07/01/2024
EROS DA LUXÚRIA AUSENTE
( “A memória é sempre costurada. É preciso escangalhá-la para abrir caminhos”, ao Ungulani Ba Ka Khosa. 03.04.2018)
A deusa que se revela
inequivocamente traz
a bela d'amor. Se refaz,
enquanto este mundo exibe
o notório amor que ofende:
Amor que de amor não se tem
Amor que se dá por vintém
Amor que não se recebe.
Eros da luxúria averba
ausência. Do amor precisa
presença que simboliza
paixão e ternura no abraço
agora escasso, mas que urge
tê-lo como actor que finge.
Daniel Costa, In rimas soltas, 05.01.2024