigação na sua área de intervenção, tendo como objetivo disseminar o conhecimento técnico, produzir conhecimento científico e implementar boas práticas internacionais, bem como, projetos de inovação social, na redução de riscos e minimização de danos.

A Associação é fundada por um conjunto de profissionais, especializados na área da intervenção comunitária com grupos excluídos e vulneráveis, com o nome “Crescer na Maior”, nessa altura motivados para trabalhar com um público mais jovem. Iniciação a sua actividade com vários projet...

ArpaVez sediada em Arcos de Valdevez, é uma Associação jovem, não dispõem de um espaço físico, pelo que o acolhimento de...
08/01/2024

ArpaVez sediada em Arcos de Valdevez, é uma Associação jovem, não dispõem de um espaço físico, pelo que o acolhimento de animais não faz ainda parte da sua área de actuação.

ArpaVez sediada em Arcos de Valdevez, é uma Associação jovem, não dispõem de um espaço físico, pelo que o acolhimento de animais não faz ainda parte da sua área de actuação. Dedicam-se a promover campanhas de informação e sensibilização e divulgar periodicamente informação de intere...

Uma atuação centrada no apoio direto ao doente com ELA e às suas famílias e cuidadores, através de uma intervenção multi...
05/01/2024

Uma atuação centrada no apoio direto ao doente com ELA e às suas famílias e cuidadores, através de uma intervenção multidisciplinar que se traduz na estrutura técnica da APELA e por orientações em caminhos facilitadores ou/e de informação de direitos sociais e outros para que a obtenção de respostas mais atempadas, estruturadas e apoiantes, seja possível.

A APELA é uma associação sem fins lucrativos (IPSS e ONGPD). Tem como objectivo divulgar a natureza da doença junto da sociedade civil, doentes, suas famílias e profissionais de saúde. Apoiar os doentes com ELA – Esclerose Lateral Amiotróf**a, e familiares ao longo do caminho. Fundada em 19...

Estivemos à conversa com RITA PAULOS da “A Casa Qui” – Associação de Solidariedade Social, Instituto Particular de Solid...
26/12/2023

Estivemos à conversa com RITA PAULOS da “A Casa Qui” – Associação de Solidariedade Social, Instituto Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em Setembro de 2012 por iniciativa de um conjunto de três pessoas especializadas na área da juventude e das questões da orientação s*xual e identidade ou expressão de género.

Estivemos à conversa com RITA PAULOS da “A Casa Qui” – Associação de Solidariedade Social, Instituto Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada em Setembro de 2012 por iniciativa de um conjunto de três pessoas especializadas na área da juventude e das questões da orientação s*x...

Acreditam que podemos ser uma sociedade melhor, mais consciente, mais solidária e mais empática para com os seres vivos ...
22/12/2023

Acreditam que podemos ser uma sociedade melhor, mais consciente, mais solidária e mais empática para com os seres vivos que partilham uma Causa Comum.

uma nova atitude e de uma nova mentalidade promotoras de uma relação de respeito e proximidade com os animais e com a natureza em geral permitirá o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais equilibrada

O Jornal Solidário ABRIGO esteve à conversa com Ana Teixeira fundadora da AssociaçãoÉ uma continuação e oficialização do...
19/12/2023

O Jornal Solidário ABRIGO esteve à conversa com Ana Teixeira fundadora da Associação

É uma continuação e oficialização do trabalho que Ajuda Animais em Gondar tem vindo a fazer no concelho de Amarante constituindo, o mesmo, um polo da Associação.

A 31 de Julho de 2015 foi legalmente criada a Associação Ajuda Animais em Amarante, sem fins lucrativos, que adota a denominação de AAAAMT e perfilha os princípios da democraticidade, da liberdade de expressão e de opinião, do respeito pelas instituições existentes e repudia todas as formas...

16/12/2023

Boas Festas e um excelente ano de 2024 são os votos de toda a equipa do Grupo Globais Serviços.

As respostas sociais da AHMA são diversif**adas e vão do Centro de Acolhimento “O Aconchego”, passando pela creche e jar...
15/12/2023

As respostas sociais da AHMA são diversif**adas e vão do Centro de Acolhimento “O Aconchego”, passando pela creche e jardim de infância “Lápis e Cor”, e ainda pelo Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental “Raio de Sol … para todos”.

A AHMA existe para garantir que todas as crianças e jovens do Concelho de Albergaria a Velha e dos concelhos limítrofes, tem por objetivo intervir, defender e divulgar o superior interesse da criança enquanto cidadão de direito próprio. As respostas sociais da AHMA são diversif**adas e vão do...

O Jornal Solidário ABRIGO, esteve em conversa com ANA MAIA da A QUATROÀS que nos explica os desafios e as dificuldades q...
07/12/2023

O Jornal Solidário ABRIGO, esteve em conversa com ANA MAIA da A QUATROÀS que nos explica os desafios e as dificuldades que atravessam na gestão dos parcos recursos disponíveis para manter funcional a Associação.

A QUATROÀS atua no Concelho de Nisa, tendo começado a atuar ao nível do controlo das populações de animais errantes. O Jornal Solidário ABRIGO, esteve em conversa com ANA MAIA da A QUATROÀS que nos explica os desafios e as dificuldades que atravessam na gestão dos parcos recursos disponívei...

A história da AIDGLOBAL começa a 4 de Novembro de 2005, após uma experiência de voluntariado da sua fundadora, Susana Da...
06/12/2023

A história da AIDGLOBAL começa a 4 de Novembro de 2005, após uma experiência de voluntariado da sua fundadora, Susana Damasceno, na província de Gaza, em Moçambique e com quem o Jornal Solidário ABRIGO esteve à conversa

Agir, Incluir e Desenvolver através da Educação

A Movijovem é uma Cooperativa de Interesse Público, que actua na área da Solidariedade Social, é uma entidade que propor...
05/12/2023

A Movijovem é uma Cooperativa de Interesse Público, que actua na área da Solidariedade Social, é uma entidade que proporciona a rede de alojamento económico por excelência em Portugal, conforme explica Miguel Perestrelo Presidente da Direcção em entrevista ao Jornal Solidário Abrigo.

vocacionada para o público com espírito jovem, constituindo espaços de convívio e de intercâmbio social e cultural.

A adopção de um animal pode signif**ar não só o salvar de uma vida, mas também um passo contra a questão do abandono de ...
04/12/2023

A adopção de um animal pode signif**ar não só o salvar de uma vida, mas também um passo contra a questão do abandono de animais. Apresentar a adopção de animais abandonados como uma alternativa à sua compra em lojas de animais faz sentido em termos sociais e humanistas.

O Jornal Solidário Abrigo, esteve à conversa com Sany Araújo da Associação ANIMARCO do Marco de Canavezes. A adopção de um animal pode signif**ar não só o salvar de uma vida, mas também um passo contra a questão do abandono de animais. Apresentar a adopção de animais abandonados como um...

De tempos a tempos, abordo por aqui este mesmo tema, pois considero que nunca é demais repetir as mesmíssimas preocupaçõ...
04/12/2023

De tempos a tempos, abordo por aqui este mesmo tema, pois considero que nunca é demais repetir as mesmíssimas preocupações e constatações, das ditas sociedades modernas.

Atenção e carinho estão para a alegria da alma, como o ar que respiramos está para a saúde do corpo. Nestas últimas décadas surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no modo de vida de toda a família. Muitos filhos adultos f**am irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões

A ordem era essa: em busca de melhores oportunidades, vinham para as cidades os filhos mais crescidos e não necessariamente os mais fortes, que logo traziam seus irmãos, que logo traziam seus pais e moravam todos sob um mesmo teto, até que a vida e o trabalho duro e honesto lhes propiciassem melhores condições. Este senhor, com olhos sonhadores, rememorava com saudade os tempos em que cavavam buracos nas terras e ali dormiam, cheios de sonho que lhes fortalecia os músculos cansados. Não importava dormir ao relento. Cediam ao cansaço sob a luz das estrelas e das esperanças.

A evasão dos mais jovens em busca de recursos de sobrevivência e de desenvolvimento, sempre ocorreu. Trabalho, estudos, fugas das guerras e perseguições, a seca e a fome brutal, desde que o mundo é mundo pressionou os jovens a abandonarem o lar paterno. Também os jovens fugiram da violência e brutalidade de seus pais ignorantes e de mau gênio. Nada disso, porém, era vivido como abandono: era rompimento nos casos mais drásticos. Era separação vivida como intervalo, breve ou tornado definitivo, caso a vida não lhes concedesse condição futura de reencontro, de reunião.

Assim como os pais deixavam e, ainda deixam seus filhos em mãos de outros familiares, ao partirem em busca de melhores condições de vida, de trabalho e estudos, houve filhos que se separaram de seus pais. Em geral, porém, isso não é percebido como abandono emocional. Não há descaso nem esquecimento. Os filhos que partem e partiam, também assumiam responsabilidades pesadas de ampará-los e aos irmãos mais jovens. Gratidão e retorno, em forma de cuidados ainda que à distância. Mesmo quando um filho não está presente na vida de seus pais, sua voz ao telefone, agora enviada pelas modernas tecnologias e, com ela as imagens nas écrans do telemóvel, carrega a melodia do afeto, da saudade e da genuína preocupação. E os mais velhos nutrem seus corações e curam as feridas de suas almas, por que se sentem amados e podem abençoá-los.

Nos tempos de hoje, porém, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distâncias não ocupam mais do que algumas quadras ou quilômetros que podem ser vencidos em poucas horas. Nasceu uma geração de ‘pais órfãos de filhos’. Pais órfãos que não se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem seus créditos consignados para filhos contraírem dívidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herança. Mas que não têm assento à vida familiar dos mais jovens, seus próprios filhos e netos, em razão – talvez, não diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo – mas da crença de que seus pais se bastam.

Este estilo de vida, nos dias comuns, que não inclui conversa amena e exclui a ‘presença a troco de nada, só para f**ar junto’, dificulta ou, mesmo, impede o compartilhar de valores e interesses por parte dos membros de uma família na atualidade, resulta de uma cultura baseada na afirmação das individualidades e na política familiar focada nos mais jovens, nos que tomam decisões ego-centradas e na alta velocidade: tudo muito veloz, tudo fugaz, tudo incerto e instável. Instalou-se e aprofundou-se nos pais, nem tão velhos assim, o sentimento de abandono e de desespero.

O universo de relacionamento nas sociedades líquidas assegura a insegurança permanente e m***a uma armadilha em que redes sociais são suficientes para gerar controle e sentimento de pertença. Não passam, porém de ilusões que mascaram as distâncias interpessoais que se acentuam e que esvaziam de afeto, mesmo aquelas que são primordiais: entre pais e filhos e entre irmãos. O desespero calado dos pais desvalidos, órfãos de quem lhes asseguraria conforto emocional e, quiçá material, não faz parte de uma genuína renúncia da parte destes pais, que ‘não querem incomodar ninguém’, uma falsa racionalidade – e é para isso que se prestam as racionalizações – que abala a saúde, a segurança pessoal, o senso de pertença.

É do medo de perder o pouco que seus filhos lhes concedem em termos de atenção e presença afetuosa. O primado da ‘falta de tempo’ torna muito difícil viver um dia a dia em que a pessoa está sujeita ao pânico de não ter com quem contar.

A irritação por precisar mudar alguns hábitos. Muitos filhos adultos f**am irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões. Desde os poucos minutos dos sinais luminosos para se atravessar uma rua, até as grandes filas nos supermercados, a dificuldade de caminhar por calçadas quebradas e a hesitação ao digitar uma senha de computador, qualquer coisa que tire o adulto de seu tempo de trabalho e do seu lazer, ao acompanhar os pais, é causa de irritação.

Inclusive por que o próprio lazer, igualmente, é executado com horário marcado e em espaço determinado. Nas salas de espera veem-se os idosos calados e seus filhos entretidos nos seus jornais, revistas, tablets e celulares. Vive-se uma vida velocíssima, em que quase todo o tempo do simples existir deve ser vertido para tempo útil, entendendo-se tempo útil como aquele que também é investido nas redes sociais. Enquanto isso, para os mais velhos o relógio gira mais lento, à medida que percebem, eles próprios, irem passando pelo tempo. O tempo para estar parado, o tempo da fruição está limitado. Os adultos correm para diminuir suas ansiosas marchas em aulas de meditação.

Os mais velhos têm tempo sobrante para escutar os outros, ou para lerem seus livros, a Bíblia, tudo aquilo que possa requerer reflexão. Ou somente uma leve distração. Os idosos leem o de que gostam. Adultos devoram artigos, revistas e informações sobre o seu trabalho, em suas hiper especializações. Têm que estar a par de tudo just in time – o que não signif**a exatamente saber, posto que existe grande diferença entre saber e tomar conhecimento. Já, os mais velhos querem mais é se livrar do excesso de conhecimento e manter suas mentes mais abertas e em repouso. Ou, então, focadas naquilo que realmente lhes faz bem como pessoa. Restam poucos interesses em comum a compartilhar.

Idosos precisam de tempo para fazer nada e, simplesmente recordar. Idosos apreciam prosear. Adultos têm necessidade de dizer e de contar. A prosa poética e contemplativa ausentou-se do seu dia a dia. Ela não é útil, não produz resultados palpáveis.

A dificuldade de reconhecer a falta que o outro faz.
Do prisma dos relacionamentos afetivos e dos compromissos existenciais, todas as gerações têm medo de confessar o quanto o outro faz falta em suas vidas, como se isso fraqueza fosse. Montou-se, coletivamente, uma enorme e terrível armadilha existencial, como se ninguém mais precisasse de ninguém. A família nuclear é muito ameaçadora. para o conforto, segurança e bem-estar: um número grande de filhos não mais é bem vindo, pais longevos não são bem tolerados e tudo isso custa muito caro, financeira, material e psicologicamente falando. Sobrevieram a solidão e o medo permanente que impregnam a cultura utilitarista, que transformou as relações humanas em transações comerciais.

As pessoas se enxergam como recursos ou clientes. Pais em desespero tentam comprar o amor dos filhos e temem os ataques e abandono de clientes descontentes. Mas, carinho de filho não se compra, assim como ausência de pai e mãe não se compensa com presentes, dinheiro e silêncio sobre as dores profundas as gerações em conflito se infringem. Por vezes a estratégia de condutas desviantes dão certo, para os adolescentes conseguirem trazer seus pais para mais perto, enquanto os mais idosos caem doentes, necessitando – objetivamente – de cuidados especiais.

Tudo isso, porém, tem um altíssimo custo. Diálogo? Só existe o verdadeiro diálogo entre aqueles que não comungam das mesmas crenças e valores, que são efetivamente diferentes. Conversar, trocar ideias não é dialogar. Dialogar é abrir-se para o outro. É experiência delicada e profunda de auto revelação. Dialogar requer tempo, ambiente e clima, para que se realizem escutas autênticas e para que sejam afastadas as mútuas projeções. O que sabem, pais e filhos, sobre as noites insones de uns e de outros? O que conversam eles sobre os receios, inseguranças e solidão? E sobre os novos amores? Cada geração se encerra dentro de si própria e age como se tudo estivesse certo e correto, quando isso não é verdade.

A dificuldade de reconhecer limites característicos do envelhecimento dos pais. Este é o modelo que se pode identif**ar. Muito mais grave seria não ter modelo. A questão é que as dores são tão mascaradas, profundas e bem alimentadas pelas novas tecnologias, inclusive, que todas as gerações estão envolvidas pelo desejo exacerbado de viver fortes emoções e correr riscos desnecessários, quase que diariamente. Dr**as e violência toldam a visão de consequências e sequestram as responsabilidades. Na infância e adolescência os pais devem ser responsáveis pelos seus filhos.

Depois, os adultos, cada qual deve ser responsável por si próprio. Mais além, os filhos devem ser responsáveis por seus pais de mais idade. E quando não se é mais nem tão jovem e, ainda não tão idoso que se necessite de cuidados permanentes por parte dos filhos? Temos aí a geração de pais desvalidos: pais órfãos de seus filhos vivos. E estes respondem, de maneira geral, ou com negligência ou, com superproteção. Qualquer das formas caracteriza maus cuidados e violência emocional.

Na vida dos mais velhos alguns dos limites físicos e mentais vão se instalando e vão mudando com a idade. Dos pais e dos filhos. Desobrigados que foram de serem solidários aos seus pais, os filhos adultos como que se habituaram a não prestarem atenção às necessidades de seus pais, conforme envelhecem. Mantêm expectativas irrealistas e não têm pálida ideia do que é ter lutado toda uma vida para se auto afirmar, para depois passar a viver com dependências relativas e dar de frente com a grande dor da exclusão social. A começar pela perda dos postos de trabalho e, a continuar, pela enxurrada de preconceitos que se abatem sobre os idosos, nas sociedades profundamente preconceituosas e fóbicas em relação à morte e à velhice. Somente que, em vez de se flexibilizarem, uns e outros, os filhos tentam modif**ar seus pais, ensinando-lhes como envelhecer. Chega a ser patético. Então, eles impõem suas verdades pós-modernas e os idosos fingem acatar seus conselhos, que não foram pedidos e nem lhes cabem de fato.

De onde vem a prepotência de filhos adultos e netos adolescentes que se arrogam saber como seus pais e avós devem ser, fazer, sentir e pensar ao envelhecer? É risível o esforço das gerações mais jovens, querendo educa-los, quando o envelhecimento é uma obra social e, mais, profundamente coletiva, da qual os adultos de hoje – que justa, porém indevidamente – cultivam os valores da juventude permanente e, da velhice não fazem a mais pálida ideia. Além do que, também não têm a menor noção de como haverão eles próprios de envelhecer, uma vez que está em curso uma profunda mudança nas formas, estilos e no tempo de se viver até envelhecer naturalmente e, morrer a Boa Morte. Penso ser uma verdadeira utopia propor, neste momento crítico, mudanças definidas na interação entre pais e filhos e entre irmãos.

Mudanças definidas e, de nenhuma forma definitivas, porém, um tanto mais humanas, sensíveis e confortáveis. O compartilhar é imperativo. O dialogar poderá interpor-se entre os conflitos geracionais, quem sabe atenuando-os e reafirmando a necessidade de resgatar a simplicidade dos afetos garantidos e das presenças necessárias para a segurança de todos.

Quando a solidão e o desamparo, o abandono emocional, forem reconhecidos como altamente nocivos, pela experiência e pelas autoridades médicas, em redes públicas de saúde e de comunicação, quem sabe ouviremos mais pessoas que pensam desta mesma forma, porém se auto impuseram a lei do silêncio. Por vergonha de se declararem abandonados justamente por aqueles a quem mais se dedicaram até então. É necessário aprender a enfrentar o que constitui perigo, alto risco para a saúde moral e emocional para cada faixa etária. Temos previsão de que, chegados ao ano de 2.035, no Brasil haverá mais pessoas com 55 anos ou mais de idade, do que crianças de até dez anos, em toda a população. E, com certeza, no seio das famílias. Estudos de grande envergadura em relação ao envelhecimento populacional afirmam que a população de 80 anos e mais é a que vai quadruplicar de hoje até o ano de 2.050.

O diálogo, portanto, intra e intergeracional deve ensaiar seus passos desde agora. O aumento expressivo de idosos acima dos 80 anos nas políticas públicas ainda não está, nem de longe, sendo contemplado pelas autoridades competentes. As medidas a serem tomadas serão muito duras. Ninguém de nós vai f**ar de fora. Como não deve permanecer fora da discussão sobre o envelhecimento populacional mundial e as estratégias para enfrentá-lo.

Rafeiros SOS é uma associação zoófila sem fins lucrativos dedicada à causa animal
28/11/2023

Rafeiros SOS é uma associação zoófila sem fins lucrativos dedicada à causa animal

A principal missão da Rafeiros SOS é a promoção do bem-estar animal, acolhendo, tratando e diligenciando a adoção de animais domésticos resgatados da rua ou de situações de risco. Foi formalmente criada como associação zoófila em agosto de 2014 mas enquanto grupo informal vinha já desen...

Foi criado um crowdfunding com o objetivo de angariarem dinheiro suficiente para a aquisição de uma nova carrinha, uma v...
22/11/2023

Foi criado um crowdfunding com o objetivo de angariarem dinheiro suficiente para a aquisição de uma nova carrinha, uma vez que a existente já é bastante antiga e avariou. Muitos quilómetros, não é rentável a sua reparação por serem sucessivas e frequentes as suas avarias.

Usam e precisam de uma carrinha para os resgates de gatos abandonados e transporte dos respetivos materiais de resgate. Também é necessária a carrinha para levar os gatos aos veterinários, e transportar ração e areia para o abrigo, onde contam já com mais de 100 gatos a cargo.

A associação Gatos de Ninguém, é uma associação sem fins lucrativos

A AAMA Associação de Actividade Motora Adaptada tem como missão, poiar as populações com deficiência e outras necessidad...
15/11/2023

A AAMA Associação de Actividade Motora Adaptada tem como missão, poiar as populações com deficiência e outras necessidades especiais e suas famílias, no âmbito desportivo, terapêutico, recreativo, educacional e formativo promovendo a sua qualidade de vida e o exercício pleno da sua cidadania.

A AAMA surgiu oficialmente no dia 26 de Dezembro de 2008, pelas mãos de (Mariana Loureiro, Rita Gomes da Costa e Henrique Pereira) constituindo a Associação através da escritura que os tornaram legais e oficiais. Mas a ideia da AAMA já há muito que tinha surgido. Começaram como equipa no Lar ...

Endereço

Avenida Do Atlântico/Parque Das Nações/Lisbon
Lisbon
1990-019

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