Quando atentamos para a história do Recife, normalmente nos reportamos a conhecidos historiadores e/ou pesquisadores que nos foram apresentados solenemente nas bancas colegiais e universitárias. Porém, um singular registro serve para estender nossa curiosidade a outras fontes e constatar que a nossa cidade foi edificada por portuários e comerciantes populares. Suas características são esplendidame
nte retratadas nas palavras de um pernambucano genial, o Evaldo Cabral de Melo que destacou a nossa origem Mascate: “De um Recife que nasceu porto, virou cidade e começou a fazer-se em Pernambuco. Que encontrou nos seus moradores o vigor necessário para assegurar o caráter matricial da cidade, como lugar de comércio; lugar de negócios”. E esta tradição Mascate é sustentada, atualmente, por 17 Mercados Populares com 2.549 boxes e 27 Feiras Livres, onde se vende de tudo um pouco nas suas 3.600 bancas. Assim, o artesanato, a gastronomia popular e o turismo são incentivados e a interação dos Mercados com o cotidiano dos moradores do Recife é sustentada, preservando-se a história popular contada de pais para filhos e retratada na Literatura de Cordel que revelam os hábitos, os costumes e a musicalidade dos frequentadores e dos mercadistas de tantas gerações. E este prefácio histórico tem por objetivo referendar o lançamento do Jornal MERCADOS DO RECIFE que, com a ajuda de todos vocês recifenses aqui nascidos ou adotados, retratará as peculiaridades dos MERCADISTAS.