16/11/2024
Perdemos contato com pessoas que uma vez nos foram muito queridas. Isso é natural neste mundo e uma parte intrínseca dele. A vida aqui vai nos conduzindo por caminhos aparentemente diferentes, e nossas escolhas muitas vezes nos afastam dessas pessoas, mas, ao mesmo tempo, aproximam-nos de outras.
Determo-nos nesse tipo de sentimento de nostalgia pelo que “não é mais” só nos mantém atados a relacionamentos que já não nos trazem nenhum tipo de ensinamento, ansiando por algo que pensamos que nos “completa” e sem o qual continuaremos nos sentindo vazios e solitários.
As pessoas só se afastam de nós — e nós delas — quando todos já aprenderam tudo o que era possível uns com os outros naquele momento. Talvez um dia, se for benéfico para todos, elas sejam novamente aproximadas de nós, talvez não. Isso na verdade nem importa, pois nossa conexão essencial não pode ser perdida de forma alguma — continuamos sendo Um e o Mesmo por toda a eternidade. O Amor que é a nossa Essência jamais pode ser perdido.
Nunca é fácil lidar com essa circunstância, mas ela é inerente ao mundo da dualidade que nós inventamos quando decidimos que poderíamos nos afastar do Pai. Se tem algo com o que podemos contar aqui é com a impermanência. Não há segurança em um local feito para mudar constantemente. Nossa única possibilidade de segurança é nos voltarmos para a Realidade e despertarmos do sonho da individualidade.
Claro que as mudanças podem ser bastante dolorosas, mas o sofrimento é diretamente proporcional à nossa insistência insana de que tudo “tem que” continuar o mesmo. Insistindo nisso, tudo o que conseguimos é nos desgastar cada vez mais. Isso não é amor, é apego. O amor não depende da presença física, pois não pode ser contido por nenhum tipo de limite — expande-se infinitamente.
Assim, aceite “o que é” no momento. As pessoas que estão na sua vida agora ali permanecerão apenas pelo tempo necessário e útil para todas. Alguns relacionamentos são para a vida toda, outros não são. Assim é e assim será enquanto estivermos mergulhados nas ilusões. Tentar definir por nós mesmos qual relacionamento deve ser para a vida toda é inútil e infrutífero – não temos qualquer controle sobre isso. E se tivéssemos, será que faríamos mesmo as melhores escolhas a esse respeito?
Somos ainda míopes, nossa visão é muito limitada e estreita. Por nós mesmos, nada podemos fazer, pois, muitas vezes, como nos diz o Curso, tendemos a escolher justamente aquilo que mais poderia nos ferir, pensando o tempo todo que sabemos exatamente o que é melhor para nós.
“Paz a tal tolice”! Feche os olhos agora, respire fundo e repita mentalmente:
“Eu não sei o que é melhor para mim, portanto, entrego todas as decisões e situações nas Suas sagradas mãos, Espírito Santo! Eu Lhe peço que me traga apenas as pessoas e situações nas quais eu possa mais me beneficiar e beneficiar meus irmãos e irmãs! Amém!”.
E realmente relaxe nessa certeza. Você está sempre sendo bem cuidado e amparado, envolvido em Amor, Luz, Paz e Alegria. Permita-se receber todas essas dádivas agora! 🥰🙏🏻 — Eliane Ucem
“Minar o sistema de pensamento do ego tem que ser percebido como doloroso, muito embora isso seja qualquer coisa menos verdadeiro. Os bebês gritam com fúria quando tu lhes tiras uma faca ou uma tesoura, embora eles possam muito bem causar dano a si mesmos caso tu não o faças. Nesse sentido, ainda és um bebê. Tu não tens nenhum senso de real autopreservação e é provável que decidas que precisas exatamente daquilo que mais te feriria. Entretanto, reconheça-o ou não agora, concordaste em cooperar no esforço de tornar-te ao mesmo tempo inofensivo e útil, atributos que necessariamente vão juntos. Tuas atitudes, mesmo em relação a isso, são necessariamente conflitadas porque todas as atitudes são baseadas no ego. Isso não vai durar. Sê paciente por algum tempo e lembra-te de que o resultado é tão certo quanto Deus.” (UCEM-T-4.II.5)