11/10/2024
só acredita no peixe que, se não viu sair do mar, pelo menos viu chegar em sua cozinha. O respeito à localidade do produto é um dos mantras do chef recifense que, à sua maneira, vai reinventando as cozinhas regionais do Brasil. “Onde está o melhor produto? O mais perto possível. Porque foi recém-colhido, recém pescado, recém-abatido. Um produto que eu preciso trazer, vamos dizer, do Sul do País, já foi refrigerado alguns dias, veio num trajeto onde ele foi balançado, machucou, perdeu a cor, perdeu a beleza, perdeu o frescor, a textura”, diz o chef pernambucano que, a despeito da pouca idade para os padrões da profissão, firma-se como um dos grandes nomes de sua geração no Brasil.
No e no , um na Zona Norte, outro na Zona Sul do Recife, parcerias suas com o sócio Eduardo Freyre, Pedro Godoy havia já provado que ingredientes regionais podem estar em pé de igualdade técnica, elegância gustativa e potência com insumos das grandes cozinhas clássicas ocidentais. O regionalismo de Godoy possui muitas informações sensoriais e mesmo históricas, mas não é refém de sotaques ou folclorismos. Dono de prêmios como chef Revelação da revista especializada ,
Pedro Godoy agora prova que o Oriente também é sua praia.
DO ORIENTAL AO ANCESTRAL
Em parceria com o sushiman , outro profissional de perícia incomum, Godoy se desdobra agora para também comandar a cozinha do Omar, na Zona Norte do Recif Ali, a dupla informa que a cozinha de base oriental pode ser ancestral, de fórmulas talhadas na pedra milenar da história, mas também extremamente contemporânea, cosmopolita, dialogar de forma grandiosa com ingredientes brasileiros e, o que mais nos interessa, ser extremamente sensorial. Ética e esteticamente, a cozinha do .restaurante".
O trecho acima é fruto da minha vista ao Omar, a mais nova fronteira da boa cozinha na cidade do Recife - pra onde volto em breve e quero, logo, repetir a experiência. Esta no site e na edição impressa da , para a qual passo a colaborar como crítico.
Recomendo muito!
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