27/04/2023
FELIPE REVIDA COM ÓLEO BRUTO NO DEBATE SOBRE OS ROYALTIES | O Prefeito de São Sebastião diz crer em mais uma vitória, agora no TRF-3, chama de "arrogante" o Prefeito Colucci e diz que é este é um recurso protelatório, uma ação política individual, não tendo nada a ver com a população de Ilhabela
Em resposta duríssima, quase um revide em relação as declarações feitas para esta página pelo prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, que falou sobre a guerra judicial que está sendo travada sobre aos royalties do petróleo, o Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, em meio a uma série de entrevistas para veículos como a 'Folha', o 'Estadão', 'Podcast' do 'MBL' e o do Flow, falou conosco também.
Em seu entendimento, "a rispidez dos discursos do Prefeito de Ilhabela contra o povo de São Sebastião, dizendo que vão ter que urinar sangue, não representa a educação do povo ilhabelense, é, uma arrogância pessoal contra o cidadão sebastianense", o que Felipe lamenta.
Felipe crê nem mais uma vitória, agora sobre a do julgamento previsto para o próximo dia 04 no TRF-3, "como tem ocorrido todas as vezes que a matéria é analisada. Foi assim no campo administrativo, quando o IBGE emitiu as Notas Técnicas e a ANP reconheceu um erro histórico sobre o que é de direito de São Sebastião - os recebíveis dos royalties", disse.
Por este entendimento é que o Prefeito de São Sebastião revida, dizendo que "não é uma postura do Município", ao se referir o que considera uma "agressividade gratuita, sem nexo e descompassada", mas, "uma atitude pessoal do atual Prefeito Colucci". E, ciente do peso de suas palavras, Felipe emendou dizendo sobre o Prefeito ilhéu ser "quem tem a pior aprovação do Litoral Paulista; que, mesmo tendo R$ 1,2 bilhão de saldo em conta corrente, não consegue realizar obras em creches, escolas, ações de saneamento, e tem sérios problemas de interlocução com os Governos", observou
Bastante indignado, o tucano de São Sebastião explicou que a conta bloqueada judicialmente com cerca de R$ 1 bi, alcançou esse volume de recursos justamente porque tem sofrido ações por parte do Prefeito de Ilhabela. Em 2017, explicou ele, deu início a ação administrativa para que "a cidade pudesse reaver o que é de direito", que são royalties que foram parar em Ilhabela.
A discussão sobre o mérito foi dada nos autos com as gestões anteriores, se referiu o Prefeito Felipe Augusto, até que a matéria pacif**asse um entendimento em favor de São Sebastião, "tanto administrativa quanto judicialmente", no que houve o repasse de 3 ou 4 parcelas, até sofrer o bloqueio e, com isso, "prejudicar a população". O alcaide sebastianense diz que isso tem sido feito por questões meramente "políticas", e sob argumentos falsos, como os de que "Ilhabela estava entrando à bancarrota por causa dos royalties".
Felipe disse que, com a entrada dos recursos dessas primeiras parcelas, estava começando a arrumar a casa, a corrigir os déficits, até que a coisa foi estancada com essa ação individual, prejudicando a todos.
EMPREENDIMENTO PETROLÍFERO E IMPORTÂNCIA DOS ROYALTIES | "São Sebastião tem o maior Terminal Aquaviário da América Latina, podem atracar a contrabordo até 6 navios; tem a maior área de tancagem do Brasil; abastece as 4 maiores refinarias do país, e tem a responsabilidade por mais de 50% do petróleo nacional. Se fechar a torneirinha de São Sebastião, em um período de 72 horas o Brasil para", analisou. O impacto direto da indústria do petróleo é compensado pelos royalties, uma verba de caráter indenizatório e, de certa forma, preventivo.
Crendo que seja "mais que uma certa má vontade, beirando a má fé do Prefeito Colucci", com expressões frias e fortes, o Prefeito Felipe Augusto, dentre outras explicações, disse que "entre 2017 e 2020 tramitou 100% das ações administrativas em favor de São Sebastião". Para ele, "o Judiciário está reconhecendo nosso direito, toda vez que é submetido a análise, libera o dinheiro; aí vem o Prefeito de Ilhabela e entra com outra ação de bloqueio, e assim faz sucessivamente, prejudicando o povo sebastianense", vaticinou.
Acerca dos custos pagos para f**ar "prejudicando" São Sebastião, Felipe disse que o Prefeito da cidade vizinha "estabeleceu no contrato um bicho, ou seja, um prêmio de R$ 1 milhão por bloqueio". E repetiu sua compreensão sobre a personalidade de Colucci, definindo-o como "um cidadão extremamente agressivo". E fincou bandeira: "Entra com sucessivas ações judiciais objetivando o bloqueio dos recursos, provocando problemas de todas as ordens, social, comercial de infraestrutura, educacionais. A cidade passa por uma catástrofe, e ele simplesmente zomba do munícipe sebastianense, do empresariado local".
Fazendo questão que anotasse com clareza o que dizia, reiterou: "Arrogância e prepotência deixa o homem cego, e o excesso de medicamentos deixa tão excitado que não enxerga mais nada. Se tivesse vindo à cidade vizinha prestar solidariedade, teria visto com os próprios olhos a precária situação sebastianense", revidou.
PREJUÍZOS PARA SÃO SEBASTIÃO | Numa pincelada sobre as contas públicas, Felipe foi enfático: "Estamos com dificuldades para pagar contas correntes e, para agravar ainda mais, tivemos uma catástrofe de crise humanitária, e estamos com essas ações desrespeitosas contra São Sebastião usando dinheiro de Ilhabela. O saldo em conta hoje é de R$ 1.,3 bilhão", fechou a equação. E quanto a "apelação judicial" de Colucci, disse o sebastianense: "É um recurso descabido. Espero que o Judiciário encerre logo com isso".
Disse que "o país se solidarizou com a cidade, o Governador ficou dias pessoalmente acompanhando as operações, deixou um representante direto que trabalha conosco; o Presidente do país saiu de seu descanso e desembarcou na cidade com vários Ministros", enalteceu, ao se referir sobre a postura do Prefeito de Ilhabela, como sendo de "mesquinhez", já que não se discute mais o "direito", só "recursos procrastinatórios", pleiteou.
CONCLUSÃO | Se levantados os recursos, essa foi a nossa principal pergunta, qual seria a prioridade imediata?
FELIPE AUGUSTO: Seria o pagamento das dívidas sociais e de saúde; regularização da prestação de serviços. como os de transporte de pacientes de diálise; pagamento de medicamentos do município, e, claro, como o tempo é curto, a imediata aplicação em obras de drenagem, pavimentação e contenção - em todos os bairros de São Sebastião, principalmente os da região da Costa Sul. Sem os recursos dos royalties f**a extremamente difícil, quase impossível de recuperar o Município até o período das próximas chuvas.