07/01/2022
OS 7 INOCENTES CASO EVANDRO - INVESTIGAÇÃO.CRIMINAL
LIVE ESPECIAL COM DRA ROSANGELA MONTEIRO E DR TIAGO PAVINATTO.
Em 6 de abril de 1992, Evandro Caetano, de apenas 6 anos desapareceu em Guaratuba, no litoral do Paraná - estado brasileiro que estava contabilizando dezenas de crianças desaparecidas no começo da década de 1990. Cinco dias depois, um corpo de um menino é encontrado num matagal já avançado estado de decomposição e bastante violado. O pai de Evandro reconhece aquele cadáver cono seu filho.
Três exames de DNA foram realizados, os dois primeiros deram como inconclusivos e o terceiro bateu com o DNA de Evandro. Desse momento em diante nada mais se sabe sobre o que teria de fato acontecido com o menino. O CRIME jamais foi investigado como deveria ter sido, e tampouco se chegou aos autores da morte da criança - e até hoje ha grandes suspeitas se aquele corpo encontrado num matagal em Guaratuba seria mesmo de Evandro.
O que acontece em seguida é um novo crime, que colocou na cadeia sete pessoas inocentes,que, tortur@das físicas,mental e juridicamente, foram levadas a contar uma história da qual eles jamais participaram. O enredo macabro, que a imprensa tornou famoso no Brasil como "OS BRUXOS DE GUARATUBA" foi todo imaginado e escrito por um novo personagem nesta história Diógenes Caetano dos Santos Filho, primo de segundo grau de Evandro, que se alto intitulava tio do menino. Diógenes sempre teve problemas com uma das famílias mais tradicionais da cidade, a família Abagge,especialmente com Celina Abagge, primeira dama de Guaratuba, esposa do prefeito Aldo Abagge. Para Diógenes, Cintia teria sido a responsável pela separação de seus pais anos antes.
Numa pseudo investigação paralela aquela realizada pela divisão especial da polícia civil do Paraná, conhecida como Grupo Tigre DIÓGENES CAETANO escreveu o que passaria a ser conhecido como dossiê Magia Negra, ondr ele narra tudo o que imaginou ter acontecido com Evandro. Mas o que seria apenas uma ficção de gosto duvidoso, passa a ser a linha de investigação oficial que Diógenes convence o Ministério Público do Paraná a seguir. O Ministério Público retira o grupo Tigre do caso, e coloca um outro grupo para colocar em prática o dossiê de Diógenes. Esse grupo é o grupo Águia, da polícia Militar do Paraná. Isso mesmo, a polícia civil foi afastada para que um grupo da polícia militar exercesse a função de investigar um caso civil. Só essa troca da polícia civil pela polícia militar ja seria em si um problema constitucional.
O Dossiê MAGIA NEGRA coloca em prática o que parece ser mais um roteiro de vingança pessoal de Diógenes Caetano dos Santos Filho. Segundo ele, o crime contra Evandro havia sido todo premeditado por Celina Abagge, a primeira dama da cidade, a mulher que teria sido o motivo da separação dos seus pais, e a filha de CELINA, BEATRIZ Abagge. O dossiê indicava que as duas teriam feito um ritual de magia negra com o corpo de Evandro porque queriam manter o poder político da família na cidade - detalhe que, em 1992, não existia reeleição. Para manter sua versão de magia negra, Diógenes vai ainfa mais longe e evolve o pai de santo OSVALDO MARCINRIRO , que havia chegado a Guaratuba ha pouco meses e foi colocado no dossiê como o líder da ação de satanismo. Ainda são citados nessa história absurda outras 4 pessoas. Vicente de Paula , que era assistente de Oswaldo; Davi dos Santos , presidente da associação de artesãos de Guaratuba, que foi quem liberou Oswaldo a montar uma mesa de leitura de búzios, Francisco Sérgio Cristofolini, o dono da casa alugada para Oswaldo morrar em Guaratuba; alem de Airton Bardeli, que exercia o cargo de gerente da serralheria de propriedade da família Abagge. Para Diógenes, foi Airton que conseguiu um suposto pagamento para a oferenda de Oswaldo - pagamento esse nunca confirmado pelos bancos.
Com o enredo definido, o capitão do grupo Águia Valdir Copetti Neves - junto com a ajuda de outros policiais de sua divisão- usou de violência física e moral para conseguir que os sete repetissem o que ele queria ouvir, A arrogância de Neves era tão ativa que ele ainda gravou todas as sessões de tortur@.
Em 2018, Ivan Mizanzuk, jornalista e professor de história , produziu o podcast Projeto Humano - Caso Evandro, em que revisou o crime e consegui, pela primeira vez dar voz aos sete inocentes que foram julgados e alguns condenados como culpados.
Graças ao trabalho de Mizanzuk, em 2021, veio a tona a fita gravada pelo capitão Neves com as tortur@s sofridas por suas vítimas.