Rudi Caldeira - Literatura & Política

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Rudi Caldeira - Literatura & Política Contos & Poemas Eleito Representante dos Funcionários do GHC ao Conselho de Administração.

27/09/2024

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Eu vi a sinceridade em teus olhose assisti teu corpo partir sem adeusprocurei explicação em meio à solidãodesertas palav...
17/06/2023

Eu vi a sinceridade em teus olhos
e assisti teu corpo partir sem adeus
procurei explicação em meio à solidão
desertas palavras flutuaram sangrando
ecoando um pálido vazio em meu coração.

Mas que sinceridade cruel
machuca a alma, despe o veu
sem pedir licença bate, golpeia
maltrata sem querer a intenção
intensa resta, tola, minha imaginação.

Ouvi histórias, recitei versos
um universo aceso para dois
após os sonhos, sobram medos
não há segredo, apenas razão
alimentando a fuga, calando a pretensão.

Construído entre os dias, um muro
superando o que seria futuro
separando o sentido da emoção
voa a lucidez, observando longínqua
aumentar nossa distância aqui no chão.

Fuga - Rudi Caldeira

08/06/2023

☺️

08/06/2023

Não penso mais tanto em mim
Acostumei a nem beber tanto assim
Sobra tão pouco tempo pros amigos de outrora
Alguns nem se despediram e foram embora.

O tempo secou o lamento
Transformou muitas juras em outros momentos...
Me diga, saudade ainda é sentimento?

Escrevi a vida em versos soltos
Amontoei palavras entre contos loucos
Tropecei tantos passos tentando chegar
Mesmo sem saber onde, parecia sensato andar.

E eu que sempre tive certezas, hoje nem sei
Pequei, errei, vibrei, amei, chorei...
Mas hoje, hoje realmente não sei.

Agora diante do muro de um incerto futuro
Com tanta vivência me vejo imaturo
Talvez egoísta demais pra aceitar
Que o tempo é infinito, mas vamos passar.

(Depois do muro - Rudi Caldeira)

Não serão suas velhas notas que tocarão a minha vidatampouco estes covardes acordesacordarão em mim aquela chama adormec...
26/12/2022

Não serão suas velhas notas
que tocarão a minha vida
tampouco estes covardes acordes
acordarão em mim
aquela chama adormecida.

Mas seu vulto me transtorna
trás seu som na melhor forma
devolve em cenas
lembranças obscenas
que nunca esqueci.

E seu sorriso tem saudade
lançam flechas silenciosas
vibrações tão perigosas
que perco o curso
e então pulso, pulso por ti.

Mas não serão suas velhas notas
que tocarão nos meus acordes
que acordarão as velhas rotas
e mostrarão tão velhos nortes.

Nem teu corpo flutuante
que me cega neste instante
me trará tanta emoção
que esconda tanta dor
que escrevi com uma flor
teu nome, minha imaginação.

(Velhas notas - Rudi Caldeira).

26/12/2022
“A minha boca e a tua Vão deixando pela rua Palavras e silêncios Que jamais se encontrarão.”Zeca Baleiro
26/12/2022

“A minha boca e a tua
Vão deixando pela rua
Palavras e silêncios
Que jamais se encontrarão.”

Zeca Baleiro

06/10/2022

Milito desde 1988 na política, ainda com 16 anos fiz meu título de eleitor, sempre em busca de melhorias através do que sempre acreditei por convicções ideológicas. Tive desilusões tão fortes que quase me fizeram desistir de tudo, cheguei a pensar que o melhor era ficar alheio, bloquear a mente, desistir... Não deu!

Fui líder comunitário, entrei para uma empresa pública, onde estou há quase 18 anos, participei de várias eleições para representar colegas em diferentes comissões, fui Diretor por quatro mandatos da Associação do maior Grupo Hospitalar, onde também cheguei a Conselheiro de Administração sendo reeleito, saí candidato a vereador por minha cidade e me vi tendo que voltar a acreditar...

Porém hoje, hoje me vejo tendo que enfrentar o maior monstro que se apresentou em toda esta história, o fantasma da Ditadura que volta a se apresentar, que está sendo criado dentro da mesma Democracia pela qual tantos morreram para poder, aqui, em nosso país, ser implementada... seria cômico se não fosse trágico, ter que defender o óbvio é de uma dor imensa, principalmente quando este óbvio diz respeito a nossa própria liberdade.

Confesso que nunca estive tão apreensivo quanto a uma eleição, acredito que num segundo mandato (caso reeleito) esse bandido e sua corja, colocarão todas suas maldades em prática, por isso receio pelo futuro.

Assisto a vídeos, frases, matérias (muitas fake news) que por vezes me fazem pirar de raiva, está tudo tão a flor da pele, tão absurdamente ao contrário que me levam a constatar que hoje, por obrigação e convicção, estarei dando apoio a quem muito nos agrediu, a quem nos desiludiu, a quem nos decepcionou, a quem também nos retirou alguns direitos, a quem, junto com muitos camaradas, tive que combater e acabei por ser ameaçado e punido pelos gestores mal escolhidos em seus governos anteriores, tudo isso por conta de manter a LIBERDADE, pois está sacramentado que não teremos sequer o direito de apontar nossos descontentamentos caso o se reeleja...

É assim, rasgado, meio que me sentindo humilhado, é com este sentimento que me dirigirei à urna novamente nesse segundo turno, ainda abraçado a todas as minhas convicções, com todos os meus ideais transbordando do peito e com muita firmeza de estar fazendo o certo. Vou, e não estarei cantando 'pra não dizer que não falei de flores', pois ainda tenho muitos degraus a serem superados para delas, as flores, poder falar, mas o alento de toda esta situação é que vou para poder continuar a sonhar com um jardim florescido.

DEMOCRATICAMENTE, ESTAREI INDO DEFENDER O MEU DIREITO DE CONTINUAR APONTANDO UM CAMINHO MELHOR DENTRO DE UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO, CARREGANDO A BANDEIRA DA LIBERDADE.

Se você, assim como eu, também tem algumas divergências com as administrações do Partido dos Trabalhadores, saiba que ainda é infinitamente pior ter que combater o fascismo em todo seu preconceito e ódio, uma administração genocida e sem escrúpulos.

Por isso voto 13.

VAMOS JUNTOS, ESTAREMOS DO LADO CERTO!

Cortinas (Rudi Caldeira)Com dificuldades ele conseguiu chegar ao topo daquele morro em que um dia trocara juras de amor,...
23/06/2021

Cortinas (Rudi Caldeira)

Com dificuldades ele conseguiu chegar ao topo daquele morro em que um dia trocara juras de amor, ele precisava estar ali naquele momento. Durante toda a subida não lhe saía da cabeça os momentos que antecederam a partida de sua fiel companheira, os momentos de angústia, o sofrimento que julgara tão injusto e desnecessário, os pedidos que ouviu sem ter como prometer cumprir, pois não queria transparecer que aceitara o inevitável. Sabia que não tardaria sua despedida deste mundo também, mas nunca desejara ser quem selasse o término do relacionamento com a morte inevitável de um dos dois, na verdade sempre orara para que fosse ao contrário. Sentado, envolto em seus pensamentos, observando a cidade onde as luzes, aos poucos, começavam a se acender, sob um colorido alaranjado que parecia pintado no céu, como se feito para recepcionar sua fiel amiga, como se dignificando aquela extraordinária existência.

Acreditavam que a vida de cada pessoa era uma história individual que se contada em uma mesma época, com personagens vivendo uma trama em comum, esta vida poderia ser um conto coletivo e foi assim que viveram esta fábula. Se conheceram ainda jovens tratando de buscar a sobrevivência através do trabalho, sem perceber estavam diariamente em contato, mesmas atribuições, confidências em um jornal popular sensacionalista, em busca de notícias que alimentassem as rodas de conversas desde o botequim até as salas de jantar. Ele jornalista, ela estagiária, ambos muito profissionais. Começaram a cursar teatro buscando apenas se aprimorar em expressões corporais, pensavam que ajudaria, de alguma maneira, em sua apresentação na busca pela notícia. Acabaram por se apaixonar pelo teatro ao mesmo tempo em que se apaixonavam um pelo outro, já não conseguiam armar uma nova atribuição onde não se imaginassem juntos, quase sem notar estavam ligados sem qualquer laço, não era mais apenas amizade, faltava a iniciativa... e ela veio. Ao término de uma entrevista que foram cobrir em um estúdio de televisão que ficava no morro das antenas, sentaram-se no pátio da emissora, ao fundo do prédio, onde era possível ter a vista deslumbrante de quase toda a cidade. Então ele suspirou, pegou em sua mão e disse não conseguir mais viver longe dela. Ela chorou. Abraçaram-se sentindo seus corpos tremerem em espasmos incontroláveis e entre carícias se beijaram loucamente. Era amor. Foram expulsos juntos de seu jornal, era inadmissível tal comportamento. A Vida que segue.

Noite. Agora todas aquelas luzes embaçadas diante de seus olhos marejados, cada uma iluminando uma história. Pensou em como fora difícil e gratificante. Seguiu lembrando que com o que conseguira de sua rescisão montaram um forte, assim denominaram o apartamento alugado na periferia, onde passaram a viver juntos, junto a dificuldade que não os abatia. Durante os sanguinários anos sessenta foram convidados a participar de uma peça de teatro que contava a história de um casal que fora exilado, peça esta que se passava em pequenos porões, escondidos de militares conseguiram arrecadar sua sobrevivência através de doações que vinham ao final de cada espetáculo. Sem perceber modificaram suas vidas, unificando-as, e como se em uma peça teatral sem nenhum clown, moldaram personagens novos ao novo que se apresentava. Estavam jogando e não pretendiam perder, do que ganhavam tinham direito a comer, mas passaram a ficar conhecidos pelo mundo escondido do teatro amador de uma época insana.

Silêncio. Foram 8 meses sem trocar uma palavra, a saudade e a incerteza tomou conta de ambos... em uma noite, após passar em um mercado, ele fora preso ao chegar em casa, as forças armadas invadiram sua residência, reviraram tudo atrás de algo que jamais soube identificar, quebraram seus poucos pertences, não deixaram nada em seu lugar, durante aqueles minutos ele pensou: tomara que ela não chegue. Ela ao perceber a movimentação em frente ao prédio onde moravam não se aproximou e ele agradeceu ao sair algemado e colocado em um camburão... ela não chegou. Ele estava sozinho. Ficaram assim, durante este tempo, sem notícias, sem afeto, quase sem esperanças, uma dor incalculável em cada coração, como mais tarde ele definira para seus filhos... resistiram a tudo apesar do tempo e da dor.

Neste instante, aquele homem cansado, deitou-se no chão e passou a olhar em direção às estrelas, não que as admirasse, na verdade não percebeu sequer uma estrela cadente passar diante de seus olhos, trazia consigo a lembrança de um dos momentos mais felizes de sua existência, do dia que para ele fora um marco de crença, uma crença que jamais definira e aceitara em qualquer religião, parecia-lhe ainda maior do que elas o tentavam mostrar, era a crença no amor verdadeiro, em seus sentimentos e sentidos, no que queria e pelo qual, naquele momento, firmou como motivo e objetivo para seguir até o final de seu tempo. Ele era um homem livre e um homem apaixonado pela sua vida e isto ninguém jamais poderia lhe tirar. Ela reorganizara sua casa, após um período de segurança, revelara seus retratos e os posicionara estrategicamente em cada peça onde os pudesse ver. Apesar de por vezes vacilar, acreditava que um dia ele voltaria a entrar por aquela porta. Entregou-se ao trabalho que conseguira com uma amiga, primeiro como assistente de produção, depois, com muito empenho, passou a coordenar a companhia teatral desta mesma amiga, sempre cultivando o seu sonho de amor, mesmo sem qualquer notícia, cultivando seu sonho de amor... Valeu a pena, um novo mundo se abriu para ambos e estavam determinados a fazer deste mundo, o melhor mundo em sua existência.

Felicidade. Dois anos após aquele acontecimento nascia seu primeiro filho, e mais dois anos depois a primeira filha. Formaram um quarteto invejável, tudo crescia em suas vidas, desde as crianças até sua posição econômica. Naquele momento apenas desejavam que o tempo deslizasse por seus dias, assim, exatamente como vinha acontecendo e assim foi, ano após ano, sonho após sonho. Conquistaram sua casa própria, esbanjavam saúde, sempre unidos, sempre correndo pelas linhas objetivadas e determinadas por eles para terem uma posição confortável em um futuro inevitável. Seus filhos casaram, deste casamento vieram três netos... Voltaram a morar sozinhos, mas jamais se quedaram abandonados, a educação bem assistida dera resultado e sua família se mantivera sempre unida.


Paz. Como conseguira visualizar sua própria história, uma vida longa, inteira, em apenas uma noite, pensou. Não tinha mais forças e nem desejava se levantar daquela grama úmida. Assistia naquele momento, uma a uma, as estrelas desaparecerem no céu. Infinita é a existência do todo, mas desfragmentadas as vidas são tão frágeis. Um cinza cada vez mais claro foi lhe cegando aos poucos, sentiu que algumas pesadas gotas começaram a bater em seu rosto, em fração de segundos já não sabia mais distinguir o que eram lágrimas e o que era chuva, então se permitiu chorar silenciosamente. Cada sensação lhe dava a certeza de que havia passado trotando pela vida, que não era um momento de martírio, era a realização da peça, seu final estava, neste momento, se desenrolando conforme sempre fora planejado, mas nunca orquestrado... percebeu que nunca estivera só, mesmo sozinho, sempre se manteve em algum pensamento e isto lhe trouxe a paz, uma paz absoluta, uma paz derradeira.

A dor sentida é uma dor contida e anestesiada pela reflexão do que viveu. Aquela pontada aguda, não foi um fechar de cortinas para o término de um espetáculo, mas um despertar para uma nova peça que não se sabe bem ao certo onde, nem quando estreará.

23/06/2021

Não penso mais tanto em mim
Acostumei a não beber tanto assim
Sobra tão pouco tempo pros amigos de outrora
Alguns nem se despediram e foram embora.

O tempo secou o lamento
Transformou muitas juras em outros momentos...
Me diga, saudade ainda é sentimento?

Escrevi a vida em versos soltos
Amontoei palavras entre contos loucos
Tropecei tantos passos tentando chegar
Mesmo sem saber onde, parecia sensato andar.

E eu que sempre tive certezas, hoje nem sei
Pequei, errei, vibrei, amei, chorei...
Mas hoje, hoje realmente não sei.

Agora diante do muro de um incerto futuro
Com tanta vivência me vejo imaturo
Talvez egoísta demais pra aceitar
Que o tempo é infinito e vamos passar.

Depois do muro - Rudi Caldeira

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