06/01/2025
A brisa salgada, o som das ondas quebrando nas pedras, e a dança constante da maré fazem parte do meu DNA.
É aqui, entre as rochas e o oceano, que aprendi as lições mais preciosas: a paciência, a resiliência e a humildade diante da força e da beleza da natureza.
Esta fotografia é um tributo a essa conexão. Escolhi usar uma longa exposição para captar a fluidez do movimento do mar, transformando as águas em uma névoa suave que abraça as pedras.
A técnica ressalta a dualidade entre o sólido e o efêmero: as pedras representam a força e a permanência, enquanto o mar evoca o movimento constante e a transitoriedade da vida.
Em preto e branco, as cores dão lugar a texturas e contrastes, permitindo que os elementos dialoguem de maneira pura e atemporal.
O que vejo aqui é mais do que um cenário: é uma metáfora. O mar nos ensina que, mesmo nas situações mais turbulentas, há beleza na impermanência.
As pedras, com suas marcas e rachaduras, mostram que até o mais resistente é moldado pelo tempo e pela adversidade. O que fica, no fim, é a harmonia entre força e suavidade.
A cultura caiçara me ensinou a respeitar a natureza, a ouvi-la e a aprender com seus sussurros.
E, na fotografia, encontrei uma forma de eternizar esses momentos e de transmitir as lições que o mar, silencioso e poderoso, tem a nos oferecer.
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