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MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA. Uma porção da floresta amazônica que deveria servir ao agroextrativismo, no oeste do Pa...
11/12/2024

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA. Uma porção da floresta amazônica que deveria servir ao agroextrativismo, no oeste do Pará, virou uma terra sem lei, invadida e dominada por grileiros, cenário de um leilão de lotes delimitados por donos sem rosto.
É o fogo –criminoso, sem controle e sem repressão– que dita o ritmo da ocupação do Chapadão, uma área plana que f**a entre Santarém (PA) e Uruará (PA), no curso da rodovia PA-370.
O lugar virou um cemitério de castanheiras, uma das espécies mais imponentes da amazônia e responsável por um incremento decisivo na renda de centenas de famílias. Árvores tombaram pelo fogo ou pelo corte raso, e já não se extrai castanha como em um passado recente.
Assentamentos rurais criados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), sem regularização e sem assistência mínima para o agroextrativismo, especialmente a coleta de castanha, foram invadidos por grileiros. Fazendeiros interessados na expansão da soja consolidaram espaços e pressionam por mais nacos de terra na floresta.
Assentados foram abandonados à própria sorte. Um mercado de lotes ocorre à luz do dia, ditado pelo fogo. ( texto: ). Este projeto é uma parceria entre a e a

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA. A sensação de caminhar por um igarapé ou por um lago que secou é perturbadora. Do silên...
04/12/2024

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA. A sensação de caminhar por um igarapé ou por um lago que secou é perturbadora. Do silêncio à ausência de vida, do cenário distópico à transformação da paisagem, tudo incomoda.
Em regiões do baixo rio Tapajós e da várzea do rio Amazonas, nas proximidades de Santarém (PA), uma seca extrema, prolongada e inclemente impõe essa sensação a centenas de famílias. São pessoas que se viram em espaços transformados, de uma forma nunca vivida, por meses a fio.
No fim de setembro, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) declarou situação de escassez hídrica do baixo Tapajós, no oeste do Pará, uma forma de chamar a atenção para o momento crítico do rio e para que medidas fossem adotadas para mitigar os efeitos da vazante sem precedentes.
Desde então, Tapajós e Amazonas –cujas águas se encontram na altura de Santarém– vazaram ainda mais, com reflexos diretos às comunidades dispostas nas margens dos rios, igarapés e lagos.
Os rios seguem volumosos, dadas as suas proporções amazônicas, mas suas franjas encolheram de forma inédita, o que resultou na morte de igarapés e lagos abastecidos pelos cursos d’água principais.
Foi assim que indígenas, quilombolas e ribeirinhos se viram obrigados a conviver com uma paisagem radicalmente alterada. A presença de comunidades tradicionais nessa parte da Amazônia está diretamente ligada a corpos d’água que, agora, estão secos. ( texto: ). Este projeto é uma parceria entre a e a .

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA. Mortandade de peixes na comunidade ribeirinha Igarapé do Costa, localizada na várzea do...
26/11/2024

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA. Mortandade de peixes na comunidade ribeirinha Igarapé do Costa, localizada na várzea do rio Amazonas, próximo a Santarém. Os moradores acreditam que morreram entre 15 e 20 toneladas de peixes, além de jacarés e tartarugas. A região atravessa uma seca extrema e prolongada, com baixo nível dos rios, poucas chuvas e altas temperaturas. Este projeto é uma parceria da com a

Muito feliz por fazer parte desse júri. Vai ser uma experiência nova estar do outro lado do balcão. Muito trabalho, muit...
25/11/2024

Muito feliz por fazer parte desse júri. Vai ser uma experiência nova estar do outro lado do balcão. Muito trabalho, muito aprendizado e uma grande responsabilidade. Obrigado pela oportunidade.

SECA NA AMAZÔNIA. Uma atmosfera de desolação é imediatamente notada por quem adentra o barco flutuante de Henrique Alcio...
27/09/2024

SECA NA AMAZÔNIA. Uma atmosfera de desolação é imediatamente notada por quem adentra o barco flutuante de Henrique Alcione Batalha, 55. O espaço é a casa e a base logística do pescador. Está limpo, vazio e silencioso, ancorado nas águas paradas do paranã do Capivara, um dos incontáveis tributários do rio Solimões.
Alcione, que mora sozinho no flutuante, está de mãos atadas. Ele pesca o pirarucu, o peixe gigante que é símbolo da amazônia. A pesca é feita dentro de um eficiente plano de manejo, que inclui vigilância, contagem e captura em períodos e quantidades certos, com retorno financeiro decisivo a dezenas de comunidades na região do médio Solimões. Os pirarucus, porém, estão inacessíveis.
A sequência de secas extremas, com vazantes sem precedentes em 2023 e em 2024 na Amazônia ocidental, isolou os lagos onde estão os peixes. O igarapé que leva aos lagos virou um fio d’água e está intransitável. As famílias perdem renda, passam por dificuldades para comprar alimento e água, enfrentam a insegurança alimentar.
Sem água, os produtores artesanais de farinha de mandioca –a base da alimentação na região amazônica– vivem rotinas cada vez mais penosas no médio Solimões.
As comunidades estão sem rios, igarapés e poços para o repouso da mandioca, necessário para o amolecimento do tubérculo. Passaram a improvisar em tanques de plástico.
A água que chegava até bem próximo das casas de farinha –as “cozinhas de forno”, como são chamadas– não existe mais. Os mais jovens, então, transportam na cabeça ou nas costas sacos de 70 kg a 80 kg, após a torra nas cozinhas. Não há mais lagos ou rios caudalosos para o transporte dos sacos de farinha até Tefé (AM) e, de lá, para Manaus. Barcos grandes, então, são substituídos por canoas pequenas, com transporte fracionado da farinha. Um percurso de uma hora se transforma, na seca, em seis horas em vagarosas embarcações. A vida dos ribeirinhos vai se tornando inviável. Projeto realizado com para com o apoio da .

SECA NA AMAZÔNIA. Em outubro de 2023 visitamos a comunidade indígena de Porto Praia, que f**a às margens do rio Solimões...
22/09/2024

SECA NA AMAZÔNIA. Em outubro de 2023 visitamos a comunidade indígena de Porto Praia, que f**a às margens do rio Solimões, próximo a Tefé, AM. O cenário era desolador. No lugar da água, um imenso deserto de areia. Aquele trecho do rio em frente a comunidade tinha desaparecido por causa da seca extrema que atingiu a bacia amazônica no ano passado. Naquele dia fiz uma fotografia com o drone ( segunda foto na sequência ) de um pescador caminhando pelo leito seco do rio, mas não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. A imagem que remete a um deserto, foi feita num dos principais rios da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, um bioma marcadamente úmido e chuvoso.
Nessa semana e eu voltamos a Porto Praia para cobrir a seca novamente. E a situação está ainda mais grave que em 2023. O rio em frente a comunidade despareceu novamente e o acesso a água ficou ainda mais longe.
Mas dessa vez conhecemos o personagem que apareceu na foto do ano passado. Ele se chama Onisson Gonçalves, indígena kokama, pai de três filhos e um dos pescadores mais habilidosos da região. Com as secas extremas, o acesso as áreas de pesca tem f**ado cada vez mais longe e a atividade tem se tornado inviável para os moradores de Porto Praia. Assim como Onisson, a maioria dos pescadores da comunidade venderam seus equipamentos de pesca, perdendo uma renda importante para essas famílias. As mudanças climáticas atingem a todos nós mas são as populações tradicionais, que tem uma conexão ancestral com os ciclos naturais, as mais impactadas. O projeto Mudanças Climáticas na Amazônia é uma parceria entre a e a .

Com a seca histórica do rio Madeira, comunidades ribeirinhas f**aram cercadas por grandes desertos onde antes era água. ...
09/09/2024

Com a seca histórica do rio Madeira, comunidades ribeirinhas f**aram cercadas por grandes desertos onde antes era água. Para acessar suas casas, pescar e transportar sua produção de bananas é preciso atravessar caminhando longos trechos de areia até o rio. O Madeira, o maior e mais decisivo afluente do rio Amazonas, atingiu um nível mínimo recorde em Porto Velho, sem precedentes na série histórica iniciada em 1967. Esse trabalho faz parte da série “ Mudanças Climáticas na Amazônia “, uma parceria entre a e a

Rondônia, setembro de 2024. Série de fotografias feita para a série “ Mudanças Climáticas na Amazônia “, uma parceria en...
05/09/2024

Rondônia, setembro de 2024. Série de fotografias feita para a série “ Mudanças Climáticas na Amazônia “, uma parceria entre e a #

AMAZÔNIA NA ROTA DO PETRÓLEO - Oiapoque, no Amapá, cidade no extremo norte do Brasil, entrou nos últimos anos no centro ...
19/08/2024

AMAZÔNIA NA ROTA DO PETRÓLEO - Oiapoque, no Amapá, cidade no extremo norte do Brasil, entrou nos últimos anos no centro do debate sobre a nova fronteira de exploração de petróleo no país, a margem equatorial. A cerca de 160 km de lá, no oceano Atlântico, f**a o chamado bloco 59 da bacia Foz do Amazonas, alvo de um pedido da Petrobras para pesquisa de óleo, que desconsidera comunidades tradicionais, populações indígenas e pescadores.
A região no extremo norte da costa brasileira, onde está localizado o Parque Nacional do Cabo Orange, abriga um dos manguezais mais bem preservados do planeta. Esse litoral é um gigante berçário de peixes, crustáceos e insetos, extremamente biodiverso, e que garante a sobrevivência de milhares de pescadores.
Um derramamento de óleo e um toque na costa seriam desastrosos, com danos irreversíveis à vida no lugar, tamanha a sensibilidade e a conexão de sistemas biológicos e cadeias produtivas.
Defendido por Lula e por políticos de diferentes matizes, dentro e fora do Amapá, o petróleo na costa amazônica já provoca ondas migratórias antes mesmo de existir uma prospecção do poço. Em Oiapoque migrantes oriundos de várias regiões do Brasil, especialmente Pará e Maranhão, se instalam precariamente em ocupações na periferia da cidade.
É a repetição de um modelo de exploração predatória, já bastante conhecido na história da ocupação da Amazônia, que não leva em conta as populações locais e o meio ambiente. E a ainda f**a a pergunta: e a tal transição energética ?

Ontem choveu no Pantanal. A melhor coisa e talvez a única que poderia acontecer para frear os focos de fogo na região. M...
09/08/2024

Ontem choveu no Pantanal. A melhor coisa e talvez a única que poderia acontecer para frear os focos de fogo na região.
Mas o fato é que o Pantanal tem cada vez menos água. Segundo um estudo do MapBiomas o Pantanal foi o bioma brasileiro que mais secou ao longo da série histórica que cobre o período entre 1985 e 2023.
E a água não está chegando porque chove menos, e isso tem a ver com as mudanças climáticas. Mas também porque os rios que formam a planície pantaneira estão trazendo menos água do Planalto, região que foi completamente devastado pela agricultura intensiva. São centenas de quilômetros cobertos por campos de soja, onde é raro ver uma árvore. Desmatamento, destruição das nascentes e assoreamento dos rios são frutos dessa ocupação predatória que acontece fora do Pantanal mas é no bioma onde as consequências f**am mais evidentes.

PANTANAL- No começo desta semana visitei a fazenda Santa Tereza na região da Serra do Amolar, um dos locais atingidos pe...
08/08/2024

PANTANAL- No começo desta semana visitei a fazenda Santa Tereza na região da Serra do Amolar, um dos locais atingidos pelo fogo que devastou o Pantanal nos últimos meses. Tinha estado lá em 2020 quando os incêndios destruíram a maior parte da propriedade que tem 63.000 hectares, sendo 85% de vegetação nativa dedicada a preservação. O fogo havia passado com tal intensidade que nem mesmo os animais mais velozes como macacos e pássaros conseguiram escapar. As matas se transformaram em paliteiros de carvão sobre um chão branco coberto pelas cinzas das árvores consumidas pelo fogo. O Pantanal perdeu a cor e ficou tudo branco e preto. Quieto, sem vida.
Agora em 2024 o fogo voltou a castigar a Santa Tereza e dessa vez com mais intensidade. Quase toda área da fazenda foi consumida pelos incêndios. O cenário desolador de 2020 se repetiu novamente. Milhares de árvores viraram cinzas, animais foram carbonizados, pastos naturais se transformaram em um imenso tapete preto. Uma tristeza só.
Apesar do esforço hercúleo dos funcionários da fazenda, bombeiros e brigadistas que atuaram sem trégua no combate aos incêndios, o fogo não conseguiu ser parado. O Pantanal está mais quente e seco, e a missão de controlar os incêndios parece cada vez mais impossível. A boa notícia é que está chovendo hoje na região. Essa viagem só foi possível graças a parceria com o .

PANTANAL EM CHAMAS - Um grande foco de fogo atinge neste momento a região da Nhecolândia no Pantanal do Mato Grosso do S...
02/08/2024

PANTANAL EM CHAMAS - Um grande foco de fogo atinge neste momento a região da Nhecolândia no Pantanal do Mato Grosso do Sul.

Muito feliz e honrado em ser contemplado com o Maria Moors Cabot Prizes da  e estar junto com tantos colegas que eu admi...
10/07/2024

Muito feliz e honrado em ser contemplado com o Maria Moors Cabot Prizes da e estar junto com tantos colegas que eu admiro tanto.

CERRADO LOTEADO 04. Pela BA-247, a divisa da Bahia com o Tocantins é verde e amarela: são quilômetros de fazendas de soj...
21/06/2024

CERRADO LOTEADO 04. Pela BA-247, a divisa da Bahia com o Tocantins é verde e amarela: são quilômetros de fazendas de soja, milho e algodão, tingindo o horizonte por horas, numa paisagem praticamente inerte.
De tempos em tempos, o silêncio é cortado pelo motor de pequenos aviões que sobrevoam as lavouras despejando veneno e espalhando um cheiro ácido, parecido com água sanitária. Levados pelo vento, os agrotóxicos fazem arder os olhos e coçar a garganta mesmo de quem está dentro do carro, só de passagem.
Na rodovia, ora asfaltada, ora de terra, é difícil encontrar uma lanchonete, posto de combustível ou sinalização de trânsito, ainda que não faltem placas com nomes de diferentes propriedades rurais.
Próximo já de Mateiros ( TO ), que é a porta de entrada para o Jalapão, o contraste da monotonia do mar de soja com a biodiversidade do cerrado é gritante.
Logo em uma das primeiras veredas, onde a vegetação densa cerca as nascentes, foi possível avistar na beira da estrada um lobo-guará, que rapidamente se enfiou no mato ao perceber o carro se aproximando. Longe das plantações, o calorão f**a um pouco mais ameno, o ar passa a ter cheiro de terra e a trilha sonora f**a por conta das araras.
Ali, áreas protegidas por lei seguram o avanço do desmatamento sobre o cerrado. É o chamado Mosaico do Jalapão, conjunto de nove unidades de conservação, com quase 30 mil km², que se espalham por municípios de Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.
Dentro das UCs (unidades de conservação) é possível ter uma ideia de como era a região originalmente. São 560 áreas públicas com algum tipo de proteção no cerrado, mas elas cobrem apenas 9% da área do bioma. Em comparação, as 381 UCs da amazônia representam 29% da área total da floresta.

CERRADO LOTEADO 03. O maior núcleo de desertif**ação do país, em Gilbués, região do Matopiba, no extremo sul do Piauí. “...
29/05/2024

CERRADO LOTEADO 03. O maior núcleo de desertif**ação do país, em Gilbués, região do Matopiba, no extremo sul do Piauí. “O índice de aridez ao longo dessas décadas tem indicado que [o clima em Gilbués] está se tornando um clima mais seco. Com um clima mais quente e seco, o processo de desertif**ação pode ser acelerado”, explica a física Ana Paula Cunha, do Cemaden. Cunha foi uma das pesquisadoras responsáveis por uma análise feita no final do ano passado, em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que constatou o avanço das condições áridas pelo país. Uma parcela importante desse aumento se deu no cerrado.
A diminuição das chuvas na região anda de mãos dadas com o desmatamento. A remoção da vegetação nativa, além de prejudicar a recarga dos aquíferos no subsolo (de cima para baixo), reduz a quantidade de umidade que as plantas jogam na atmosfera (de baixo para cima). E o cerrado já perdeu 46% de sua cobertura original. **ation

 and De Nieuwe Kerk present ‘The Stories That Matter’ – a day of talks and workshops exploring the issues and narratives...
22/05/2024

and De Nieuwe Kerk present ‘The Stories That Matter’ – a day of talks and workshops exploring the issues and narratives shaping our world through the eyes of photojournalists and critical thinkers.

As part of the day, I will be presenting my awarded project ‘Drought in the Amazon,’ alongside the other awarded photographers from the 2024 World Press Photo Contest. Join us for this thought-provoking day.

Saturday 25 May 2024 from 11.00 - 18.00 at De Nieuwe Kerk, Amsterdam. Tickets available now: worldpressphoto.org/calendar/2024/the-stories-that-matter. Event made possible by Pictoright.

CERRADO LOTEADO 02 - “Acabaram as árvores. Gente, quem puxa água são as árvores! E cadê as árvores, pelo amor de Deus?”,...
17/05/2024

CERRADO LOTEADO 02 - “Acabaram as árvores. Gente, quem puxa água são as árvores! E cadê as árvores, pelo amor de Deus?”, indigna-se o agricultor Felicio Simplicio da Guarda, 72. “Os bichinhos eu não sei o que é que viraram. Eles derrubaram tudo, aí não sei para onde vão os bichos”.
Ele viu o lugar em que vive, na zona rural do município baiano de São Desidério (872 km de Salvador), mudar completamente nas últimas quatro décadas. A transformação veio com as grandes fazendas, que começaram a se espalhar pela região e substituir o cerrado, que até então cobria tudo.
O município é o que mais desmatou o bioma em 2023, com 417 km² de vegetação perdidos, segundo dados do sistema Prodes, do Inpe.
Circulando pela região é fácil entender o que isso signif**a. Por toda parte há áreas muito extensas demarcadas por cercas, onde não se enxerga o final das plantações, e os quatro cantos das fazendas são guardados por seguranças armados.
Há também diversos trechos recém-desmatados, em que as raízes das árvores estão empilhadas em longas fileiras, conhecidas como leiras, ao longo de todo o terreno. Na sequência, elas serão queimadas para abrir espaço para a produção.
No cerrado, a relação direta do desmatamento com a diminuição na vazão dos rios se dá tanto pela diminuição das chuvas quanto pela troca da vegetação nativa pela monocultura.
Além da remoção da vegetação, a captação de água, seja dos rios e córregos seja dos aquíferos, para uso na irrigação de lavouras impacta as bacias hidrográf**as, que abastecem a região e boa parte do Brasil.
No bioma nascem rios célebres, como o Doce, Jequitinhonha, Parnaíba, Tapajós, Xingu e afluentes do Madeira. Parte da água do cerrado drena também para as bacias do Araguaia – Tocantins, do São Francisco e do rio Paraná.

CERRADO LOTEADO 01 - O desmatamento cresce a passos largos no cerrado. O bioma, que é a savana mais biodiversa do mundo ...
15/05/2024

CERRADO LOTEADO 01 - O desmatamento cresce a passos largos no cerrado. O bioma, que é a savana mais biodiversa do mundo e onde nasce a maioria das bacias hidrográf**as do país, vem tendo números cada vez mais altos de desmate, que é impulsionado pelo agronegócio. E, com a busca pela expansão de terras, principalmente para cultivo de soja, milho e algodão, vem a escalada dos conflitos no campo.
No epicentro do desmate no país, o Matopiba, como é conhecida a região onde Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia se encontram, concentrou 72% dos 11 mil km² derrubados de cerrado em 2023.
Em Correntina, que ocupa o sexto lugar no ranking das cidades que mais desmataram o cerrado no ano passado, populações tradicionais estão sendo encurraladas pelas grandes fazendas.
Comunidades de fundo e fecho de pasto, prática tradicional em que animais são soltos para se alimentar em áreas públicas de uso coletivo, agora só conseguem acessar o local com escolta da polícia, por temerem a presença de “ seguranças “ armados dos fazendeiros que invadiram o território ancestral da Vereda da Felicidade.
Historicamente, o local servia de abrigo durante os meses de seca, quando faltava água e capim nas pequenas propriedades dos fecheiros e o gado era levado para pastar em áreas abertas do cerrado. Porém, em meio à presença crescente de pistoleiros na região, o rancho comunitário que havia no lugar já foi derrubado diversas vezes e sua reconstrução se tornou arriscada.
Nesta ocupação coletiva da terra, diferentes famílias usam espaços compartilhados, que chegam a f**ar a dezenas de quilômetros de suas casas, para criar gado e coletar frutos e ervas medicinais para subsistência e comércio. Como esse modo de vida depende do cerrado em pé, as áreas tradicionais se mantiveram preservadas mas agora estão ameaçadas pelo agronegócio.

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