Crônicas Maçônicas

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02/07/2024

30 Inefável

O inefável é aquilo que não pode ser definido, expresso, comentado ou discutido; aplica-se no sentido filosófico, como sublimação.



Por exemplo, o amor de Deus é inefável, ou seja, não pode ser sequer descrito (CAMINO, 2024, p. 12). Na Maçonaria Filosófica, a primeira parte ritualística é formada por dez graus que se denominam de “inefáveis”. A origem da palavra é latina: in, que significa negar, e fabulare, que significa falar (CAMINO, 2024, p. 13).



Os momentos da Iniciação são inefáveis, significando gloriosos, espirituais e secretos (CAMINO, 2024, p. 15). O maçom, dentro de suas reuniões em templo, vive esses momentos inefáveis, de sublimação e esoterismo. A vida pode apresentar esses momentos que são restritos a acontecimentos sublimes: o convívio em um lar bem formado; o acompanhar da evolução dos filhos; o estreitamento das amizades em busca de um momento de amor fraternal; a meditação em toda hora. Enfim, a liturgia maçônica propicia essa inefabilidade (CAMINO, 2024, p. 17).


O maçom deve encontrar esses momentos quando glorifica o Senhor, quando agradece pela vida e quando aspira ao Oriente Eterno. Esses momentos são agradáveis, leves e conduzem à paz interior. O maçom, ao fugir da agonia do mundo profano, tão acentuada em nossos dias, pode recolher-se em si mesmo e encontrar essa inefabilidade mento-espiritual (CAMINO, 2024, p. 19).

Marcos, ao refletir sobre o breviário do dia com o tema do inefável, conjecturava sobre as coisas que existem, que nos afetam, mas que não conseguimos descrever. Ele fez uma lista desses itens, como o amor à esposa e aos familiares, sua trajetória, as decisões, seu estilo de vida, o amor do Pai Celeste, Vila e uma série de outros itens que lhe são muito importantes, mas que ele não tentaria resumir em poucas palavras.

Em função disso, ficou evidente que seria importante que ele pudesse dar mais atenção a esses itens, principalmente pelo impacto que têm em sua vida e pela dificuldade de visualização, mensuração e descrição.



Referências
CAMINO, Rizzardo da. Breviário Maçônico. 2024.

02/07/2024
02/07/2024

29 Inconsciente

Marcos, ao ler o breviário sobre o inconsciente, encontrou-se em um dilema. O texto enfatizava a dificuldade de comprovar cientificamente a existência do inconsciente, especialmente sob uma perspectiva mais rígida.



No entanto, Marcos lembrava de várias situações em que sentiu a presença do inconsciente de forma pessoal e inegável. Ele se recordava de momentos em que, durante o sono, surgiam raciocínios involuntários que o ajudavam a resolver problemas. Também se lembrava de vezes em que se sentiu desconfortável em situações de negócios e, posteriormente, entendeu o motivo por trás desses sentimentos. Em outros casos, ele se viu extremamente motivado sem saber a razão, mas depois compreendeu suas motivações. Além disso, Marcos percebeu que suas impressões iniciais sobre pessoas, que muitas vezes se mostraram corretas, estavam fortemente ligadas ao seu inconsciente.

Concluindo, Marcos decidiu que, independentemente das comprovações científicas ou métodos de mensuração, é crucial ele dar vazão ao seu inconsciente. Ele viu a importância de interpretar e utilizar essas percepções em seu benefício.

Breviário sobre o Inconsciente
O inconsciente, no sentido da pessoa humana, refere-se à parte desconhecida da função do organismo, seja física ou psíquica. Para aqueles que desconhecem o tema, o inconsciente pode parecer incluir tudo o que é desconhecido.
No entanto, ele consiste principalmente nas reações nervosas do organismo. Com o avanço da ciência, é possível "ver" e "compreender" como e por que o coração pulsa e o funcionamento de todos os órgãos. O "homem, este ser desconhecido", já pode conhecer amplamente tudo o que nele existe (JUNG, 2008).



As ações inconscientes podem ser controladas e dominadas; praticamente inexiste o inconsciente no seu aspecto científico. No âmbito espiritual, contudo, o inconsciente se manifesta porque a maioria dos homens desconhece os fenômenos espirituais (FREUD, 2006).

Na maçonaria, esses fenômenos surgem durante as sessões, desde que o dirigente saiba conduzir as práticas existentes, como a formação da Egrégora, a função da exclamação "huzze", da bateria e da Cadeia de União (CAMPBELL, 2013).

Hoje, ninguém pode alegar ter "falhado" inconscientemente ou cometido transgressões porque não pôde controlar impulsos inconscientes (SMITH, 2012).

Em todas as situações, o maçom deve estar alerta, ou seja, sempre consciente. A sala dos passos perdidos representa o consciente. A consciência é o estado de vigília (ASSAGIOLI, 1974).

Referências
ASSAGIOLI, R. Psicossíntese: Manual de princípios e técnicas. São Paulo: Cultrix, 1974.
CAMPBELL, J. As máscaras de Deus: Mitologia criativa. São Paulo: Palas Athena, 2013.
FREUD, S. O inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2006.
JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2008.
SMITH, H. Religiões do mundo. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

28 IMORTALIDADE Reflexões de MarcosMarcos, após ler o breviário do dia, ficou bastante reflexivo. Ele pensava sobre a im...
02/07/2024

28 IMORTALIDADE



Reflexões de Marcos
Marcos, após ler o breviário do dia, ficou bastante reflexivo. Ele pensava sobre a imortalidade, um tema presente em praticamente todas as religiões, seja o hinduísmo, budismo, judaísmo, entre outras. Considerando que nossa expectativa de vida na Terra gira em torno de 80 anos, dotados de um corpo e livre-arbítrio, e enfrentando grandes desafios,



Marcos refletiu que esses 80 anos parecem ser um teste. Apesar de parecerem uma gota d'água no oceano quando comparados com a imortalidade, eles constituem uma fase muito importante da vida de nossa alma. Por isso, Marcos concluiu que devemos levar essa vida terrena muito a sério, talvez mais do que estamos acostumados a fazer.



Marcos refletiu sobre como tem agido, como tem contribuído para a sociedade, quais são seus valores e como tem apoiado o próximo. O breviário o fez repensar algumas de suas condutas e valores, levando-o a uma introspecção profunda sobre seu papel no mundo.



Resumo do Breviário
O breviário de hoje aborda a questão da imortalidade, um conceito que atravessa diversas culturas e religiões. A vida humana, com sua média de 80 anos, é apresentada como um período de prova, uma etapa crucial para o desenvolvimento da alma. Este breve tempo na Terra é visto como uma preparação para uma existência maior, um tempo para aprendizado e crescimento espiritual.

Diversas religiões têm suas próprias interpretações da imortalidade. No hinduísmo, a alma é eterna e passa por ciclos de reencarnação até alcançar a iluminação (Smith, 1994). O budismo também acredita na reencarnação, mas enfatiza o Nirvana como o estado final de libertação (Harvey, 1990). No judaísmo, a crença na imortalidade está ligada à ressurreição dos mortos e à vida após a morte (Jacobs, 2004).



Diante desse cenário, o breviário sugere que nossa vida atual deve ser vivida com grande seriedade e responsabilidade. Cada ação, cada decisão, cada interação com o próximo pode ter repercussões que vão além desta vida. Essa perspectiva pode influenciar positivamente nossa conduta diária, incentivando-nos a sermos mais conscientes e compassivos.

06 26 IGUALDADEApós ler o breviário, Marcos ficou pensativo, reconhecendo as diferenças entre os iniciados e os profanos...
25/06/2024

06 26 IGUALDADE

Após ler o breviário, Marcos ficou pensativo, reconhecendo as diferenças entre os iniciados e os profanos, entre aqueles com recursos e os sem recursos. Para abordar essas questões de forma pessoal, ele estabeleceu algumas diretrizes:

Superação Pessoal: Marcos decidiu que seu objetivo não é ser melhor que os outros, mas sim ser melhor que ele mes-mo. Isso exige uma busca constante por conhecimento, mui-to trabalho e visão, sem a necessidade de se comparar com os demais.



Tratamento Elevado: Ele se comprometeu a tratar as pes-soas pelo melhor que elas podem ser, utilizando seu próprio exemplo como guia, e não focando nos problemas que elas enfrentam.


Respeito às Diferenças: Marcos vai respeitar as diferenças, mesmo que nem sempre concorde com elas, reconhecendo o valor intrínseco de cada indivíduo.

Com essas diretrizes, ele acredita que será mais fácil relacio-nar-se de forma igual e positiva com os outros.

BREVIÁRIO
As constituições dos países democráticos afirmam que todos são iguais perante a lei. No entanto, filosoficamente, a Ma-çonaria distingue entre os iniciados e os profanos. Aqueles que “renascem” após a permanência na Câmara de Reflexões não são iguais aos demais; mesmo que os seres humanos se-jam iguais fisicamente, há desigualdades na cor, nas feições e no desenvolvimento intelectual. A Maçonaria reconhece que as diferenças físicas ou intelectuais não possuem um significado maior na igualdade maçônica (Camino, 2014, p. 196).



A hierarquia maçônica, por sua vez, reflete essas diferenças, não permitindo que todos os maçons sejam iguais entre si (Camino, 2014, p. 196).

Embora a igualdade, liberdade e fraternidade sejam lemas da Revolução Francesa, o mundo ainda não conseguiu definir esses conceitos plenamente. Nossa Constituição afirma a igualdade perante a lei; contudo, na prática, desigualdades persistem: os menos favorecidos enfrentam dificuldades para obter educação, saúde e trabalho. Uma igualdade injusta não é verdadeira igualdade (Camino, 2014, p. 196).



Um maçom deve cultivar a igualdade como uma virtude. As diferenças sociais causam sofrimento e humilhação, e é tam-bém nesse campo que a operosidade maçônica deve se deter.

Correlação entre as Partes

A segunda parte do texto do breviário destaca a distinção en-tre a igualdade perante a lei e as desigualdades práticas e fi-losóficas que ainda persistem na sociedade e na Maçonaria. Esta seção complementa as diretrizes pessoais de Marcos ao ilustrar que, embora as constituições democráticas proclamem a igualdade, a realidade é mais complexa. As diretrizes de Marcos – superação pessoal, tratamento elevado e respeito às diferenças – são respostas práticas e pessoais para lidar com as desigualdades reconhecidas na segunda parte do texto.

A primeira diretriz de Marcos, de se esforçar para ser melhor que ele mesmo, reflete a necessidade de autossuperação em um mundo onde a igualdade absoluta não existe. Isso se ali-nha com a ideia de que, na Maçonaria, a igualdade não é en-tendida como a ausência de hierarquia, mas como um cami-nho para o desenvolvimento individual dentro de uma estru-tura hierárquica

A segunda diretriz, de tratar as pessoas pelo melhor que elas podem ser, confronta diretamente as desigualdades práticas mencionadas. Ao focar no potencial de cada indivíduo e não nas suas limitações ou dificuldades, Marcos promove uma forma de igualdade que transcende as circunstâncias externas .

A terceira diretriz, de respeitar as diferenças, é um reconhe-cimento da diversidade humana e uma forma de lidar com as desigualdades sem tentar eliminá-las à força. Esta aborda-gem ressoa com a observação de que, apesar das diferenças físicas e intelectuais, o respeito mútuo e a valorização do que cada um pode oferecer são fundamentais para a harmonia social (Camino, 2014, p. 196).

Assim, as diretrizes pessoais de Marcos não só refletem uma compreensão profunda das desigualdades destaca-das na segunda parte do breviário, mas também ofere-cem um caminho prático para promover a igualdade de maneira significativa em sua vida e nas suas interações com os outros.



Referências:
CAMINO, Rizzardo da. Breviário Maçônico. 6. ed. São Paulo: Madras, 2014, p. 196.

06 21 HUZZÉSignificado e Uso"Huzzé" é uma exclamação especial utilizada no início e no final dos trabalhos maçônicos. Po...
21/06/2024

06 21 HUZZÉ

Significado e Uso
"Huzzé" é uma exclamação especial utilizada no início e no final dos trabalhos maçônicos. Possui um caráter místico e é considerada uma prática sigilosa de-vido aos seus significados e efeitos. Dentro das lojas maçônicas, "Huzzé" é mais do que uma simples palavra; é uma expressão ritualística que obedece a uma coordenação precisa, quase como se fosse regida por uma batuta.


Efeitos e Propósito
Fisiologicamente, a prática de pronunciar "Huzzé" com força serve para libe-rar as pressões internas que os maçons podem estar retendo, proporcionando um grande alívio emocional e mental. Em sessões tumultuadas, o Venerável Mestre pode ordenar a exclamação para restaurar a calma e serenidade entre os membros. Esse efeito pacificador é um dos motivos pelos quais a palavra é mantida em alta consideração dentro dos rituais maçônicos.



Experiência Pessoal
Marcos, um maçom dedicado, encontrou um novo significado para "Huzzé" em um momento de crise no trabalho. Ao repetir a palavra mentalmente três vezes, ele vivenciou três mudanças significativas:
1. Sentiu-se como se estivesse dentro de uma loja maçônica.
2. Sentiu-se impelido a agir conforme os princípios maçônicos.
3. Surgiram várias soluções para os problemas, após ele ter se acalmado com as duas situações anteriores.
Essas experiências fortaleceram o seu apreço e a compreensão do poder de "Huzzé".



Aplicação Fora do Templo
Embora "Huzzé" seja tradicionalmente reservada para uso dentro da loja, exis-tem relatos de maçons que experimentaram sua eficácia em outros contextos, como em casa, durante momentos de depressão ou estresse. A prática pode revelar uma nova faceta de alívio e benefício, demonstrando que a maçonaria oferece inúmeras vantagens que podem ser subestimadas devido à ignorância, falta de fé ou sabedoria.
Considerações Finais
A maçonaria é uma fonte rica de práticas e princípios que beneficiam seus membros. "Huzzé" é um exemplo claro de como uma palavra, com o devido entendimento e uso, pode transformar momentos de crise em oportunidades de calma e soluções. Os maçons são encorajados a explorar essas práticas tan-to dentro quanto fora do templo, pois, de certa forma, estão sempre em um estado de templo, buscando constantemente a luz do conhecimento e da sere-nidade.



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Conclusão
A palavra "Huzzé" não é apenas uma exclamação ritualística, mas uma ferra-menta poderosa que, quando usada corretamente, pode trazer alívio e clareza mental. Seu uso, embora restrito, pode ser adaptado para situações fora do templo, demonstrando a versatilidade e profundidade dos ensinamentos ma-çônicos.

06 20 A HUMILDADEEstudo de Caso: Marcos e a HumildadeContextoMarcos é um palestrante experiente e maçom, que recentement...
21/06/2024

06 20 A HUMILDADE

Estudo de Caso: Marcos e a Humildade
Contexto
Marcos é um palestrante experiente e maçom, que recentemente leu um breviário maçônico sobre a virtude da humildade. Uma frase em particular chamou sua atenção: "Um sábio humilde". No entanto, ele se viu confrontado com uma situação desafiadora que testou sua compreensão e aplicação desse conceito.

O Dilema
Durante uma de suas palestras, Marcos foi atacado verbalmente por um participante que não seguiu as regras e fez uma série de insultos. Posteriormente, Marcos descobriu que este participante era presidente de um clube que defendia a teoria da Terra plana.

A Reflexão de Marcos
Marcos teve várias opções de como responder à situação:

Resignação e culpa: Poderia ter culpado a juventude atual pela falta de respeito e desconsiderado o valor dos comentários.
Revolta e confronto: Poderia ter respondido com veemência, au-mentando o conflito.
Humildade e aprendizado: Optou por agradecer os argumentos e buscar aprender com as diferenças.
Marcos escolheu a terceira opção, visitando o clube da Terra pla-na para entender melhor seus pontos de vista. Com essa atitude, ele não só mostrou interesse genuíno, mas também iniciou um processo de questionamento entre os membros do clube, que co-meçaram a reavaliar suas crenças.

Aplicação dos Conceitos Maçônicos de Humildade
A situação de Marcos ilustra vários aspectos dos ensinamentos sobre humildade do breviário maçônico:

Humildade como virtude social:

Repulsa aos falsos elogios: Marcos não buscou o envaidecimento nem se defendeu com arrogância. Em vez disso, mostrou repulsa aos insultos não pela força, mas pela compreensão e diálogo.
Tolerância e amor ao próximo: Ao visitar o clube e ouvir os ar-gumentos, Marcos praticou a tolerância e mostrou amor ao pró-ximo, elementos fundamentais para a construção de um ambiente social harmônico.
Humildade no reconhecimento da sabedoria:

Aprender em qualquer situação: Marcos exemplificou o que é ser um "sábio humilde" ao mostrar que há sempre algo a aprender, mesmo em contextos aparentemente irracionais.
Desmascarar a vaidade: Ao não se deixar levar pelo ego ferido, Marcos desmascarou a vaidade, tanto a dele quanto a dos mem-bros do clube, permitindo um diálogo mais autêntico.
Humildade e elogios:

Reação correta aos elogios: Marcos não buscou elogios nem se envaideceu com sua capacidade de lidar com a situação. Sua hu-mildade foi genuína, baseada no desejo de entender e não de se exaltar.
Conclusão
O comportamento de Marcos ilustra como a humildade, conforme descrita no breviário maçônico, pode ser uma força poderosa para a transformação pessoal e social. Através da humildade, ele con-seguiu transformar um potencial conflito em uma oportunidade de aprendizado e crescimento mútuo. Essa abordagem não só promoveu a virtude da humildade em sua vida maçônica e social, mas também demonstrou como essa virtude pode ser aplicada de forma prática e eficaz em situações desafiadoras.

Marcos, ao seguir os ensinamentos maçônicos sobre humildade, não só se destacou como um sábio humilde, mas também cultivou um ambiente de respeito e aprendizado, demonstrando que a ver-dadeira sabedoria reside na capacidade de ouvir e aprender com todos ao nosso redor, independentemente de suas crenças ou comportamentos.

06 19 A Humanidade  Márcio, que diariamente consulta nosso breviário, busca entender seu significado. Em um dia especial...
21/06/2024

06 19 A Humanidade


Márcio, que diariamente consulta nosso breviário, busca entender seu significado. Em um dia especial, o aniversário de sua loja, ele vivenciou uma experiência transformadora.

O dia começou como qualquer outro, com atividades regulares pela manhã. Para celebrar, Márcio organizou um almoço especial, contratando um assador para preparar uma costela fogo de chão, acompanhada por variadas saladas. No entanto, houve um exces-so na previsão, resultando em muita comida sobrando.

Foi então que Márcio, refletindo sobre a desigualdade que existe entre as pessoas, decidiu agir. Ele lembrou-se de um conhecido que administra um asilo e fez uma ligação. Propôs levar a comida sobrante e, além disso, oferecer uma rodada de viola e uma con-versa descontraída, semelhante ao que havia sido feito na loja. A proposta foi prontamente aceita.

Este gesto simples, mas profundo, revela o verdadeiro significado de humanidade. Márcio percebeu que a oportunidade de viver em fraternidade com seus colegas de loja poderia ser estendida para aqueles em situações menos privilegiadas. O sentimento de bon-dade e partilha, experimentado durante o almoço, foi replicado no asilo, proporcionando um dia memorável tanto para os internos quanto para Márcio.
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No final do dia, Márcio entendeu de forma mais clara e enfática o significado do breviário. A celebração do aniversário de sua loja, inicialmente um evento fechado, transformou-se em um ato de ca-ridade e fraternidade, demonstrando que viver em humanidade significa compartilhar nossas alegrias e recursos com nossos ir-mãos, seja qual for a sua situação.

A Humanidade

A palavra "humanidade" provém de "humano", referindo-se aos habitantes da Terra. Mística e esotericamente, existem duas hu-manidades: os vivos e os desencarnados, que permanecem em "órbita" na Terra, contribuindo para o "Oriente Eterno" ou a Fra-ternidade Branca Universal.

Humanidade também implica sentimentos de piedade e caridade para com o próximo. A Maçonaria, uma instituição humanitária em seu sentido mais amplo, nos chama a ação. Quando passamos por uma cidade e notamos crianças abandonadas e maltrapilhas, geralmente sentimos uma curiosidade momentânea e lamentamos a situação. Contudo, rapidamente esquecemos esse infortúnio ao prosseguir nosso caminho.

Este comportamento, embora comum, não deve ser a norma para um maçom. Mesmo que a Maçonaria não seja mais operativa, o maçom deve ser ativo em suas ações. Ignorar a miséria e não agir é, para o maçom, desumano. Embora não possamos resolver to-dos os problemas, pequenos gestos de carinho e amor, como aca-riciar a cabeça de uma criança de rua, podem fazer uma grande diferença.

Assim, o breviário de hoje nos lembra que a verdadeira humani-dade se manifesta em nossos atos de bondade e caridade. Seguin-do o exemplo de Márcio, que transformou um evento privado em uma oportunidade de compartilhar e ajudar, somos inspirados a fazer o mesmo em nossas vidas diárias, fortalecendo os laços de fraternidade e construindo uma sociedade mais justa e compassi-va.

06 18 A Hospitalidade18 de junho Márcio sempre se interessou pela história e pelos costumes maçônicos, especialmente aqu...
17/06/2024

06 18 A Hospitalidade
18 de junho
Márcio sempre se interessou pela história e pelos costumes maçônicos, especialmente aqueles que rememoram os tempos das guildas, quando a hospitalidade era uma prática comum e essencial. Apesar das transformações sociais e do aumento das facilidades modernas, ele acreditava que o espírito de hospitalidade continuava sendo um aspecto fundamental da fraternidade.

Certa vez, Márcio foi convidado para a inauguração de um templo no estado vizinho. Planejara sua estadia em um hotel, buscando conforto e praticidade. No entanto, ao chegar à cidade, foi abordado por um dos membros locais, que insistiu para que ele se hospedasse em sua casa. Inicialmente, Márcio recusou o convite, pensando que seria mais fácil e conveniente ficar no hotel. Con-tudo, a insistência calorosa e sincera do irmão fez com que ele re-considerasse.

Ao decidir aceitar o convite, Márcio foi acolhido com grande carinho pela família do irmão. Durante sua estadia, teve a oportunidade de vivenciar a rotina familiar e estabelecer laços mais profundos com os anfitriões. O que mais lhe marcou foi a longa conversa que teve com o irmão local, onde pôde aprender sobre as particularidades da região, os desafios enfrentados pela loja local e o progresso dos trabalhos maçônicos.

Ao voltar para casa, Márcio sentia que havia ganho não apenas um irmão, mas também um amigo. A experiência de ser acolhido de forma tão afetuosa reforçou nele a importância da hospitalidade dentro da fraternidade maçônica. Ele estava agora mais do que preparado para retribuir o favor, ansioso para abrir as portas de sua casa a qualquer irmão que necessitasse.

A Hospitalidade como Dever Maçônico
A hospitalidade é um dever básico de todo maçom; hospedar os irmãos vindos de todas as partes é uma prática que remonta aos tempos das corporações e guildas. Durante esses períodos, o dever de acolher era levado muito a sério, pois a segurança e o bem-estar dos viajantes dependiam do acolhimento fraterno. Com o avanço social, meios de transporte mais seguros e a disponibilidade de hotéis e pousadas, a obrigatoriedade desse costume diminuiu. No entanto, a essência desse dever permanece: é responsabilidade do maçom atender aos casos que exigem atenção e amparo.

O ato de hospedar vai além de simplesmente oferecer abrigo; trata-se de receber o irmão com o coração aberto, com afeto e sinceridade. Um aperto de mão caloroso, um abraço afetuoso e palavras de boas-vindas são gestos que todo maçom aspira tanto a dar quanto a receber. A hospitalidade cria um ambiente de confiança e amizade, fortalecendo os laços fraternais.

Durante reuniões e congressos, é comum que grupos de irmãos sejam hospedados nas casas de outros irmãos, promovendo uma troca de benevolências, gentilezas e afetos. Esse sentimento de ser bem recebido é próprio da família maçônica e deve ser preservado. Aqueles que têm a possibilidade de hospedar devem fazê-lo, pois o prêmio é gratificante: o estreitamento da amizade e o exercício do afeto.

A hospitalidade, portanto, não é apenas um dever, mas uma manifestação do espírito maçônico, que promove a união e a fraternidade entre os irmãos. É um ato de amor e solidariedade que fortalece a ordem e enriquece a vida de cada um de seus membros.

06 16 HORÁRIO MAÇONICO Marcos estava de volta à sua Gruta anterior, um lugar de introspecção e reflexão. As decisões que...
15/06/2024

06 16 HORÁRIO MAÇONICO

Marcos estava de volta à sua Gruta anterior, um lugar de introspecção e reflexão. As decisões que tomou recentemente em relação à honra ainda ressoavam em sua mente, e agora ele se deparava com uma nova questão: o horário maçônico. Ele leu e releu o breviário maçônico, buscando compreender a profundidade desse conceito, e as suas reflexões o levaram a uma conclusão surpreendente.

O que mais chamou a atenção de Marcos foi a ideia de que o horário maçônico acompanha o maçom 24 horas por dia. Isso se deve ao fato de que o verdadeiro templo é tanto interior quanto espiritual. A responsabilidade de ser um maçom, ele refletiu, é gigantesca. Não se trata apenas de estar presente em rituais ou em reuniões; é uma vigilância constante, um compromisso de vida. O conceito do templo maçônico, portanto, propõe um acompanhamento contínuo, 24 horas por dia, 7 dias por semana.



Essa compreensão se manifestou em uma experiência recente. Ao sair de uma loja de material de construção, Marcos percebeu que a conta estava estranhamente baixa. Ao conferir a nota, viu que uma ferramenta não havia sido cobrada. Em vez de ignorar o erro, voltou ao caixa e pagou a diferença. A surpresa das pessoas ao redor foi evidente, mas, para Marcos, aquele transtorno momentâneo valeu a paz de espírito que sentiu ao agir de acordo com seus princípios. Ele percebeu que esse era um exemplo claro de como aplicar o horário maçônico em sua vida diária.



A Natureza do Horário Maçônico
Mas por que os trabalhos maçônicos devem ter início ao meio-dia? Esse é um ponto crucial no entendimento do horário maçônico. Ao meio-dia, o Sol está no centro do hemisfério, em uma posição de total neutralidade, sem projetar sombras. À meia-noite, o mesmo fenômeno ocorre no hemisfério oposto, criando uma simetria de neutralidade.


Esses momentos de neutralidade simbolizam que o maçom, ao iniciar e terminar seus trabalhos nesses horários, se coloca no centro dessa neutralidade. Ele transcende o tempo, tornando-se ele próprio a personificação do tempo. As 12 horas de trabalho não são apenas um símbolo, mas uma realidade que representa o trabalho espiritual e mental que o maçom realiza dentro de si, no templo interior.

O dualismo do horário maçônico manifesta-se claramente: 12 horas de trabalho e 12 horas de descanso. Na verdade, o maçom está sempre dentro do templo, que é sua própria mente e espírito. Estar consciente disso é estar em constante companhia dos santos e dos valores elevados que eles representam.

06 16 A HONRAA Dilema de Marcos: Honra e Integridade em JogoMarcos estava em um dilema moral enquanto decidia se fechari...
14/06/2024

06 16 A HONRA

A Dilema de Marcos: Honra e Integridade em Jogo

Marcos estava em um dilema moral enquanto decidia se fecharia um negócio milionário. O negócio prometia um retorno financei-ro significativo, mas com uma condição moralmente questioná-vel: Parte do dinheiro envolvido seria devolvido ao Estado em forma de propina. Inicialmente, Marcos considerou os benefícios financeiros de tal acordo, ponderando se deveria aceitar ou não. No entanto, ao ler um breviário sobre honra, ele começou a se questionar profundamente sobre as implicações de sua decisão.


A Honra em Perspectiva

Honra é definida como o comportamento dignificante e o res-guardo de atitudes que são notadas pela sociedade. Segundo o conceito tradicional, a honra é "um revestimento que torna o ho-mem respeitado, exigindo o seguimento das regras ditadas pela sociedade, pela religião e pelas instituições filosóficas para que a família e a sociedade tenham seu membro como um exemplo sau-dável e exemplar" (SANTOS, 2019, p. 45). Uma atitude desonro-sa enfraquece a personalidade e pode causar traumas profundos no indivíduo, sendo a recuperação lenta e a reconquista do respei-to da sociedade uma jornada árdua (OLIVEIRA, 2018, p. 38).

Marcos e Seus Questionamentos

Ao refletir sobre o negócio proposto, Marcos considerou como sua honra seria afetada. Ele se preocupou com a possibilidade de um escândalo e como seus descendentes o veriam no futuro. A honra é "um bem perene que perdura como sobrevida na memória de todos, sendo lembrada junto com a vida do ente querido" (PE-REIRA, 2020, p. 52). Marcos sabia que, para ser honrado, ele precisava encarar o mundo com simplicidade e respeitar o direito alheio, mantendo o equilíbrio e não excedendo-se nas ações coti-dianas (SANTOS, 2019, p. 46).



A Decisão de Marcos

Com isso em mente, Marcos decidiu declinar do negócio. Ele va-lorizou sua honra e a imagem que deixaria para seus descendentes mais do que os benefícios financeiros imediatos. Marcos reco-nheceu que a honra muitas vezes vem do berço e é cultivada pelo exemplo dos pais, sendo uma parte crucial da educação dos filhos (OLIVEIRA, 2018, p. 39). Ele escolheu ser uma pessoa honrada, mesmo que isso significasse abrir mão de oportunidades financei-ras duvidosas.

Conclusão

O dilema enfrentado por Marcos ilustra a importância da honra e da integridade na tomada de decisões. Ao optar por manter sua honra intacta, ele demonstrou que valores éticos e morais devem prevalecer sobre os ganhos financeiros imediatos, reafirmando a importância de ser uma pessoa honrada em todos os aspectos da vida.

Referências
SANTOS, José. Ética e Honra na Vida Moderna. São Paulo: Edi-tora Moderna, 2019.
OLIVEIRA, Maria. Honra: Um Valor Perene. Rio de Janeiro: Editora Vida, 2018.
PEREIRA, Antônio. Princípios de Honra e Moralidade. Porto Alegre: Editora Sul, 2020.

A Importância da Reflexão Simbolizada pela Gruta MaçônicaMarcos, em sua busca por entendimento e crescimento pessoal, co...
12/06/2024

A Importância da Reflexão Simbolizada pela Gruta Maçônica

Marcos, em sua busca por entendimento e crescimento pessoal, consultou o breviário maçônico e descobriu que a Gruta é um dos símbolos importantes (ALVES, 2020). Inicialmente, ele não conseguia fazer uma correlação desse símbolo com sua vida cotidiana. No entanto, ao se aprofundar no significado da Gruta interior, compreendeu que esta simbolizava a capacidade de reflexão e introspecção (FERREIRA, 2019).

Refletindo sobre eventos passados, Marcos lembrou-se de várias decepções. Pessoas em quem ele confiava há anos, ao terem acesso a dinheiro, mostraram-se egoístas e o exploraram. Essas experiências dolorosas, que inicialmente causaram grande angústia, tornaram-se lições valiosas através da reflexão (SILVA, 2021).

A utilização da Gruta como um recurso de introspecção permitiu que Marcos perdoasse aqueles que o decepcionaram. Ele entendeu que essas situações difíceis foram importantes lições, ensinando-o sobre o perdão e a resiliência. A reflexão o ajudou a perceber que esses desafios eram oportunidades para crescimento e que negócios maiores poderiam surgir no futuro, resultando em um sentimento de alívio e bem-estar.

Com essa nova perspectiva, Marcos finalmente compreendeu o verdadeiro significado da Gruta. Ela não era apenas um símbolo abstrato, mas uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento pessoal, ajudando-o a lidar com decepções e a transformar experiências negativas em oportunidades de aprendizado e crescimento (ALVES, 2020).

Referências
ALVES, Marcos. Breviário Maçônico. São Paulo: Editora Maçônica, 2020.

FERREIRA, João. Simbologia e Reflexão na Maçonaria. Rio de Janeiro: Edi-tora Reflexão, 2019.

SILVA, Antônio. A Gruta Interior: Reflexões e Lições de Vida. Belo Hori-zonte: Editora Interior, 2021.

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