NA TERRA DO ERA UMA. Maria Teresa Portal Oliveira I Escritora.
Na Terra do Era uma vez havia uma menina que gostava muito de fazer perguntas e uma avó de contar histórias.
─ Era uma vez uma menina como tu, Maria, muito pequenina e fofinha.
─ Como é que sabes, avó?
─ Porque a conheço muito bem.
─ Ah! E onde é que ela mora? No Reino da Fantasia, vó?
─ Bem, às vezes mora lá, outras vezes aqui perto.
─ E como é que ela se chama?
─ Chama-se Maria, por enquanto.
O PATINHO NEGRO. Maria Teresa Portal Oliveira I Escritora.
Naquele dia, no Lago Azul, estavam todos excitados. A ninhada da Dª Pata nascera- Todos os ovos tinham sido chocados e os patinhos tinham saídos das suas pequenas prisões com sucesso, mesmo aquele mais pequenino que necessitara da ajuda da Dª Pata.
Quanto ao progenitor, o mais belo pato bravo do bando espanejava as suas penas e mostrava a sua bela plumagem, cabeça verde com um halo branco, asas castanho arroxeadas, as asas de um cinzento acastanhado e o abdómen cinza páiido. e . Dª Pata tinha a plumagem castanha salpicada das fêmeas.....
A HISTÓRIA E O EU. Maria Teresa Portal Oliveira I Escritora.
Que tal uma história que resultou de uma brincadeira entre o narrador na 1ª pessoa e na 2ª pessoa. Sabes o que é? O ego a falar com o alter ego.
Escrita a história na 1ª pessoa, pus ponto final.
Cansada, devia ter ficado com a noção de dever cumprido, mas não fiquei. Com a esferográfica a dançar na ponta dos dedos, olhava sem ver a folha branca....
O divórcio do século. E ninguém fala sobre isso. António Gil.
O elitista ocidental divorciou-se da Realidade. A sua ex ficou com todos os seus bens: a casa, o carro, o iate e o jacto. Isto porque a realidade nunca perde nada e sempre ganha tudo.
Ela foi avisando:
- Se continuas com essa maluqueira de lutar cada vez que vais ao bar, irás dar-te mal. E eu não estarei mais aqui para te tratar as feridas.....
Eventos que aconteceram, mas é como se nunca tivessem acontecido (1). Conversando com um adorador de OVNIs. António Gil.
Eventos que ocorreram mas é como se nunca tivessem ocorrido:
Falando com um adorador de OVNIS
Já ninguém, senão eu, tinha pachorra para ouvir as estórias de Eujénio Conjota -doravante Jeninho – sobre suas fantásticas aventuras com Extra-Terrestres, civilizações subterrâneas ou marítimas e ultimamente até duendes andava a encontrar, o duen…perdão, o doente…
- Acho que na minha próxima abdução vou pedir aos arcadianos que me levem lá pró planeta deles que neste mundo não me safo – disse quase num sussurro melancólico...
A Omnipotente Inteligência Artificial ainda não sabe conduzir carros simples. António Gil.
(texto recriado a partir de um artigo de Andrew Anglin, numa revista proibida aqui no fb. Reescrevi-o apenas para soar mais divertido.)
Depois das coisas Q* com a AI e a guerra de Sam Altman, há toda essa conversa renovada sobre IA (ou, "AGI", como eles começaram a chamar a versão superinteligente) assumindo o controle e ameaçando matar-nos a todos. ...
O DESPERTAR, AS TORRADEIRAS E O GRANDE REINÍCIO. António Gil.
Há por aí gajos que dizem que eu me devia dedicar ao esoterismo, que essa é a minha praia. Entretanto não explicam por que eu deveria dedicar-me a uma só área do conhecimento (sim, também há conhecimento no esoterismo, no honesto, pelo menos). Deve ser porque eles não conseguem abarcar mais do que uma coisa de cada vez. Aposto que não percebem nada de torradeiras. Não haveria mal nenhum nisso, houve um tempo em que eu também não percebia. Depois aprendi. Apliquei esse conhecimento noutras áreas também: por exemplo como tostar comentários de gente que não aguenta o calor da argumentação factual.
Depois de quase ter dormido os milhares de anos que precisava (cálculo por alto) acordei mais lento que uma tartaruga com artrose e precisei de meia hora para decidir se faria uma torrada ou comeria apenas uma fatia de pão fresco, de centeio. .....
Aflitinhos. António Gil.
E então, gajos e gajas aflitinhos com o já indisfarsável declínio do Império gringo, enviam-me links sobre o perigo amarelo (os chinocas vão fazer do mundo o que os EUA tentaram e não conseguiram, mas vão ser piores, claro, porque comem cães) ou sobre as incríveis ambições de Putin em restaurar o Império Soviético, ameaçando intoxicar-nos a todos com vodka russo (que é mau) em vez de vodka polaco (bom prá saúde). ...
Puniçöes facebookianas e humanismo. António Gil.
As guerras são dolorosas, cruéis e por vezes tenho de desviar o olhar sobre suas terríveis consequências. Creio que pagaria o preço em desumanização se fosse capaz de ver até ao fim, certas imagens (e já vejo tantas que me perturbam).
Por essa razão nunca coloquei aqui os vídeos e fotos mais terríveis que vi. Um humano morto ou mutilado é um humano, antes de ser ucraniano, russo, palestino ou israelita. A dor e a morte igualam-nos a todos. ...
Há pessoas a queixarem-se que está tanto frio hoje que até parece que estamos às portas de dezembro. António Gil.
E realmente de há uns tempos para cá, o clima muda a um ritmo tal que uns dias chove, outros faz sol e as noites ficam frias. ...
Tenho pensado nele, desde que deixei Marte...António Gil.
Marcius Maquinarius foi o guia que o conselho de Sábios da cratera 69 me atribuíu para me explicar coisas sobre o planeta que me acolheu e também algumas sobre o Planeta de onde ambos viemos (sim, ele é um robot feito na Terra mas que também se refugiou em Marte por estar insatisfeito com o que se passava no calhauzinho azul)....
O Império do The Senseless (5). Apocalipse quando? António Gil.
Se até hoje o conceito de apocalipse se tornou universal foi, em grande parte, graças a ‘cataclismos locais’ que tornaram essa ideia ‘concebível’ para vastas faixas de populações e civilizações .
Cidades inteiras foram engolfadas por terramotos, tsunamis, guerras e devastações de todos os tipos de origem: as naturais, as humanas e as que combinaram as duas origens, que foram quase todas....
O Império dos Insensatos (4). A guerra para acabar com as guerras? isso nunca vai acontecer. António Gil.
Tenho-vos falado de coisas que nunca aconteceram - ou pelo menos não da forma como as relatei - e quero agora falar-vos das coisas que nunca vão acontecer: sem essa projecção futura, este espaço de escrita ficaria incompleto.
Vou começar por esta que nunca aconteceu e NUNCA acontecerá:
1- Uma guerra que acabe com todas as guerras.....
O Império dos Insensatos (3). E quanto à IA? António Gil.
Erros de cálculo acontecem até a quem soma pelos dedos. Como acontece a quem conhece bem a tabuada: na multiplicação não raro alguém se esquece do ‘e vão dois’. Ou três. Ou mais.
Note-se que aqui, mesmo se falamos de multiplicação, muitas vezes o erro acontece na operação aritmética da soma, que também deve ser tida em conta nas contas da multiplicação. Se há algo como ‘e vão quatro’, sabemos que depois da multiplicação da parcela seguinte há que lhe juntar mais quatro, para a coisa dar certo.....
Hoje apetece-me publicar um conto inédito, feito a meias com o meu filho Pedro, quando tinha seis anos. Espero que gostem.
O Menino do Quispinho Vermelho. Maria Teresa Portal Oliveira I Escritora
Era uma vez um menino que vestia um quispo vermelho, que nunca largava, estivesse calor ou frio. Fora oferecido pelo avô, que considerava aquele menino a menina dos seus olhos, no seu 3º aniversário. Que bem lhe ficava com a cor dos olhos, um cinzento metalizado que, pequenos camaleões, mudavam de cor com a luminosidade do dia, a estação do ano e a roupa que vestia. Ora azuis, lagos calmos em que me banhava, cor do céu na primavera, ora verdes, muito escuros, cor do mar em dias de tempestade...
'O Império dos Insensatos (2). De volta a Potlach: Outra humanidade é possível? António Gil.
Podemos - e talvez devamos - imaginar um Universo alternativo onde os Impérios e até as nações se tenham construído com base na generosidade, honestidade e empatia. Eu amo esses exercícios porque nos dizem tanto do que não somos.
Vamos a isso? ok, comecemos com um exemplo arcaico: o Potlach, aquela troca de presentes cerimonial que existia entre tribos indígenas da América do Norte, como os Haida, os Tlingit, os Salish e os Kwakiutl ou na Melanésia....
Porquê - Tudo sobre o que nunca aconteceu? António Gil.
Antes de abordar a segunda parte de ‘o Império dos sem sentido’, como já devem ter notado, mudei o título deste substack que antes aparecia apenas identificado com o meu nome (António). Isto ocorreu porque notei duas coisas:
‘O Império dos Sem Sentido’. António Gil.
Cada Império teve seu berço específico e teve também - ou terá - a sua cova própria . Quanto ao nascimento e ascensão, embora dependente de factores vários - entre eles a organização económica, social e militar- as motivações para os empreendimentos imperiais sempre foram muito semelhantes e os meios também sempre foram do mesmo tipo.
Como a apropriação de terras alheias não é uma coisa que se faça contando com a colaboração dos futuros espoliados, teve de ser na marra. Manu militari, claro. Não acho que alguém o tenha tentado fazer educadamente. dizendo coisas como:
Do nascimento e da morte dos tabus sociais e breve referência aos tabús pessoais. Antonio Gil.
Enunciei apenas 3 tabus entre os muitos que existem nas sociedade contemporâneas ocidentais, todos eles muito recentes.. Os Tabus não são permanentes: surgem porque uma casta dirigente deseja impor limites à curiosidade de seus súbditos e morrem quando estes não aceitam mais tais prescrições ou quando quem detém o poder deixa de ver utilidade na sua manutenção.
Há muitos mais tabus que apenas renunciarei, sem procurar sequer questioná-los. Aqui fica a lista incompleta das coisas que ninguém pode dizer nos meios de comunicação de massas: