Correio da APPOA

Correio da APPOA Publicação digital mensal organizada pela Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA). Pensamos em um site de fácil navegação e de agradável leitura.

Levando em consideração que um dos traços marcantes do Correio da APPOA sempre foi o de estar atento aos movimentos da Cultura, acreditamos que esta passagem do papel para o virtual diz da possibilidade de a nossa já consagrada publicação manter-se em sintonia com os tempos em que vivemos. Tivemos como preocupação maior a facilidade de compartilhamento dos textos, permitindo, deste modo, que os es

critos possam chegar cada vez a mais pessoas. É a nossa forma de agradecer àqueles que com tanta diligência têm contribuído com o Correio da APPOA, seja como autores, seja como leitores. O site foi pensado de modo a poder ser acessado confortavelmente em todas as plataformas: computadores pessoais, tablets, smartphones. O conteúdo se adapta automaticamente às diversas dimensões de tela, de modo que a leitura sempre se mantenha fluida. Para os saudosos do papel, mantivemos - em todos os textos - a possibilidade de impressão rápida do conteúdo. Há também a possibilidade de que o leitor construa a sua coleção de artigos preferidos, escolhendo aqueles textos que gostariam de arquivar para fácil e ágil acesso. É uma forma de estabelecer com o nosso leitor uma relação ainda mais próxima - forma de laço, aliás, que também é uma marca da nossa publicação desde o começo. Assim, agradecendo a todos os que nos ajudaram nesta iniciativa, a todos os colegas que partilharam desta ideia, aos pioneiros do Correio da APPOA, e também, especialmente, aos nossos leitores, convidamos todos a visitar o site e também a fazer sugestões e comentários:

http://www.appoa.com.br/correio/

Desejamos a todos uma ótima leitura - no papel, no computador, no tablet...

O presente e a presença do mal-estar"Há que demarcar o conceito de mal-estar como topológico, como marca de um lugar, qu...
03/02/2025

O presente e a presença do mal-estar

"Há que demarcar o conceito de mal-estar como topológico, como marca de um lugar, qual seja, é da ordem do espacial. Um lugar assim como o cômodo de uma casa que chamamos sala de estar, designando uma função para este lugar diverso de sala de jantar, quarto de dormir, sala de cozinhar.

Estar poderia então entrar numa série junto com dormir, cozinhar, banhar-se, etc. Espaços ou lugares que designam funções, dentre estas, um lugar demarcado para simplesmente Estar.

Assim, estamos imersos num conceito que contém a ideia de mundo como espaço, com a imensidão sem limite, como a visão do oceano nos proporciona. Estar, mal-estar, envolve posição, lugar, densidade, espessura.

Lembro o termo espanhol hogareño, para o qual é tão difícil encontrar equivalente em português: aconchegante, acolhedor, não dá conta do radical hogar/lugar. Um lugar que se torna um lugar.

Dizer tu casa es hogareña, não corresponde a “tua casa é acolhedora”. Como o mundo se torna um lugar para se estar nele? Aí vem a questão da ligação do Eu com o mundo externo.

Estar desubicado também é difícil de traduzir, para dizer de como não estamos situados num determinado lugar ou em lugar algum. Estar em lugar sem se sentir nele, pensar o mal-estar como a experiência de se sentir deslocado.

Habitar um lugar que pressupõe um exterior. Tomar o mal-estar no registro do real, a “experiência real de estar fora de lugar” (Dunker, 2015, p. 196)."

📝 Sobre a autora: Liliane Seide Froemming é psicanalista, membro da (APPOA).

Para ler o texto completo, acesse o link nos stories ou na bio.

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Nas margens da palavra"Em 2008, embarquei numa canoa sem saber como seria a navegação, ainda que pressentisse que uma te...
01/02/2025

Nas margens da palavra

"Em 2008, embarquei numa canoa sem saber como seria a navegação, ainda que pressentisse que uma terceira margem do rio fosse possível, naveguei e continuo a navegar: “Na margem da palavra/ Entre as escuras duas/ Margens da palavra/ Clareira luz madura/ Rosa da palavra/ Puro silêncio, nosso pai”. A canção de Caetano Veloso, “A terceira margem do rio”, homônima ao conto de Guimarães Rosa, talvez retrate aquele momento onde ocorreu uma “confluência moebiana”, se posso dizer assim, entre a conclusão de minha segunda análise e a aproximação com a APPOA.

Naquele ano, escrevi meu primeiro texto para a Correio, “As pálpebras de Buda: Uma reflexão sobre a função da causa”, título de uma das aulas do seminário da Angústia.

Num dos raros trechos que considero poéticos de Lacan, ele enuncia: “Ora, as estátuas budistas têm sempre um olho que não podemos dizer que esteja fechado, nem semicerrado, pois se trata de uma posição do olho que se obtém através da aprendizagem, ou seja, de uma pálpebra abaixada que só deixa passar um fio branco do olho e uma borda da pupila” (Lacan, 1962/1963, p.250).

Na esteira da licença poética, prossigo: “o fio branco do olho e uma borda da pupila” suporta a navegação da imagem de um corte, como uma metáfora paterna, por onde uma terceira margem do rio separa o objeto do sujeito.

Se por um lado esse objeto que se desprende recebe o estatuto de objeto perdido; do outro, um sujeito por efeito desta perda, recebe outro estatuto, o de sujeito interditado, barrado.

A navegação transcorre num tempo: o tempo da angústia; tempo necessário para que um sujeito barrado fique advertido de que as navegações daqui em diante serão em águas incertas, porém com um detalhe fundamental: elas poderão ser usufruídas com algum prazer; já que o impossível da completude é condição ao desejar."

📝 Sobre o autor: Leonardo Beni Tkacz é psicanalista (APPOA).

Para ler o texto completo, acesse o link nos stories ou em nossa bio.

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Vinte anos depois"Mas quero chegar aos vinte anos da APPOA. Eu não sou a melhor pessoa para falar dos vinte anos, até po...
31/01/2025

Vinte anos depois

"Mas quero chegar aos vinte anos da APPOA. Eu não sou a melhor pessoa para falar dos vinte anos, até porque eu não vi os últimos quinze, mas talvez eu seja uma boa pessoa para falar do que foi o processo que permitiu à APPOA se constituir e do que foi a sua fundação, em dezembro de 89, depois de um processo que durou dois anos de aproximações e companhia.

Vou lembrar um pouco essa história, sobretudo, porque em vinte anos muitas pessoas entraram na APPOA, fazem parte da APPOA, se formaram na APPOA, passaram pelo Percurso, gerações inteiras, aliás, é difícil dizer quantas.

Imagino que, para essas pessoas, uma boa parte delas, a história que eu vou lembrar seja esquecida, esquecida não é palavra certa, mas seja irrelevante, de alguma forma, ou considerada como uma coisa não sabida.

Então, quando eu cheguei ao Brasil, em 85, 86, não sei mais, acho que em 85 foi a primeira vez. Comecei a viajar ao Brasil, de Paris, em 86, viajar com certa regularidade, pequena, e, depois, muito grande. E, finalmente, eu vinha a Porto Alegre a cada dois meses, mais ou menos, acho, sobretudo em 87, 88 e 89, que foi quando fechei Paris, mudei para o Brasil; Porto Alegre, sendo o meu lugar de residência.

Naquela época, qual era o estado de espírito ou o pano de fundo? É importante lembrar essa história, porque ter feito parte durante todos esses anos, e fazer parte da APPOA pelo que ela foi no meio desse pano de fundo que vou evocar, é um privilégio, foi um privilégio, e acho que continua sendo."

📝 Sobre o autor:

Contardo Calligaris (1948-2021) foi psicanalista, ensaísta e escritor. Nascido na Itália, graduou-se em Genebra e fez sua formação em psicanálise na França, na Escola Freudiana de Paris. Doutor em Psicologia Clínica, foi professor visitante em universidades dos EUA e colunista da Folha de São Paulo por mais de 20 anos; além de ter escrito inúmeros livros e uma série de televisão. Ainda, seu legado foi fundamental para a fundação da APPOA, tendo sido o primeiro presidente de nossa instituição.

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A invenção APPOA"Em um contexto onde as cisões institucionais aconteciam como uma espécie de sintoma do movimento lacani...
28/01/2025

A invenção APPOA

"Em um contexto onde as cisões institucionais aconteciam como uma espécie de sintoma do movimento lacaniano, fez-se necessária a invenção de um novo tipo de laço, pensado para interromper a repetição do mesmo, conta Maria Ângela Brasil.

A concentração da transferência em mestres cujo dissenso invariavelmente gerava o afastamento entre os diferentes e, logo, a criação de grupos homogêneos, exprimia em forma de sintoma a dificuldade de suportar a diversidade dentro das instituições psicanalíticas.

A experiência nessas instituições era, por essas razões, considerada por muitos como “traumática”, segundo a psicanalista. Voltando ao início do século passado, Contardo Calligaris questionou se mesmo o rompimento entre Freud e Jung, fomentado por divergências teóricas, não seria um dos primeiros exemplos dessa dificuldade.

Por essas razões, a interrupção desse sintoma teve um caráter de aposta, destacou Maria Ângela, lembrando dos custos e do trabalho necessários à dissolução das instituições cujos integrantes buscavam se alinhar nessa nova proposta comum que viria a ser a APPOA.

A adesão a esta nova proposta de trabalho deu-se no “um a um”. Psicanalistas com experiência em clínica e transmissão, até então investidos de lugares de relativa mestria e centralidade transferencial em suas respectivas instituições, teriam de abrir mão disso em nome de uma aposta destinada justamente ao desmonte desse funcionamento institucional – coisa a qual nem todos se mostraram dispostos, lembrou Liliane Seide Fröemming.

Esse custo, segundo Liz Nunes Ramos, implicou e ainda implica a realização de lutos, atos necessários à manutenção dessa invenção."

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Homenagem a Contardo Calligaris: A coluna de quinta-feira não vai mais sair"Na metade dos anos 80, Contardo começou a vi...
27/01/2025

Homenagem a Contardo Calligaris: A coluna de quinta-feira não vai mais sair

"Na metade dos anos 80, Contardo começou a viajar para o Brasil. Fazia clínica e seminários de psicanálise em Porto Alegre e São Paulo. Naquele momento, estávamos organizados em algumas instituições – Centro de Trabalho em Psicanálise e Mayêutica Porto Alegre entre eles e, também, muita gente estudando reunida em torno de algum outro psicanalista.

Em 1989, depois de fixar residência aqui, Contardo nos apresentou a proposta da associação. A concepção era diferente de tudo o que já se tinha vivido ou pensado até então.

Lembremo-nos que até aquele momento histórico a formação dos psicanalistas se resumia às instituições filiadas a IPA (ainda vedada aos psicólogos) e outras independentes, mas que seguiam o modelo de forma mais ou menos mimética.

A novidade proposta seria criar uma instituição que privilegiasse a circulação transferencial, que tivesse uma relação vital com a cidade (com a pólis) e que se constituísse a partir da dissolução das instituições e dos grupos de estudos já existentes.

Não se tratava de propor uma federação de grupos onde cada um manteria suas transferências e modos de funcionamento. Desta vez, teríamos que perder algo, abrir mão do já instituído para apostar em algo novo."

📝 Sobre o autor: Robson de Freitas Pereira é psicanalista, membro da APPOA.

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APPOA - 10 anos"É evidente que o aniversário de uma instituição não tem o mesmo sentido que o aniversário de um ser huma...
17/01/2025

APPOA - 10 anos

"É evidente que o aniversário de uma instituição não tem o mesmo sentido que o aniversário de um ser humano.

A diferença está, é claro, no valor lógico de seus tempos. Enquanto o ser humano joga o baralho de sua vida com tempos marcados pela passagem perecível de seu corpo, o corpo institucional se revela, na medida em que aumenta a sua extensão, cada vez mais atrelado às circunstâncias discursivas que o sustentam.

O ponto de articulação entre ambos é essa pequena partícula da língua que chamamos de significante. Pequena e sensível dobradiça que une, ao mesmo tempo que separa, a instituição de seus membros.

Grifamos esta última palavra porque não deixa de nos chamar a atenção a precisão com que a língua destaca com delicadeza o caráter material de sua presença – a dos membros – advertindo-os sobre o viés corporal de sua existência.

Presença efetiva, fazendo exercício dos significantes que desdobram o viés discursivo, no qual a instituição se suporta (no duplo sentido de suporte e tolerância).

Tal o cerne disso que chamamos Instituição. Se ela for psicanalítica, então os significantes que nela se articulam precisam cumprir uma particular função: a de transmitir um saber – o saber sobre a ignorância.

Por acréscimo, e de modo fundamental, debelar a farsa da ingenuidade. Este último chama-se de Ética, que é, nem mais nem menos, simplesmente se fazer responsável pelas consequências de seu ato sobre o outro."

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A construção de uma psicanálise plural"A experiência da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, em 89, vem na esteira ...
14/01/2025

A construção de uma psicanálise plural

"A experiência da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, em 89, vem na esteira dessas mudanças profundas, cujo resultado foi um amadurecimento institucional.

Ter experimentado a exclusão do campo psicanalítico pela determinação de outros, ter insistido nesta transferência com a psicanálise “apesar” dos legitimistas, ter assumido para si e com outros, numa instituição, o significante psicanalista e sustentado-o no laço social; tudo isso, possibilitou as experiências institucionais da década de 80.

A aposta da APPOA na transferência de trabalho, como aquela que pode sustentar uma instituição psicanalítica, era o que muitos demandavam, pois eram conhecidos os efeitos dos ‘trenzinhos transferenciais’ e dos pequenos grupos com seus mestres.

Rejeitava-se, de outro lado, a transferência burocrática, pois esta era a marca da ruptura que se fazia naquele momento.

Ao comentar a experiência da APPOA, Contardo Calligaris refere: “estavam num momento do percurso analítico em que não precisavam acreditar que houvesse ‘únicos’. Que este ‘momento de graça’ transmita um estilo à geração seguinte”."

📝 Sobre a autora: Ana Maria Gageiro é psicanalista (APPOA).

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Um pulinho até 25 anos atrás"Lembro-me daquela noite de verão quando nos sentamos em torno da grande mesa de reuniões do...
13/01/2025

Um pulinho até 25 anos atrás

"Lembro-me daquela noite de verão quando nos sentamos em torno da grande mesa de reuniões do Hotel Umbú.

Creio que estávamos, todos nós, muito sérios. Mas, felizes e prontos para assinar a ata de fundação da Associação Psicanalítica de Porto Alegre - APPOA.

Essa lembrança me estimulou a refletir sobre como tudo se desenrolou até aquele momento. O começo do começo: grupos de psicanalistas que haviam se formado, antes da vinda de Contardo Calligaris para Porto Alegre; os encontros que aconteciam cada vez com mais frequência entre os membros daqueles grupos; novas idéias que surgiram e se fortaleceram, gradualmente, sobre a possibilidade de criar-se uma instituição psicanalítica.

Naquela época, recordo que participavam dos Seminários sobre Lacan membros da extinta Maiêutica Porto Alegre, dentre outros as psicanalistas Maria Auxiliadora Sudbrack, Maria Angela Brasil e esta que rebusca suas memórias.".

📝 Sobre a autora: Gladys Wechsler Carnos é psicanalista (APPOA).

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Acesse a página do Correio para ler o Volume 12, n. 01: Varal de memórias: os 35 anos da APPOA.O link para acesso à ediç...
09/01/2025

Acesse a página do Correio para ler o Volume 12, n. 01: Varal de memórias: os 35 anos da APPOA.

O link para acesso à edição completa está na bio, em nosso perfil.

📬 O Correio da APPOA é uma publicação digital mensal, organizada pela Associação Psicanalítica de Porto Alegre.

Em 17 de dezembro de 2024 a APPOA completou 35 anos. São 35 anos em que a associação sustenta a formação de analistas e ...
08/01/2025

Em 17 de dezembro de 2024 a APPOA completou 35 anos. São 35 anos em que a associação sustenta a formação de analistas e a difusão do discurso psicanalítico.

Sua origem? Uma aposta, um movimento diferente das diversas cisões que marcavam a história da psicanálise. Uma proposta de dissolução de diversas instituições para construção do que viria a ser a APPOA.

Como efeito, vivenciamos o movimento moebiano entre a psicanálise em intensão e extensão e a nossa relação com a pólis, marca registrada em nosso próprio nome Associação Psicanalítica de “Porto Alegre”.

É fato que nossas intervenções se estendem interinstitucionalmente, seja com nossos pares de todo o país, mas também, nas relações internacionais que estabelecemos. No que toca nossa “intimidade/extimidade”, foram muitos encontros, debates, aprendizagens, amizades e trabalho.

[...]

Inicialmente, damos um pulinho há 35 anos, com um breve relato de Gladys Wechsler Carnos sobre o dia da fundação; na sequência, trazemos um texto de Ana Gageiro que nos conta um pouco da história da psicanálise em Porto Alegre nos anos 60/90, situando o surgimento da APPOA; recolhemos, ainda, dois editoriais preciosos da época da comemoração dos 10 anos da instituição; Robson de Freitas Pereira homenageia Contardo Calligaris, um dos fundadores da APPOA, historicizando nossa fundação.

Logo, trazemos uma narrativa a partir da roda de conversa promovida pela comissão do Correio na época dos 30 anos da Associação. E, por fim, a conferência que Contardo Calligaris fez em 2009, quando nossa instituição celebrava seus 20 anos, que traz pontos basilares sobre a fundação da APPOA.

Na seção debates, o trabalho de Liliane Froemming  faz referência ao evento interno Relendo Freud, que tanto nos é caro e que nos faz lembrar a importância da subversão da psicanálise diante do mal-estar na cultura.

Contamos ainda com um texto-testemunho inédito do colega Leonardo Beni Tkacz, que nos fala da sua aproximação e do seu laço de “desprendimento” com APPOA.

E na seção "Exposição", convidamos a todos para uma verdadeira viagem no tempo, através de um tour virtual que nomeamos de "Relembrar é viver: APPOA 35 anos".

[...]

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📨 O Correio da APPOA está no ar!👁 Para conferir o número, acesse:www.appoa.org.br/correioLink disponível na bio.📬 O Corr...
07/01/2025

📨 O Correio da APPOA está no ar!

👁 Para conferir o número, acesse:
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Link disponível na bio.

📬 O Correio da APPOA é uma publicação digital mensal, organizada pela Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA).

No mês de janeiro, o Memória homenageou o Correio sobre os 30 anos da APPOA, comemorado em 2019.A escolha deste número a...
05/01/2025

No mês de janeiro, o Memória homenageou o Correio sobre os 30 anos da APPOA, comemorado em 2019.

A escolha deste número abre alas para a chegada do próximo número do Correio, que vai celebrar os 35 anos da APPOA, completados em dezembro de 2024.

Parabéns APPOA!

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Apesar de neste número do Memória estarmos homenageando o Correio dos 30 anos da APPOA, a Associação Psicanalítica de Po...
04/01/2025

Apesar de neste número do Memória estarmos homenageando o Correio dos 30 anos da APPOA, a Associação Psicanalítica de Porto Alegre acaba de completar 35 anos em dezembro.

Momento de celebração e muita alegria, pois ao puxarmos o fio da história, da nossa história, temos a oportunidade de acessar as muitas marcas de trabalho, afeto e compromisso com a psicanálise construídas ao longo de todo este tempo de convivência institucional.

Nossa ata de fundação nos lembra que a ética da psicanálise é uma posição política e não pode estar dissociada nem do tempo em que vivemos, nem de seu território, lugar de constituição onde firmamos nossas raízes para começar a escrita desta história.

Viva os 35 anos da APPOA! Tim tim! 🥂

Memória Correio APPOA, n. 25: APPOA 30 anos (Vol. 06, Número 11, dezembro 2019). Conheça o projeto 'Memória Correio APPO...
03/01/2025

Memória Correio APPOA, n. 25: APPOA 30 anos (Vol. 06, Número 11, dezembro 2019).

Conheça o projeto 'Memória Correio APPOA' acessando o destaque "Memória", fixado aqui na página.

Para acessar as edições do Correio, acesse: www.appoa.org.br/correio

(Link na bio).

O masoquismo e a relação do sujeito com o Outro a partir da formalização do nó borromeano"Flesler desenvolve uma teoria ...
02/01/2025

O masoquismo e a relação do sujeito com o Outro a partir da formalização do nó borromeano

"Flesler desenvolve uma teoria com base na noção conceitual de tempos do sujeito (2012; 2021), que ela divide em tempos do real, tempos do simbólico e tempos do imaginário, sendo que ao considerá-los separadamente, cada um com suas operações, é inevitável ao analista que considere também a interdependência entre os três para pensar sua leitura e intervenção.

A teoria de Flesler explicita o que queremos propor aqui através da formalização do nó borromeano. A saber, que a estrutura RSI sofre sucessivos tensionamentos, de acordo com as fixações e deslocamentos que as três dimensões vão produzindo na estrutura.

Esses sucessivos tensionamentos a ocorrer em cada dimensão, trazendo consequências sempre para as três, são os tempos, que aparecem como efeitos de resposta; tempos do sujeito, resposta do sujeito.

O espaço do Outro é afetado pela resposta do sujeito à medida que ele subverte a realização do que o Outro espera.

É nessa articulação entre o sujeito da estrutura RSI e o Outro que o masoquismo pode se manifestar numa de suas diversas formas.

Podemos pensar aí no registro do corpo, no registro da relação com o semelhante, no registro da moralidade, no registro da psicologia das massas, entre outros. Tais manifestações, essa é a proposta que apresentamos aqui, emergirão como efeito de resposta ao Outro, tratando-se de uma operação de masoquismo estruturante ou secundário."

📝 Sobre o autor: Josias S. Fontoura é psicanalista, mestre em Psicanálise: Clínica e Cultura (UFRGS).

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Quando o psicanalista escuta o atleta"São muitas lições possíveis advindas do esporte competitivo, capazes de enriquecer...
28/12/2024

Quando o psicanalista escuta o atleta

"São muitas lições possíveis advindas do esporte competitivo, capazes de enriquecer a experiência de vida daqueles que a experimentam. A depender, claro, de como cada sujeito, em sua singularidade, a vivência.

O mal-estar nos é inevitável e inerente como já nos ensinava Freud. Vimos com esses depoimentos o quanto a lógica do esporte de alto rendimento engendra um mal-estar peculiar na medida em que muitas vezes coloca qualquer limite como superável (Dias, 2009; Anjos, 2019).

A análise pode ser um meio de o atleta fazer suas escolhas e buscar as suas saídas para estar no meio escolhido, advertido e com recursos para lidar com os efeitos dessa discursividade.

Sustento, então, a aposta no encontro do esporte com a psicanálise, preconizando uma clínica com atletas de alto desempenho a partir do referencial psicanalítico.

Um espaço de escuta que vá para além das demandas de treinamento psicológico, coisa a que a psicologia se presta muito bem, mas que apesar de necessário não é suficiente quando se pensa numa relação mais interessante do atleta com sua carreira.

Quando o psicanalista encontra o atleta, escuta o sujeito com todas as suas inibições, sintomas e angústias, para que assim a busca da performance não se dê a qualquer custo, mas a um custo calculado a partir o seu desejo."

📝 Sobre a autora: Mariana Hollweg Dias é psicanalista, membro da APPOA.

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Anatomia de uma queda: a verdade enquanto construção"É sustentável dizer que a verdade tem uma estrutura de ficção. Isto...
26/12/2024

Anatomia de uma queda: a verdade enquanto construção

"É sustentável dizer que a verdade tem uma estrutura de ficção. Isto é o que normalmente se chama o mito - muitas verdades têm uma existência mítica - é bem nisso que não se pode esgotar, dizê-la toda.

É o que eu enunciei sob esta forma: da verdade, não há mais que meio-dizer. A verdade, se a diz como pode, isto é, em parte. Só que isso se apresenta, isso se apresenta como um todo (p. 69).

Portanto, isso que ocorre com Daniel pode ser lido como a construção de uma verdade, uma verdade não-toda como diz Lacan, e que produz efeitos de uma construção verdadeira apesar de não ter esgotado o que teria ocorrido na realidade, como diz Freud.

Seus efeitos de verdade se verificam pela nova lembrança que evoca em Daniel de sua conversa com seu pai e também pelo ato que provoca: é a partir desse momento que o menino sai da angústia paralisante da dúvida em que se encontrava e pode finalmente, a partir daquilo que inferiu, depor uma última vez diante da juíza.

Como nos lembra Lacan (1953/1998) em Função e campo da fala e da linguagem, “O inconsciente é o capítulo de minha história que é marcado por um branco ou ocupado por uma mentira: é o capítulo censurado. Mas a verdade pode ser resgatada; na maioria das vezes, já está escrita em outro lugar” (p. 260)."

📝 Sobre as autoras:

Alice Goldberg é psicóloga (USP). Psicanalista em formação pelo Instituto Sedes Sapientiae (São Paulo).

Marina Pagani é psicóloga (USP). Psicanalista em formação pelo Centro de Estudos Psicanalíticos (São Paulo). Doutoranda em Psicanálise no programa de co-tutela internacional de tese pela Universidade de São Paulo e Universidade Sorbonne (Paris 13).

*Trabalho apresentado na Reunião Lacanoamericana de Psicanálise, que ocorreu entre os dias 25 e 28 de setembro de 2024, na cidade de Mar Del Plata, Argentina.

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Lettre volée, a letra roubada de África - ou sobre confiar no inconsciente"Em “A carta roubada”, Lacan (1955/2010) se de...
21/12/2024

Lettre volée, a letra roubada de África - ou sobre confiar no inconsciente

"Em “A carta roubada”, Lacan (1955/2010) se dedica a apresentar os efeitos da cadeia simbólica sobre o sujeito, entendendo-os como determinantes. Esta lettre pour naviguer, a letra que navega, é considerada por ele uma personagem, uma vez que ela determina a posição dos outros personagens em relação a ela.

Portanto, a relação que cada um estabelece com a carta é determinante para o deslocamento de uma posição diante do significante: “veremos que seu deslocamento é determinado pelo lugar que vem a ocupar em seu trio esse significante puro que é a carta roubada” (Lacan, 1966/1998, p. 18).

Em termos continentais e culturais, pensar o lugar que ocupamos diante desta letra roubada, o “f” de África, que fez um atravessamento forçado pelo Atlântico, equivale a pensar onde nos situamos e interpretamos o fenômeno do racismo, constituído, para Lélia González, como uma sintomática, a nossa “neurose cultural brasileira” (2020, p. 76).

Isto tem relação com o que Lacan aponta em seu texto, sobre um determinado “pacto”, um determinado lugar que nos liga, enquanto seres humanos, por compromissos que determinam o nosso lugar, o nosso nome, e a nossa essência (Lacan, 1955/2010). Lugar que precisa ser reconsiderado para que as estruturas se movam.

A lettre é “uma verdade que não convém publicar”, que ameaça o fundamento do pacto, “portadora da ameaça de uma desordem profunda, não reconhecida, recalcada”. E, como diz Lacan, “só pode estar escondido o que é da ordem da verdade”.

Portanto, recuperar a letra roubada, esta escrita estrangeira em nosso inconsciente colonial, equivale a recuperar parte da verdade histórica que ela veicula, de forma negada/recalcada.

Aquilo que resta oculto são as marcas da africanidade que constituem parte do nosso “dna”, marcas que se mostram aparentes também na linguagem, através do que Lélia González chamou de “pretuguês”, a nossa língua."

📝 Sobre a autora: Isadora Machado é psicanalista, membro da APPOA e do Instituto APPOA.

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