03/06/2023
Sempre achei que não teria crise quanto à amamentação. Tinha pra mim que eu tentaria o meu melhor, mas, se não rolasse, tudo bem. Com a chegada do Thomas, percebi que não era bem assim. Tive dificuldade no início, como a maioria das mães, mas de cara vi que não f**aria tudo bem aqui dentro se eu não conseguisse amamentar meu bebê. E isso doeu.
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Complementei com fórmula e tudo certo, só preferi migrar da mamadeira para a sondinha (por medo de uma possível confusão de bico). Sim, duvidei do meu leite, tive períodos de estresse que refletiram na amamentação, tomei “500 homeopatias” para ajudar na produção.
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Aí veio a APLV. Thomas tem alergia à proteína do leite de vaca, e, para seguir amamentando, tive de entrar numa dieta rigorosíssima. Já tinha algumas restrições (sou intolerante à lactose), mas nada assim. Desde janeiro não como nada feito fora de casa, separo louça e utensílios, cortei muita coisa devido a traços e risco de contaminação cruzada. Eu amava sair para comer, mas também amo amamentar. O desmame para mim nunca foi opção (mas entendo perfeitamente quem opta por ele), já que o leite materno é importante para a cura da alergia.
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Mais que nunca meu leite não podia falhar, e senti medo. Ao mesmo tempo, me apoiei na importância desse leite, na rotina de amamentar e estimular com a bombinha. Aos poucos, em vez de fórmula, o complemento virou meu próprio leite, que eu tiro todo dia. E muitas vezes complementar passou a não ser necessário.
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Há algumas semanas comecei a doar o leite que tiro diariamente, e isso me faz tão bem quanto amamentar o meu Tomi. Não acreditava que eu conseguiria (e já são 7 meses amamentando!), muito menos que seria capaz de doar leite.
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Amamentar é cansativo, sim. Mas me sinto vitoriosa por cada dia e confio que meu leite faz toda a diferença pro meu bebê. ♥️
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Obs.: achei tudo a ver com o tema essa minha camiseta do Laranja Mecânica. 😜