09/02/2022
O , mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, já acabou. Mas esse post tem o objetivo de ressaltar a importância de cuidar desse aspecto da vida todos os dias, o ano inteiro. É normal não estar bem de vez em quando, mas quando sentimentos de tristeza, cansaço extremo, desesperança, apatia, falta de interesse pelo que antes era prazeroso, desânimo, raiva, culpa, dentre outros, se tornam frequentes é preciso ligar o alerta vermelho.
Afinal, doenças como depressão, ansiedade, burnout, dentre outras, sem tratamento, têm o poder de travar a vida de quem as enfrenta. E todos esses problemas se intensif**aram com a pandemia.
Mas o que é saúde mental? 🤔
“Não existe uma definição oficial para o conceito de saúde mental. O termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças de vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções. Diariamente, vivenciamos uma série de emoções, boas ou ruins, mas que fazem parte da vida. Assim, ter saúde mental está muito longe da ausência de transtornos mentais”, explica a psicóloga Laura Lemos Cury, doutoranda em Ciências da Saúde.
A especialista ressalta que o desequilíbrio emocional facilita o surgimento de doenças mentais. Se as pessoas têm uma série de emoções boas ou ruins todos os dias, a saúde mental contempla a capacidade de manter o bem-estar e a harmonia e de lidar com os conflitos, além de reconhecer e respeitar os limites e deficiências.
“Nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros, algo muito maior e anterior ao início dos transtornos mentais. Manter a saúde mental, no entanto, não é tão simples quanto parece, principalmente nos dias de hoje. São muitos problemas como estresse, brigas, prazos, advertências, doenças, incapacidades e limitações, problemas, questões familiares e financeiras e tudo isso interfere na saúde mental”, afirma Laura.
A psicóloga enumera alguns sinais de algo não está bem – via de regra, alguma mudança no comportamento: nervosismo inusitado, padrões repetitivos, alterações de sono ou apetite, ansiedade. “O ideal é sempre comparar a pessoa com ela mesma e estar atento às alterações dos comportamentos e formas de responder mais comuns.”
Laura considera que ainda existe estigma em torno da saúde mental porque assumir uma doença ou transtorno signif**a reconhecer que a pessoa perdeu o controle da vida e precisa de ajuda. “Somos criados culturalmente para sermos suficientes e o transtorno/doença mental escancara que isso não é possível e que o ser humano é imperfeito e precisa dos outros. Quando o problema é uma doença física e que aparece ninguém questiona o pedido de ajuda, mas quando é com a saúde mental f**a muito menos palpável e passamos a ter medo de parecer frescura ou incapacidade pessoal", fala a especialista.
Fato é que nenhuma doença ou transtorno é frescura, falta de Deus ou falta de gratidão à vida. Se as pessoas tratam uma enxaqueca, uma gripe ou um câncer, o mesmo deve acontecer quando se fala da mente. Procurar ajuda para restabelecer a saúde mental é essencial.
“É preciso procurar ajuda quando perceber que o comportamento e as formas de responder estão alteradas e começam a trazer transtornos para a própria pessoa nós diversos ambientes que ela frequenta, como com a família, no trabalho e nos relacionamentos interpessoais”, orienta a psicóloga.
E isso deve acontecer sempre, muito além do .
Por Millena Grigoleti