02/03/2020
Cantaremos mesmo aos chicotes, nos filmes os cortes, sairemos rindo no samba afro-descendente, povo Jeje esquentando os movimentos nagôs e bantus juntos contra os opressores que nos dividiram tanto, a ponto de nos confundirmos e os laicos filhos de Cristo quebram o terreiro da gente... Erè Asé consome o orí dos eguns, Iansã livra-me de todos ventos ruins, com a fúria de Ogum combato esse racismo anti-negro, "Raça" criada pelo estrangeiro, Longe dos falsos, vou pro Ilê, descansar das desavenças, mandingueiro é bamba, malandro às versas, na bananeira de ponta cabeça, na maldade ou na brincadeira!? Então não entre se não sabe fazer, se quiser leve a benção com o pé, só pela leva topada quem anda, novo reino de Ifé, degustando um café, quanto sangue no café, na cana e no fumo, algodão era branca, hoje é cor de luto, no reino Angola Nzinga reina, no meu vodum Orobó, beijo santa terra, agradeço a ela por me proteger dos males que jogam, inveja, o ódio, vai quebrando em cada passo na trilha da cachoeira, poesia, um conto, um rap, cordel o que gosto sou fruto, fui semente, enraizar é ato, é fato, ação.... Causando reflexões, quais as suas situações? Personagens diferentes, carregamos mais de um dentro da gente, calcule, resulte-se, camufla-se nas tuas perguntas, são suas, revesso Racismo!?
Autor: Victor Samir