06/07/2024
CONCLUSÕES DE REFLEXÕES NOSTÁLGICAS
VER ALÉM DAS CICATRIZES!
Estou de volta para compartilhar com vocês sobre a experiência nostálgica que foi muito presente, ao olhar para as fotografias...
Atualmente, sinto-me inadequada e sem propósito, questionando minha autenticidade. Refletir sobre o passado por meio de fotografias revelou um sorriso especial que eu havia esquecido.
Lembranças marcantes trazem lágrimas, despertando angústias passadas e o desejo de compreender meus sentimentos. A fronteira entre a normalidade e a depressão ainda me intriga.
No meio de palavras carregadas de dor e solidão, descritas aqui nestes meus desabafos, nestas folhas escritas em momentos doloridos, fui rebuscado nas fotos… busquei refúgio nas lembranças enquanto enfrentava desafios emocionais.
AS FOTOGRAFIAS!
Comecei a percorrer as imagens com os olhos, durante os passeios na praia... Eu me divertia de forma extrovertida, sem me preocupar com etiquetas ou marcas. Mesmo assim, havia uma elegância em mim, resultado de uma combinação quase instintiva e despretensiosa, meio moleca. Eu tinha consciência do meu encanto pelo s**o oposto, que não estava ligado à beleza física, mas sim à minha personalidade descontraída e brincalhona. Meu humor era um tanto sarcástico, com um toque de ironia, porém irradiava uma alegria contagiante. Eu aceitava brincadeiras com bom humor, inclusive fazia piadas comigo mesma.
A maneira como eu me expressava nas fotografias certamente provocaria risos. Se estivesse no paraíso, sem dúvida seria a cobra e não Eva. No entanto, ironicamente, me chamavam de Eva. Ou será que era o contrário? Ops, agora me confundi.
Vi o sol se pondo naquela foto tirada durante um passeio pela Bahia. O mar reluzia em um dourado que gradualmente se transformava em tons de violeta, fundindo-se com o próprio céu.
Há alguém aí? Indaguei enquanto encarava minha própria imagem de forma intensa, com o mar ao fundo na fotografia. Certamente estou presente! Desejava resgatar a felicidade daquela garota retratada ali.
Mesmo sem me entregar completamente, senti-me contente por ter conquistado amizades tão valiosas. Por outro lado, ao reler aquelas palavras, não me sentia inclinada a me revelar por completo, escondida por trás de uma armadura de ferro. Aquilo que eu mostrava já era o suficiente. Risos... Ilusionista era quem somos!
Naquela época, eu não estava pronta para compreender mais a fundo. Estava todos despreparados, vestia-nos por uma máscara, onde parecia que só havia pele, contatos superficiais, aparências.
Na verdade, somos pessoas de mente estreita, que só pensam em satisfação física. Por isso, não sentia vontade de me revelar completamente, de expor para ilusionistas assim como eu mesma, escondendo sentimentos reais.
Assim, eu os confundia, me confundindo também!
Não havia oportunidade para expor minha verdadeira essência! Mostrar meus sentimentos genuínos, sem chance alguma! E para evitar situações embaraçosas, eu mesma brincava comigo. Antes mesmo de zombarem dos meus sentimentos, protejo-me com uma armadura de ferro, ocultando-me. Impedindo o que queria florescer. Ao sufocar... morre o que poderia crescer.
Sem vida, o amor não continua.
REFLEXÕES DIÁRIAS
QUERER SER ESPECIAL E NÃO SER NADA
Relembrar aquele acontecimento que deixou marcas, me deixou mergulhado em dúvidas. Seguirei a moldar novos momentos da minha vida, algo que me fez derramar uma lágrima...
Recordo quando minha mente vagueava, da aflição que me consumia. Eu buscava compreender o que estava errado, o que é considerado normal e o que mostra sinais de depressão.
Estava quase à beira da insanidade, esforçando-me incessantemente para decifrar meus equívocos. Ansiava por ser único! Acreditava que falhava em tudo por não conseguir ser especial.
Mas afinal, o que significa de fato ser especial?
Uma forma de angústia mental. Comecei algo e o desejo desapareceu, a batalha e a manifestação da minha opinião perderam o propósito. E assim, fui me afastando a cada dia. Apesar de estar sempre rodeado de pessoas no trabalho, conversando, brincando e participando das conversas com os colegas, me sentia solitário.
REFLEXÕES DIÁRIAS
QUEM FOI RETRATADA NAS FOTOS NOSTÁLGICAS
Ao deparar-me com a minha fotografia, notei um sorriso que me surpreendeu, com dentes perfeitos, transmitindo uma feliz expressão infantil. Ao observar a imagem, aparecia um rosto radiante de felicidade. Permaneci contemplando-a, sorrindo com alegria, no entanto, ao me olhar no espelho, percebi que aquele brilho nos olhos havia se apagado.
Como pude negligenciar esse sorriso, esse brilho nos olhos?
Como posso permitir-me perder dessa maneira?
O passado se foi e não retornará. No presente, por pura descuido, decidi enfraquecer e me deixar morrer interiormente, ocultando o brilho no olhar e perdendo meu sorriso autêntico.
De repente, compreendi que precisava ser resiliente e fortaleci-me. Encarei o que estava escondido em meus pensamentos e recuperei meu sorriso verdadeiro.
O silêncio se faz necessário!
Entrei em um profundo silêncio, tão absurdo, para pensar nas palavras a escrever até o sono vir e adormeci.
REFlEXÕES DIÁRIAS
No dia seguinte... despertei em um estado reflexivo!
Foi um reconhecimento profundo da seriedade da situação. Ao folhear fotos antigas, revivendo memórias. Ansiava por resgatar a delicadeza da alma capturada nas imagens. O sorriso é fundamental. Múltiplos ciclos registrados em folhas, guardados em uma caixa que agora se desdobravam diante de mim.
Ao relembrar as diferentes fases vividas, senti-me preso em um ciclo repetitivo. Não faz muito tempo, mergulhei em um período de intensa depressão. De fato, me vi diversas vezes nesses momentos deprimentes, me sentindo inútil e incapaz.
Eu não entendia por que me permitia ficar assim. Em meio à depressão, meu coração se entristeceu e tive a sensação de estar pronto para partir. O pensamento era mais ou menos assim: Se eu morresse naquele momento, não faria diferença alguma, pois eu não significava nada. Mas naquele exato instante eu realmente morri,deixando morrer minha essência.
Ao ler o que escrevi até ali, percebi um progresso perturbador. A mente começou a buscar uma forma de justificar o inexplicável. Especialmente a ausência de um sorriso, a falta de vontade de sorrir com a alma.
Foi impactante presenciar a mente esforçando-se, com determinação, para criar uma imagem negativa de mim mesma.
Decidi deixar de lado a busca por compreensão e reunir os pedaços fragmentados para começar uma nova batalha reinventando uma realidade inexistente.
Ao longo de muitos anos, testemunhei minha desistência em relação aos meus questionamentos sobre a vida e o mundo ao meu redor. Eu queria evitar repetir os mesmos erros, mas não procurava ajuda. Mesmo tendo percebido que não poderia fazer isso sozinha e que ao falar estava apenas representando um papel.
Senti uma voz penetrando em meus ouvidos
E naturalmente esqueci esse fato e segui o curso da minha vida; lembrei agora relendo o que escrevi até este ponto, no presente.
Minhas prioridades mudaram ao reler.
Eu não desejava auxiliar ninguém, estava desorganizada por dentro e por fora, como poderia ajudar se não consigo encontrar a cura para mim mesma. Por isso, acabei sufocando o amor por Jesus. Se não consigo amar o meu próximo da forma como Jesus amou e ainda ama, então não estou verdadeiramente amando a Jesus. É uma realidade! Eu me sentia profundamente perturbada por resistir a ouvir aquela voz... Experimentava uma angústia ao me recusar e, mesmo assim, continuei persistindo na recusa. Busquei lugares onde jamais encontraria aquela voz. Dessa forma, o desconforto ia aumentando devido àquela maldição benigna.
REFLEXÕES DIÁRIAS
COMPARTILHAR
Decidi começar a compartilhar o que escrevia, quem sabe assim possamos nos encontrar. Quem sabe vermos além das cicatrizes depois de muitas feridas que nos transformaram.
CONVITE!
Convido todos a se juntarem a mim na reformulação dos velhos hábitos
É crucial lidar com o destino do nosso lixo diário, pois é somente com essa limpeza mental e troca de informações que teremos vontade de mudar o mundo, ou pelo menos nosso lar, tornando-o um lugar melhor para se viver.
Espero que apreciem, deem suas opiniões, até mesmo critiquem-me; estou escrevendo aqui minha visão.
Memórias de: JULIETA ALVES