04/02/2020
No Brasil, 22,6% das crianças e adolescentes com idade entre 0 e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza. Isso corresponde a 9,4 milhões de menores com renda domiciliar per capita mensal inferior ou igual a um quarto de salário mínimo, ou R$ 234,25 em valores de 2017. Os dados fazem parte do Cenário da Criança e do Adolescente 2019, feito pela Fundação Abrinq com base nos dados mais recentes do IBGE.
O número representa um aumento das crianças e adolescentes nessa situação em relação a 2016, quando eram 8,8 milhões, ou 22,6% do total de brasileiros com idade entre 0 e 14 anos.
Crianças vivendo em situação de extrema pobreza no Brasil
Em milhões
Fonte: Fundação Abrinq
O estudo reúne 31 indicadores sociais relacionados a crianças e adolescentes, como mortalidade, gravidez na adolescência, cobertura de creche, trabalho infantil e violências. Esses indicadores estão relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso global do qual o Brasil é signatário, e que prevê desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável até 2030.
Os piores indicadores sociais, segundo o estudo da Fundação Abrinq, estão nas regiões que mais concentram crianças e adolescentes no Brasil: Norte (41,6%), Nordeste (36,3%) e Sudeste (29,9%).
Entre os estados da federação, os maiores percentuais de crianças vivendo em situação de extrema pobreza são o Maranhão, Alagoas, Acre, Bahia e Amazonas. Em números absolutos, Bahia é o estado com os piores índices, com 1,3 milhão de crianças extremamente pobres.