Vice-Verso Poeta e prosador, um sonhador que não tem certeza do próprio chão que pisa.

Sou um dos semifinalistas do Prémio Literário (  ) da Fundação Carlos Morgado, edição 2024. É um Passo dado.
31/05/2024

Sou um dos semifinalistas do Prémio Literário ( ) da Fundação Carlos Morgado, edição 2024.
É um Passo dado.

PORQUÊ TANTO PRANTO NO CANTO DO OLHO?Tanto pranto no canto do olho.— Cansaço!Tanto Desencanto num pranto sóTanto poço. ....
21/04/2024

PORQUÊ TANTO PRANTO NO CANTO DO OLHO?

Tanto pranto no canto do olho.— Cansaço!
Tanto Desencanto num pranto só
Tanto poço. . . Laço no pescoço. . . Tanto nó
Tanto pó, estilhaço, caco. . . Tanto bagaço.

A gente sente na mente a corrente
Desse estresse que aquece e enlouquece,
Desvanesse e enfraquece a prece
E o amor que outrora fora vivo e quente.

Gente. . .!!! Porque tanto tédio e ódio no peito?!
Tanto tempo tentando atormentar o outro. . .!
Tanto mostro, tanto rosto tostado, coração frouxo!
Tanto desgosto, tanto rosto tosco com gosto ignoto,
Com gosto de esgoto nesta triste foto. . . Rosto roto!
Porque este leito feito de lágrimas! Tudo desfeito!

Está feito, sim. . . P'ra mim, o jardim virou capim
E o que era Pirlim Pim Pim de tintim por tintim
Agora virou festim de piri-piri, siriri (cupim) e rum tão ruim
Roendo o rim. . . Berbequim nas mãos de Caim,
Enfim, o que era azul, Anjos (Serafim), virou carmim,
E vejo-me, assim, no princípio do precipício, sim,
Chorando todo roxo com a cara inchada.— Fim.

Octaviano Joba
Data: 13-18/07/2022

EU SOU Eu sou o silêncio das coisas do mundo        Gritando nos carreiros da vida.Eu sou um golpe amargo e profundo    ...
16/04/2024

EU SOU

Eu sou o silêncio das coisas do mundo
Gritando nos carreiros da vida.
Eu sou um golpe amargo e profundo
Rasgando o Futuro, causando ferida.

Eu sou a fagulha que, subindo ao Céu,
Desapareceu por entre a fumaça.
Eu sou o Guia que pelo caminho se perdeu:
Réu de distintos labirintos de desgraça.

Eu sou a fúria do mar em tempestade;
A realidade, a água, a mágoa, o sofrimento.
Eu sou, na cara de quem mente, a verdade
Que cabe na meia tigela. . . Eu sou o vento.

Eu sou a linha de partida, e de chegada,
E a "cagada" que acontece durante o percurso.
Eu sou o ruído estridente da voz falada;
Na calada, eu sou aquele lindo discurso.

Eu sou, no fundo do túnel, a intensa luz,
Piscando, confusa, de vermelho e amarelo.
Eu sou, enfim, a minha própria cruz:
O sonho que agora virou grande pesadelo.

Octaviano Joba
16/04/2024

15/04/2024

ODE AOS LOUCOS!

Ouço o soluço insolúvel dos roucos
Que, saciados de cansaço, perderam a voz
Diante de cegos morcegos, os moucos,
Que pouco a pouco, num gesto atroz,
Foram esboçando o nosso destino a socos,
Enquanto nós, pobres probos,— os loucos,
Sem rios de meticais, sem Paz e nem trocos,
Nós, os sem voz, metidos à força no jogo do fogo,
Na louca doca em chamas,
Vamos para a forca obedoentes,
Crentes na Fé, e nesta esperança absorta e torta
Quase morta à porta do Futuro. . .
Um Futuro escuro e duro
Que neste infindo lindo mundo
Fomos, somos, e para sempre seremos
Os loucos roucos diante dos moucos.

Ah! vejo blocos de dor fazendo, no meu peito, andares,
E leitos feitos de flocos de lágrimas pelos ares
Fazendo ocos mares:
Esboço do nosso vitalício sofrimento.

Octaviano Joba
11 de Abril de 2024

Endereço

Cidade De Quelimane
Quelimane Do Sal

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