08/11/2021
Uma sacudida para olhar a vida na perspectiva do AGORA!
Não trarei aqui a constatação que já temos de que a vida real é sim um sopro, e a única certeza que temos é o momento presente, em questão de segundos tudo pode mudar.
O ano de 2021 tem sido um ano desafiador, doído, cheio de tantas partidas dolorosas, que nos trazem tantas reflexões.
Dentro da minha escolha de vida, tento me comprometer comigo mesma e com as pessoas que amo a viver o hoje, dizer que amo hoje, o abraço ainda faz falta. Mas a cada agradeço o momento presente.
Essa última semana foi difícil e doída, podemos perceber a impermanência da vida, e de como é tênue a linha entre a vida e a morte.
O Brasil vivencia um luto coletivo, a morte repentina da Marilia Mendonça nos traz o quanto a vida é fugaz, e que a ideia de controle que temos sobre a vida é ilusória.
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Ao saber da trágica notícia, dei permissão a minha condição humana de sentir, lágrimas vieram aos olhos, chorei, era uma mãe, filha, amiga, mulher, uma mulher que desconstruiu padrões e deu voz a tantas mulheres! Marília compôs músicas que elevavam a autoestima de outras mulheres. Era cirúrgica quando se tratava de relacionamentos abusivos contra a mulher, ela era uma mulher que levantava outras mulheres.
Para alguns pode ser bobagem, sentir a dor da partida de alguém desconhecido, mas um alguém que trouxe voz para as mulheres, empoderou o universo feminino.
Sim, de uma forma subjetiva vivemos um luto coletivo, forma como chamamos quando o sentimento do luto é experienciado por muitas pessoas simultaneamente, deve ser reconhecido e legitimado.
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Vivenciando e elaborando os lutos dessa semana, refleti sobre as relações, sobre a impermanência da vida, sobre a importância do AQUI e AGORA. E se você do outro lado está vivenciando este luto, se permita vivê-lo, mas não esqueça que a vida é HOJE!
E experimente: amar hoje, viver hoje, sonhar hoje, acreditar hoje, chore hoje, grite hoje, peça ajuda hoje, acolha a sua humanidade e aproveite cada oportunidade da vida! O AMANHÃ ainda não existe.
Desejo que ao final do dia você consiga responder a si mesmo, a esta inesquecível pergunta do saudoso Saja.