![Em 1962, alguns rapazes do Centro Popular de Cultura da UNE resolveram fazer do cinema um amplif**ador de ideias sobre a...](https://img3.medioq.com/876/619/1034022438766190.jpg)
14/02/2025
Em 1962, alguns rapazes do Centro Popular de Cultura da UNE resolveram fazer do cinema um amplif**ador de ideias sobre as mazelas e as belezas de um Brasil diverso, urbano e cheio de contrastes. Inspirados, sobretudo, pelo neorrealismo italiano e pela Novelle Vague, eles começaram ali a escrever um capítulo seminal na história do cinema.
“Cinco vezes Favela” é um dos marcos fundadores do Cinema Novo, um dos seus episódios é o filme “Escola de Samba Alegria de Viver”, de C**a Diegues, expoente dessa turma que mudou definitivamente os rumos do cinema brasileiro, projetando nossos filmes para o mundo com uma assinatura autoral que se inscreveu definitivamente nas nossas telas.
Alagoano de Maceió, Carlos José Fontes Diegues veio criança para o Rio e chegou a cursar direito na PUC, antes de ser arrebatado pelo cinema. Cacá fez do cinema um campo de reflexão, de discurso político e social, impregnado de cultura popular e identidade brasileira. Ganga Zumba (1963), A grande Cidade (1966), Os Herdeiros (1969) Xica da Silva (1976) e Bye Bye Brasil (1980) são exemplos dessa escolha em fazer um cinema profundamente político, que falasse com o Brasil e sobre o Brasil, mesmo nos anos de chumbo.
Além de realizador, Cacá Diegues se consagrou como um farol para se pensar a política cinematográf**a, defendendo um cinema brasileiro forte e soberano. Hoje ele nos deixou aos 84 anos, mas suas ideias e seus filmes f**arão eternizados na memória e na história do cinema brasileiro.
Deixamos o nosso abraço aos amigos e familiares do mestre.