14/06/2024
Três inquéritos instaurados na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), dezenas de vítimas e aproximadamente R$ 5 milhões em prejuízos. O rastro de golpes deixado por uma mulher investigada por enganar policiais civis e militares, além de praças do Corpo de Bombeiros, é extenso. O caso é apurado pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf).
Com lábia afiada, a golpista, por ser casada com um policial civil aposentado, montou um grupo no WhatsApp e adicionou vários agentes aposentados e da ativa que estavam endividados. A mulher ganhou a confiança dessas pessoas e garantiu que “conhecia caminhos” para reduzir dívidas em até 40% contraídas por meio de direitos creditórios, espécie de títulos representativos de direitos, originados por contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias ou serviços.
Com os contracheques estrangulados pelos juros de empréstimos consignados e financiamentos, dezenas de servidores das forças de segurança confiaram na estelionatária. A golpista simulava a contratação de um escritório de advocacia – que forjava suposta negociação com os bancos para a redução das dívidas contraídas pelos integrantes do grupo de WhatsApp criado pela picareta. Para tanto, os servidores deveriam fazer novos empréstimos a fim de pagar pelos serviços prestados pela suposta empresa, que jamais eram realizados.