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EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 7 – 6ª GERAÇÃO Chegamos na fase final desta série, a 6ª Geração de AHTS. Esta geração na verdade...
26/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 7 – 6ª GERAÇÃO

Chegamos na fase final desta série, a 6ª Geração de AHTS. Esta geração na verdade ainda está em consolidação, já que o primeiro navio foI entregue há pouco tempo. Ao final vamos aproveitar e apresentar uma tabela com um resumo da evolução destas embarcações, considerando os projetos mais relevantes em cada época.

A necessidade de múltiplas tarefas está tornando estes navios cada vez maiores e mais sofisticados, como é o caso do MV Island Victory, navio que será apresentado logo abaixo, considerado um AHTS / Deep Water Installation.

O navio AHTS MV Island Victory é a mais poderosa embarcação offshore multiuso já construída.

Armador: Island Offshore
Projeto: UT 797 CX
Projetado para acomodar 110 pessoas em cabines com banheiros privativos.
Comprimento total = 123,4 metros
Boca moldada (largura) = 25,0 metros
Pontal = 10 metros
Calado de projeto a meio navio = 8 metros
O convés principal possui uma área de carga de aproximadamente 1200m².
Bollard Pull= 477 t (RECORDE MUNDIAL)
DWT (Deadweight) 6264 t
Possui um guindaste offshore de 250 toneladas.
Equipado com DP II, ROV, Moon pool de 8x7m
Classe DNV GL, com ICE Class para Operações no Ártico.
Construção 2020 no Estaleiro Vard Brevik/Vard Langsten na Noruega.

Este navio redefine os conceitos de capacidade, tecnologia e apesar de seu tamanho e potência, preocupações ambientais. Devido sua potência permite a amarração em águas profundas usando uma única embarcação, quando antes seriam necessários duas ou três para alcançar o mesmo resultado.

Apto para a pré-colocação de sistemas de ancoragem, instalação de equipamentos submarinos no fundo do mar, manutenção de poços de petróleo, manuseio de âncoras, quanto para a instalação de aerogeradores offshore, além de estar certif**ado para realizar operações de oil recovery.

Com isto fechamos esta série, onde espero ter agregado conhecimento a todos, e deixo a questão.
Até onde vai chegar o tamanho e potência destes navios?

                       

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 6 – 5ª GERAÇÃOCom a descoberta do Pré-sal uma nova realidade na exploração de petróleo e gás foi...
19/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 6 – 5ª GERAÇÃO

Com a descoberta do Pré-sal uma nova realidade na exploração de petróleo e gás foi necessária. Devido a sua grande distância da costa (aprox. 300 Km) e profundidade (5 a 6 mil metros abaixo do leito submarino), novas tecnologias tiveram que ser criadas para ser possível a exploração. Entre estas tecnologias estão novos equipamentos de perfuração, transporte e consequentemente novas embarcações. As embarcações precisaram ser maiores e mais potentes e ter uma autonomia superior às gerações anteriores, pois a distância e o tempo para f**ar no campo de exploração seria três vezes maior que antes.

Para atender esta nova demanda, vamos ver com mais detalhes o projeto AH12 da STX OSV, onde podemos chamar de 5ª Geração de AHTS. Este projeto teve como concepção um AHTS para trabalhar tanto em águas tropicais quanto em águas agitadas e ultra profundas como no campo de exploração do Pré-sal.

Os navios Skandi Amazonas e Skandi Iguaçu, são exemplos de AHTS de alta potência.

Armador: DOF
Projeto: AH12 da STX OSV
Projetado para acomodar 60 pessoas em cabines com banheiros privativos.
Comprimento total = 95,0 metros
Boca moldada (largura) = 24,0 metros
Pontal (altura do fundo até o convés principal) = 9,8 metros
Calado de projeto a meio navio (Altura submersa) = 6,5 metros
O convés principal é projetado com uma área de carga de aproximadamente 750m2 e para suportar uma carga de 10t/m2.
Bollard Pull= 340t
DWT (Deadweight) 4700 t
Construção 2011/2012 no Estaleiro STX OSV Niterói, antigo VARD Niterói.

Hoje em dia, este projeto é comercializado com o nome VARD 2 12. O Skandi Iceman, é um exemplo da atualização deste projeto.

Veja que saímos de 60 tons de Bollard Pull nas primeiras gerações, para aproximadamente 340 tons neste projeto. O projeto AH12 da STX OSV é revolucionário, sendo um dos maiores AHTS em atividade e o primeiro deste porte construído no Brasil. Vale lembrar que a STX OSV é hoje o grupo VARD da Fincantieri.

                       

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 5 – 4ª GERAÇÃOChegamos agora nos anos 80 e 90. Como a necessidade de melhorar era e é sempre gra...
13/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 5 – 4ª GERAÇÃO

Chegamos agora nos anos 80 e 90. Como a necessidade de melhorar era e é sempre grande, novos estudos eram feitos na tentativa de aperfeiçoar o desempenho destas embarcações, então nos anos 80 a quarta geração de AHTS começa a ser desenvolvida. Os projetos Ulstein continuam sendo muito relevantes no cenário mundial, e baseado neles podemos entender a evolução destas poderosas embarcações.

No início dos anos 80, o projeto UT708 aparece como uma nova geração. Com um comprimento de 67,7m e boca de 14,6m. Bollard Pull de aprox. 130 tons, já apresentando maior potência que seu antecessor o UT704.

Por volta de 1985 o projeto UT712 surge com a capacidade de Bollard Pull similar ao UT708, porém seu tamanho e capacidade de carga maior, atingindo um comprimento de 75,5m e boca de 16,6m.

Nos anos 90 as embarcações AHTS continuam evoluindo, ganhando potência e versatilidade. Em 1993 o projeto UT722 apresenta um comprimento de 74m e boca de 18m, porém seu Bollard Pull atinge 156 tons. Nesta fase as embarcações começam a incorporar outros serviços como combate a incêndio, recolhimento de óleo, ROV e transporte de produtos especiais.

No final dos anos 90 os navios Multifuncionais começam a surgir. Um exemplo disto é o navio Normand Pioneer construído em 1999, projeto UT742. Comprimento de 95m e boca de 24m, atingindo Bollard Pull de 270 tons, quase três vezes mais que os AHTS da 2ª e 3ª Geração, também com mais serviços assim como o UT722. Tendo uma autonomia maior e permanecendo mais tempo na área de trabalho, possui helideck para troca de tripulação.

A Vickers adquiriu o Grupo Ulstein em 1999, exceto a divisão de construção naval. Meses depois a Rolls-Royce adquiriu a Vickers f**ando com os direitos dos projetos da Ulstein, comercializando os projetos com o nome Rolls Royce AHTS UT###.

É fato que os projetos UT, fazem parte da história de desenvolvimento destas embarcações, visto que nos últimos 40 anos foram construídas cerca de 800 embarcações no mundo todo.

                       

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 4 – 3ª GERAÇÃOA partir de 1975, surgem os armadores noruegueses e a terceira geração de AHTS. Du...
05/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 4 – 3ª GERAÇÃO

A partir de 1975, surgem os armadores noruegueses e a terceira geração de AHTS. Durante esse período, a Ulstein até então construtora de barcos de pesca, recebeu consultas para a construção de embarcações AHTS de projetos americanos, mas a empresa acreditava que essas embarcações não seriam adequadas para as condições climáticas no Mar do Norte, e decide desenvolver um AHTS. Os cascos eram mais largos e com a borda livre mais alta para os navios operarem com segurança em mares agitados. Logo, a Ulstein começa a vender seus projetos UT para outros estaleiros ao redor do mundo, que se tornou o padrão mundial em termos de potência e qualidade, surge em 1975 o projeto UT704, com capacidade de bollard pull de 85 tons, e mais de 91 navios sendo construídos entre 1975 e 1986.

Uma das principais inovações oferecidas pelo projeto UT704 foi a popa aberta com o rolo horizontal (Stern roller), permitindo a livre movimentação do cabo de reboque. O UT704 também foi equipado com pinos hidráulicos que se erguiam do convés e prendem o cabo de reboque restringindo seu movimento, uma melhoria que teve o benefício de tornar as operações de manuseio de âncora e reboque signif**ativamente mais seguras para as tripulações. Estas duas inovações são padrão nos projetos mais modernos até hoje.

Se uma embarcação pode ser considerada um exemplo para a indústria naval offshore, este tem que ser o UT704. Muitos dos navios ainda estão operando hoje, o que é uma prova para os projetistas e construtores de sua robustez.

Cada um dos AHTS atuais devem sua linhagem ao UT704, conhecido como o “workhorse” da indústria offshore.

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 3 – 2ª GERAÇÃOPor volta dos anos 70 as plataformas móveis – jack-up, semissubmersíveis, submersí...
01/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 3 – 2ª GERAÇÃO

Por volta dos anos 70 as plataformas móveis – jack-up, semissubmersíveis, submersíveis e navios de perfuração, já eram bastante utilizadas no Mar do Norte. Com a crescente demanda para a movimentação destas plataformas, a segunda geração de AHTS foi revolucionada também pela Smit-Lloyd, que lança em 1972 uma nova classe com capacidade para operar em águas além dos 100 metros de profundidade, 62 toneladas de bollard pull e 6000 hp de potência. Em seguida lança uma nova classe com 8000 hp e bollard pull de 100 tons, uma grande capacidade para a época.

Um dia desses por aí 🚢🚢.
25/11/2022

Um dia desses por aí 🚢🚢.

EMBARCAÇÕES AHTSVocê possivelmente já viu ou ouviu falar destas embarcações. Se nunca, esta é uma oportunidade de conhec...
19/11/2022

EMBARCAÇÕES AHTS

Você possivelmente já viu ou ouviu falar destas embarcações. Se nunca, esta é uma oportunidade de conhecer seu início.

AHTS (Anchor Handling Tug Supply), ou traduzindo, embarcações de manuseio de âncoras, reboque e fornecimento.
O surgimento destas embarcações coincide com o início da exploração do petróleo no Golfo do México em águas rasas.

Em consequência disto, as primeiras plataformas eram balsas que f**avam apoiadas no fundo do mar, não necessitando de âncoras ou sistemas de amarração. As primeiras balsas para águas profundas começaram a surgir entre os anos 50 e 60, e tinham aproximadamente 100 metros 74 de comprimento.

Até este momento então os rebocadores podiam ser de pequeno porte, apenas para transportar as balsas a seus lugares de trabalho, já que elas possuíam meios próprios de fixação em águas rasas. Porém com a entrada em operação destas balsas para águas profundas, era necessário utilizar rebocadores com maior potência para realizar os trabalhos de transporte e fixação das balsas. Na imagem abaixo, na parte superior, a primeira geração de embarcações de apoio offshore. Na parte inferior, Os primeiros AHTS que surgiram no Golfo do México eram embarcações de fornecimento de mantimentos (PSV), adaptados com guinchos no convés. Estas embarcações não podiam realizar reboques oceânicos, apenas suprir e movimentar âncoras.

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MARPOL – ANEXO I (Regras para a Prevenção da Poluição por Óleo) Sempre que se fala de desastre ambiental envolvendo acid...
14/11/2022

MARPOL – ANEXO I (Regras para a Prevenção da Poluição por Óleo)
 
Sempre que se fala de desastre ambiental envolvendo acidentes com navios, a primeira coisa que nos vem a cabeça é o derramamento de óleo no mar.

Após vários acidentes tornou-se necessário a adoção de medidas para anular ou reduzir este tipo de desastre. Uma destas medidas foi a adoção de Cascos Duplos para transporte de óleo em embarcações com determinadas capacidades.

Na mesma linha, a MARPOL adotou também a Regra 12 de seu Anexo I, onde trata da proteção dos tanques de óleo combustível, levando os mesmos à uma condição semelhante aos tanques de carga dos petroleiros.

Sabe como se define o tamanho e dimensão destes cascos duplos?
Veja no arquivo anexo algumas considerações desta norma.

Compartilhando conhecimento.

TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO DE NAVIOSAMARRAÇÃO BÁLTICAEsta é uma técnica utilizada quando existe um vento e/ou corrente muito ...
11/11/2022

TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO DE NAVIOS

AMARRAÇÃO BÁLTICA

Esta é uma técnica utilizada quando existe um vento e/ou corrente muito forte em direção ao cais, e não há rebocadores para auxiliar na manobra.

A atracação é feita de forma convencional no cais, e com a ajuda da âncora do navio e um cabo saindo da popa, conforme figura abaixo. Geralmente a âncora f**a posicionada à uma distância equivalente de 1 a 15 vezes o comprimento do navio, dependendo da força do vento e peso da embarcação.

A Amarração ou Atracação Báltica é uma opção segura para manter o navio no cais em dias de muito vento.

Figura adaptada de Imunotes.com

NORMAS – Tanque de Colisão de vanteSabe como é definido a localização da antepara de colisão de vante?No Cap. II do SOLA...
05/11/2022

NORMAS – Tanque de Colisão de vante

Sabe como é definido a localização da antepara de colisão de vante?
No Cap. II do SOLAS, onde se fala de Estrutura, Compartimentagem e Estabilidade, temos esta informação.

A depender da forma da proa, com bulbo ou não, temos diferentes fórmulas para esta definição, (veja nas imagens).

Nesta antepara não deverão ser instaladas portas, portas de visita, aberturas de acesso, dutos de ventilação ou quaisquer outras aberturas na antepara de colisão. Quando se fizer necessário alguma abertura, deverá se usar meio específico para garantir a estanqueidade, item que podemos ver mais a frente.

Estes são somente alguns poucos requisitos deste enorme mundo de Normas que regem a construção de embarcações.

Vamos juntos estudar alguns.

Amarras ⛓🚢⚓️
29/10/2022

Amarras ⛓🚢⚓️

TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO DE NAVIOSAmarração, é o procedimento com o objetivo de manter o navio fixo à algum objeto flutuant...
29/10/2022

TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO DE NAVIOS

Amarração, é o procedimento com o objetivo de manter o navio fixo à algum objeto flutuante como uma bóia ou outro navio, ou um cais, como nos portos.

Nesta nova série, vamos ver as principais técnicas de amarração, iniciando pela:

AMARRAÇÃO MEDITERRÂNEA:

Esta é uma técnica de atracação de um navio ao píer. Neste sistema, o navio lança uma ancora fora do píer a vante da proa da embarcação e atraca nos cabeços do píer pela popa com duas linhas.

Como vantagem é que mais navios cabem no cais, pois ocupam apenas a largura do mesmo, e não o comprimento. Como desvantagens, o risco de colisões é maior, e não é prático em águas profundas ou em regiões com grandes marés.



Disco de PlimsollA marca ou Disco de Plimsoll é uma marcação pintada no casco dos navios, que indica o limite até o qual...
27/10/2022

Disco de Plimsoll

A marca ou Disco de Plimsoll é uma marcação pintada no casco dos navios, que indica o limite até o qual o navio pode ser carregado em segurança.

O seu criador foi o deputado inglês Samuel Plimsoll, que em 1876 introduziu a marca como uma forma rápida de verif**ar se um navio estava carregado acima das sua capacidade de flutuação.

Por ocasião da classif**ação do navio, são estabelecidas as marcas de linhas de carga, que devem f**ar ao lado do disco de Plimsoll, nos costados a bombordo e a boreste, que limitam os calados máximos nas zonas de (S) verão, (T) tropical, (W) inverno, regiões de água salgada com massa específ**a igual a 1,025 t/m³, água doce e água doce tropical, cuja massa específ**a é de 1,0 t/m³.

As letras nas linhas signif**am:

TF (Tropical Fresh water) = água doce tropical.
F (Fresh water) = água doce.
T (Tropical) = água salgada tropical.
S (Summer) = água salgada no Verão.
W (Winter) = água salgada Inverno.
WNA (Winter North Atlantic) = água salgada, Atlântico Norte.

A marca de Plimsoll é muitas vezes erroneamente referida como a linha d’água; de facto as duas só são totalmente coincidentes se o navio estiver carregado à marca. Em todos os outros casos a linha de água estará acima ou abaixo da marca de Plimsoll. Mais recentemente passou-se também a utilizar a expressão linha internacional de carga.

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Você conhece o Yara Birkeland?O primeiro navio de contêineres autônomo e elétrico com zero emissão de CO2, já construído...
24/10/2022

Você conhece o Yara Birkeland?

O primeiro navio de contêineres autônomo e elétrico com zero emissão de CO2, já construído.

Em 2017 empresa estatal norueguesa Enova recebeu a aprovação para investir cerca de 17 milhões de euros na construção desta embarcação. A Enova é uma empresa estatal responsável por promover a pesquisa, desenvolvimento e produção de novos projetos sustentáveis, onde canalizou este investimento para a empresa norueguesa Yara International, que ficou encarregada deste projeto. No mesmo ano a Yara já havia anunciado uma parceria com a empresa de tecnologia Konsberg para a construção deste navio.

Fundada em 1905, a YARA tem uma presença mundial com mais de 17.000 funcionários e operações em mais de 60 países, onde seu principal negócio é a tecnologia de fertilizantes, inclusive no Brasil. O nome do navio, é uma homenagem à um de seus fundadores, Kristian Birkeland.

Características:

Armador: YARA
Projeto: MT 2007
Comprimento total: 80 metros
Boca moldada (largura): 18,8 metros
Calado de projeto a meio navio: 6 metros
Pontal (altura do fundo até o convés principal): 10,8 metros
DWT (Deadweight): 3150 t
Capacidade: 120 contêineres de 20 pés (TEU)
A embarcação opera totalmente elétrica com uma bateria de 7000 kW.
Velocidade máxima: 13 nós
Velocidade serviço: 6 nós
Classif**adora: DNV-GL
Casco construído no Estaleiro VARD Braila Romênia.
Finalização 2020 no Estaleiro Vard Brevik/Vard Brattvaag Noruega.

O navio viajará entre duas cidades norueguesas – Herøya e Brevik – sem qualquer tripulação a bordo. Para garantir a segurança, três centros de controle estão previstos para lidar com todos os aspectos da operação. Estes centros tratarão de manobras de emergência e vigilância.
 
Por tradição, a evolução da construção naval no mundo sempre foi lenta e empírica, porém é nítido o avanço rápido nos últimos anos. Será que este será um caminho sem volta, e que logo teremos navios autônomos com o dobro do tamanho deste? De qualquer forma ele já nos deixa em grande legado, ser 100% elétrico.

EMBARCAÇÕES DE APOIO OFFSHORE – (SURV)Existem diversos tipos de embarcações que trabalham no apoio marítimo, mais precis...
22/10/2022

EMBARCAÇÕES DE APOIO OFFSHORE – (SURV)

Existem diversos tipos de embarcações que trabalham no apoio marítimo, mais precisamente no apoio offshore. Para cada tipo de serviço existe um tipo específico de embarcação. Nesta nova série, vamos estudar um pouco de cada tipo destas embarcações, começando pelos SURV, ou Survey.

Estas embarcações são utilizadas na fase de descoberta dos reservatórios de óleo e gás, possuindo grande autonomia.

O levantamento sísmico é feito com equipamentos que coletam informações sobre reservatórios de petróleo e gás natural, como se fosse uma “ultrassonografia”. Para realizar estas atividades de Pesquisa Sísmica são utilizadas fontes que emitem ondas sonoras, as quais penetram o subsolo marinho, são refletidas e captadas por receptores. Os receptores podem ser posicionados próximos à superfície da água, presos por cabos e rebocados pelos navios sísmicos. Esta tecnologia é chamada de streamer ou com cabos.

Uma das embarcações para este tipo de atividade é o Ramform Titan, com seu casco um tanto “exótico”. O que poucos sabem é que o formato do casco tem um propósito: aumentar a estabilidade na água.
 
Características:

Comprimento total: 104 metros
Boca moldada (largura): 70 metros
Calado de projeto a meio navio (Altura submersa): 6,4 metros
Peso: 20637 t
Deadweight (DWT): 7351 t
Construído no Japão, em Nagasaki, em 2013
Propulsão diesel-elétrica

Uma característica importante em seu sistema de propulsão e governo, é o fato de os hélices serem silenciosos, não produzindo cavitação em forma de bolha, possuem bordas de fuga “antimicrofônicas”, a fim de reduzir o ruído estrutural do casco transmitido para a água. Esses ruídos devem ser filtrados e diferenciados daqueles detectados pelos sensores acústicos do barco, sem causar distorção no sistema de detecção.

Possui uma série de roldanas instaladas na popa, que possibilitam o destaque de 24 cabos de fibra, com equipamentos eletrônicos que viabilizam a formação de um campo de sondagem e a avaliação do eco das explosões de ar comprimido.

Interessante?

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BULBO DE PROAPara o pessoal da área naval, não é necessário muita apresentação, para os demais, até de "quebra gelo" já ...
21/10/2022

BULBO DE PROA

Para o pessoal da área naval, não é necessário muita apresentação, para os demais, até de "quebra gelo" já foi chamado.

Definição: Estrutura ou apêndice a vante da embarcação, geralmente submersa.

Função: Alterar a onda causada pela proa em movimento da embarcação, com o propósito de reduzir o arrasto e resistência de avanço do navio. Ou seja, sua principal função é hidrodinâmica da embarcação, além de outras como, reserva de flutuação e instalação do impelidor de proa mais a vante.

Historicamente, o bulbo surgiu em 1910 por David W. Taylor, sendo usado pela primeira vez no navio de guerra USS Delaware.

SOLAS - Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar.Tem por propósito estabelecer os padrões mínimo...
18/10/2022

SOLAS - Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar.

Tem por propósito estabelecer os padrões mínimos para a construção de navios, para a dotação de equipamentos de segurança e proteção, para os procedimentos de emergência e para as inspeções e emissão de certif**ados.

O incidente que levou ao surgimento do SOLAS em 1914 foi o naufrágio do navio White Star Line, Titanic, em sua viagem inaugural em abril de 1912. Mais de 1.500 passageiros e tripulantes morreram, cerca de 700 pessoas sobreviveram. A conferência em Londres resultou na primeira versão da Convenção SOLAS.

O naufrágio do navio Costa Concórdia, é um dos mais atuais exemplos de eficácia das normas de segurança em comparação ao Titanic. Somente, 32 pessoas perderam a vida neste acidente.

MARPOL – Convenção Internacional para a Prevenção de Poluição de Navios A Convenção (MARPOL) tem por propósito o estabel...
17/10/2022

MARPOL – Convenção Internacional para a Prevenção de Poluição de Navios
 
A Convenção (MARPOL) tem por propósito o estabelecimento de regras para a completa eliminação da poluição intencional do meio ambiente por óleo e outras substâncias danosas oriundas de navios, bem como a minimização da descarga acidental daquelas substâncias no ar e no meio ambiente marinho.

Foi adotada em 1973, e posteriormente emendada pelo Protocolo de 1978, passando a ser conhecida como MARPOL 73/78. Mais adiante foi também adotado o Protocolo de 1997, que acrescentou um Anexo VI à Convenção.

O desenvolvimento da MARPOL em grande parte, foi impulsionado por acidentes. Veja abaixo seus anexos.

Anexo I: Regras para a Prevenção da Poluição por Óleo;

Anexo II: Regras para o Controle da Poluição por Substâncias Líquidas Nocivas a Granel;

Anexo III: Regras para a Prevenção da Poluição Causada por Substâncias Danosas Transportadas por Mar sob a Forma de Embalagens;

Anexo IV: Regras para a Prevenção da Poluição Causada Por Esgoto dos Navios;

Anexo V: Regras para a Prevenção da Poluição Causada pelo Lixo dos Navios;

Anexo VI: Regras para a Prevenção da Poluição do Ar Causada por Navios.

CURIOSIDADESO Super-Petroleiro Knock Nevis – O maior petroleiro já construídoConhece ou já ouviu falar deste gigante dos...
17/10/2022

CURIOSIDADES
O Super-Petroleiro Knock Nevis – O maior petroleiro já construído

Conhece ou já ouviu falar deste gigante dos mares?
Construído no Japão entre 1979 e 81, durante sua trajetória recebeu vários nomes, Knock Nevis (2004-2009), Seawise Giant (1979–1989), Happy Giant (1989–1991), Jahre Viking (1991–2004) e Mont (2009–2010).

Devido ao seu grande tamanho, geralmente descarregava o petróleo em navios menores, já que existiam poucos portos onde ele podia atracar. Sua principal rota era entre o Golfo Pérsico e os EUA.

Em consequência de suas grandes dimensões, não podia passar pelo Canal do Panamá, Suez e Canal da Mancha. Em 2009 iniciou-se seu processo de desativação e desmontagem, sendo desmonstado na Índia em 2010. A sua âncora é mantida no Museu Marítimo de Hong Kong.

Comprimento: 458.4 metros (mais de 4 campos de futebol);

Boca: 68.9 metros (equivalente a um edifício de 23 andares);

Calado: 24.5 metros (equivalente a um edifício de 8 andares);

Peso Carregado: 564 763 toneladas;

Capacidade de Carga: 674 297 m³ ou 4 240 865 barris de petróleo (+ de 18 mil caminhões tanque);

Espessura do Casco: 35mm;

Propulsão: Turbinas a V***r (50 mil HP), 1 hélice de 9 metros de diâmetro girando a 85 RPM;

Velocidade Máxima: 29 Km/h;

ARQUEAÇÃO BRUTAÉ a expressão do tamanho total de uma embarcação, sendo função do volume de todos os espaços fechados. A ...
16/10/2022

ARQUEAÇÃO BRUTA

É a expressão do tamanho total de uma embarcação, sendo função do volume de todos os espaços fechados. A Arqueação Bruta é um parâmetro adimensional, ou seja, não existe unidade de medida como m³ ou tonelada. (NORMAM 01)

Serve como parâmetro para aplicação de normas, como por exemplo na MARPOL Anexo I onde se trata de poluição por óleo, a Arqueação define à quem se aplica a norma, sendo para navios petroleiros com AB de 150 e acima, e para os demais navios com AB de 400 e acima. Utilizada também para delimitações de manobra em portos, segurança, tributos e taxas.

A Convenção Internacional de Arqueação de navios foi adotada pela IMO (Organização Marítima Internacional) em 1969, e entrou em vigor em 18 de julho de 1982.

Para se ter uma idéia, um rebocador portuário pode ter uma AB de aproximadamente 300, e um navio de apoio offshore de lançamento de linhas, AB de 15000.

A Arqueação Bruta é tão importante que algumas vezes se faz necessário alterações no projeto ou até mesmo na embarcação já construída, para poder atender alguma condição, de norma, segurança, etc.

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HELIDEQUES – NORMAM 27A DPC, Diretoria de Portos e Costas é o órgão responsável pela Certif**ação de Helideques, e faz i...
16/10/2022

HELIDEQUES – NORMAM 27

A DPC, Diretoria de Portos e Costas é o órgão responsável pela Certif**ação de Helideques, e faz isto através da NORMAM 27, já a Homologação dos Helideques é feita pela ANAC, através da expedição da Portaria de Homologação.

A NORMAM 27 foi criada em 2011 através da Portaria nº 172/DPC, onde até então, fazia parte do Cap. 6 da NORMAM 01.

Possui como propósito: “Estabelecer instruções para registro, certif**ação e homologação de helideques localizados em embarcações ou plataformas marítimas operando nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB).”

Pode-se dizer que a NORMAM 27 carrega um pouco de cada norma/entidade abaixo, onde cria as diretrizes brasileiras para tal, e tem sempre a prioridade em termos de cumprimento sobre as demais normas para a bandeira brasileira, inclusive sobre as Sociedades Classif**adoras.

Referências Técnicas:

LESTA: Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário;
ICAO: International Civil Aviation Organization;
CAP 437: Offshore Helicopter Landing Areas;
ICA: Instruções do Comando da Aeronáutica.
 
Fique atento, e vamos entrar em mais detalhes mais adiante.

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16/10/2022

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