CICacau - Centro de Inteligência do Cacau

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CICacau - Centro de Inteligência do Cacau Contato: [email protected] Realização: Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (DCEC/UESC).

O Centro de Inteligência do Cacau é um projeto de extensão da Universidade Estadual de Santa Cruz, que tem como missão polarizar e divulgar conhecimentos e informações mercadológicas sobre a cadeia produtiva do cacau. Coordenadora geral: Professora Naisy Silva Soares (DCEC/UESC)

EMPREENDEDORISMO NO SETOR CACAUEIRO DA ÚLTIMA DÉCADA E PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOSColunista: Leidiane BrandãoM...
01/10/2024

EMPREENDEDORISMO NO SETOR CACAUEIRO DA ÚLTIMA DÉCADA E PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS

Colunista: Leidiane Brandão

Minha contribuição profissional ao setor começou na Nestlé, em 2007. Em 2011, cheguei a Ilhéus. Apesar da importância histórica, econômica e cultural da região, o empreendedorismo ainda era pouco desenvolvido. Além do parque fabril representado pelas moageiras de cacau, havia apenas duas empresas locais de chocolate.
A primeira e mais tradicional delas, Chocolate Caseiro de Ilhéus, foi fundada pelo grande empreendedor suíço Hans Schaeppi, com quem tive a honra de trabalhar como consultora e aprender muito em mais de um ano de consultoria interrupta. A outra, Cacau do Céu, foi a pioneira na cidade a desbravar o mundo promissor do chocolate fino, assinada por Marcela Monteiro, uma grande inspiração e referência internacional. Tive a honra de servir ambos os empreendimentos em projetos e consultoria ao longo do tempo.
Os anos se passaram e muitas foram as contribuições que pavimentaram o caminho para o cenário atual, que contamos com centenas de empreendimentos fomentando o setor que, seguramente, avalio como altamente promissor para o desenvolvimento regional.
Um dos últimos projetos em que atuei foi o Programa de Qualificação para Exportação, uma iniciativa da ApexBrasil executada pelo IEL, no qual contribuo como consultora desde 2015. Na última edição, finalizada em janeiro de 2024, fui gestora executiva. O programa deixou um legado e indicadores muito significativos para a região. Além do apoio multissetorial, foi criado o primeiro núcleo setorial do agronegócio de cacau e chocolate fino da ApexBrasil, do qual, ao lado de grandes nomes de referência do setor de cacau, chocolate e internacionalização, participei ativamente desde o pleito e desenvolvimento da metodologia até a gestão executiva. O programa capacitou 102 empresas para atuação no mercado internacional, sendo uma parte significativa diretamente relacionada ao setor de cacau.
Essas empresas também receberam apoio de diversas instituições parceiras, que compõem o universo de apoio, da esfera local à nacional. Um dos desdobramentos importantes deste projeto, que gostaria de dar visibilidade, foi a edição do Exporta Mais Brasil, sediado em Ilhéus em julho de 2024. Neste evento, a ApexBrasil trouxe 15 compradores internacionais para conhecer de perto como funciona este setor e realizar rodadas de negócios. Foram realizadas 224 reuniões de negócios com 29 empresas brasileiras, muitas delas capacitadas pelo PEIEX a partir do núcleo de Ilhéus.

As expectativas de negócios provenientes dessas rodadas de negócio do Exporta Mais Brasil em Ilhéus superam R$ 10 milhões dentro dos próximos 12 meses, conforme aponta o Centro Internacional de Negócios (CIN).

Olhando a trajetória desde que cheguei aqui, com apenas duas empresas locais de chocolate, e vendo ano a ano o crescimento dos empreendimentos, que já chegou à casa das centenas, vejo que é preciso contemplar os avanços. Esses avanços foram possíveis graças à união dos diversos agentes de apoio e, principalmente, aos próprios empreendedores.

Além de atuar no PEIEX, mantenho-me comprometida com outros programas que correm em paralelo e contribuem para a convergência de ações e sinergia de esforços. Entre esses projetos, destaco iniciativas encabeçadas pela CEPLAC, que não pode ser esquecida quando se fala em cacau, e ações lideradas pelo empresariado local, representado por nomes como Marco Lessa.

Para concluir, a perspectiva para os próximos anos é bastante animadora. O papel de uma consultora é encontrar soluções, e não nego minha visão otimista como tendência natural. Assim, mesmo diante de grandes desafios, acredito que o cacau brasileiro tende a viver uma nova e próspera fase, baseada no que tenho acompanhado de perto no setor, desde a pesquisa até o mercado e atendimento na base.

NOTA SOBRE LEIDIANE: Leidiane Brandão, consultora de negócios, economista e administradora, mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (UESC). Possui vasta experiência em inovação e sustentabilidade, atuando como agente de inovação, oferecendo diversos serviços pela MMORÁVEL Consultoria.

ENTREVISTA com Everton Jose da Silva, professor Titular da área de Engenharia Civil do Instituto Federal de Educação, Ci...
13/09/2024

ENTREVISTA com Everton Jose da Silva, professor Titular da área de Engenharia Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).
O professor Everton já atuou como assistente de diretoria acadêmica, coordenador da área de edificações, coordenador do curso superior em Engenharia Civil e coordenador do curso técnico em edificações (modalidades integrada e subsequente).Tem experiência científica e diversas publicações em congressos e periódicos nas áreas de: materiais alternativos de construção civil, tecnologia das construções, adições minerais, fibras vegetais, argamassa e concreto. Participa do Grupo de Pesquisa cadastrado "Núcleo de Estudos em Edificações e Infraestrutura - NEEDI", dedicado a promover a sustentabilidade na construção civil. Composto por pesquisadores engajados, o NEEDI tem como principal objetivo desenvolver soluções inovadoras que aliem a durabilidade e a resistência dos materiais à preservação do meio ambiente. O foco principal do Núcleo reside no reaproveitamento de resíduos regionais, na diminuição da emissão de CO2 e no desenvolvimento socioeconômico da região. A principal linha de pesquisa do grupo está direcionada ao estudo do reaproveitamento de resíduos da indústria cacaueira em materiais de construção.
Atualmente, o professor Everton e os professores Bruna Carmo Rehem, Maria Lidiane Marques e Saulo Messias Barbosa Santos estão trabalhando no projeto "Estudo da viabilidade da utilização da casca de cacau na construção civil".
O CICacau entrevistou o professor Everton sobre esse projeto.

1) CICacau: Como surgiu a ideia de desenvolver esse projeto?
Prof. Everton: A ideia surge a partir de uma demanda regional para agregar valor aos resíduos oriundos do processo de beneficiamento de cacau para a produção de chocolate.

2) CICacau: Quais os objetivos do projeto?
Prof. Everton: Encontrar soluções ambientalmente adequadas e tecnicamente eficazes para a incorporação de resíduos da produção de cacau na indústria da construção civil.

3) CICacau: Quais as etapas do projeto e em qual etapa o projeto se encontra?
Prof. Everton: Já foram aprovados e executados dois projetos PIBIC-EM (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica para o Ensino Médio) e um terceiro projeto, já fruto de resultados dos dois anteriores, está em fase de implementação e será finalizado em 2025. O título dos projetos já finalizou (A e B) e que está se iniciando (C), são descritos abaixo:
A - Análises morfológica e química da casca de cacau na obtenção de farelos para uso na construção civil;
B - Avaliação da Resistência à Compressão em Argamassas Incorporadas com Resíduos da Casca de Cacau (Theobroma Cacao L.);
C - Argamassas sem cimento ativadas alcalinamente com cinza da casca do cacau.

4) CICacau: Quais a perspectivas sobre o projeto?
Prof. Everton: As perspectivas são promissoras, estamos iniciando uma fase de busca de parcerias junto a empresas da região, assim como, pesquisar outras possibilidades de resíduos também, como o caroço de açaí e casca de cupuaçu.

5) CICacau: O projeto gerou alguma publicação científica?
Prof. Everton: Sim, fizemos algumas publicações como na Semana de Engenharia Civil da UESC (SEC/UESC) em 2023, no congresso Brasileiro do Concreto (IBRACON) em 2023, apresentamos nosso projeto no Festival do Chocolate em 2024 e, recentemente, nossa pesquisa foi transmitida nos programas Bahia Rural e Bahia Meio Dia, da rede Globo de Televisão.

6) CICacau: O que é necessário para o projeto avançar e os produtos gerados chegarem ao mercado?
Prof. Everton: Basicamente é necessário a continuidade das pesquisas, realização de te**es e ensaios tecnológicos macro e microestruturais e avaliação da durabilidade dos novos materiais para o atendimento das normas técnicas vigentes. Somente após todas essas etapas poderemos entrar na fase encontrarmos efetivamente essas soluções no mercado da construção civil.

ENTREVISTA O CICacau entrevistou a Profa. NATÂNIA SILVA FERREIRA, do Departamento de Ciências econômicas da UESC. A prof...
26/08/2024

ENTREVISTA

O CICacau entrevistou a Profa. NATÂNIA SILVA FERREIRA, do Departamento de Ciências econômicas da UESC. A professora Natânia é doutora em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mestra em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP) e economista com ênfase em controladoria pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). É coordenadora do Grupo de Estudos em História Econômica e do Pensamento Econômico (GEHEPE), da UESC. Nesse segundo semestre de 2024, os estudos do GEHEPE estão voltados para a região cacaueira da Bahia.

1) Quais os objetivos do GEHEPE?
O objetivo principal do Grupo de Estudos é fortalecer a História Econômica e a História do Pensamento Econômico, especialmente no curso de graduação em bacharelado em Ciências Econômicas da UESC, mas também no curso de licenciatura em História da Universidade. Dentro do curso de Economia, as áreas de História (Econômica e do Pensamento Econômico) são áreas que apresentam importante potencial de crescimento, em termos de discussões, de realização de projetos de ensino, de realização de pesquisas, e o Grupo surgiu com o sentido, inicialmente, de fortalecer essas áreas, de mostrar para discentes que são áreas de grande relevância não só acadêmica, mas inclusive social e cultural. Dentre os objetivos do Grupo, também estão contribuir para o aprimoramento da leitura e interpretação de textos dos participantes, na medida em que, em cada quinzena, um texto é apresentado por um integrante e discutido coletivamente entre os participantes. Ainda, o Grupo objetiva formar pessoas mais críticas, economistas e historiadores mais críticos e reflexivos sobre a sociedade que os cerca.

2) O que está sendo estudado sobre a região cacaueira da Bahia nesse semestre?
Nesse semestre, estamos lendo textos (artigos de revistas, dissertações, teses, capítulos de livros e livros), que abordam a região cacaueira como um todo e a cidade de Ilhéus de maneira mais específica. Os textos envolvem, de forma geral, o período de ascensão do cacau, que foi o principal produto para a caracterização da região e da cidade. Os textos discutem, do ponto de vista histórico, ou seja, considerando o período que vai sobretudo da passagem do século XIX para o XX, até meados do século XX: dados de produção, comercialização interna e exportação de cacau; informações sobre o cotidiano na região cacaueira, considerando as relações sociais e culturais regionais; reflexões sobre a importância do cacau para o sul da Bahia naquele período.
3) Qual o público alvo?
Especialmente, discentes dos cursos de graduação em Ciências Econômicas e História da UESC. Mas o Grupo é aberto a discentes de outros cursos de graduação da Instituição, bem como discentes de pós graduação e docentes, funcionários, técnicos administrativos e analistas da UESC, que se interessem pelas temáticas de História Econômica e História do Pensamento Econômico. Ainda, o Grupo é aberto a participantes externos à UESC que se interessem pelas temáticas discutidas. A cada início de semestre, é aberto processo seletivo para ingresso de participantes.

4) Qual a dinâmica do estudo?
O Grupo funciona no formato de encontros quinzenais, onde a cada quinzena, é discutido um texto da temática abordada no semestre. Um participante do encontro apresenta o texto e, logo em seguida, ele é discutido coletivamente. É como se fosse um clube do livro. A duração dos encontros é de aproximadamente 2 horas.

5) Quais as perspectivas/ projetos futuros/ expectativa do GEHEPE?
A ideia é que no Grupo continuem sendo debatidas as temáticas de História Econômica e do Pensamento Econômico. No caso de História Econômica, ainda que o foco atual seja na região cacaueira, pretende-se abordar outras regiões baianas e brasileiras, de forma a se trabalhar com História Econômica a nível local, regional, nacional, e até internacional, o que se constitui em uma maneira de os participantes se aprofundarem em discussões de História Econômica. No caso de História do Pensamento Econômico, o objetivo é trabalhar com autores nacionais e internacionais que contribuíram para a história das ideias econômicas . Espera-se que o grupo seja um projeto contínuo na UESC, para que a História Econômica e do Pensamento Econômico se façam sempre presentes, para além da sala de aula.

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