Zerar o desmatamento ilegal até 2030 ajudaria muito o Brasil a alcançar sua meta de equilíbrio entre emissões e absorção de carbono até 2050, o “net zero”. O desmatamento responde por 49% das emissões. Mas essa é uma tarefa complexa, que pode não ser realizada. Por isso, o Brasil precisa se esforçar também para reduzir as emissões nas outras áreas. É o que diz o professor Celso Lemme, do Instituto COPPEAD de Administração, da UFRJ. Lemme propõe ações multissetoriais, envolvendo governo, empresas e consumidores, para reduzir os outros 51% das emissões brasileiras. A agropecuária responde por 25%; o uso de energia, por 18%; as atividades industriais, por 4,4% e os resíduos, 3,7%. Nesse programa, analisamos estudo inédito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Centro de Economia Energética e Ambiental (Cenergia), da Coppe/UFRJ. No programa Earth News Terra https://m.youtube.com/watch?v=tQcEKKBrIsM e nos apps de podcasts. #efeitoestufa #aquecimento #mudançasclimáticas #amazonia #energia #ageo #industria
Zerar o desmatamento da Amazônia e do Cerrado até 2030 representa economia de R$ 1,2 trilhão. O cálculo é de Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas e economista da consultoria LCA. Esse na verdade é um valor conservador, que considera apenas quatro variáveis quantificadas até agora: perda de produtividade agrícola, por causa da mudança no regime de chuvas; custos com equipamento de ar-condicionado, por causa do calor crescente; prejuízos para os donos de imóveis nas regiões litorâneas — onde vive boa parte da população mundial —, por causa da elevação do nível do mar; e danos à saúde humana associados à poluição, que reduzem a produtividade e aumentam os custos com atendimento médico. Não inclui, por exemplo, o custo da migração em massa causada pelas secas severas, e da instabilidade política dela decorrente. A base de cálculo é US$ 180 por tonelada. No fim da década, esse valor terá saltado para US$ 300, sem considerar a inflação, diz Bráulio. “Meio ambiente e economia andam juntos”, analisa o economista. “Não é um em detrimento do outro. O desmatamento gera custo econômico muito maior do que os ganhos de curto prazo.” No canal Earth News Terra https://m.youtube.com/watch?v=Q3O4A7RPbck e nos apps de podcasts. #amazonia #cerrado #desmatamento
União Europeia e Estados Unidos se preparam para banir a importação de commodities brasileiras associadas ao desmatamento. Essas cadeias podem ser longas: como um exportador de frango congelado vai provar que a ração consumida pelo animal não veio de cereais plantados em áreas desmatadas? E o custo dessa certificação pode diminuir nossa competitividade? A resposta está na tecnologia de empresas como a Quiron. A análise de imagens de satélite usando inteligência artificial pode fornecer uma certificação aceita pelo mercado internacional. Acompanhe a terceira e última parte da conversa com Diogo Machado, diretor de Mercado da Quiron. Diogo fala também de como o programa Startup Outreach Brasil ajuda a empresa a encontrar clientes no exterior. No canal Earth News Terra https://m.youtube.com/watch?v=OYNbcaBGx3E e apps de podcasts. #floresta #comercioexterior #exportações #commodities #amazonia
Nessa segunda parte da conversa, Diogo Machado, diretor de Mercado da Quiron, explica como a análise dos dados de satélites potencializa a geração de créditos de carbono. A empresa mede o quanto seus clientes conseguem mudar uma dinâmica de desmatamento e de supressão de espécies nativas, como pau-brasil e palmeiras. Segundo Diogo, entre 90% e 95% dos incêndios florestais têm causa humana. No canal Earth News Terra no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=9V0mulhZ-vo&t=19s e apps de podcasts. #floresta #tecnologia #carbono
Atuando nos Estados Unidos, Espanha, Portugal, Espanha, Grécia, Chile e Marrocos, além do Brasil, a Quiron alerta seus clientes sobre riscos de incêndios florestais com 10 dias de antecedência. Com a análise de dados de satélites por inteligência artificial e humana, a empresa também mapeia grandes áreas onde não houve desmatamento e faz prospecção de novas terras para reflorestamento. Os trabalhos da Quiron cobrem mais de 30 milhões de hectares, ou três vezes o tamanho de Portugal, e tem clientes tanto no setor público quanto privado, conta Diogo Machado, diretor de mercado da empresa. Ele diz que a Quiron gera imagens com 10 metros de resolução por pixel — a escala de uma casa. Em comparação, o modelo brasileiro emprega resolução de 1 km; o americano, de 1 a 2 km; e o português, 8 km. Outro dia, um funcionário do governo americano recomendou a Quiron para o governo brasileiro. No canal Earth News Terra no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=AS7kK9pB-8A&t=134s e apps de podcasts. #tecnologia #floresta #meioambiente #amazonia #empreendedorismo
Depois de um longo período de escassez de recursos para a pesquisa de campo, desde a crise financeira de 2008, as verbas começaram a ressurgir no ano passado, quando foi aprovado, por exemplo, plano do Instituto Mamirauá de atrair pesquisadores do Brasil todo para laboratórios satélites na Amazônia. O instituto espera também se beneficiar da reativação do Fundo Amazônia, que já financiou seus programas no passado. E há muito o que explorar: segundo a pesquisadora Miriam Marmontel, os 700 lagos em que é feito manejo de pirarucu e tambaqui representam apenas 11% da área da reserva de Mamirauá. Da reserva de Amanã, os programas cobrem apenas 20%. O instituto está capacitando os moradores para assumir a gestão dos projetos. No canal Earth News Terra no YouTube https://m.youtube.com/watch?v=ex8ZyrvKVSA e nos apps de podcasts. #desenvolvimentosustentavel #ciencia #pesquisacientifica #amazonia
Depois de um longo período de escassez de recursos para a pesquisa de campo, desde a crise financeira de 2008, as verbas começaram a ressurgir no ano passado, quando foi aprovado, por exemplo, plano do Instituto Mamirauá de atrair pesquisadores do Brasil todo para laboratórios satélites na Amazônia. O instituto espera também se beneficiar da reativação do Fundo Amazônia, que já financiou seus programas no passado. E há muito o que explorar: segundo a pesquisadora Miriam Marmontel, os 700 lagos em que é feito manejo de pirarucu e tambaqui representam apenas 11% da área da reserva de Mamirauá. Da reserva de Amanã, os programas cobrem apenas 20%. O instituto está capacitando os moradores para assumir a gestão dos projetos. No canal Earth News Terra no YouTube https://m.youtube.com/watch?v=ex8ZyrvKVSA e nos apps de podcasts. #desenvolvimentosustentavel #ciencia #pesquisacientifica #amazonia
Programa criado nos anos 80 pelo Instituto Mamirauá permite às famílias gerarem renda com a pesca de pirarucu e tambaqui em 700 lagos. O trabalho é resultado da junção de pesquisa científica e a participação dos moradores, com seu conhecimento acumulado ao longo de gerações. Com a pesca de 30% dos peixes adultos, os estoques se renovam. Antes do manejo é feita rodada de negociação com compradores de Manaus, e todo peixe sai com lacre do Ibama identificável e rastreável. O Instituto Mamirauá está capacitando os moradores para assumirem a gestão do projeto, conta a oceanógrafa Miriam Marmontel. No canal Earth News Terra no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=Jr0mQxJNgmk e apps de podcasts. #pirarucu #pesca #sustentavel
A oceanógrafa @MiriamMarmontel, do INSTITUTO MAMIRAUÀ, acaba de voltar de mais uma expedição para estudar os botos cor-de-rosa. Chamados pelos indígenas e ribeirinhos — e pela cientista — de botos vermelhos, essas criaturas fantásticas têm sobrevivido a várias ameaças, como a caça para servirem de alimento para outro peixe, as malhas dos pescadores nas quais enroscam o bico, as hidrelétricas e a poluição dos rios com o mercúrio dos garimpeiros. O turismo de avistamento é a grande alternativa sustentável para gerar receitas preservando essa espécie. Mas cuidado: nada de dar comida nem querer nadar com o animal. Confira os motivos e mais detalhes sobre os botos. No canal Earth News Terra no YouTube https://m.youtube.com/watch?v=9oyvlkUQnF8 e apps de podcasts. #boto #amazonia Adriano Gambarini Fotógrafo
A pediatra endocrinologista Priscila Gonçalves conta o quanto tem aprendido ao trabalhar com os Yanomami e outros indígenas, como voluntária da organização Expedicionários da Saúde. Ela fala também da admiração que sente pelos conhecimentos tradicionais dos indígenas, sua inteligência e habilidade em sobreviver sob condições difíceis. Outro incentivo é o trabalho em equipe, com todos querendo que as coisas deem certo. “Não me vejo não fazendo isso mais”, confessa Priscila. No canal Earth News Terra no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=5Us6K4KQn-I&t=12s e nos apps de podcasts. #yanomami #medico #indigena #amazonia #saude #ambientedetrabalho
A médica Priscila Gonçalves, voluntária da organização Expedicionários da Saúde, dá um depoimento sóbrio e ao mesmo tempo chocante sobre o que viu na Terra Indígena Yanomami, onde esteve várias vezes no ano passado, a última delas em novembro. Pediatra endocrinologista, ela conta que o atendimento de saúde que costuma ser dado aos indígenas havia sido interrompido há vários anos. Alguns postos de saúde chegaram a ser destruídos, assim como as pistas de pouso usada pelos aviões que davam assistência aos indígenas, em áreas remotas. Eles estão desnutridos porque não conseguem caçar, pescar e coletar alimentos por causa do assédio dos garimpeiros, o barulho das dragas e a contaminação das águas pelo mercúrio usado no garimpo. A médica, que trabalha em terras indígenas desde 2014, disse que nunca tinha visto algo assim, e que a equipe não estava preparada para a gravidade da situação que encontrou. No canal Earth News Terra no YouTube https://m.youtube.com/watch?v=L4j8Zgk34QA e no apps de podcasts. #yanomami #indigenas #genocidio #amazonia
A empresa Vert Ecotech oferece para seus clientes processos de gestão das fazendas que garantem a certificação internacional do sequestro de carbono para a venda dos créditos. Sua parceira, a Virtus, entra com a tecnologia, que possibilita, por exemplo, identificar áreas com espécies em extinção, que valorizam os créditos de carbono. A computação quântica permite processar as informações necessárias para rastrear todas as cadeias dos produtos exportados e provar, para americanos e europeus, que não têm origem no desmatamento. A tecnologia já permite também substituir agrotóxicos, que causam mal à saúde humana e ao meio ambiente, por protozoários que são predadores naturais de pragas. Empresas brasileiras desenvolvem e exportam essas tecnologias, e o Brasil vai se tornando referência nessa área. Acompanhe a terceira e última parte da conversa com os CEOs da Virtus, Florêncio Cabral, e da Vert, Bruno Bolzam. No canal Earth News Terra no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=cEqLUysWx_8&t=31s e nos apps de podcasts. #tecnologia #inovacao #carbono #agro
A empresa Vert Ecotech oferece para seus clientes processos de gestão das fazendas que garantem a certificação internacional do sequestro de carbono para a venda dos créditos. Sua parceira, a Virtus, entra com a tecnologia, que possibilita, por exemplo, identificar áreas com espécies em extinção, que valorizam os créditos de carbono. A computação quântica permite processar as informações necessárias para rastrear todas as cadeias dos produtos exportados e provar, para americanos e europeus, que não têm origem no desmatamento. A tecnologia já permite também substituir agrotóxicos, que causam mal à saúde humana e ao meio ambiente, por protozoários que são predadores naturais de pragas. Empresas brasileiras desenvolvem e exportam essas tecnologias, e o Brasil vai se tornando referência nessa área. Acompanhe a terceira e última parte da conversa com os CEOs da Virtus, Florêncio Cabral, e da Vert, Bruno Bolzam. No canal @earthnewsterra no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=cEqLUysWx_8 e nos apps de podcasts. #tecnologia #inovacao #carbono #agro
Bruno Bolzam, CEO da Vert Ecotech, explica como a startup está permitindo aos fazendeiros vender créditos de carbono não só das reservas legais, mas também das lavouras, graças a métodos auditáveis de medição do sequestro de carbono, que incluem também as emissões das atividades na propriedade, como dos tratores, por exemplo. A contabilidade é registrada em blockchain, para que os compradores dos créditos de carbono possam auditá-la. Florêncio Cabral, CEO da @Virtus Automação e Inteligência Artificial, conta como o computação quântica torna esses processos mais rápidos e seguros, diante da imensa quantidade de informações coletadas nas fazendas e no próprio mercado. Os clientes são informados até do momento certo de vender os créditos. No canal Earth News Terra no YouTube (https://m.youtube.com/watch?v=O_QQnNeWW9s) e apps de podcasts. #inteligenciaartificial #blockchains #carbono
O engenheiro florestal Mariano Cenamo, diretor de Novos Negócios do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazonia) e CEO da AMAZ Aceleradora de Impacto, fala das razões de seu otimismo: “O Brasil acordou para a oportunidade que a Amazônia representa na construção de uma nova economia que pode nos tornar relevantes no cenário geopolítico internacional e no comércio”. Para ele, o Brasil tem condições de liderar uma nova era, comparável à era da revolução digital, em que o crescimento será pautado pelo desenvolvimento de novas tecnologias de descarbonização do planeta: novos meios de produção de bens de consumo. E o Brasil tem condições de atrair muitos investimentos, analisa Mariano, na terceira e última parte da conversa com Lourival Sant'Anna. No nosso canal no YouTube https://m.youtube.com/watch?v=PtNWavNCtFc&t=133s e nos apps de podcasts. #bioeconomia #amazonia #desenvolvimentosustentável #meioambiente
Pioneiro do mercado de carbono, o engenheiro florestal Mariano Cenamo fala de forma bem concreta de como a venda de créditos deve ser combinada com a exploração sustentável de produtos como madeira, cacau, óleos e açaí, assim como o ecoturismo, para gerar renda para os proprietários de terra da Amazônia. Sobre a desconfiança de algumas lideranças das comunidades tradicionais em relação a esses projetos, Mariano, diretor de Novos Negócios do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazonia) e CEO da AMAZ aceleradora de impacto, diz que esses povos precisam ser tratados como “proponentes”, não como simples “beneficiários”, ou seja: "Têm que ser condutores de projetos em áreas amazônicas, que conhecem muito bem". No canal Earth News Terra no YouTube e nos apps de podcasts. https://www.youtube.com/watch?v=Y_9N0FAz8gA #creditodecarbono #amazonia #cacau #açaí #madeira
Um fundo de R$ 25 milhões apoia empreendorismo, inovação e comercialização de produtos e serviços sustentáveis na Amazônia. Mariano Cenamo, diretor de Novos Negócios do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazonia) e CEO da AMAZ aceleradora de impacto, com sede em Manaus, descreve esse trabalho, que já investiu cerca de R$ 2,5 milhões em 11 negócios nas duas primeiras rodadas em 2021 e 2022. A meta é investir em 30 negócios até 2026. A expectativa é retornar os investimentos privados em 10 anos a uma taxa de mercado de capital de risco convencional. Há também financiadores filantrópicos. Os projetos envolvem café, açaí, cacau e chocolate, óleos medicinais e empresa de transporte fluvial, entre outros. No canal Earth News Terra no YouTube (https://m.youtube.com/watch?v=ZKAX79NAzUU )e nos apps de podcasts. @idesam #amazonia #desenvolvimentosustentável #empreendedorismo #meioambiente
Os chamados “serviços ecossistêmicos” que a natureza presta para as atividades econômicas somam valores gigantescos. Estudo feito em 2019 calculou por exemplo que a polinização das plantas por abelhas e outros animais valem R$ 43 bilhões por ano só no Brasil, diz Bráulio Dias, especialista em biodiversidade, professor da UnB - Universidade de Brasília. Os polinizadores vivem na vegetação ribeirinha e reservas ecológicas no entorno das lavouras, protegido pelo Código Florestal. Pesquisadores da UnB descobriram que morcegos insetívoros na área urbana de Brasília voam grandes distâncias para comer as principais pragas agrícolas. São apenas dois de vários exemplos detalhados pelo Bráulio. A vegetação, por exemplo, evita enchentes e secas e regula o clima. Representante do governo de transição na COP15 da Biodiversidade, ele também dá mais detalhes sobre a decisão da conferência de pagar aos povos tradicionais pelo lucro gerado por recursos genéticos. Nos apps de podcasts e no canal Earth News Terra no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=DJ3M7pS9MpQ&t=11s
A COP15 da Biodiversidade decidiu cortar metade do US$ 1 trilhão de subsídios para combustíveis fósseis e outros setores não-sustentáveis, e realocar esses recursos para atividades econômicas em favor do meio ambiente. Clique para ouvir o professor Bráulio Dias: https://www.youtube.com/watch?v=XvMvYkTQ9GQ ou busque o podcast Earth News Terra #energia #combustivel #meioambiente#COP15 #biodiversidade
Quer uma boa notícia para o Brasil e para o mundo? Ouça minha conversa com o professor Braulio Dias sobre os avanços obtidos na COP15 da Biodiversidade em Montreal, na qual ele representou o governo brasileiro. Busque Earth News Terra nos apps de podcasts ou clique no nosso canal: https://www.youtube.com/watch?v=seUc7RwxFH4 #biodiversidade