15/06/2021
Competição e Controlo de Narrativas na Assistência Humanitária às vítimas do Terrorismo em Cabo Delegado.
Tenho visto e lido muita coisa sobre a assistência humanitária em Cabo Delegado. Coube -me a sorte de também ir ver de perto como as várias instituições intervenientes coordenam para dar resposta urgente aos necessitados.
O que constatei não foge muito ás minhas suspeita, sempre que lesse os Jornais ou visse as notícias na Televisão: há sim uma tremenda competição e tentativa de Controlo de narrativas sobre como tem sido a assistência humanitária às vítimas do terrorismo. Os protagonistas dessa guerra são, sem dúvidas, as organizações não-governamentais nacionais, internacionais, inclusive algumas organizações do sistema das Nações Unidas.
Por razões de decoro e salvaguarda da reputação internacional não irei mencionar os nomes, Cingindo-me aos factos. O meu principal argumento é de que as organizações não-governamentais devem se autodisciplinar e responder às necessidades dos moçambicanos vítimas do terrorismo dentro de um quadro normativo e regulador que tem nas instituições do Estado moçambicano sua principal referência orientadora. Se concordamos que a coisa mais importante do trabalho de tais organizações é salvar vidas e minorar o sofrimento do povo, então Há espaço para melhorar.
Tentarei com exemplo concretos demonstrar como a resposta poderia ser melhor e o facto mais leve se estas organizações seguissem a cartilha do INGD e de outras instituições do Estado moçambicano envolvendas na resposta a crise humanitária.
Dos números dos envolvendos
Dentro e fora da Moçambique existe um maior interesse em conhecer o número das vítimas do terrorismo em Cabo Delegado.
Nisto, existe várias fontes de informação.
Em Cabo Delegado, cada organização diz o seu número, seja para mobilizar mais apoios, seja para engordar os orçamentos.
Em todo o terrorismo nacional existem neste momento 723.087 deslocados Internos.
Desdes, 723.087 pessoas provém de Cabo Delegado apenas e os restantes provém da zona centro do país, devido aos ataques de Mariano Nyongo.
Estes são dados do INGD -Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres . O INGD está implementado em todo o terrorismo nacional e recolhe os dados primeiros a partir do terreno, ao passa que as outras organizações estão em locais por eles próprios escolhidos. Por exemplo, por razões de segurança, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).