03/12/2024
Eu confiei no meu padrasto e essa foi a pior decisão que eu tomei na minha vida.
Eu tinha uma mãe muito conservadora. A minha mãe era da igreja, eu fui criada dentro da igreja, só que eu não gostava de ir à igreja. E por mais que eu falasse pra ela que eu não me identif**asse, não me identif**ava, ela me obrigava a ir.
Ela se separou do meu pai porque o meu pai não aguentou a pressão dessa questão da igreja que ela tinha, sabe? A minha mãe não me deixava andar com o cabelo solto, a minha mãe não me deixava usar roupa que não fosse abaixo da minha canela, a minha mãe não me deixava sair de casa, ela me buscava e me levava na escola. Eu não tinha nenhum tipo de liberdade, nem na casa dos meus avós eu podia ir sozinha. Quando eu tinha 16 anos, a minha mãe conheceu o meu padrasto, né? Conheceu ele dentro da igreja.
E aí eles começaram a conversar, começaram a fazer culto junto, a fazer umas coisas juntas, até que eles começaram a se relacionar e um belo dia de noite ela veio com ele e falou que estava namorando com ele. Em pouco tempo, tipo em cerca de um mês, eles f**aram noivos, eles se casaram na igreja e ele foi morar com a gente. Dali em diante, ele se tornou o homem da casa, era só eu e minha mãe e do nada o meu padrasto.
Ele virou o chefe que mandava em tudo, todas as decisões, tudo e qualquer coisa do tipo tinha que passar por ele. Só que ao contrário da minha mãe, ele era menos conservador, sabe? Eu via que ele não era tanto quanto a minha mãe. Ele tinha um filho de outro casamento e vez ou outra esse filho vinha f**ar com a gente.
Esse filho, ele era mais velho do que eu, né? Ele estava com seus 18 anos e ele basicamente era o único contato de homem que eu tinha, que a minha mãe permitia me ter, porque nem com o pessoal da igreja direito eu podia falar. Eu fui me tornando uma pessoa extremamente tímida na escola, eu não tinha amigas, eu não podia fazer absolutamente nada. E aí, conforme esse meu meio irmão começou a conviver na minha casa, a gente foi se aproximando, a minha mãe confiava muito nele, a minha mãe confiava, na verdade, cegamente nele, no meu padrasto e ela via como se ele fosse realmente meu irmão.
Enquanto nós começamos a f**ar sozinhos, nós começamos a nos relacionar. Até que um belo dia esse meu meio irmão me pediu em namoro.
Quando ele me pediu em namoro, eu fiquei meio assim, olha, será? Porque a gente estava naquela coisinha, dava uns beijinhos ali, dava uns beijinhos aqui, sempre que a gente tinha oportunidades. Quando ele ia pra minha casa, só tinha um quarto disponível, então ele dormia sempre comigo. Rolava uma coisa ou outra, uma massa aqui, uma massa ali, mas nada assim muito intenso.
Até porque eu tinha muito medo da minha mãe e ele sabia disso. A minha mãe tinha uma confiança absurda nele, tinha muito aquela coisa de família feliz, de meu irmão, que cuidava de mim e não sei o quê. E eu não sabia qual seria a reação dela quando ela soubesse que eu e ele, a gente estava se relacionando de outra forma.
E quando ele me pediu em namoro, eu fiquei meio assim, mas eu acabei aceitando porque eu estava apaixonada. Nós começamos a namorar, as coisas foram se intensif**ando, a gente saía juntos, a minha mãe deixava, né? Eu saía com ele, ele era a única pessoa que a minha mãe deixava eu sair. Até que um belo dia, por um descuido nosso ou nosso, o meu padrasto chegou, que no caso era o pai dele, e viu a gente se beijando.
Ali, ele não falou nada, nem comigo e nem com ele. Ele basicamente fingiu que nada tinha acontecido. E aí eu falei com o meu namorado, falei, olha, vai pra casa, né? É melhor, provavelmente ele vai ligar pra você pra conversar com você, mas é melhor você ir pra casa, que eu vou tentar ver o que vai acontecer.
E ele falou que tudo bem, eu fiquei com muito medo, porque eu fiquei com muito medo dele contar pra minha mãe. O meu namorado foi embora e eu fui conversar com o meu padrasto. Ali, ele sentou comigo e disse que eu podia confiar nele, que era pra eu poder contar tudo, que ele sabia como a minha mãe era comigo, que a minha mãe me prendia muito, que ele sabia que isso um dia ia acontecer, que eu e o meu namorado, no caso o filho dele, não éramos irmãos, que tava tudo bem.
E ali eu senti aquele alívio, aquela questão, assim, de apoio, sabe? Acabei contando tudo pra ele, como que aconteceu, do jeito que aconteceu. E ele basicamente, naquele dia, falou pra eu poder tomar cuidado, mas que ele não iria se meter, não iria contar pra minha mãe, mas que era de responsabilidade nossa, e que ele queria saber se algo mais importante acontecesse. Ele disse que, se possível, ele queria saber antes, mas que, se acontecesse, ele queria saber.
Ele tava falando em questões, assim, de namorar. Se passaram seis meses, né, que eu estava namorando, com o meu meio-irmão e a minha mãe não desconfiando de nada, e o meu padrasto, num total silêncio, não comentava nada, ele não conversou com o meu namorado como eu achei que ele conversaria, ele não falou absolutamente nada. E as coisas, elas foram se, né, se desenvolvendo, foram esquentando em relação a mim e o meu namorado.
E quando eu tava com mais ou menos uns 17 anos, porque eu já tava com quase 17 anos, eu resolvi que tinha chegado a hora. E nisso, gente, eu sempre indo na igreja, totalmente obrigada pela minha mãe, totalmente presa, eu só tinha algum tipo de liberdade com o meu irmão, porque a minha mãe confiava nele. E aí, quando eu tomei essa decisão de que eu iria, realmente, né, ter a minha primeira vez, eu fui conversar com o meu padrasto.
Essa foi a pior decisão que eu tomei na minha vida. Eu fui muito confiante de conversar com ele, porque ele se tornou uma pessoa que eu confiava, porque ele me apoiou, ele realmente não contou pra minha mãe, né, ele basicamente não se metia.
Então, quando eu tomei essa decisão, eu conversei com o meu namorado e falei, olha, eu vou contar pro meu padrasto, né, como ele pediu, como ele apoia a gente. O meu namorado, ele achou isso um pouco estranho. Ele falou, caramba, você não acha que isso é meio estranho, meio íntimo, não tem necessidade, você pode contar e não contar e ninguém vai saber e tudo mais.
E eu falei que não, que eu preferia ser honesta, porque ele nos ajudou quando ele poderia ter contado pra minha mãe. E aí, eu aproveitei que a minha mãe tinha ido ao mercado, chamei ele pra conversar e sentei e contei a ele o que eu pretendia fazer. Quando eu contei, eu vi um lado do meu padrasto que eu nunca tinha conhecido, porque ele riu e falou, até que enfim, você chegou nesse momento.
Eu de verdade não me importaria se fosse a primeira vez comigo ou se eu teria você após você ter a primeira vez com ele. Mas, como você chegou a essa decisão por vontade própria e eu esperei o tempo que você ia querer tomar essa decisão, eu só não vou contar pra sua mãe se você perder comigo. Eu fiquei em choque olhando pra cara dele assim e pelo que eu entendi, basicamente, ele queria que eu dormisse com ele antes de dormir com o meu namorado.
E se eu dormisse com o meu namorado primeiro, que eu dormisse com ele depois, senão ele contaria pra minha mãe. Eu fiquei em choque, comecei a rir, falei, para de brincadeira, né? Você me pediu pra contar, quando eu tomar essa decisão, eu tô aqui contando pra você. E aí ele falou que sabia, né? Mas que ele começou a se relacionar com a minha mãe.
Quando ele me viu, ele disse que tinha gostado muito de mim, não que ele não tivesse gostado da minha mãe, ele também gostava da minha mãe. Mas que ele sabia que um dia ele me teria, que ele iria jogar umas indiretas, que aos poucos ele ia me conquistando, porque ele sabia o quão presa eu era, que eu não tinha nenhum tipo de liberdade. Então, qualquer coisa relacionada à liberdade iria me ganhar muito e seria isso que ele ia me dar.
E aí o filho dele chegou primeiro e virou toda essa loucura. Mas ele resolveu não trair a minha confiança na época. E aí ele disse que se ele traísse a minha confiança, ele iria perder qualquer oportunidade.
E que já que tinha chegado esse momento, ele queria que eu deitasse com ele antes de deitar com o meu namorado. Ou ele contaria pra minha mãe tudo o que estava acontecendo, porque ele disse que tinha várias fotos minha e do meu namorado juntas, nos beijando e tudo mais. E que a minha mãe acreditaria nele e não acreditaria em mim, quando eu contasse que ele tinha me feito essa proposta.
Eu fiquei em choque, levantei, fui para o meu quarto. E ele começou a bater na porta, falando que era só uma noite, que era pra eu poder fazer, que não sei o quê, que ninguém ia saber, que o meu namorado não ia saber, que ia dar tudo certo. E nisso ele estava falando do próprio filho dele, né? Naquele dia, eu pulei a janela do meu quarto e fui pra casa do meu namorado.
Lá eu contei pra ele tudo o que estava acontecendo. Eu contei pra ele, contei pra mãe dele, que era a ex-mulher do meu padrasto. E ela falou pra mim que ele nunca prestou, que ela se separou dele porque ele escondia a pessoa que ele era através da igreja.
Eu falei que não sabia o que fazer, que eu não poderia voltar pra lá. E ela falou, olha, você não volta pra lá, você vai f**ar aqui em casa, você precisa contar pra sua mãe. E eu falei que ela não vai acreditar e ela falou melhor ainda.
Ela não vai acreditar e ela vai te forçar de casa e você f**a aqui. E foi dito e feito. A minha mãe era tão religiosa e ela estava tão cega naquele casamento que eu mandei uma mensagem pra ela contando que eu estava me relacionando com o meu irmão, que nós já tínhamos tido a nossa primeira vez.
Eu nem tinha, ainda não tínhamos tido. Que eu estava grávida, inventei um monte de coisa. Falei que eu tinha fugido de casa, que eu estava morando com ele e tudo mais.
E a única coisa que ela me respondeu foi que ela não queria me ver nunca mais. Depois disso, eu contei pra ela o que meu padrasto queria, né? Ela não acreditou em mim, obviamente. Ele nunca contou, ele só negou, falou que era mentira, que eu não sabia nem do que eu estava falando.
Atualmente, eu tenho 23 anos, eu ainda moro com o meu namorado. Mas a gente saiu da casa dele, da casa da mãe dele. Nós estamos na nossa própria casa.
A mãe dele é uma querida, nos ajuda muito. E a minha mãe, meu padrasto, eu nunca mais procurei. Eu sei que eles continuam casados, mas até de cidade a gente se mudou. Curta e comente se você gostou do relato.